SUPER-HOMENS-DEUSES

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Deuses Encarcerados em Nossas Prisões Mentais

 

 

 

A Alma do Mundo e da Essência Divina [Anima Mundi, termo cunhado por Platão (Atenas, 428/427 a.C. – Atenas, 348/347 a.C.) que aparece nas obras A República, Timeu e no livro X das Leis, é um conceito cosmológico de uma Alma compartilhada ou Força Regente do Unimultiverso, pela qual o Pensamento Divino pode se manifestar em leis que afetam a matéria, ou, ainda, a hipótese de uma força imaterial, inseparável da matéria, mas, que a provê de forma, possibilidade de mudar e movimento] que está toda em tudo, enche tudo e que é mais intrínseca às coisas do que a própria essência delas, porque é a Essência das essências, a Vida das vidas, a Alma das [personalidades-]alma move tudo como dá a tudo a possibilidade de se mover. [In: Sobre o Infinito, o Universo e os Mundos, de autoria de Giordano Bruno.]

 

 

Anima Mundi (Segundo Robert Fludd)
Integræ Naturæ Speculum Artisque Imago
(O Espelho de Toda a Natureza e a Imagem da Arte)

 

 

Robert Fludd1

 

O Primeiro Princípio – [que, para Bruno, era sinônimo de Deus] não é aquele que move, mas, quieto e imóvel, dá o poder de se movimentar a infinitos e inúmeros mundos, grandes e pequenos animais colocados na amplíssima região do Uni[multi]verso, tendo cada um, segundo a condição da própria eficiência, a razão da mobilidade, da mudança e de outros acidentes. [Quando, Transracionalmente, compreendermos que não há, em termos teológicos, um Primeiro Princípio – um Ótimo Máximo inventado por nós à nossa imagem e semelhança, razão de nada, então, teremos dado o primeiro passo no sentido da nossa Libertação e de nos tornarmos SUPER-HOMENS-DEUSES. Antes não. Por isto, acredito que a Idéia de Deus de Giordano Bruno não era pura e simplesmente teológico-dogmático-religiosa, ainda que estivesse infiltrada de conceitos religiosos.] [Ibidem.]

 

 

SUPER-HOMEM-DEUS
Simbolicamente

 

 

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que, do inexistente nada, tenha criado tudo.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que faça este presumido tudo criado voltar a ser nada.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que tenha criado o homem para sofrer, decair e se degradar.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que tenha criado o homem para viver em um vale de lágrimas.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que queira uma coisa e que não queira outra.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que, volúvel, ora queira uma coisa e que ora queira outra.

 

 

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que prefira uma coisa e que não prefira outra.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que privilegie uma coisa e que não privilegie outra.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que impute culpa a uma coisa e que não impute a outra.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que absolva uma coisa e que não absolva outra.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que seja favorável ao genocídio dos ucranianos.

 

 

Kirill e Putin
(O Patriarca Kirill, líder dos ortodoxos russos desde 2009,
colocou a sua Igreja a serviço do poder de Vladimir Putin,
e também apóia a ofensiva genocida de Putin, na Ucrânia.
Ambos compartem a ambição de uma Rússia conservadora,
e concordam em denunciar o declínio moral do Ocidente,
devido à promoção do movimento . Para Kirill,
todas as uniões homoafetivas conduzem ao Juízo Final,
e as bombas russas, na Síria, trazem paz e felicidade.
)

 

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que distinga , de , de .

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que distinga uma Iridomyrmex humilis de um Elephas maximus.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que distinga um T, de um IT, de um ET, de UT.2

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que eleja os judeus e abandone os árabes ou vice-versa.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que eleja os garimpeiros e abandone os Yanomamis ou vice-versa.

 

 

O Presidente Lula esteve em Roraima para reafirmar
o compromisso do Governo com o Povo Yanomami.

 

 

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que facilite para uns e que dificulte para outros.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que mantenha ou faça minguar.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que faça molhar ou faça secar.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que faça milagres e maravilhas.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que exija dízimos, ofertas e oblatas.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que exija ajoelhações e orações.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que exija sacrifícios e automutilações.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que exija isolamento, eremitismo e celibato.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que exija jejuns, privações e abstinências.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que exija fazimentos ou desfazimentos.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que exija contra-sensos, desrazões ou incongruidades.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que exija atentados, guerras santas e degolas.

 

 

 

 

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que exija apócopes, supressões e anexações.

 

 

Anexação do Tibete pela China
(Em 1950, o regime comunista da China ordenou a invasão do Tibete,
que foi anexado como província. A oposição tibetana foi derrotada
numa revolta armada, em 1959. Como conseqüência, o 14° Dalai Lama,
Tenzin Gyatso, líder espiritual e político tibetano, se retirou para o norte
da Índia, onde instalou, na Cidade de Dharamsala, um Governo no exílio.)

 

 

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que exija autos-de-fé e suplícios pelo fogo.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que exija compromisso e observância da fé jurada.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que exija catequese e doutrinamento metódico.

 

 

 

 

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que faça nascer, que faça viver e que faça morrer.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que ame ou que odeie.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que penda mais para um lado do que para outro.

 

 

 

 

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que indulgencie um e que condene outro.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que interdite um e que autorize outro.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que prefira um e que ignore outro.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que escolha um e que seja indiferente com outro.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que negocie ou que agencie.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que provoque desalento, dores e aflições.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que promova alegrias, prazeres e deleites.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que conserve tão-só por conservar.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que extinga tão-só por extinguir.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que mande queimar por heresia.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que mande santificar por bom comportamento.

Não há um Primeiro Princípio
– um Ótimo Máximo
que esteja arquitetando um apocalipse catastrófico.

Todas essas esdruxulices são boçalidades humanas
que são transferidas para O que admitimos que seja
um
Primeiro Princípio ou um Ótimo Máximo onipotente que parimos.

E, em nome deste Primeiro Princípio ou Ótimo Máximo,
preferimos, preconceituamos e separamos,
afligimos, nos suicidamos e assassinamos.

E se passam Rondas e Raças-raízes,
horas, dias, noites, meses, anos, séculos e milênios,
e ± na mesma continuamos...

Enfim, só quando INICIATICAMENTE TRANSCOMPREENDERMOS
que não há, em termos fideístas, teológicos ou religiosos,
um Primeiro Princípio – um Ótimo Máximo – razão de coisa nenhuma,
que, por ignorância, foi inventado por nós à nossa imagem e semelhança,
com as nossas manias abstrusas e os nossos TOCs extravagantes,
então, teremos dado o primeiro passo triunfal no sentido
da nossa ILLUMINAÇÃO INTERIOR,
da nossa LIBERTAÇÃO/ASCENSÃO,
de MORRERMOS ao invés de morrermos,
de VIVERMOS ao invés de vivermos,
de SERMOS ao invés de sermos,
de PODERMOS ao invés de podermos
e de nos tornarmos SUPER-HOMENS-DEUSES ETERNOS
ao invés de mortais agrilhoados ao o-que-não-é,
em um espaço-tempo fictício, falso, vão, quimérico e enganoso.
Que assim seja. Está feito. Está selado. A.'.  U.'.  M.'.

 

 

 

 

______

Notas:

1. Algumas máximas do médico paracelsista, alquimista, astrólogo, matemático e cosmologista inglês Robert Fludd, também conhecido como Robertus de Fluctibus (Milgate House, Thurnham, Kent, 17 de janeiro de 1574 – Londres, 8 de setembro de 1637 ):

Os particulares são freqüentemente falíveis, mas, os Universais nunca. A Filosofia Oculta desnuda a Natureza em sua completa nudez, e, sozinha, contempla a Sabedoria dos Universais pelos olhos da inteligência. Acostumada a participar dos rios que fluem da Fonte da Vida, ela não está familiarizada com a grosseria nem com as águas turvas.

Absolutamente nada resta desse único medicamento de que Hipócrates [*460 a.C., em Cós; † 370 a.C., em Tessália] fez menção em vários lugares, e menos ainda suas operações são compreendidas, na medida em que ninguém, agora, procura com olhos de lince nas profundezas da Verdadeira Filosofia Natural, para obter um conhecimento preciso da sua composição e das suas virtudes.

Oh!, bom Deus! O que é isso, quando comparado com aquela Música Profunda e Verdadeira dos Sábios, pela qual as proporções das coisas naturais são investigadas, a concordância harmônica e as qualidades de todo o mundo são reveladas, e pela qual, também, as coisas estão conectadas e são unidas, a paz é estabelecida entre elementos conflitantes, e, por meio da qual, cada estrela é perpetuamente suspensa em seu lugar designado por seu peso e força e pela harmonia do seu Espírito Luminoso?

A Arte da Alquimia é cercada por tais enigmas insolúveis, que mal podemos ganhar alguma coisa além de ignorância e de ignotum per ignotius [o desconhecido através do desconhecido].

A Geomancia é uma arte natural, baseada nos poderes inatos da [personalidade-]alma humana, para coletar informações da Alma do Mundo [Anima Mundi].

2. T = Terrestre; IT = Intraterrestre; ET = Extraterrestre; UT = Ultraterrestre.

 

Música de fundo:

Symphony nº 6 (5th Movement)
Compositor: Ludwig van Beethoven

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=zNd1r3cU8WY&t=8s

Observação:

Admite-se que esta Sinfonia esteja associada ao 2º Raio (Illuminação Interior).

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.istockphoto.com/br

https://daily.jstor.org/tibet-and-china-65-years-later/

https://www.researchgate.net/

https://www.terra.com.br/

https://br.pinterest.com/pin/694258098789822742/

https://www.dw.com/pt-br/patriarca-cirilo-amigo-
de-putin-e-inclinado-ao-luxo/a-19043613

https://gifmania.com.br/index.php/2020/01/31/gif-animado-sim-ou-nao/

https://en.wikiquote.org/wiki/Robert_Fludd#:~:text=Particulars%20are%20
frequently%20fallible%2C%20but,by%20the%20eyes%20of%20intelligence.

https://www.britannica.com/biography/Robert-Fludd

https://www.ebay.com/itm/125669375951

https://en.wikipedia.org/wiki/Anima_mundi

https://stock.adobe.com/br/

https://www.vecteezy.com/free-vector/greek-gods

 

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