A solidão auto-imposta nos leva, gradual, mas, inconscientemente, ao suicídio. Não encontraremos uma nova maneira de viver sem abandonarmos a velha. Precisamos compreender que não há segurança nenhuma nas relações, na crença e na ação, e por a procurarmos é que criamos desordem. Toda busca por segurança gera desordem, pois, a ordem não é produto do pensamento. [In: A Outra Margem do Caminho, entrevistas realizadas na Índia, na Califórnia e na Europa, de autoria de Jiddu Krishnamurti.]
— Tornei-me anacoreta e morri para o mundo,
mas, meus desejos não morreram.
Tornei-me anacoreta e morri para o mundo,
mas, minhas paixões não morreram.
Tornei-me anacoreta e morri para o mundo,
mas, meus políticos de estimação não morreram.
Tornei-me anacoreta e morri para o mundo,
mas, meus anseios não morreram.
Tornei-me anacoreta e morri para o mundo,
mas, minhas manias não morreram.
Tornei-me anacoreta e morri para o mundo,
mas, meus delírios não morreram.
Tornei-me anacoreta e morri para o mundo,
mas, meus preconceitos não morreram.
Tornei-me anacoreta e morri para o mundo,
mas, minhas cobiças não morreram.
Tornei-me anacoreta e morri para o mundo,
mas, minhas ambições não morreram.
Tornei-me anacoreta e morri para o mundo,
mas, minhas aspirações não morreram.
Tornei-me anacoreta e morri para o mundo,
mas, minhas esperanças não morreram.
Tornei-me anacoreta e morri para o mundo,
mas, meus condicionamentos não morreram.
Tornei-me anacoreta e morri para o mundo,
mas, meus temores não morreram.
Tornei-me anacoreta e morri para o mundo,
mas, minhas dúvidas não morreram.
Tornei-me anacoreta e morri para o mundo,
mas, meus fantasmas não morreram.
Tornei-me anacoreta e morri para o mundo,
mas, minhas angústias não morreram.
Tornei-me anacoreta e morri para o mundo,
mas, minhas crenças não morreram.
Tornei-me anacoreta e morri para o mundo,
mas, as coisas do mundo não morreram.
Tornei-me anacoreta e morri para o mundo,
mas, minhas 'miralusões' não morreram.
Tornei-me anacoreta e morri para o mundo,
mas, minhas dependências não morreram.
Tornei-me anacoreta e morri para o mundo,
mas, minhas fantasias não morreram.
