Sri Yantra

 

Rodolfo Domenico Pizzinga


 

 

 

 

Antes de você ler o poema abaixo, recomendo a leitura do esclarecedor trabalho Os Elos Entre a Ciência Védica e a Religião KMT – A Conexão OM De Como e Porque Houve um Mesmo Instrutor, de autoria do Rev. Illuminatus Frater Velado – Ph.D., Irmão Leigo da Ordem Rosacruz e Dirigente da Ordo Illuminati Ægyptorum (Illuminates of Kemet) – recentemente divulgado pela The Svmmvm Bonvm Organization, no qual me inspirei para poematizar, e cujos endereços para leitura são:

http://svmmvmbonvm.org/conex.pdf

http://svmmvmbonvm.org/livrariaos+b/

http://svmmvmbonvm.org/aum_muh.html

 

 

 

 

 

 

Então, a Força externou sua pulsação,

e se manifestaram todas as Dimensões!1

O sacrossanto OM cantou a sua canção

e gerou o Yantra-Pai das geometrizações.

 

 

Em cada princípio (que não é princípio),

no Universo, é ouvida a canção do OM.

Ao findar (que jamais finda) o princípio,

faz-se o Silêncio2 do Sacrossanto OM.

 

 

A Força, manvantarizando e pralayando,

ora se desvela, ora se vela, ad æternum.

E nós – nascendo, vivendo, peregrinando –

um dia, nos alforriaremos, ad postremum.3

 

 

 

 

 

 

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Notas:

1. Qualquer número reconhecido (ou aceito) para as Dimensões Universais é meramente simbólico, pois admitir um número exato de Dimensões para o Universo seria limitá-lo, e o Universo, se, por um lado, é finito, por outro, é ilimitado. Logo, no verso em que está escrito e se manifestaram todas as Dimensões, melhor seria estar escrito e se manifestaram as Dimensões. Observe que no trabalho do Frater Velado (Os Elos Entre a Ciência Védica e a Religião KMT – A Conexão OM – De Como e Porque Houve um Mesmo Instrutor), está dito: Então, a Força externou sua pulsação, revelando-a, originando o Princípio, e a sua Energia se irradiou no Nada criando o espaço Cósmico com todas as suas 20.736 Dimensões... Ao se operar, sucessivamente, a adição e a redução teosóficas para o número 20.736, é obtido, finalmente, o número 9 (nove). O número 9 (nove) contém todos os outros números, mas isto não implica em limite. O número 9 (nove) é também o número do iniciado (6 + 3). É o emblema do amor, da beleza, da espiritualidade, do bem, da alegria, da paz, da solidariedade, da bondade e da temperança. Deixa patente inteireza e perfeição final – que tem fim apenas para um determinado ciclo ou era cósmica – pois representa as três voltas em torno do Triângulo. Poderemos fazer todas as especulações que quisermos, pois o nosso livre-alvedrio permite isto; o que é inquestionável é que de onde tudo sai (sem, na realidade, sair) tudo haverá de retornar! Mas, nossa meta deverá ser, sempre, nos transmutarmos para melhor, para podermos ascender. Se sairmos desta vida pior do que entramos, fracassamos; se sairmos igual, fracassamos também. Ou saímos melhor ou a encarnação não valeu a pena.

 

 

2. Na verdade, não há Silêncio; nunca há Silêncio. Em cada Prâlâyâ, o que há é ausência de manifestação (evolutiva ou reintegradora). É mais ou menos como se o Universo descansasse por 311.040.000.000.000 anos, o mesmo tempo em que manvantarizou. Mas, no todo – que não tem princípio ou fim isto dura menos do que um segundo!

3. Ad postremum = Finalmente.

 

Mantras de fundo: OM e Purnamadah

O OM é o mantra mais importante do Hinduísmo, de diversas religiões e de muitas fraternidades místico-iniciáticas. Diz-se que o OM contém o conhecimento dos Vedas e é considerado o Corpo Sonoro do Absoluto – Brahman. O OM é o som do universo e a semente que fecunda todos os outros mantras.

Om Purna Madah Purna Midam
Purnath Purnam Udachyate
Pur Nasya Purnam Adaya
Purnam Eva Vashishyate
Om Shantih.. Shantih... Shantih...


Isto é Plenitude; aquilo é Plenitude.
O que vem da Plenitude é Plenitude.
O que fica depois da Plenitude é Plenitude.
Se a Plenitude for retirada da Plenitude,
Que haja paz... Que haja paz... Que haja paz...