Os
Três Últimos Desejos
de Alexandre, o Grande*
Alexandre,
o Grande e seu cavalo Bucéfalo
(Batalha de Isso. Mosaico encontrado em Pompéia,
hoje no Museu Arqueológico Nacional, em Nápoles.
1º desejo) que seu caixão fosse transportado pelas mãos
dos médicos da época; 2º
desejo)
que os seus tesouros conquistados – como prata, ouro e pedras
preciosas –
fossem espalhados
no caminho até seu túmulo; e 3º
desejo)
que suas duas mãos fossem deixadas balançando no
ar, fora do caixão, à vista de todos.
Um dos seus generais, admirado com esses desejos
insólitos, perguntou a Alexandre quais
as razões desses pedidos. Ele explicou:
1º) quero que os mais eminentes médicos carreguem meu
caixão para mostrar que eles não têm poder de
cura perante a morte; 2º)
quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para
que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui
conquistados, aqui permanecem; e 3º)
quero que minhas mãos balancem ao vento para que as
pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e
que de mãos vazias partimos.
_____
*
Nota:
Alexandre
III da Macedônia, dito o Grande ou Magno, (20 de julho de 356
a.C. em Pella – 10 de junho de 323 a.C., em Babilônia)
foi um príncipe e soberano da Macedônia e um dos três
filhos de Filipe II e Olímpia do Épiro – uma fiel
e ardente mística do deus grego Dionísio. Alexandre
conquistou um império que ia dos Balcãs à Índia,
incluindo também o Egito e a Báctria (aproximadamente
o atual Afeganistão). Este império era o maior e o mais
rico que já havia existido. Existem várias razões
para estes grandes êxitos militares. Um deles é que Alexandre
era um general de extraordinária habilidade e sagacidade, talvez
o melhor de todos os tempos, pois nunca perdeu qualquer batalha, e
a expansão territorial que proporcionou é uma das maiores
da história, em um período bem curto de tempo. A sua
personalidade é considerada de formas diferentes, segundo a
percepção de quem o examina. Por um lado, foi um homem
de visão, extremamente inteligente, tentando criar uma síntese
entre o Oriente e Ocidente (encorajou o casamento entre seus oficiais
e mulheres persas, além de utilizar persas ao seu serviço).
Respeitador dos derrotados (acolheu bem a família de Dario
III e permitiu às cidades dominadas a manutenção
de governantes, da religião, da língua e dos costumes)
e admirador das ciências e das artes (fundou, entre algumas
dezenas de cidades homônimas, Alexandria, que viria a se tornar
o maior centro cultural, científico e econômico da Antigüidade
por mais de 300 anos, até ser substituída por Roma).
Por outro lado, profundamente instável e sanguinário
(as destruições das cidades de Tebas e Persepólis,
o assassinato de Parmênio, o seu melhor general, a sua ligação
com um eunuco), limitando-se a usar o pessoal de valor que tinha à
sua volta em proveito próprio. Alexandre
foi o mais célebre conquistador do mundo antigo. Em sua juventude,
teve como preceptor o filósofo Aristóteles. Tornou-se
rei aos 20 anos, na seqüência do assassinato do seu pai.
De qualquer modo, fez o que pôde para expandir o helenismo.
Uma
das frases famosas de Alexandre é: Nada
é impossível para aquele que persiste.
Nota
editada das fontes:
http://pt.wikiquote.org/wiki/Alexandre,_o_Grande
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandre,_o_Grande