SPRING IS HERE!

 


Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

Sempre que nós criticamos

é porque nos achamos melhores.

Mas, a cada crítica, não estamos

nos tornando cada vez piores?

 

 

vige para melhores e para piores.

Será que poderá haver exoneração

para os que se acham melhores?

 

 

Por nada poderá haver desobrigação.

Tanto os melhores quanto os piores,

um dia, entenderão: não há cavilação.

Quem são os piores? E os melhores?2

 


 

 

 

 

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Notas:

1. Só que, a partir de uma dada faixa vibratória ou dimensão, o processo é diferente daquele que conhecemos, e vai, progressivamente, apresentando outras características, nem sequer por nós imaginadas. O incessante movimento cósmico injunge mudanças, intensidades, rearranjos, adaptações, maximizações, minimizações, conformidades e adequações. Nada fica como é ou como está; a paralisação é antagônica e incompatível com a evolução (ou reintegração). Afinal, o que são os ciclos manvantáricos e pralaicos? Como ensinou o Mestre Kut Hu Mi, a planta e o animal abandonam suas estruturas quando a vida se extingue. O mesmo faz o mineral, apenas que a intervalos maiores, já que seu corpo rochoso é mais duradouro. O mineral morre ao final de cada ciclo manvantárico ou ao final de uma Ronda... Só há um Elemento. Falando metafisicamente, é um substrato ou causa permanente de todas as manifestações no universo fenomenal. Os antigos falavam de cinco elementos perceptíveis: Terra, Água, Ar, Fogo, Éter e de um elemento (imperceptível aos não-iniciados) o 6º. Princípio do Universo: chamemo-lo 'Purush Sakti'. E quanto a falar do sétimo, fora do santuário, era passível de morte. Mas, estes cinco apenas são os aspectos diferenciados do Uno. Assim como o homem é um ser sétuplo, da mesma maneira é o Universo; aquele, um microcosmo setenário, está para o macrocosmo setenário, assim como uma gota de água de chuva está para a nuvem da qual caiu e à qual voltará no curso do tempo. Neste Elemento Uno estão compreendidas ou incluídas as distintas tendências para a evolução do Ar, da Água, do Fogo etc. (desde uma condição puramente abstrata até concreta); e quando chamamos de elementos a estes últimos, é para indicar suas capacidades potenciais para produzir infinitas mudanças de forma de evolução do ser. Vamos representar a quantidade desconhecida por X: esta quantidade é o Princípio Uno, Eterno e Imutável, e A, B, C, D e E são cinco dos seis princípios menores ou componentes do mesmo, isto é, os princípios da Terra, da Água, do Ar, do Fogo e do Éter ('Akasa'), seguindo a ordem de sua espiritualidade e começando com o inferior. Há um Sexto Princípio que corresponde ao Sexto Princípio 'BUDDHI' no homem, mas que não podemos nomear, exceto entre os Iniciados. (Para evitar confusões, lembrai-vos que, ao se considerar a questão do lado da escala descendente, o Todo Abstrato ou Princípio Eterno, seria designado numericamente como o primeiro, e o Universo fenomênico como o sétimo, e tanto em relação ao homem ou ao Universo, visto do outro lado, a ordem numérica seria exatamente a contrária revertida). Eu posso, entretanto, sugerir que ele está ligado com o processo da mais alta intelecção. Chamemo-lo de N. E, além destes, há subjacente a todas as atividades do Universo fenomenal um impulso energizador vindo de X; chamemo-lo de Y. Estabelecida algebricamente a nossa equação poderia ser lida: A + B + C + D + E + N + Y = X. Cada uma dessas seis letras representa, digamos, o espírito ou abstração do que chamais elementos (o vosso pobre inglês não me oferece outra palavra). Este espírito governa toda a linha de evolução em seu próprio departamento, no curso de todo o ciclo 'manvantárico'. Este Espírito é a Causa Formativa, Vivificante, Impelidora e Desenvolvedora que opera por trás das inumeráveis manifestações fenomênicas desse departamento da Natureza. Vamos tratar de esclarecer a idéia com um só exemplo. Tomemos o fogo. D – o princípio ígneo primário residente em X é a causa essencial de toda manifestação fenomênica ígnea em todos os globos da cadeia. As causas imediatas são os agentes ígneos secundários e evoluídos que controlam separadamente as Sete descidas do Fogo em cada planeta, (cada elemento tem seus sete princípios e cada princípio os seus sete subprincípios, e estes agentes secundários, antes de atuar, terão, por sua vez, se convertido em causas primárias). D é um composto setenário cuja fração mais elevada é Espírito Puro. Como o vemos em nosso globo, ele está em sua condição mais grosseira e mais material, tão grosseiro em sua maneira como o homem em sua forma física. No globo que nos precedeu imediatamente, o Fogo era menos denso do que aqui; no precedente era menos ainda. Assim, o corpo da chama era mais e mais puro e espiritual. No primeiro de todos da cadeia 'manvantárica' apareceu como um resplendor objetivo, quase que totalmente puro – o 'Maha Buddhi', o Sexto Princípio da LLuz Eterna. Como o nosso globo se acha no fundo do arco, onde a matéria se apresenta em sua forma mais grosseira em companhia do espírito, quando o elemento Fogo se manifestar no próximo globo, subseqüente ao nosso no arco descendente, será menos denso de como o vemos agora. A sua qualidade espiritual será idêntica àquela que teve no globo que precedeu ao nosso no arco descendente; o segundo globo do arco ascendente corresponderá em qualidade, ao segundo globo anterior ao nosso no arco descendente etc. Em cada globo da cadeia há sete manifestações do Fogo, das quais, a primeira, pela ordem, corresponderá, quanto à qualidade espiritual, à última manifestação no planeta imediatamente precedente. Como deduzireis, o processo se inverte no arco oposto. A miríade de manifestações específicas destes seis elementos universais é, por sua vez, nada mais do que galhos, ramos e ramificações da una, singular e primordial 'Árvore da Vida'. E, não esqueçamos, como ensinou o Mestre Morya, que o Espírito (ou Vida) é indivisível. Se o Espírito (ou Vida) é indivisível, a coisa é a mesma em tudo e para tudo; apenas, como fiz referência, as mudanças, as intensidades, os rearranjos, as adaptações, as maximizações, as minimizações, as conformidades e as adequações variam em suas características intrínsecas e extrínsecas concertadamente com a faixa vibratória ou dimensão em que acontecem. Enfim, da mesma forma que nós não seremos e não ficaremos eternamente como somos hoje – uns mais ou menos isto, outros menos ou mais aquilo – Kut Hu Mi e Morya, por exemplo, não serão para sempre Kut Hu Mi e Morya. Da mesma forma que nós anelamos e, por mérito, ascenderemos, eles também, por um tipo de mérito muito mais complexo (que eu, nem de longe, imagino qual possa ser), também ascensionarão. Ou será que o nosso medo-tolice-egoísmo quer porque quer que os Mestres Ascensos fiquem eternamente como Mestres Ascensos, na vã esperança de que, um dia, por descuido ou melancolia, Eles façam por nós o que (ainda) não conseguimos fazer? Com relação a isto, para quem pensa assim, é urgente e indispensável tirar já o Equus caballus da chuva. Kut Hu Mi adverte: A regra de ferro é: quaisquer poderes que o indivíduo possa vir a adquirir, terá que consegui-los pessoalmente. Então, que fique claro: uma ajudinha aqui e ali, sim, é possível. Fazer por nós o que quer que seja, não. Os Mestres Ascensos jamais farão nada parecido com fazer por nós, porque isto não é simplesmente ultrajante, extravagante, esquisito, absurdo e incongruente, mas, principalmente e substantivamente, porque é inefetivo. Metaforicamente, eu arriscaria dizer que Eles até poderão emprestar a Chave, mas jamais abrirão a Porta. Depois de tudo isto, eu só posso candentemente desejar três coisas a todos nós e para todos os seres do Universo: Illuminação, Compreensão e Libertação.

 

 

 

 

2. Aqui, cabe repetir o ensinamento do Mestre Morya:

 

 

Indiscutível pela sua incontestabilidade, isto remete ao seguinte raciocínio: enquanto, no Universo, um ser estiver não, todos nós seremos e estaremos não; enquanto, no Universo, um ser estiver sim, todos nós seremos e estaremos sim. O mesmo e o outro é uma dupla ilusão.

 

Música de fundo:

Spring is Here
Música: Richard Rodgers
Letra: Lorenz Hart
Intérprete: Frank Sinatra

 

Página da Internet consultada:

http://thedefaultposition.wordpress.com/