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Notas:
1. Só
que, a partir de uma dada faixa vibratória ou dimensão, o
processo é diferente daquele que conhecemos, e vai, progressivamente,
apresentando outras características, nem sequer por nós imaginadas.
O incessante movimento cósmico injunge mudanças, intensidades,
rearranjos, adaptações, maximizações, minimizações,
conformidades e adequações. Nada fica como é ou como
está; a paralisação é antagônica e incompatível
com a evolução (ou reintegração). Afinal, o
que são os ciclos manvantáricos e pralaicos? Como ensinou
o Mestre Kut Hu Mi, a
planta e o animal abandonam suas estruturas quando a vida se extingue. O
mesmo faz o mineral, apenas que a intervalos maiores, já que seu
corpo rochoso é mais duradouro. O mineral morre ao final de cada
ciclo manvantárico ou ao final de uma Ronda... Só
há um Elemento. Falando metafisicamente, é um substrato ou
causa permanente de todas as manifestações no universo fenomenal.
Os antigos falavam de cinco elementos perceptíveis: Terra, Água,
Ar, Fogo, Éter e de um elemento (imperceptível aos não-iniciados)
o 6º. Princípio do Universo: chamemo-lo 'Purush Sakti'. E quanto
a falar do sétimo, fora do santuário, era passível
de morte. Mas, estes cinco apenas são os aspectos diferenciados do
Uno. Assim como o homem é um ser sétuplo, da mesma maneira
é o Universo;
aquele, um microcosmo setenário, está para o macrocosmo setenário,
assim como uma gota de água de chuva está para a nuvem da
qual caiu e à qual voltará no curso do tempo. Neste Elemento
Uno estão compreendidas ou incluídas as distintas tendências
para a evolução do Ar, da Água, do Fogo etc. (desde
uma condição puramente abstrata até concreta); e quando
chamamos de elementos a estes últimos, é para indicar suas
capacidades potenciais para produzir infinitas mudanças de forma
de evolução do ser. Vamos representar a quantidade desconhecida
por X: esta quantidade é o Princípio Uno, Eterno e Imutável,
e A, B, C, D e E são cinco dos seis princípios menores ou
componentes do mesmo, isto é, os princípios da Terra, da Água,
do Ar, do Fogo e do Éter ('Akasa'), seguindo a ordem de sua espiritualidade
e começando com o inferior. Há um Sexto Princípio que
corresponde ao Sexto Princípio 'BUDDHI' no homem, mas que não
podemos nomear, exceto entre os Iniciados. (Para evitar confusões,
lembrai-vos que, ao se considerar a questão do lado da escala descendente,
o Todo Abstrato ou Princípio Eterno, seria designado numericamente
como o primeiro, e o Universo fenomênico como o sétimo, e tanto
em relação ao homem ou ao Universo, visto do outro lado, a
ordem numérica seria exatamente a contrária revertida). Eu
posso, entretanto, sugerir que ele está ligado com o processo da
mais alta intelecção. Chamemo-lo de N. E, além destes,
há subjacente a todas as atividades do Universo fenomenal um impulso
energizador vindo de X; chamemo-lo de Y. Estabelecida algebricamente a nossa
equação poderia ser lida: A + B + C + D + E + N + Y = X. Cada
uma dessas seis letras representa, digamos, o espírito ou abstração
do que chamais elementos (o vosso pobre inglês não me oferece
outra palavra). Este espírito governa toda a linha de evolução
em seu próprio departamento, no curso de todo o ciclo 'manvantárico'.
Este Espírito é a Causa Formativa, Vivificante, Impelidora
e Desenvolvedora que opera por trás das inumeráveis manifestações
fenomênicas desse departamento da Natureza. Vamos tratar de esclarecer
a idéia com um só exemplo. Tomemos o fogo. D – o princípio
ígneo primário residente em X –
é a causa
essencial de toda manifestação fenomênica ígnea
em todos os globos da cadeia. As causas imediatas são os agentes
ígneos secundários e evoluídos que controlam separadamente
as Sete descidas do Fogo em cada planeta, (cada elemento tem seus sete princípios
e cada princípio os seus sete subprincípios, e estes agentes
secundários, antes de atuar, terão, por sua vez, se convertido
em causas primárias). D é um composto setenário cuja
fração mais elevada é Espírito Puro. Como o
vemos em nosso globo, ele está em sua condição mais
grosseira e mais material, tão grosseiro em sua maneira como o homem
em sua forma física. No globo que nos precedeu imediatamente, o Fogo
era menos denso do que aqui; no precedente era menos ainda. Assim, o corpo
da chama era mais e mais puro e espiritual. No primeiro de todos da cadeia
'manvantárica' apareceu como um resplendor objetivo, quase que totalmente
puro – o 'Maha Buddhi', o Sexto Princípio da LLuz Eterna. Como
o nosso globo se acha no fundo do arco, onde a matéria se apresenta
em sua forma mais grosseira em companhia do espírito, quando o elemento
Fogo se manifestar no próximo globo, subseqüente ao nosso no
arco descendente, será menos denso de como o vemos agora. A sua qualidade
espiritual será idêntica àquela que teve no globo que
precedeu ao nosso no arco descendente; o segundo globo do arco ascendente
corresponderá em qualidade, ao segundo globo anterior ao nosso no
arco descendente etc. Em cada globo da cadeia há sete manifestações
do Fogo, das quais, a primeira, pela ordem, corresponderá, quanto
à qualidade espiritual, à última manifestação
no planeta imediatamente precedente. Como deduzireis, o processo se inverte
no arco oposto. A miríade de manifestações específicas
destes seis elementos universais é, por sua vez, nada mais do que
galhos, ramos e ramificações da una, singular e primordial
'Árvore da Vida'. E,
não esqueçamos, como ensinou o Mestre Morya, que o
Espírito (ou Vida) é indivisível. Se
o Espírito (ou Vida) é indivisível, a coisa
é a mesma em tudo e para tudo; apenas, como fiz referência,
as mudanças, as intensidades, os rearranjos, as adaptações,
as maximizações, as minimizações, as conformidades
e as adequações variam em suas características intrínsecas
e extrínsecas concertadamente com a faixa vibratória ou dimensão
em que acontecem. Enfim, da mesma forma que nós não seremos
e não ficaremos eternamente como somos hoje – uns mais ou menos
isto, outros menos ou mais aquilo – Kut Hu Mi e Morya, por exemplo,
não serão para sempre Kut Hu Mi e Morya. Da mesma forma que
nós anelamos e, por mérito, ascenderemos, eles também,
por um tipo de mérito muito mais complexo (que eu, nem de longe,
imagino qual possa ser), também ascensionarão. Ou será
que o nosso medo-tolice-egoísmo quer porque quer que os Mestres Ascensos
fiquem eternamente como Mestres Ascensos, na vã esperança
de que, um dia, por descuido ou melancolia, Eles façam por nós
o que (ainda) não conseguimos fazer? Com relação a
isto, para quem pensa assim, é urgente e indispensável tirar
já o Equus
caballus da chuva. Kut Hu Mi adverte: A
regra de ferro é: quaisquer poderes que o indivíduo possa
vir a adquirir, terá que consegui-los pessoalmente. Então,
que fique claro: uma ajudinha aqui e ali, sim, é possível.
Fazer por nós o que quer que seja, não. Os Mestres Ascensos
jamais farão nada parecido com fazer
por nós, porque isto não é simplesmente
ultrajante, extravagante, esquisito, absurdo e incongruente, mas, principalmente
e substantivamente, porque é inefetivo. Metaforicamente, eu arriscaria
dizer que Eles até poderão emprestar a Chave, mas jamais abrirão
a Porta. Depois de tudo isto, eu só posso candentemente desejar três
coisas a todos nós e para todos os seres do Universo: Illuminação,
Compreensão e Libertação.
2. Aqui,
cabe repetir o ensinamento do Mestre
Morya:
Indiscutível
pela sua incontestabilidade, isto remete ao seguinte raciocínio:
enquanto, no Universo, um ser estiver não, todos nós seremos
e estaremos não; enquanto, no Universo, um ser estiver sim, todos
nós seremos e estaremos sim. O mesmo e o outro
é uma dupla ilusão.
Música
de fundo:
Spring
is Here
Música:
Richard Rodgers
Letra: Lorenz Hart
Intérprete: Frank Sinatra
Página
da Internet consultada:
http://thedefaultposition.wordpress.com/