A
Somália é o País mais oriental da África,
e ocupa uma área de 637.657 km² (aproximadamente igual
à soma da área dos estados brasileiros de Minas Gerais
e Espírito Santo). A região ocupada pelo País
é comumente chamada Chifre da África – pela
semelhança entre o desenho de seu mapa com o chifre de um
rinoceronte. A região do Chifre da África (ou Corno
de África, como é conhecida em Portugal) também
inclui os vizinhos Etiópia e Djibuti.
O
País está situado na costa leste africana ao norte
da linha do Equador, entre o Golfo de Aden, a norte, e o Oceano
Índico a leste. Seu território consiste de muitos
platôs, planícies e montanhas. O norte do País
é montanhoso, com altitudes entre 900 e 2.100 metros. No
noroeste do País, na região autônoma de Somalilândia
(auto-declarada independente), segue a cadeia montanhosa de Cal
Madow (Surud) desde a fronteira noroeste com a Etiópia até
a região de Sanaag, onde se localiza o ponto mais elevado
do País no pico Shimbiris com 2.450 metros. As áreas
do centro e do sul são planas, com altitudes inferiores a
180 metros. Os rios Juba e Shabele nascem na vizinha Etiópia
e atravessam o País em direção ao Oceano Índico.
O Shebele, entretanto, não alcança o mar, exceto em
períodos de chuva mais intensa.
A
ONU declarou nesta quarta-feira (20 de julho de 2.011) oficialmente
o estado
de crise de fome em duas regiões do sul da Somália,
Bakool e Lower Shabelle, algo inédito neste País durante
os últimos 20 anos, e pediu à comunidade internacional
US$ 300 milhões para salvar
vidas.
Cada
dia que demoramos a mais a prestar assistência é, literalmente,
questão de vida ou morte para as crianças e suas famílias
nas áreas afetadas pela crise de fome, afirmou
nesta quarta-feira o coordenador de Assuntos Humanitários
da ONU para a Somália, Mark Bowden, em uma movimentada entrevista
coletiva em Nairóbi.
Se
não atuamos agora – advertiu – a
crise de fome se estenderá às oito regiões
do sul da Somália nos próximos dois meses, devido
às pobres colheitas e aos surtos de doenças infecciosas.
Quase a metade da população
somali – 3,7 milhões de pessoas – está
em uma situação de crise humanitária, das quais
2,8 milhões vivem no sul, indicam os dados das Nações
Unidas.
A ONU esclareceu nesta quarta-feira que uma crise
de fome é declarada tecnicamente quando existe a combinação
das seguintes variáveis: o índice de desnutrição
aguda entre as crianças supera 30%, mais de duas pessoas
– para cada 10 mil habitantes – morrem ao dia e as pessoas
precisam de acesso a alimentos e outras necessidades básicas.
Bowden ressaltou que na Somália os índices
de desnutrição são
atualmente os mais altos do mundo, e precisou que em
algumas zonas de Bakool e Lawer Shabelle se registram mais de seis
mortes diárias, para cada 10 mil habitantes, de crianças
menores de cinco anos.
Além disso, as áreas
mais afetadas do sul da Somália abrigam cerca de 310 mil
crianças que sofrem desnutrição aguda, na pior
crise alimentar da África desde a crise de fome que bateu
neste País entre 1991 e 1992.
A
Somália – insistiu o coordenador –
enfrenta
sua pior crise alimentícia dos últimos 20 anos. Os
próximos dois meses são cruciais. É o momento
de realizar uma ação excepcional.
A
falta
de recursos é nossa maior limitação e preocupação,
ressaltou o responsável da ONU, que especificou que
faltam US$ 300 milhões para enfrentar a situação
nos próximos dois meses. Com esta ajuda, ressaltou
Bowden, há
vidas que podem ser salvar de maneira imediata.
O sul da Somália se
acha, praticamente em sua totalidade, sob o controle da milícia
fundamentalista islâmica Al Shabab – vinculada à
rede terrorista Al Qaeda – que no último dia 5 de julho
levantou o veto imposto em 2010 às organizações
humanitárias para operar em seus domínios.
O coordenador humanitário
admitiu que o sul somali está
amplamente controlado por Al Shabab, mas garantiu que
os funcionários das Nações Unidas contam com
garantias
de segurança no terreno e com o
apoio das comunidades locais.
Tão grande é
o desespero de muitos somalis que 166 mil escaparam neste ano da
fome e da miséria para buscar refúgio em países
vizinhos, como o Quênia e a Etiópia, dos quais 100
mil empreenderam a fuga a partir do maio passado, segundo a ONU.
Muitas dessas famílias somalis buscam ajuda no campo de refugiados
de Dadaab (leste do Quênia), considerado o maior do mundo
e desenhado para 90 mil pessoas, mas que atualmente recebe cerca
de 400 mil refugiados.
A seca que castiga o Chifre
da África e seus devastadores efeitos acirram as dificuldades
para cerca de 11 milhões de pessoas da região, assinalam
as Nações Unidas e as ONGs de ajuda humanitária.
No entanto, a ONU indicou
que não prevê que a crise de fome se estenda além
da Somália na região, apesar da situação
de grave crise alimentícia que padecem o sul da Etiópia
e o norte do Quênia.
E
o Brasil? O que faz? Só para citar dois exemplinhos, está
gastando e gastará milhões + milhões de dólares
para promover uma Copa do Mundo e uma Olimpíada! Tenho alguma
coisa contra Copas do Mundo e Olimpíadas? Não; nenhuma.
Mas tenho tudo contra o descaso, e nisto o Brasil é igualzinho
aos países ricos e poderosos: está cagando e andando.
Caga tanto e anda tanto que desvia e rouba até os recursos
destinados à reconstrução da Região
Serrana do Rio de Janeiro, cuja infra-estrutura foi recentemente
desmontada por uma severidade de proporções cataclísmicas
jamais registrada na história de Teresópolis, de Petrópolis
e de Friburgo. Os sem-nada continuam sem nada! Já no Ministério
dos Transportes, é escândalo, é corrupção,
é roubalheira é et cetera e tal. Eu, que
pouco posso fazer – mas faço tudo que posso –
choro e oro, oro e choro. E morro de vergonha! Enquanto pensarmos
ou dissermos foda-se... Enquanto formos indiferentes ao amor e insensíveis
à dor do outro... Enquanto não aprendermos que somos
todos um... Bolas! Enquanto não arrumarmos um pouco de vergonha
na cara...