Observação:
Só em parte este soneto é autobiográfico. Nunca fui
chegado às águas-de-setembro; minha boemia intemperante era
a seco. Quanto às minhas vitórias
de Pirro, todas, sem exceção, acabaram por se mostrar educativas,
benfazejas e estimulantes. E as canetas que eu idealizei, já não
escrevem mais ordens para me envergonhar e comprometer. Suas tintas secaram!
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Nota:
1.
Vitória pírrica ou vitória de Pirro é uma expressão
utilizada para expressar uma vitória obtida a alto preço,
potencialmente acarretadora de prejuízos irreparáveis. A
expressão recebeu o nome do rei Pirro do Épiro (nome de uma
das treze periferias da Grécia, localizada no sudoeste da península
balcânica), cujo exército havia sofrido perdas irreparáveis
após derrotar os romanos na Batalha de Heracleia, em 280 a.C., e
na Batalha de Ásculo, em 279 a.C., durante a Guerra Pírrica.
Após a segunda batalha, Plutarco apresenta um relato feito por Dioniso
de Halicarnasso:
Os exércitos se separaram, e, diz-se, Pirro teria respondido
a um indivíduo que lhe demonstrou alegria pela vitória que
'uma outra vitória como esta o arruinaria completamente', pois ele
havia perdido uma parte enorme das forças que trouxera consigo, e
quase todos os seus amigos íntimos e principais comandantes; não
havia outros homens para formar novos recrutas, e encontrou seus aliados
na Itália recuando. Por outro lado, como que em uma fonte constantemente
fluindo para fora da cidade, o acampamento romano era preenchido rápida
e abundantemente por novos recrutas, todos sem deixar sua coragem ser abatida
pela perda que sofreram, mas, sim, extraindo de sua própria ira nova
força e resolução para seguir adiante com a guerra.