SOBRE A ESPERANÇA

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

 

Que aqueles que realmente desejam apre[e]nder abandonem tudo e venham até nós, em lugar de nos pedirem ou esperar que vamos até eles.

 

Mestre Kut Hu Mi

 

 

 

 

 

Por definição, como está registrado no Dicionário Eletrônico Houaiss, esperança é o sentimento de quem vê como possível a realização daquilo que deseja; confiança em coisa boa. É também aquilo ou aquele de que se espera algo, em que se deposita a expectativa; promessa. A esperança é uma crença emocional na possibilidade de resultados positivos relacionados com eventos e circunstâncias da vida pessoal. A esperança requer uma certa perseverança, isto é, deve-se acreditar que algo é possível, mesmo quando há indicações do contrário. A esperança é também uma das três virtudes teologais do Cristianismo. Por meio desta virtude, os cristãos desejam e esperam de Deus a Vida Eterna e o Reino de Deus como a felicidade última, depositando as suas confianças e esperanças nas promessas do Cristo. Para merecer esta insubstituível graça, os cristãos acreditam que a ajuda-intervenção do Espírito Santo é fulcral, e, neste sentido, de maneira geral, agem mais por imperativos hipotéticos do que por imperativos categóricos – o que é uma lástima.

 

Bem, há até o ditado popular quem espera sempre alcança. Se eu dissesse que concordo com este ditado, estaria mentindo. Se eu dissesse que, em parte, concordo com este ditado, admitindo que quem espera, talvez, possa vir a alcançar, também não estaria sendo fiel às minhas convicções, pois estou firmemente convencido de que quem espera não alcança lhufas, e que, quando alcança, se alcança, é porque, de uma forma ou de outra, fez por merecer alcançar aquilo que esperava. Essas coisas de prêmio e castigo, de graça e milagre, de jetatura e mandinga etc., só em histórias infantis de fadas boas e fadas más, de Harry Potter e congenéricos. Na vida real, é diferente; e quem acredita e se deixa enganar por estas quimeras e/ou manobras astuciosas acaba pagando o preço da sua credulidade bem-intencionada, arrastando, muitas vezes, outros que também têm propósitos verdadeiros, o que é mesmo muito deplorável e causa consternação.

 

Como deixou escrito Helena Petrovna Blavatsky em Ísis Sem Véu I, os contos de fadas não pertencem apenas aos berçários. Os homens – com exceção de uns poucos que, no decorrer dos tempos, compreenderam o seu verdadeiro significado e procuraram abrir os olhos dos supersticiosos têm ouvido tais contos sob uma forma ou outra, e depois de os transformar em símbolos sagrados, chamaram a isto de religião. Isto é como a brincadeira infantil da amarelinha (brincadeira infantil que consiste em saltar, com apoio em uma só perna, casa à casa de uma figura riscada no chão, após jogar uma pequena pedra achatada ou objeto semelhante, em direção a cada uma das casas – quadrados seqüencialmente, pulando a que contém a pedra ou objeto), que de amarelinha não tem nada. É sobre estas embaralhações que pretendo mastigar algumas idéias a seguir, todas entrelaçadas entre si, pois a cola que as une é a tal da esperança.

 

 

 

 

Vou abordar, em primeiro lugar, o papel da Organização das Nações Unidas (ONU), que foi fundada oficialmente em 24 de outubro de 1945, depois da assinatura da sua Carta em São Francisco, Califórnia, por 51 países, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. Se a ONU teve um papel relevante no passado, hoje, praticamente, não é mais tão respeitada assim. E quando é ouvida e respeitada é por puro interesse e jogo político. Por que quem tem o dinheiro e os canhões haveria de respeitar a ONU? Basta ver, por exemplo, o que está se passando em Honduras, situação complicada que nem a Organização dos Estados Americanos (OEA), criada em 1948, com sede em Washington (Estados Unidos), cujos membros são as 35 nações independentes do continente americano, consegue oferecer uma solução que adequadamente contemple e satisfaça os atores envolvidos.

 

Estou começando a escrever este ensaio, de manhãzinha, às 6,30 h de 16 de outubro de 2009, sexta-feira, e a informação que circula é que o Presidente deposto de Honduras, José Manuel Zelaya Rosales (também conhecido como Mel Zelaya), deu mais 12 horas para que o Governo interino aceite a volta dele ao poder. O prazo terminaria a 0 h desta sexta-feira, mas foi estendido até as 12,00 h (horário local, 15,00 h horário de Brasília) desta sexta-feira. Não pretendo entrar no mérito (ou demérito) político da deposição de Zelaya e nem vou discutir a questão democrática que envolve esta crise. Apenas tomo este fato para exemplificar que se o Senhor Zelaya ficasse esperando esperançoso que a ONU, a OEA, o Departamento de Estado Americano e, até mesmo, o Governo Brasileiro resolvessem (para ele) o problema de sua destituição estaria jodido e desgraciado. Ele, certamente, pediu ajuda a todo mundo, mas não ficou esperando sentado e rezando para que o seu retorno à Presidência caísse milagrosamente do céu. Articulou, deu entrevista, ameçou, xingou, conspirou; está fazendo o caralho para reaver a Presidência. Palmas para Zelaya. A bola, agora, está com Roberto Micheletti Bain, que, até o instante em que escrevo estas linhas, não aceita a volta imediata de Zelaya ao poder. Este exemplo pode parecer meio tolo, mas não é. Diversos chefes de Governo depostos se conformaram com a exoneração e aceitaram o exílio. Ora bem, aceitaram porque estavam montados no dinheiro... Que afanaram do povo na mão-leve. Zelaya, não; está lutando pelo que acredita. Se irá levar, isto são outras quinhentas lempiras!

 

 

 

 

Um outro tema que, por si, daria uma monografia inteira é a questão ambiental. Por exemplo, uma nova pesquisa alerta que no atual ritmo de aquecimento, o Oceano Ártico poderá ficar sem gelo no verão em até vinte anos. A maior parte do derretimento deve ocorrer na próxima década. O estudo sobre o lugar mais frio do Planeta foi feito pelo professor Peter Wadhams, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Segundo Wadhams, o Oceano Ártico poderá perder a grossa camada de gelo nos meses mais quentes do ano e até se tornar navegável. A camada de gelo desaparecerá completamente no verão entre 20 e 30 anos, mas, antes disso, ela já terá diminuído consideravelmente, afirmou Wadhams. E mais: a camada de gelo do Ártico tem derretido de forma mais rápida do que o esperado; e sem a camada de gelo polar teremos um mundo diferente e bem mais quente. Se, por um lado, com o derretimento, seria possível explorar, com mais facilidade, reservas de gás e de petróleo no Pólo Norte, por outro, os pesquisadores alertam que a mudança traria sérios impactos ambientais, sendo que o principal, talvez, seja a elevação do nível dos mares e dos oceanos em mais de um metro até 2100, causando a inundação de regiões costeiras e afetando potencialmente um quarto da população mundial.

 

Ora, queremos petróleo? Queremos gás? Queremos satisfazer nossas necessidades? Então, em um momento posterior não adianta chorar o leite derramado por causa dos avisados e efetivados desastres ambientais causados pelas queimas absurdamente crescentes do ouro negro cobiçado e do gás necessitado, e requestar depois a Deus que dê um jeitinho no fudelhufas de cagahouse ambiental, com a esperança que Ele faça um milagre especial e divino. Ele não fará.

 

Dizem que Deus é fiel, que Deus é Pai, mas parece que é um Pai meio durão que não mima e que não atende à rogativas esdrúxulas e à encomendações escalafobéticas. Na biografia de Santa Teresa de Ávila ou Santa Teresa de Jesus (Gotarrendura, 28 de março de 1515 – Alba de Tormes, 4 de outubro de 1582) está relatado o seguinte diálogo de Teresa com Deus: — Senhor, se estou cumprindo Tuas Ordens, por que tenho tantas dificuldades no caminho? Deus respondeu: — Teresa, não sabes que é assim que trato os meus amigos? Teresa, honrando seu sangue espanhol, respondeu: — Ah, Senhor, então é por isto que tens tão poucos amigos!

 

Também esperar que a Natureza resolva se defender de tanta agressão é outra esperança vã. Não é possível esperar mais. Na verdade, a hora já passou, porque mesmo que medidas drásticas e concertadas fossem tomadas para reverter o aquecimento global e suas danosas conseqüências, o mal já está feito e haveremos de pagar o preço de nossa irresponsabilidade cobiçante. Isto também não quer dizer que devemos cruzar os braços e foda-se. Se a coisa não é tão para já, não podemos, por isto, egoisticamente, deixarpralá. Somos hoje – e seremos no futuro – responsáveis pela herança que deixaremos para os que vierem depois. E para nós próprios, também, pois haveremos de aqui voltar até nos manumitirmos da necessidade educativa de encarnar na Terra.

 

Diz João em seu Evangelho (X, 10): O ladrão não vem senão para roubar, e matar e perder; eu vim para que tenham vida e estejam na abundância. Ora, isto não quer dizer que devemos ficar de braços cruzados, não fazer nada e esperar que Deus derrame Sua abundeza sobre nós. Pensar na morte da bezerra? Esperança? Esperar o quê? Temos que trabalhar; temos que conquistar; temos que merecer. Nem injeção na veia é de graça, e o meio ambiente não vai esperar nem mais um segundo. Eu só tenho pena das focas, dos ursos-polares e das raposas do ártico.

 

 

 

 

 

 

Um terceiro assunto é a questão da educação dos filhos. Sim, Gibran Khalil Gibran (1883 – 1931) está certo. Vossos filhos não são vossos filhos. São os filhos e as filhas da ânsia da Vida por si mesma. Vêm através de vós, mas não de vós. E embora vivam convosco, não vos pertencem.

 

Isto não quer dizer que devemos ter a esperança desmazelada de que a vida se incumba de solucionar os problemas que começam a aparecer com a idade. Essa coisa de que com o tempo eles aprendem é balela, pura conversa-fiada. Com o tempo, sim, não há quem não aprenda, mas, às vezes, a porta foi arrombada de tal maneira que – quem sabe? – só em uma próxima encarnação ela possa vir a ser consertada. Isto, se houver uma próxima encarnação! Derrepentemente, o cara é transferido para não sei onde... E aí? Como é que fica?

 

Por outro lado, esperar que um pastor, um padre ou sei lá quem faça o que deveria ser ou ter sido responsabilidade de um pai ou de uma mãe é tapar o Sol com a peneira ou enxugar gelo com toalha de filó. E quem deixa um vício ou o que seja por uma crença troca seis por meia dúzia e mistura alhos com bugalhos, pois isto nada mais é do que uma aplicação perigosa da lei do menor esforço. Só a compreensão liberta. O fato é que os pais, muitas vezes, estão cansados para ouvir os filhos. Os filhos, então, por sua vez, se cansam de querer falar e de não serem ouvidos, fecham a porta e vão embora. A porta foi arrombada às avessas!

 

Vou dar um exemplo pessoal. Sou divorciado e estou no quarto (e último) casamento. Pelo menos uma vez por semana, meu filho aparece aqui em casa, e fica, de vez em quando e quando cisma, batendo papo comigo até seis horas da matina. Lá pelas tantas, já estou trêbado de sono, mas converso até ele resolver ir dormir. Vez que outra, confundo espada-de-ogum com espada-de-são-jorge e coco de grilo com crocodilo, mas não entrego os pontos. É assunto de todo tipo, menos misticismo ou coisas espirituais, pois ele não suporta estes temas, ainda que eu, aqui e ali, dê uns pitacos. Como ele e sua irmã foram educados sem deuses, sem demônios e sem culpas, construíram uma moral particular livre e muito interessante. Em resumo: eles não fazem mal à uma mosca e ajudam todos em tudo. Mas não esperam nada em troca, e eu não espero nada deles.

 

 

 

 

 

E, finalmente, vou abordar a questão da idéia de Deus. Isto foi o maior e o melhor negócio que já foi inventado. Melhor até do que petróleo, pois o investimento é quase zero. Perguntaram, certa vez, ao magnata do petróleo Paul Getty (1892 – 1976) quais eram os três melhores negócios do mundo. Dizem que ele respondeu algo mais ou menos assim: — O primeiro é petróleo bem administrado; o segundo é petróleo mal administrado; e o terceiro é petróleo sem qualquer administração. Com religião é muito melhor; basta montar um barraco no nada, que, em pouco tempo, o gerente auto-investido fica podre de rico. E se combinar com alguém para dar testemunho de milagre extravagante, o enriquecimento indébito, injusto e sem causa é meteórico.

 

Pela educação tradicional de berço, por medo do demônio e do inferno, pela aceitação de doutrinas teológicas que, desprezando a razão, preconizam a existência de verdades absolutas fundamentadas na revelação e na fé (e muitas pessoas acreditam!), por ouvir dizer, por precisar de um milagre, pela salvação da alma, por isto, por aquilo et cetera e tal as pessoas acabam adotando uma deidade para acreditar.

 

Ao longo da história da Humanidade a idéia ou compreensão de Deus assumiu várias concepções em todas sociedades e em todos os grupos já existentes, desde as primitivas formas pré-clássicas das crenças provenientes das tribos da Antigüidade até os dogmas das modernas religiões da civilização atual. Deus, muitas vezes, é expressado como o Criador e Senhor do Universo. Teólogos têm relacionado uma variedade de atributos para concepções de Deus muito diferentes. Os atributos mais comuns, entre outros, incluem onisciência, onipotência, onipresença, benevolência, providência, incriabilidade, simplicidade divina, zelo, sobrenaturalidade, eternidade e existência necessária. Estes atributos foram todos suportados em diferentes graus anteriormente pelos filósofos e teólogos judeus, cristãos e muçulmanos, incluindo Moisés Maimônides (1135 – 1204), Agostinho de Hipona (354 – 430) e Abu Hamid Muhammad ibn Muhammad al-Ghazali (1059 – 1111), respectivamente. Muitos filósofos medievais notáveis desenvolveram argumentos para a existência de Deus, tencionando combater as aparentes contradições implicadas por muitos destes atributos. Mas, as contradições só fizeram aumentar e, com o tempo, acabaram comprometendo e deteriorando os aspectos morais e espirituais que as principais religiões da Segunda Via agasalhavam. Um exemplo clássico é que todas as religiões repelem com veemência o assassinato, e desde sei lá quando, até hoje, sempre se matou em nome de deus, da fé e da religião.

 

 

 

 

Mas preciso encerrar estas reflexões. E vou encerrar trazendo à baila, novamente, a questão dos negócios com deus. Se a televisão foi uma das mais bem-afortunadas aquisições da Humanidade, nesta matéria – os negócios com deus – se tornou um verdadeiro balcão de negócios. Não há uma única religião que não use a telinha para oferecer um ganhozinho em troca de um dinheirinho aqui no meu bolsinho. Óbolo já não é mais pedido nem aceito; é considerado uma mixuruquice. São religiosos de todas as confissões pedindo e oferecendo tudo a qualquer hora. De madrugada, então, é um verdadeiro shopping center. Dê um cascalhinho pro tio que você ganhará o dobro, o triplo, o quádruplo, o quíntuplo, o sêxtuplo... Dez vezes mais... Quer milagre, quer emprego, quer que o seu filho largue as drogas, quer que a sua filha pare de dar pra todo mundo, quer que o seu marido (ou esposa) volte, quer que a dor passe, quer que o mau-olhado desapareça, quer que o seu patrão lhe dê um aumento, quer que o tumor suma? Quer? Quer? Quer? Então, dê uma oferta especial, dê seu salário, dê seu carro, dê sua casa, seja patrocinador, seja um colaborador fiel e por aí vai. Negócios escusos e fedorentos com pretensos e autonomeados intermediários de deus (na verdade, em que o demônio posa como deus), mas que os paturebas pensam que estão fazendo um sincero e válido toma-lá-dá-cá com deus.

 

Ora, vou admitir que exista um Deus. Se Ele fez tudo, se criou tudo, é dono de tudo; não precisa negociar nada com ninguém. As coisas e os papos com esta presumida Deidade só podem ser categóricos, jamais hipotéticos. Ter a tola esperança que Deus aceite uma graninha para fazer um milagrinho é maracutaia da pior qualidade. Se eu fosse Deus e alguém vinhesse me propor uma merda destas, eu juro que mandaria um raio desabar na cabeça do maracutoso.

 

Quem espera não alcança!

 

Só a compreensão liberta!

 

Somos responsáveis por tudo!

 

Precisamos aprender a ter vergonha na chocolateira! Se tivéssemos pudor, pelo menos, pensaríamos ou diríamos: Domine, non sum dignus ut intres sub tectum meum; sed tantum dic Verbo et sanabitur anima mea.

 

 

 

 


 

Rio de Janeiro, 16 de outubro de 2009, 11h:26min.
(Texto atualizado em 16 de outubro de 2009, 20h:25h)
(Última atualização: 17 de outubro de 2009, 4h:28h)

 

 

 

Esta é a terceira e última atualização que faço neste rascunho. O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, rechaçou nesta sexta-feira (16 de outubro de 2009) mais uma proposta de acordo com os negociadores do Governo interino de Roberto Micheletti. Segundo o porta-voz de Zelaya, Victor Meza, depois de mais um dia de negociações, o acordo proposto pelos representantes do Governo interino é absolutamente absurdo e inaceitável. Meu palpite é que o presidente de fato de Honduras e o seu grupo estão cozinhando o senhor Zelaya em banho-maria até que chegue 15 de novembro – data estabelecida para ocorram eleições no País. Feitas as eleições e apurados os votos, Zelaya não terá mais o que reivindicar, e a crise política se diluirá por si mesma. Só não enxerga isto quem não quer.

 

 

 


 

 

 

Páginas da Internet consultadas:

http://media.photobucket.com

http://fotosdenatureza.blogspot.com/
2009/08/raposa.html

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/

http://www.levir.com.br/index.php

http://scienceblogs.com/guiltyplanet/2009/10/
guilt_and_shame_whats_the_difference.php

http://ibepiglet.com/images/

http://www.wisegorilla.com/images/
worldreligions/worldreligions.html

http://www.bomcaminho.com/wg001.htm

http://paginapublicidad.com/img/

http://www.teclasap.com.br/blog

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Agostinho_de_Hipona

http://www.estadao.com.br/
vidae/not_vid428419,0.htm

http://www.dw-world.de/dw/article/0,,4792754
,00.html?maca=bra-rss-br-top-1029-rdf

http://www.band.com.br/jornalismo/
mundo/conteudo.asp?ID=204315

http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%
A3o_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas

http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%
A7%C3%A3o_dos_Estados_Americanos

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Esperan%C3%A7a_(filosofia)

 

Música de fundo:

Pedro Pedreiro
Composição e interpretação: Chico Buarque

Fonte:

http://www.belasmidis.com/
Nacional/Chico_Buarque/index.html