SÍRIA-2017
(A Guerra não é a Senda Reta!)

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

Como a Guerra da Síria –
Virou a Maior Crise Humanitária da Atualidade

 

Ao longo de seis anos, a Guerra Civil na Síria se transformou na maior crise humanitária da atualidade.

Em 2011, a Primavera Árabe chegou à Síria. A onda de protestos populares contra ditadores, que já atingia a Tunísia, a Líbia e o Egito, agora mirava também Bashar al-Assad. Mas, ao contrário do que aconteceu nos outros países, na Síria, o ditador não caiu. Assad reagiu com forte repressão. Parte da oposição pegou em armas.

A revolução popular evoluiu para uma guerra que não parou mais. Mais de 470.000 pessoas já morreram, a grande maioria civis. Cinco milhões de pessoas fugiram para outros países.

Assad é um muçulmano da corrente alauita minoritária no País. Os grupos rebeldes variam entre os mais moderados e os radicais, e são, na maioria, da corrente sunita do Islã.

Em 2012, a Síria admitiu pela primeira vez que tinha armas químicas. O então presidente americano, Barack Obama, ameaçou usar força militar, caso Assad ultrapassasse o que ele chamou de linha vermelha e usasse essas armas.

Em 2013, a Síria ultrapassou a linha vermelha, fez um ataque químico na cidade de Ghouta, que era controlada por rebeldes. Mais de 500 pessoas morreram.

Obama pediu autorização ao Congresso para usar força militar contra a Síria, mas, não conseguiu aprovação.

A guerra interna deixou a Síria em caos e o grupo terrorista Estado Islâmico nascido no vizinho Iraque aproveitou para ocupar territórios sírios.

A partir daí, era o Governo de Assad contra os vários grupos rebeldes e também contra o Estado Islâmico.

Em 2014, Barack Obama liderou a formação de uma coalizão para atacar o Estado Islâmico, que já controlava grandes áreas na região. Isto poderia ajudar Assad a se livrar de um dos seus inimigos. Por isto, muitos países não quiseram se envolver.

Em 2015, o Governo de Assad estava enfraquecido. Além do avanço dos terroristas, os grupos rebeldes conseguiram tomar bases militares. Foi então que a Rússia entrou na Guerra.

O Governo de Vladimir Putin dizia que era para atacar os terroristas, como faziam outros países, porém, logo ficou claro que a Rússia queria era ajudar Assad a recuperar o terreno perdido.

Até agora, os Estados Unidos não miravam em alvos do Governo Sírio. Lançavam ataques aéreos apenas contra os terroristas do Estado Islâmico e apoiavam os grupos rebeldes mais moderados para que eles atacassem o Regime Assadista.

Todavia, essa estratégia não funcionou contra o ditador. O que funcionou foi a estratégia da Rússia. Com a ajuda russa, Assad conseguiu permanecer no poder e retomar áreas que já havia perdido. Na ONU, a Rússia vetou várias vezes resoluções contra o Governo de Assad.

A aliança com a Síria é antiga e vital para a Rússia no Oriente Médio região onde a maior parte dos Governos é alinhada com os Estados Unidos. Desde a década de 70, os russos têm uma grande base naval na cidade de Tartus, no Mar Mediterrâneo. Por isto, os russos apóiam o Senhor Assad incondicionalmente, e topam tudo, menos que ele caia e que a Síria se transforme em um fudelhufas de cagahouse maior do que já está, que é, provavelmente o que irá acontecer com a queda do ditador sírio. Depois de quase 50 anos da dupla ditadura Hafez al-Assad (Qardaha, 6 de outubro de 1930 Damasco, 10 de junho de 2000)–Bashar Hafez al-Assad (Damasco, 11 de setembro de 1965), a Síria não conseguiu formar uma classe de pensadores e de líderes políticos independentes e democráticos. A grande questão que está posta na mesa das discussões internacionais é: caindo Bashar, quem assumirá o poder? Thomas Pierret, por exemplo, especialista em Síria da Universidade de Edimburgo, vê sinais de radicalização. Mas, para ele, o pior cenário não é a emergência de um Estado Islâmico em uma eventual Síria pós-Assad: é uma Síria sem Estado. Já para Nadim Shehadi, pesquisador do Royal Institute of International Affairs (Chatham House), em Londres, a Síria pós-Assad, provavelmente, vai virar um Iraque. Resumo de tudo isto: se correr, o bicho pega; se bestar, o bicho come. Basta olhar, por exemplo, para a República Islâmica do Afeganistão, para a República do Iraque e para a Líbia. A boa-nova é que, ao longo desta Era de Aquário, todas estas coisas entrarão nos eixos, isto é, se ajustarão às normas e se comportarão de forma equilibrada.

 

 

 

Base Naval Russa de Tartus

 

 

Após a Segunda Guerra Mundial, a então União Soviética ajudou a Síria a desenvolver suas forças militares, e fez do País um aliado durante a Guerra Fria, quando disputava poder e influência com os Estados Unidos.

O professor de política internacional da UFRJ Fernando Brancoli explica que, ainda hoje, a Rússia disputa este espaço com os Estados Unidos. Desde o final da Guerra Fria, a Rússia vem perdendo prestígio e influência no sistema internacional. E essas ações militares, seja na Ucrânia, seja na Criméia, e agora na Síria, é uma forma, um trampolim para a Rússia mostrar que ainda é um ator relevante, que ainda tem capacidade de atuar internacionalmente com força, e de que qualquer movimentação importante nessa região necessariamente precisa da Rússia. Para a Rússia, não é interessante a queda de Bashar al-Assad, e ela, certamente, vai fazer todas as movimentações necessárias para impedir qualquer tipo de situação nesse sentido, diz o professor Fernando Brancoli de política internacional.

Último ato desta Guerra infernal: Os Estados Unidos lançaram 59 mísseis Tomahawk, a partir do Mar Mediterrâneo contra a base militar de Shayrat, na província de Homs, sobre a Síria, na madrugada desta sexta-feira, 7 de abril de 2017, (horário sírio), em retaliação ao suposto ataque químico, atribuído ao Governo Sírio, que matou pelo menos 80 pessoas, entre elas 27 crianças, na última terça-feira. A Rússia condenou o ataque norte-americano, classificando o bombardeio com uma agressão contra uma nação soberana. Já o Ministério de Relações Exteriores Iraniano declarou: O Irã condena veementemente tais ataques unilaterais. Estas medidas fortalecerão os terroristas na Síria, e complicarão a situação na Síria e na região.

 

 

 

 

Alguns números absurdos e algumas conseqüências da Guerra Civil Assadista:

• mortos no conflito: ~ 470.000 sírios
• estrangeiros mortos: ~ 3.284 civis
• refugiados: + de 4.800.000 seres-humanos-aí-no-mundo
• desalojados (deslocados internamente): + de 7.600.000 seres-humanos-aí-no-mundo
• preços do petróleo: fecharam em alta após ataque dos EUA contra a Síria
• incertezas políticas no Oriente Médio: crescendo
• preocupações com o conflito: espalhamento pela região
• G.'. L.'. N.'. e donos de fábricas de armas e de provisões de guerra: adorando o fudevu
karma do Senhor Assad e dos seus apoiadores: aumentando
• Shamballa e G.'. L.'. B.'.: preocupadíssimas
• eu e meu Deus Interno: orando e trabalhando

 

Fontes:

http://oglobo.globo.com/

http://g1.globo.com/economia/

http://www.bbc.com/portuguese/geral-39526324

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/04/entenda-como
-guerra-da-siria-virou-maior-crise-humanitaria-da-atualidade.html


 

 

 

 

Síria ‹—› Assad ‹—› Sarin ‹—› Assadcídio

 

 

 

 

Se me der na telha de infringir,

que meu Deus Interior impeça.

Se me der na telha de agredir,

que meu Deus Interior impeça.

 

Se me der na telha de sarin-izar,

que meu Deus Interior impeça.

Se me der na telha de genocidar,

que meu Deus Interior impeça.

 

Se me der na telha de cauterizar,

que meu Deus Interior impeça.

Se me der na telha de tiranizar,

que meu Deus Interior impeça.

 

Se me der na telha de extirpar,

que meu Deus Interior impeça.

Se me der na telha de arrasar,

que meu Deus Interior impeça.

 

......................................

 

Pelos ??? refugiados da Síria,

eu oro e requesto: comiseração.

Pelos ??? deslocados da Síria,

eu oro e requesto: compaixão.

 

Para o Presidente da Síria,

eu oro e requesto: humildade.

Para os adversários da Síria,

eu oro e requesto: irmandade.

 

......................................

 

A 1ª Grande Guerra ensinou:

nenhuma contenda é razoável.

A 2ª Grande Guerra reensinou:

nenhuma querela é racionável.

 

......................................

 

Infelizmente, não aprendemos!

O H. sapiens ainda é paparreta!

Infelizmente, só contendemos!

A guerra não é a Senda Reta!

 

 

 

 

Al-Fátiha

Al-Fátiha – Surata da Abertura (Sagrado Alcorão)

 

 

 

 

Música de fundo:

Surata Al-Fátiha
Interpretação: Al-Hussayni Al-'Azazy (with Children)

Fonte:

http://quranicaudio.com/download/12271

1ª Surata: Al-Fátiha (A Abertura)

Revelada em Makka; 7 versículos.

1. Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.
2. Louvado seja Deus, Senhor do Universo.
3. O Clemente, o Misericordioso.
4. O Soberano do Dia do Juízo.
5. Só a Ti adoramos e só de Ti imploramos ajuda!
6. Guia-nos à Senda Reta.
7. À Senda dos que agraciaste, não à dos abominados nem à dos extraviados.

 

 

Pacem in Terris!

 

Páginas da Internet consultadas:

http://mukhabaratbaby.blogspot.com.br/2014_11_01_archive.html

http://www.presentermedia.com/

http://www.animated-gifs.eu/

http://www.infoescola.com/oriente-medio/siria/

http://www.deviantart.com/

https://www.hrw.org/

http://www.joaoleitao.com/nomes-arabe/al-fatiha-surata-alcorao/

http://www.ligaislamica.org.br/alcorao_sagrado.pdf

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.