SIMONE TEBET
(Pensamentos)

 

 

 

Simone Nassar Tebet

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

Objetivo do Estudo

 

 

 

Simone Nassar Tebet

 

 

 

Este estudo tem por finalidade revisitar alguns pensamentos da linda e digna parlamentar Simone Nassar Tebet, Senadora pelo Estado de Mato Grosso do Sul e responsável por, recentemente, convencer Luis Claudio Fernandes Miranda, deputado federal pelo DEM do Distrito Federal, a revelar o nome de Ricardo José Magalhães Barros, deputado federal filiado ao Progressistas (PP) pelo Estado do Paraná, como supostamente envolvido no escabroso e inaceitável Caso Covaxin, que previa a garantiria de um pagamento de US$ 45 milhões antes da entrega das doses. Três suspeitas estão ligadas à compra da Covaxin: 1ª) preço elevado e falta de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA); 2ª) suposta pressão incomum e atípica sobre o chefe da Divisão de Importação do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Miranda, para acelerar a tramitação do contrato; e 3ª) suspeita de irregularidades sobre empresa ligada à intermediária em contrato com o Ministério da Saúde. Cabe à CPI da COVID desconfirmar ou confirmar tudo isto. O que não é possível é que este imbróglio vire pizza. O povo brasileiro está empanturrado de pizzas, espaguetes, raviolis, nhoques, tortellinis, lasanhas, raviolis, conchiglionis, raviolonis, rondellis, mezzalunas, pansottis, panzerottis caramellis, cannellonis, sacotinis, tortellonis, tortellis, agnolottis, capellettis, fagotinis, triangoles, culurgiones, marubinis, fiochettis... Bem, agora me ferrei todinho, pois, já é comecinho de madrugada e eu fiquei morto de fome!

 

 

Ministro Onyx Lorenzoni – Secretaria-geral da Presidência
(O Ministro Onyx afirmou que as provas apresentadas pelos
irmãos Miranda eram fraudulentas, e que ambos deveriam
ser investigados por suspeita de denunciação caluniosa.
Mas, por que o Governo não quer investigar a denúncia? Quero alertar
o deputado Luís Miranda: o que foi feito hoje, no mínimo, é denunciação
caluniosa, e isso é crime tipificado no Código Penal,
afirmou Lorenzoni.)

 

 

Breve Biografia

 

 

 

Simone Nassar Tebet

 

 

 

Simone Nassar Tebet (Três Lagoas, 22 de fevereiro de 1970) é uma advogada, professora e política brasileira filiada ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Atualmente ocupa o cargo de Senadora da República pelo Estado de Mato Grosso do Sul.

 

Simone Tebet é filha do político Ramez Tebet, senador e ex-presidente do Congresso Nacional falecido em 2006, vinda de tradicional família árabe-brasileira de Três Lagoas, formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É especialista em Ciência do Direito pela Escola Superior de Magistratura e mestre em Direito do Estado, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

 

Começou a lecionar em universidades no ano de 1992, tendo trabalhado na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Universidade Católica Dom Bosco, Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal e Faculdades Integradas de Campo Grande.

 

Foi consultora técnica jurídica da Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul entre os anos de 1995 e 1997 e foi diretora técnica legislativa entre 1997 e 2001.

 

Iniciou sua carreira política em 2002, ao ser eleita deputada estadual de Mato Grosso do Sul com 25.251 votos, tornando-se a mulher mais votada para o cargo naquele ano. Em 1º de fevereiro de 2015, Simone Tebet foi empossada como senadora de seu Estado. Em abril de 2018, foi escolhida líder da bancada do MDB no Senado Federal, cargo que desempenhou até janeiro de 2019. Em junho de 2019, votou contra o Decreto das Armas do Governo, que flexibilizava porte e posse para o cidadão.

 

Em 2019, após decisão de um júri especializado, Simone Tebet recebeu o título de melhor senadora do País, no Prêmio Congresso em Foco, pelo segundo ano consecutivo. Simone é reconhecida pela sua característica de formuladora, ou seja, está entre os parlamentares mais atuantes nos debates e proposições e entre os parlamentares influentes na determinação da agenda do Congresso Nacional.

 

 

 

Pensamentos Tebetianos

 

 

 

Simone Nassar Tebet

 

 

 

Percebi, pela linguagem corporal do Deputado Miranda, que não faltava muito para falar o nome [do parlamentar que o Presidente Bolsonaro teria mencionado sobre o caso Covaxin]. O senador Alessandro Vieira, que se dirigiu ao Miranda antes de mim, teve uma posição estratégica de, como delegado, ir para o ataque, cobrando que declarasse o nome. Quando chegou a minha vez, sentei-me à frente do Miranda para olhá-lo nos olhos. Aí pensei: “Agora vou inverter a dinâmica e entrar com o acolhimento, como se fosse mãe ou irmã”. É uma sensibilidade que só as mulheres têm. Disse para não ter medo, porque toda a população estaria do lado dele. É muito significativo o fato de a denúncia ter partido de um bolsonarista que se decepcionou com o Governo.

 

Agora, há um novo elemento: a suspeita de corrupção em torno do dinheiro que deveria ser usado para vacinar a população uma suspeita que envolve representantes do Governo e o líder do Governo na Câmara. Estamos falando de indícios muito fortes de fraude num processo de R$ 1,6 bilhão para aquisição de vacinas. Estamos diante do que poderia ser classificado como elemento de desumanidade. Caiu por terra a avaliação de que o Governo Bolsonaro podia cometer erros, mas, não havia corrupção.

 

 

 

 

Nas palavras do Governo, Bolsonaro avisou o Pazuello. A pergunta é: acionou mesmo? Alguém prevaricou, pois, recebeu de um deputado e de um servidor da Saúde uma denúncia grave sobre indício de corrupção, com documentos, provas, nomes, mas, não avisou a Polícia Federal nem o Ministério Público Federal. O crime de prevaricação no Governo, que admitiu que foi alertado, é óbvio. Resta saber quem o praticou.

 

O Presidente Bolsonaro está numa sinuca de bico. Ruim com o Centrão, pior sem ele. Acho que, antes de tomar alguma medida em relação à denúncia, Bolsonaro buscou alternativas para não desagradar Ricardo Barros. Bolsonaro ficou refém do Centrão para ter sustentação política. Com a denúncia, acredito que Barros não poderá continuar como líder do Governo, até mostrar inocência.

 

 

 

 

Agora, o foco da CPI da COVID é em cima desse contrato bilionário (da Covaxin), envolvendo uma vacina que não havia comprovação da sua eficácia, que não poderia ter sido assinado porque a lei não permitia. E assinado por um Governo que sempre negou a vacina e nunca quis adquirir de outras marcas. O contrato, a meu ver, violou as regras. É preciso ouvir as pessoas envolvidas. Ouvir o próprio Barros, o Maximiano [dono da Precisa Medicamentos, intermediadora do contrato] e os servidores da Saúde citados pelos irmãos Miranda. Penso que o melhor seria uma acareação entre Maximiano e os servidores da Saúde. E ouvir o Barros separadamente.

 

O irmão do deputado [Luis Ricardo Miranda] vai ser investigado ao invés de ser condecorado por denunciar a verdade dos fatos de um contrato de R$ 1,6 bilhões. Lembrei-me de um estado policialesco, de quando a imprensa não podia falar. Foram 10 horas de questionamentos e agradeço a coragem do deputado federal Luis Miranda de ter aberto espaço para esta investigação. Até que ponto Presidente sabia? E, se sabendo, não fez nada e também cometeu o crime de prevaricação. A República vai acordar diferente.

 

A CPI da COVID inicia uma nova fase, com fortes indícios de crimes contra a administração pública. Crimes no plural. Peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, prevaricação. Eu estou aqui falando, inclusive, de crimes relacionados à saúde pública, porque você está disseminando a epidemia. São tantos os crimes que chegam ao final no crime de organização criminosa. Há fortes e gravíssimos indícios de corrupção. Ao invés de se buscar investigar, se colocou tudo pra debaixo do tapete.

 

Investir em uma imunidade de rebanho por contaminação é repugnante, é imoral.

 

 

Imunidade de Rebanho por Contaminação

 

 

A cronologia, em relação a ações legislativas e administrativas, pode ajudar a desvendar aspectos ilegais do contrato com a Covaxin. A MP 1.026, de janeiro de 2021, autorizava o Brasil a comprar vacinas apenas de países cujas autoridades sanitárias estrangeiras tivessem liberado: Estados Unidos, União Européia, Japão, China, Grã-Bretanha e Irlanda do Norte; não havia a indiana. A lei foi publicada com emenda da Câmara para incluir a Índia, e só passou a valer em 10 de março. O contrato foi feito anteriormente, no dia 25 de fevereiro. Só aí já está mostrando que a assinatura do contrato é irregular, ilegal. E aí, a cereja do bolo: a medida provisória é de janeiro. Não permite compra de vacina sem a autorização da ANVISA ou dessas agências de autoridades sanitárias. O contrato é feito em fevereiro – ainda não podia. E a lei só passa a vigorar em março, com a emenda do Deputado Ricardo Barros. Só isso teria que fazer com que quem quer que tenha assinado aquele contrato tivesse rasgado o contrato antes de assiná-lo.

 

O Governo diz que não aceitava a Pfizer por conta de cláusulas leoninas, mas, aceitou a indiana com cláusulas draconianas. Não aceitava CoronaVac chamando-a de “coronalixo” e “vachina”, porque ela era de um vírus morto, inativo, e que ela não tinha tanta eficácia. É a mesma plataforma da Covaxin. A Covaxin e a CoronaVac têm a mesma plataforma. Por que, então, aceitaram a Covaxin e não aceitaram a CoronaVac? E mais: por um preço muito acima da outra, por exemplo, da Pfizer e da AstraZeneca. E num contrato simplificado: levaram apenas 97 dias. E levaram 330 para autorizar a da Pfizer.

 

A aplicação das doses da Covaxin é proibida para menores de idade, idosos, pessoas com comorbidades e gestantes. Ela pode ser aplicada em quem, então? Em 1% da população.

 

Só falta, agora, colocar o guizo no rabo do gato: quem fez o quê, quem agiu com dolo, quem agiu por culpa, quem foi negligente de boa-fé, quem foi negligente aí na má-fé, quem foi com a conduta dolosa de praticar os crimes elencados. Uma acareação coletiva pode ajudar a transformar o discurso em fatos concretos. É fundamental, a partir da semana que vem, para colocar em pratos limpos o que ia acontecer.

 

O Congresso Nacional precisa discutir o fim da reeleição. Que se dê seis anos para um Presidente da República, mas, que não se permita mais que os chefes do Executivo possam pensar em reeleição, ano sim, outro também, e cedam à toda sorte de tentação, visando apenas à reeleição. O Governo Bolsonaro foi eleito com a bandeira anticorrupção, mas, acabou se aliando ao Centrão. Lamento a polarização exacerbada e a difusão de 'fake news'.

 

 

 

 

Esta CPI da COVID não pode ser parcial e não pode ser tendenciosa. Não queremos responsabilizar o Governo Federal; nós queremos responsabilizar os responsáveis, sejam eles quais forem. E se encontrarmos indícios de responsabilidade de governadores e prefeitos, temos que passar o bastão para assembléias legislativas e câmaras de vereadores.

 

Não temos quem são as pessoas envolvidas e nem por quais motivos fizeram isso. Confio no Presidente da Comissão, Senador Omar Aziz, e nos outros senadores, que chamarão os outros para depor e compor esse mosaico. Temos todas as peças desse quebra-cabeça e temos a fotografia. Agora, devemos juntar esse quebra-cabeça, e isso depende da oitiva das pessoas mencionadas.

 

Não há necessidade de acareação dos fatos apresentados pelos irmãos Miranda com o Presidente Bolsonaro, uma vez que o próprio Governo admitiu, a partir do pronunciamento do Ministro-chefe da Secretaria-geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, que o Presidente conversou com o deputado e seu irmão.

 

Na CPI do COVID, são 11 titulares e 9 suplentes, ou seja, 20 senadores. O que pedimos não foi direito a aprovar requerimentos nem o de convocar autoridades e votar relatório. Falamos apenas que não era justo esperar 20 senadores homens falar, para, depois, dar espaço para uma mulher falar. Queríamos constar com uma mulher na lista de titulares e uma única senadora falando na lista de suplentes, e até nisso tivemos que enfrentar uma guerra de titãs.

 

O Ministro Queiroga tem visitado hospitais, tem buscado ajuda com a Organização Mundial da Saúde (OMS), tem conversado com laboratórios. Isto já é um grande salto positivo diante de um Governo que negou por muito tempo, de uma forma totalmente equivocada, a Pandemia. Nós temos que correr atrás do prejuízo. O que é mais grave é que o Ministro Queiroga tem um chefe, infelizmente... Um Governo Federal que ainda se recusa a participar deste processo.

 

O Coronavírus está atingindo agora um público diferente do início da Pandemia. Será que depois de quem tem comorbidades, tem mais de 60 anos, não temos que rever essa questão de cronologia de vacina em relação à faixa etária, uma vez que quem está mais entubado, mais nos hospitais e leitos são os jovens de 20 a 45 anos? São 8 milhões de pessoas com deficiência. Será que não temos que abrir uma exceção nesse plano, independente da faixa etária, e já começar a imunizar essas pessoas?

 

O MDB que eu acredito, o MDB histórico de Ulisses Guimarães, é um MDB que, nos momentos de maiores crises, sempre foi uma ponte de equilíbrio capaz de abrigar, como o maior Partido de centro do Brasil, diferentes correntes ideológicas. Se eu ainda encontrar uma identidade no Partido, eu permaneço no MDB. Do contrário, obviamente, não dá para permanecer em um Partido que já não tem a mesma identidade, não só ideológica, mas, de pensamento, de País.

 

Eu tenho um mandato há seis anos, e nesses seis anos, independentemente do Governo, eu tenho procurado sempre ser uma parlamentar independente na defesa dos interesses do País. Aquilo que eu entendo que é excesso, que não atende aos interesses da população brasileira, terá não só meu voto contra, mas, a minha voz contundente. Não foi por outra razão que eu me lancei candidata à Presidência do Senado. A eleição já passou e o foco deve ser em unir a casa em defesa de dois pontos emergenciais: a vacinação em massa e a volta do auxílio emergencial. Tão grave quanto a falta de vacina, é a falta de comida na mesa dos brasileiros.

 

Nós tivemos tempo de fazer um diagnóstico, de fazer um planejamento. E é em cima do planejamento que eu discuto e realmente questiono a atuação do Ministério da Saúde. Faltou planejamento e ação do Governo Federal em relação à vacinação, porque, diferente do mundo, o Brasil tem uma política de imunização invejável. Nós temos mais ou menos 40 mil postos de saúde no Brasil prontos para vacinar. Se nós colocarmos um único profissional da saúde vacinando e aplicando em torno de 50 vacinas por dia, nós passamos, e muito, a média de 300 mil vacinados por dia no País. Nós temos condições de aplicar 1 milhão de vacinas por dia. Se nós temos profissionais e nós temos estrutura, o que está faltando? Faltou, ao me ver, a gestão do Ministério da Saúde para que pudéssemos ter contratado, anteriormente, os insumos e as vacinas. É esta crítica que eu faço.

 

Não é de agora que fazemos críticas à ANVISA. E não são críticas pontuais. O próprio presidente da ANVISA questionou o papel do Congresso, do Senado, que aprovou um projeto que hoje está na mão do Presidente da República. Se eles têm alguma crítica, que ela seja levada no fórum competente junto ao Presidente para que ele possa vetar um item ou outro. O que não pode é a ANVISA desacreditar o trabalho legítimo do Congresso Nacional. A Frente Parlamentar Pela Vacinação contra COVID-19 não é oposição, mas, uma forma de agilizar a votação de projetos para agilizar a imunização. As pessoas não estão só morrendo por conta do Coronavírus. As pessoas estão começando a passar fome, porque a falta de vacinação está fazendo com que a Economia fique estagnada, e nós precisamos voltar ao ritmo do crescimento que estávamos tendo no passado.

 

Os adversários tendem a diminuir o oponente. Eu prefiro, ao contrário, não pensar no meu oponente, e apresentar uma proposta para o País, que precisa sair unido desta que é a maior crise política, econômica e humanitária da história do Brasil.

 

Neste momento, o Brasil precisa, com urgência, de planejamento para imunizar a população contra a COVID-19. A vacina, finalmente, chegou, mas, de maneira ainda muito incipiente, com poucas doses. Temos de buscar soluções para garantir a universalização dos imunizantes. A Pandemia deixou de legado o arrefecimento das desigualdades sociais. Ampliou desemprego. Parou o País. A vacinação da população, certamente, trará impactos positivos para a nossa Economia e para a retomada do desenvolvimento. Outros temas fundamentais são as reformas tributária e administrativa. Precisamos encarar estes projetos de frente e parar de dar voltas de 360 graus para chegar ao mesmo lugar. Especialmente, em relação à reforma tributária, temos de aprovar um texto que garanta justiça, sem aumentar impostos para a população mais pobre e a classe média.

 

 

PanCOVIDmia no Brasil

 

 

Independência e harmonia a favor do Brasil. Um Legislativo independente para aprovar o que julgar necessário, sem amarras ou compromissos pouco republicanos.

 

Temos de pensar na união em favor do Brasil. Prefiro acreditar que o Presidente Bolsonaro, que negou a gravidade da Pandemia, agora, parece que já percebe a importância e já começa a fazer esforços para a vacinação em massa. Lembro que temos um problema de insumos e vamos precisar unir Congresso Nacional e Executivo para que possamos conseguir, junto à Índia e à China, o mais rápido possível, insumos para produzir as vacinas, sem as quais nós não teremos condições de vacinar. As vacinas existentes mal cobrem os profissionais de saúde.

 

Agora não é hora de trazer problemas, e, sim, soluções para o País. Temos uma questão muito maior, que é uma política nacional de imunização. Temos de vacinar em massa, para as pessoas voltarem ao mercado de trabalho, para voltarem a ter salário e renda e temos de avançar com as reformas sem as quais o País não vai deslanchar. O 'impeachment' não pode ser bandeira do Presidente da Câmara nem do Presidente Senado.

 

Estamos no final da fila entre os países do mundo em termos de participação feminina na política. Já superamos diversas barreiras. Aprovamos a política de cotas e conseguimos a garantia de fatia maior dos recursos do financiamento de campanha. Mas, os resultados das urnas demonstram que precisamos de mais. Nas eleições municipais de 2020, as mulheres conseguiram apenas 12% das prefeituras e 16% dos cargos de vereadoras. É mais do que o resultado das eleições anteriores, mas, ainda é pouco. Números que demonstram o quanto ações de conscientização e de valorização do papel da mulher nos postos de comando são importantes.

 

Este ano eu apresentei um projeto de lei que prevê que, ao menos, 30% dos diretórios dos Partidos sejam compostos por mulheres. Nas juventudes partidárias, proponho a paridade de gêneros. Entendo que assim, ao longo dos anos, conseguiremos ir mudando a cara da política por dentro. Quando você permite que mulheres participem desse processo de escolha, elas lutarão por candidaturas com real potencial de vencer.

 

Dizem que as mulheres são mais criativas. Certamente, são mais estudiosas e abertas à negociação e ao diálogo. Eu posso dizer que me considero uma pessoa bem organizada, focada e disciplinada. A mulher tem um olhar diferente, daí o porquê da importância de homens e mulheres na política. Lutamos para que ambos tenham oportunidades iguais de acesso a estruturas de campanha, com condições de visibilidade em rádio e televisão, para poderem realmente chegar ao poder.

 

A Reforma da Previdência é um tema complexo, e mexeu com a vida de milhões de brasileiros, mas, era necessária ao País.

 

Não vejo, neste momento, risco de ruptura. Ruptura institucional, não. Mas, sem dúvida nenhuma, estamos diante de um colapso. O sistema político brasileiro está disfuncional.

 

Pelos fatos pretéritos, não vejo chance de 'impeachment' do Presidente da República. Nos dois 'impeachments' anteriores havia indícios de corrupção. Agora, não se pode dizer que haja isso. No inquérito das 'fake news', pode ser que ali haja um indício para ser analisado como crime de responsabilidade, sim. [Esta declaração foi anterior à sessão da CPI da COVID de 25 de junho de 2.021.]

 

Não sabemos o quanto o centrão ficará com o Governo. Ficará o quanto for conveniente o custo-benefício, enquanto ele não perder a base popular.

 

A Pandemia sanitária que derrubou a popularidade do Presidente da República, neste momento de negacionismo, de negação do Governo Federal, é a mesma Pandemia que também o protege, porque estamos todos dentro de casa.

 

O Presidente perdeu apoio entre os mais ricos e ganhou nas classes D e E por conta do auxílio financeiro emergencial de 600 reais dado a 14 milhões de famílias no período da Pandemia. Mas, não vamos conseguir sustentar esse 'voucher' por muito tempo. A Economia vai ter ao menos um ano, um ano e meio, de muita dificuldade.

 

O Presidente, hoje, está no sinal amarelo, toda vez que ele tenta avançar o sinal vermelho, vêm as instituições, vêm os sistemas de pesos e contrapesos e ele acaba recuando. É óbvio que um Presidente antissistema tende a testar o sistema. E é isso que o Presidente Bolsonaro faz: ele vai nos testando. Ao meu ver, ele já subiu todos os degraus possíveis.

 

O Brasil está em um estado de calamidade pública. Nós não estamos em estado de guerra nem de defesa. Portanto, não há que se falar em Forças Armadas nas ruas, até porque nós não temos conflitos.

 

Se quiser, o Governo poderá fazer um freio de arrumação e reconstruir suas relações com o Legislativo e o Judiciário. É só o Presidente resolver diminuir a tensão entre as instituições, atenuar nos gestos, nas palavras e na gestão.

 

A coerência entre o que se diz e o que se quer alcançar, entre tantas coisas, há hipótese, sim, de procedência e de existência de uma estratégia federal de disseminação da COVID-19 em uma tese de imunidade de rebanho, não por vacina, mas, por contágio em contaminação em massa. Isto não tem outro nome a meu ver: isto é assassinato.

 

Há crime de responsabilidade , crime civil e crime penal na omissão!

 

Vossa Senhoria, [General Pazuello], no Ministério [da Saúde], não fez chover. Aliás, nem soprou uma brisa para que nuvens de chuva pudessem chegar.

 

Meio milhão de mortos pela COVID-19, nenhuma palavra de solidariedade [do Presidente Bolsonaro] aos familiares, mas, grito constante contra a imprensa, normalmente a uma jornalista, e contra a máscara que pode salvar, é deplorável.

 

Algo deu errado na sua estratégia, general [Pazuello] – não como general, mas, como ministro. Estamos numa guerra civil não declarada contra um vírus mortal. O Ministério da Saúde, sob o seu comando, nos deixou nesta guerra em campo aberto – nós sabemos que, por estratégia militar, nós não vamos a uma guerra em campo aberto – sem armas, ministro, porque não temos vacina. E, com isso, todos nós vestimos uma camiseta com o alvo bem no nosso peito ou no nosso pulmão. Nós viramos alvo fácil. Seus soldados, general, brasileiros que não fogem à luta, estão morrendo. Então, quando eu estou falando desse número, 441.864 mortes, nós estamos falando de almas que precisam de uma resposta. E a resposta que eu quero de vossa excelência… Não assuma responsabilidade que não é de vossa excelência. Fale a verdade, toda verdade, reconheça possíveis erros, se é que houve, por parte de vossa excelência, mas, não deixe a população brasileira sem resposta. Porque essas almas têm o dom de nos tocar, e nós aqui temos experiência suficiente para conseguir ler o silêncio, a mentira e a omissão.

 

Queremos justiça e respeito É economicamente eficiente que as mulheres tenham direito à igualdade salarial.

 

Há um movimento para transformar a Casa [o Senado da República] em um apêndice do Executivo.

 

Uma nova rodada do auxílio emergencial é uma agenda de um País que começa a passar fome.

 

No Brasil, o valor da sonegação de impostos é o dobro da corrupção.

 

 

 

 

Se houver provas robustas de 'fake news' contaminando o processo eleitoral e tendo por trás, ainda que não diretamente o Presidente da República, mas, alguém de seu entorno, aí, sim, isto pode ou poderia vir a comprometer a situação política do Presidente, trazendo até aqueles pedidos de 'impeachment' do Presidente.

 

 

 

 

É estarrecedor e inaceitável [o comentário do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que defendeu, em entrevista à jornalista Leda Nagle, medidas drásticas como um novo AI-5 para conter manifestações de rua, como as que ocorrem no Chile]. Qualquer um que tenha vivido ou tenha conhecimento mínimo do que foram os atos institucionais, em especial o AI-5, não pode aceitar uma declaração como esta, não importa se de filho de Presidente da República ou não.

 

De um parlamentar, especialmente de um integrante do Congresso, se espera o cumprimento do juramento constitucional, feito no momento da posse, de defender a Democracia e respeitar a Constituição Brasileira. Crises da Democracia só podem ser resolvidas no bojo da própria Democracia.

 

A prioridade é a pauta econômica, independentemente de a reforma da Previdência estar aqui ou não. É fazer avançar todos o projetos que atendam aos interesses do País e da própria equipe econômica do Governo, embora eu não seja Governo.

 

O Governo tem três núcleos: o econômico, o político e o militar. Há, todavia, um quarto núcleo, formado pelos filhos de Jair Bolsonaro, que têm atrapalhado ainda mais os rumos do País. Os filhos estão atrapalhando mais do que o pai. Os filhos comandando, mesmo tendo consciência de que há outros núcleos, interferem, não deixando o Presidente governar.

 

Os valores femininos que podem contribuir para o resgate de uma responsabilidade solidária com a Humanidade e com o Planeta são empatia, solidariedade e amor.

 

Esta tragédia [incêndios no Pantanal] exige ação imediata e planejamento, para evitar novas queimadas no futuro.

 

Os criminosos ambientais não só queimam nosso Pantanal e destroem o meio ambiente, queimam a honra do agronegócio. O agronegócio não pode mais se dar o direito de deixar passar a falsa imagem de ser o vilão.

 

O homem pantaneiro e a mulher pantaneira sabem que, se não cuidarem da terra, no ano seguinte não terão produtividade.

 

Para efeito de conseguir o apoio das Forças Armadas e de todo um aparato que o Conselho Nacional da Amazônia legal possui, mantenho a defesa de incluir, excepcionalmente, o Bioma Pantanal, no período de estiagem, até 2025, no Conselho Nacional da Amazônia Legal. Seriam novas forças se somando a favor de um patrimônio que é Patrimônio Natural da Humanidade, mas, que, sempre repito, antes de ser da Humanidade, é do Brasil, é do povo brasileiro, é do homem e da mulher pantaneiros.

 

O Governo do Presidente Jair Bolsonaro se tornará insustentável se a Economia não reagir no ano que vem e as pessoas voltarem às ruas porque não têm teto para morar. O Executivo está contaminado por embates ideológicos desnecessários e, conseqüentemente, isto acaba atrapalhando a implementação de uma agenda de reformas. O PIB (Produto Interno Bruto) do País é pífio, assim como a geração de emprego e renda, com números históricos vergonhosos, que têm levado ao aumento do número de pessoas em situação de miserabilidade. Qualquer tentativa de reeleição [por parte de Bolsonaro] ficará prejudicada, se a Economia não der sinais de recuperação.

 

A parcela da população que vem pedindo intervenção militar no Brasil é de, no máximo, 15%. Enquanto isso, pelo menos 85% de todos os brasileiros defendem a Democracia e querem sua manutenção. O país está no limite, mas, as instituições democráticas estão funcionando e protegendo a Democracia, principalmente o Poder Judiciário e o Poder Legislativo têm protegido o Estado Democrático de Direito, à luz da Constituição.

 

Além da Pandemia do Coronavírus, o Brasil está enfrentando também uma crise econômica e uma crise político-institucional.

 

Se for comprovado que alguma autoridade pública maquiou ou sonegou informações e dados sobre a Pandemia e o número de óbitos, esta pessoa poderá responder por crime de responsabilidade.

 

Até agora, a articulação política do Governo Bolsonaro é péssima.

 

Eles querem privatizar tudo: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, BNDES, Petrobras. Sou radicalmente contra.

 

A gora é hora de entender que política com P maiúsculo se faz no campo das idéias, dos debates em alto nível, com projetos e programas de Governo e de Estado. Não dá mais ficar só jogando para a platéia.

 

Eu não entendo um Brasil forte e um Brasil em desenvolvimento se não desenvolvermos igualmente as regiões mais pobres: Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

 

Acho que não temos que ficar escolhendo pautas, mas, de fato, somos escolhidos pelas circunstâncias. Somos pautados por elas.

 

O poder é para servir e não para ser servido.

 

A Democracia que sonhamos e que queremos é a Democracia em que se permite a todos o direito de falar, a todos o direito de se posicionar e a todos o direito de ser respeitado por aquilo que fala... E, de repente, vemos a nossa Democracia radicalizada pelos extremos. Não é isto que nossa geração quer. Hoje, ela está cega, contaminada, com medo de um passado recente, e, por isto, acha que tem de tomar lados. E nós temos que ser o fiel da balança e dizer que não precisa. Não precisa ir para a extrema-esquerda ou para a extrema-direita. Há o caminho do centro, que permite fazer a ponte.

 

Há uma outra forma de se fazer política, e não essa forma radicalizada da calúnia e da difamação nas redes sociais. As pessoas estão se cansando desse radicalismo, porque estão percebendo que ele não está levando a nada.

 

Muito devagar com andor porque o santo é de barro. Uma hora essa corda arrebenta.

 

O Brasil já cansou de populismo. Eu diria assim: chega de populismo, seja à esquerda, seja à direita.

 

 

 

Conclusão

 

 

Como está, o Brasil

não pode continuar.

Chega de (querer a volta da) ditadura!

Chega de (querer a volta da) censura!

Chega de (querer a volta da) noite escura!

Como está, o Brasil

não pode continuar.

Chega de tanta embromação!

Chega de tanta corrupção!

Chega de tanta retardação!

Como está, o Brasil

não pode continuar.

Chega de tanta negligência!

Chega de negação da Ciência!

Chega de tanta imprudência!

Como está, o Brasil

não pode continuar.

Chega de tanta inação!

Chega de miralusão!

Chega de reeleição!

Como está, o Brasil

não pode continuar.

Chega de erro em cima de erro!

Chega de obstinação e aferro!

Chega de aplaudir perro!

Como está, o Brasil

não pode continuar.

Chega de degeneração!

Chega de depravação!

Chega de podridão!

Como está, o Brasil

não pode continuar.

Chega de indignidade!

Chega de indecorosidade!

Chega de imoralidade!

Como está, o Brasil

não pode continuar.

Chega de peculato!

Chega de falso beato!

Chega de viver obstupefato!

Como está, o Brasil

não pode continuar.

Chega de desflorestamento!

Chega de abaixamento!

Chega de indiscernimento!

Como está, o Brasil

não pode continuar.

Chega de posseiros!

Chega de grileiros!

Chega de antibrasileiros!

Como está, o Brasil

não pode continuar.

Chega de negacionismo!

Chega de antivacinismo!

Chega de negro abismo!

Como está, o Brasil

não pode continuar.

Chega de chalaça!

Chega de ameaça!

Chega de pirraça!

Como está, o Brasil

não pode continuar.

Chega de encravação!

Chega de fabulação!

Chega de carapetão!

Como está, o Brasil

não pode continuar.

Chega de populismo!

Chega de demagogismo!

Chega de salvadorismo!

Como está, o Brasil

não pode continuar.

Chega de submissão!

Chega de adulação!

Chega de bajulação!

Como está, o Brasil

não pode continuar.

Chega de nigredo!

Chega de medo!

Chega de fedo!

Como está, o Brasil

não pode continuar.

Chega de imitar!

Chega de arremedar!

Chega de plagiar!

Como está, o Brasil

não pode continuar.

Chega de desrespeito!

Chega de contrafeito!

Chega de malfeito!

Como está, o Brasil

não pode continuar.

Chega de aflitivo episódio!

Chega de ilusório pódio!

Chega de destrutivo ódio!

Como está, o Brasil

não pode continuar.

Chega de fechado como aberto!

Chega de errado como certo!

Chega de ignaro como experto!

Como está, o Brasil

não pode continuar.

Precisamos mudançar!

Precisamos vacinar!

Precisamos ascensionar!

Como está, o Brasil

não pode continuar.

Se continuar, não resistirá!

Se continuar, implodirá!

Se continuar, sucumbirá!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Música de fundo:

Crazy Frog - The Flash

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=ua1LGVE9lvY

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.freepik.es

https://www.freeiconspng.com/img/23179

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-57613740

http://blogauxiliardoblogltimodosmoicanos.blogspot.com

https://www.novanews.com.br/noticias/geral/covid-19
-brasil-tem-18-3-milhoes-de-casos-e-512-7-mil-mortes

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junqueiro/cidadao/receita?covid-19

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https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/

https://es1.com.br/em-entrevista-a-jornal-simone-
tebet-analisou-crise-nos-poderes-e-outros-temas/

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https://exame.com/noticias-sobre/simone-tebet/

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seus-soldados-general-estao-morrendo/

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https://simonetebet.com.br/para-simone-cpi-
encontra-indicios-de-crimes-gravissimos/

https://simonetebet.com.br/alguem-prevaricou
-resta-saber-quem-o-fez-diz-simone-tebet/

https://radaramazonico.com.br

https://pt.wikipedia.org/wiki/Simone_Tebet

 

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