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Notas:
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Três
Exemplos de Simetria do Cubo
(Os
planos de simetria do cubo são nove,
ou seja, os planos que o dividem em duas partes,
sendo uma a imagem refletida da outra)
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1. A
simetria é uma característica universal que pode ser observada
em diversas formas geométricas, em equações matemáticas
ou em outros objetos e no próprio ser humano. A Vida e a vida são
misticamente duais e manifestamente simétricas, o que não
quer dizer que, ipso facto, sejam iguais. Logo, simetria não
implica em igualdade. O conceito de simetria, por outro lado e nesta Terceira
Dimensão, está relacionado com o de isometria (qualidade ou
condição em que as dimensões são iguais). A
simetria, por óbvia relação ou semelhança, ocorre
ou é aplicada em várias vertentes da ação humana,
como por exemplo: na geometria, na matemática, na física,
na biologia, na arte e na literatura (a própria Divina Comédia
de Dante Alighieri, 1265-1321, por exemplo, apresenta uma determinada
concepção de simetria em que o impossível Inferno se
apresenta como o negativo do utópico Paraíso, em torno de
um eixo, um pouco mais ameno e um pouco menos anti-humano, do imaginoso
Purgatório). Lúdica e giratoriamente, eu vejo [sem
ver (bu)lhufas] a coisa-confusão-fantasiosa-inferno-purgatório-paraíso-alighieriana
(coisa-confusão-fantasiosa alighieriana, repito, não minha
– pois não degluto essa pilula placebo irrationalis
et alienantis – todavia sem o monótono Limbo*,
que também não consta da Divina Comédia) mais
ou menos assim, entretanto, coisa meio assada, meio cozida, meio frita,
meio refogada, meio solada, mas inexplicável e dançarinamente
circunvolutória:
*
O Limbo – magicamente tirado na Idade Média, por volta do século
XIII, de um barrete cardinalício vermelho e incorporado, por séculos,
autoritária e fantasticamente, aos ensinamentos da Igreja Católica
– era o incoadunável lugar para onde os teólogos católicos
queriam porque queriam (e até recentemente continuavam querendo)
que 'sacanocraticamente' fossem as pobres alminhas das criancinhas
que morriam antes de receber o Sacramento do Batismo. En passant:
e os natimortos? O Limbo, entretanto, continuava sendo, até bem pouco
tempo, um monótono lugar – nem frio nem quente, nem dolorido
nem indolor, nem triste nem alegre, nem coisa nem loisa, onde presumidamente
não havia bem-aventurança ou sofrimento – para onde
voava a alminha da criança não-condenada. Mas, atenção:
o Limbo não era o Paraíso, pois para merecer ir para este
utópico lugar, a alma do de cujus precisava estar em comunhão
com Deus. Então, é muito fácil de compreender
a suposição-maquinação vermelha da Idade Média:
como os 'de cujinhos' não haviam sido batizados e ainda
não tinham feito a Primeira Comunhão, 'merdavam'
em Pecado Original e não poderiam mesmo saber o que era ou o que
poderia ser uma comunhão com Deus. Conclusão: Limbo nas alminhas
dos 'de cujinhos'! Mas, porém, todavia, contudo, em 2005,
o papa Bento XVI – por força de diverssíssimas condições
adverssíssimas – convocou papalmente cerca de trinta teólogos
ao gosto papal, para que fosse feita uma espécie de reestruturação
teológica para aumento da competitividade religiosa da Igreja Católica
– isto é, um tipo de reengenharia celestial (como
se isso fosse suscetível de ser feito por papas e por teólogos
papistas) – e revisassem o conceito do Limbo na teologia católica.
Finalmente – pimba e ufa! – em abril de 2007, a Comissão
Teológica Internacional, que se reporta à Sagrada (mas nem
tanto, pois é herdeira do Santo Ofício) Congregação
para a Doutrina da Fé, emitiu um documento oficial afirmando que
o Limbo e tudo que era límbico e sujeito à ufa límbica
não passariam de uma hipótese teológica mediévica
mal-ajeitada e que nunca foram um dogma pra valer, e que, nesse sentido,
a partir daí, a mentirinha eclesiástica secular estava definitivamente
vetada e abolida. 'Deus, no seu grande amor e misericórdia, assegurará
que as crianças não-batizadas desfrutem da vida eterna, com
Ele, no Céu'. O papa Bento XVI confirmou e sancionou o documento
curial e assegurou que as almas que não tiverem cometido pecados
graves irão para o céu, mesmo que não tenham sido batizadas.
Santidade, melhorou muito, mas eu ainda gostaria de saber: o que é
pecado grave para a Igreja Católica? Pedofilia será um pecado
grave? Enfim, nas religiões conhecidas como protestantes ou evangélicas,
este conceito não existe, pois as crianças são consideradas
puras e, em caso de morte, têm passaporte carimbado diretinho para
o Céu. Minha cabeça deu um nó teológico, e desse
nó surgiram trocentas dúvidas. Algumas são:
E quem, em antanho, antes da medieval criação teológica
do Limbo, abotoou o paletó e não era mais criança e
nem era católico, para onde foi? E, depois dessa mudança vaticano-papal,
os que estavam no Limbo, para onde irão? Foram promovidos para o
utópico Paraíso, ou foram rebaixados para o impossível
Inferno? Ou terão que esperar o fim do mundo para que haja uma decisão
divino-teologal concertada sobre essa matéria? Esperarão sentados,
em pé, deitados, acordados, dormindo ou o quê? E meu querido
Akhnaton? E Confúcio? E Buddha? E os pré-socráticos,
particularmente Pitágoras? E Sócrates? E Platão? Para
onde terão ido? E, hoje, todos os outros que não são
católicos – inclusive os meus filhos (pois não
foram batizados na Igreja Católica) – quando vestirem
o jaquetão de madeira? Para onde irão? Quando criança,
eu fui batizado; mas velho, caduco, decrépito e patentemente já
morto serei cremado, e sei exatamente para onde minha personalidade-alma
irá. Jaquetão ou paletó de madeira, eu não visto
nem à valentona. E se eu tivesse que disparatadamente escolher, para
o Limbo, se ainda existisse, eu não iria nem anestesiado e nem amarrado;
lá, enquanto prevaleceu, deveria ser 'muiterrimamente' chato!
'Monotonamenterrimamente' chato! Eu só iria para lá
se me fosse assegurado que eu poderia ouvir uns compacts discs
do Francis Albert Sinatra.
Voltando
à questão da simetria que é muito mais interessante,
ainda que dois objetos semelhantes pareçam o mesmo, eles são,
logicamente, diferentes. De fato, a simetria refere-se mais a semelhanças
do que a igualdades (até porque muitas imagens simétricas
não são sobreponíveis, ponto por ponto, à luz
da geometria euclidiana). A dificuldade que a nossa capacidade perceptiva
tem em diferenciar imagens que, à partida, parecem ser iguais (o
que se percebe nas crianças que têm dificuldade em desenhar
figuras geométricas a partir de um eixo) será, provavelmente,
responsável pela ligeireza e pelo deleitoso estado de consciência
alterada provocado pela observação de padrões geométricos
intrincados baseados na simetria.
Em Matemática,
um exemplo na qual está presente a simetria é na expressão
a2c + 3ab + b2c. Se a e b forem permutados, o valor
da expressão matemática se manterá inalterado devido
à propriedade comutativa da adição algébrica
e à propriedade comutativa da multiplicação, coisa
que não vale em religião, pois não se pode permutar
sacanagem por perdão. Exemplificando numericamente:
Fazendo
a = 1, b
= 2 e c
= 3, as duas possibilidades são:
1ª
possibilidade: a2c + 3ab + b2c
12.3
+ 3.1.2 + 22.3 = 3 + 6 + 12 = 21
2ª
possibilidade: b2c + 3ba + a2c
22.3
+ 3.2.1 + 12.3 = 12 + 6 + 3 = 21
O que
se conclui? Conclui-se, simplesmente, que:
a2c
+ 3ab + b2c
b2c + 3ba + a2c
Esta
nota, até aqui, foi editada e ampliada das fontes:
http://www.atractor.pt/simetria/
matematica/docs/SimCubo.html
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Simetria#Outros_g.C3.A9neros
Em outro
movimento, a simetria está presente na Lei Educativa de Causa e Efeito,
sem que com isso se deva entender esta Lei Cósmica como sendo punitiva
ou, por assim dizer, 'talionante' (o talionato é a idéia
de correspondência de correlação e semelhança
entre mal causado e punição imposta a quem causou ou praticou
o mal), até porque, em um sentido profundamente metafísico,
e mesmo não-metafísico, mal e bem são relativos. Por
exemplo: a administração de um contraste radiológico
(um bem) poderá provocar um choque anafilático (um mal). Assim
sendo, portanto, a simetria embutida na Lei Educativa de Causa e Efeito
deve ser entendida como Lei Educativa de Retribuição.
Por isso o soneto conclui: simetria na regeneração.
Possivelmente, s.m.j., o maior exemplo de simetria cósmica esteja
mesmo embutido na conhecida Lei do Triângulo (que engloba tudo e está
presente em tudo). Observe as duas animações em flash
a seguir:
2.
O ser-no-mundo (Martin Heidegger, 1889 – 1976) – ou
o mesmo platônico – não é e nem jamais
poderá ser um ser-no-mundo-sozinho ou um ser-no-mundo-isolado; sua
reintegração, sua evolução e sua ascensionabilidade
só poderão se tornar progressivamente simétricas e
efetivas (eficazes + eficientes) se e quando ele compreender que é
um mesmo-no-mundo-com-os-outros (mesmo e outro são UM).
Enquanto não compreender isso – e muito mais – a reintegração,
a evolução e a ascensionabilidade serão ilusórias,
impermanentes e assimétricas, isso se não forem desintegradoras,
retrocessoras e descensionais, o que é de causar lástima.
A existência individual do ser-no-mundo é necessariamente
dependente e está cosmicamente vinculada à existência
do outro, ainda que, em cada ponto determinado do tempo que é e não
é tempo, sejamos todos seres-a-cada-momento ou seres-de-cada-vez
em múltiplos modos-de-ser e em múltiplos modos-de-estar,
mais ou menos inconscientes ou mais ou menos conscientes do mundo e das
coisas. Por esses motivos e por outros, é que em meditações
anteriores desassombradamente afirmei, e afirmo de novo, que todo assassino
é potencialmente um suicida, e todo suicida é potencialmente
um assassino. Simétrica ou assimetricamente, queiramos ou não,
gostemos ou não, somos todos UM. Logo, precisamos aprender a gostar
e aprender a querer; e o único caminho para esse gostamento e essa
querença é a Compreensão Iniciática. Religiosidade
fideísta não resolverá nada. E poderemos ler todos
os livros do mundo e decorar citações e pensamentos de autores
consagrados; também não adiantará absolutamente nada.
Tão-só quando pudermos ouvir e nos determinarmos a ouvir a
Voz do Silêncio, no Silêncio e em Santo Silêncio, é
que, em Consagrado Silêncio, começaremos realmente nossa Peregrinação
Espiritual rumo à Eterna Vida e ao Ilimitado-sem-começo-nem-fim.
Tudo isso eu sei, e a cada dia mais sei; mas longe estou dessa augusta realização.
Mas, ainda bem que eu já sei. Ainda que apenas saber não baste,
já é quelque chose!
Esta
nota foi editada e ampliada da fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Limbo
3.
Qualquer que seja o Plano, qualquer que seja a Dimensão, esta é
a Lei; até, no tempo que é e não é tempo, acontecer
volitivamente a Grande Fusão no incriado e indestrutível Todo-Um-Sempre-Um.
Brevemente escreverei um ensaio sobre esse tema.
Páginas
da Internet consultadas:
http://www1.folha.uol.com.br/
folha/mundo/ult94u106650.shtml
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Martin_Heidegger#Dasein
http://www.atractor.pt/
simetria/matematica/docs/index.html
http://www.enchgallery.com/
Música
de fundo:
Minuet
(Bach)
Fonte:
http://www.geocities.com/SOBlikeMIDIs/