A SÉTIMA CARTA

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Fragmentos da Carta VII, de Platão

 

 

 

 

 

 

O gênero humano só ficará livre de seus males quando os Filósofos ascenderem ao poder ou quando aqueles que detêm o poder, sob a proteção divina, se consagrarem à Filosofia; o Filósofo – Homem Divino – não deverá se evadir da missão de contribuir para instaurar um Governo justo, desde que seja solicitado para isto.

 

O filósofo: aquele que sofre todas as penas e a quem não se pode imputar nada de ímpio.

 

A vida feliz é aquela conforme à justiça, ao verdadeiro.

 

Domínio de si – temperança – como regra de vida é a prescrição primordial do Filósofo aos que visam ao Governo da pólis.

 

A lei deve ser igual para todos. Esta é a condição para que os governantes injustos não continuem a se suceder uns aos outros e para o estabelecimento de um regime político justo.

 

Que o sábio exorte a sua cidade contra os males que a corrompem, sem correr o risco de morrer ou falar em vão.

 

A verdadeira comunidade entre os homens é aquela criada pela educação.

 

A opinião verdadeira deveria ser incutida em todos os cidadãos de uma pólis bem governada.

 

As quatro virtudes: justiça, prudência, coragem e temperança.

 

O pensamento em seu mais alto grau é uma aquisição daquele que o persegue, não podendo ser comunicado através de fórmulas prescritas ou escritas por outrem.

 

Os nomes, as definições e as representações dos seres assim como o próprio processo que culmina no conhecimento não devem ser confundidos com a realidade mesma daquilo que é conhecido.

 

Reconheço que todos os Estados atuais, sem exceção, são mal governados. É somente pela Filosofia que se pode discernir todas as formas de justiça política e individual.

 

A Filosofia conduz a um gênero de vida que deixa o espírito sóbrio, capaz de aprender e de ter boa memória e raciocínio expedito.

 

O que estou em condições de afirmar de quantos escreveram e ainda virão a escrever com a pretensão de conhecer as questões com que me ocupo é que, no meu modo de pensar, eles não entendem nada de nada de todas estas questões.

 

A verdade brota na alma como a luz nascida de uma faísca instantânea, para depois crescer sozinha.

 

Viver cada dia de modo a ser senhor de si mesmo o mais possível.

 

Quem compreendeu as coisas de maior valor e as imprimiu na alma não as pode esquecer.

 

 

Obervação:

A Carta VII, atribuída a Platão, trata de alguns episódios turbulentos da história da cidade grega de Siracusa, na Sicília, entre os anos 360 e 350 a.C. (quando Platão tinha entre 60 e 70 anos), envolvendo as relações entre Platão, Dionísio II (tirano de Siracusa) e Díon (um aristocrata siracusano ambicioso, associado à Academia Platônica). Das treze cartas atribuídas a Platão, só a Carta VII consegue convencer alguns estudiosos a defender sua autenticidade. Independente da autoria, a Carta VII tem grande valor para historiadores e filósofos. Constitui o único documento em que Platão se dirige pessoalmente aos seus leitores. Diz muito da sua personalidade e fornece uma perspectiva privilegiada sobre sua Filosofia.

Fontes desta pesquisa:

http://www.filosofia2008.com.br/
ano20111/cultura/cl20110404a.pdf

http://www.literal.com.br
/imprime_lancamento/carta-vii-1

http://www.puc-rio.br/parcerias/
sbp/pdf/5-emilia.pdf

http://www.sumarios.org/sites/
default/files/pdfs/64703_7325.PDF

http://200.17.141.110/periodicos/cadernos_ufs_
filosofia/revistas/ARQ_cadernos_5/raimundo.pdf

http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/
tesesabertas/0016082_04_cap_04.pdf

 

 

 

 

 

 

 

a LLuz não virá por intermédio.

é que divisaremos o promédio.

 

Promédio que bem segrega

Bem do mal, LLuz de trevas;

promédio que bem abgrega

os narigangas dos ximbevas.

 

nossa liberação está em nós.

Alguém poderá nos acrecer?

 

A liberação é conseqüência

da boa apreensão da Ciência.

Então, façamos já o vir-a-ser!

 

 

 

 

 

 

Música de fundo:

Pote tin Kyriaki (Never on Sunday)
Compositor: Manos Hatzidakis

Fonte:

http://www.navis.gr/midi/midi.htm#Greek

 

Páginas da Internet consultadas:

http://netanimations.net/moving_animated
_fire_explosion_animations.htm

http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/vasto-mundo/
crise-grega-atual-comecou-com-uma-fraude/

http://media.photobucket.com/image/%
22chinese+gif%22+/matjorge/chinese.gif

http://www.4shared.com/all-images/
azDg1IbS/Animasi_3D.html

http://netanimations.net/books.htm

 

 

 

 

Platão Tinha Razão!
(Conseqüências da Crise na Grécia)

 

 

A crise grega, segundo Ricardo Setti, tem mil explicações, o olho do furacão começou com uma fraude, uma maracutaia inacreditável praticada pelo partido conservador Nova Democracia, que governou a Grécia por seis anos, até 2009. Vencedor das eleições, o novo Primeiro-ministro do Partido Socialista (PASOK), Georgios A. Papandreou, constatou em poucos dias que seus antecessores haviam maquiado escandalosamente as contas públicas para os parceiros da União Européia e para o Banco Central Europeu (BCE). O verdadeiro deficit público do País, de gravíssimos 15,7% do PIB, era mais do que o dobro do que informara o Governo anterior. O deficit verdadeiro era a conta que chegava para ser paga pela gastança do Governo do antecessor de Papandreou, Kostas Karamanlis (2004 – 2009), que, em vez de atuar dentro das possibilidades do orçamento e, mais, equacionar o que restava de deficit devido aos investimentos na preparação das Olimpíadas de 2004 pelo Governo socialista que o precedeu, preferiu continuar torrando dinheiro público – e mentir. A partir daí, a desconfiança dos mercados com a Grécia, diante do temor de que os empréstimos ao Governo e às empresas gregas não seriam quitados, fez rolar uma bola de neve que explodiu nas mãos de Papandreou. O que aconteceu depois, o mundo todo sabe.

 

Na grande Grécia, o quadro atual é o seguinte: para auxiliar a contornar a grave situação econômica em que o País está enfiado, Zeus, altruisticamente, vendeu o seu trono a preço de banana-nanica para uma multinacional sul-coreana. Medusa, agora, anda fazendo bico na ala dos ofídios em um zoológico local; às vezes, transforma pessoas em pedra e vende na Cracolândia. Narciso empenhou todos os seus espelhos para pagar a sua dívida do cheque especial. Aquiles, para economizar, foi tratar o seu calcanhar no Sistema Único de Saúde (SUS). Eros e Pan inauguraram uma casa de tolerância que toca sempre a mesma música: Pote tin Kyriaki. Hércules suspendeu os seus doze trabalhos por falta de pagamento. O Minotauro, que virou burro-sem-rabo, está puxando carroça para ganhar a vida. A Acrópole – céus! – foi leiloada; em seu lugar foi inaugurada uma Igreja Transnacional do Reino de Zeus. Afrodite teve que montar uma banquinha de produtos afrodisíacos para pagar as contas. Medusa, depois de ser expulsa do zoológico e de quase ser presa por transformar pessoas em pedra, bem que se esforçou, mas a Eurozona a rejeitou como negociadora grega, argumentando que 'ela tem minhocas na cabeça'. Sócrates resolveu inaugurar The Cicuta's Bar para tentar ganhar uns caraminguás. Dionísio anda vendendo seus vinhos na beira da estrada de Marathónas. Hermes está enviando seu currículo para os amigos; mas o seu sonho é trabalhar na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Caronte anunciou oficialmente que, a partir da próxima semana, passará a aceitar o bilhete único e o vale-refeição. Afrodite topou posar para a Playboy a troco de reza. Sem dinheiro para pagar os salários, Zeus liberou todas as ninfas para se virarem como puderem na Eurozona. Na Ilha de Lesbos, foi aberto, não se sabe por quem, um resort hétero. Isto é incrível! Para economizar energia, Diógenes apagou sua lanterna. O Oráculo de Delfos vazou números do orçamento e provocou pânico nas Bolsas. Vênus de Milo prometeu dar uma mãozinha aos desempregados. Áries, o deus da guerra, foi pego em flagrante desviando armamento pesado para a milícia carioca. Sócrates, Platão, Aristóteles e Aristófanes negaram manipulação e envolvimento intelectual na rebelião da USP, e se defenderam dizendo: 'Estamos na maior pinda, mas ainda não descemos a este ponto.' A Caverna, do meu amigo Platão, virou acampamento provisório por tempo indeterminado; está abrigando um sem-número de sem-teto, sem-[bu]lhufas, sem-terra, sem-trabalho, sem-ventura, sem-amor, sem-dinheiro, sem-família, sem-pão, sem-hipoteca e sei-lá-mais-quem-sem.

 

Recentemente, afinal, descobriu-se o como e o porquê da crise: os economistas estão falando grego, os gregos estão falando chinês e os chineses estão rindo à-toa!

 

 

 

A República Democrática Popular da Coréia e a República Islâmica do Irã, seguindo à risca a regra do caluda, só observam.

 

Osama bin Mohammed bin Awad bin Laden mandou um telegrama fonado do além-túmulo nos seguintes termos: Platão tinha razão!

 

Eu digo o seguinte: a Grécia e o resto mundo se meteram em um baita fudelhufas de cagahouse porque, antes crise econômica (de 2008 a 2011), já operavam descarada, desordenada e hipocritamente na base sacano-canalhocrática do primeiro eu a fudehouse, depois você de cagalhufas. Ora – quem não sabe? – não há fudevu de caçarolê que estoure da noite para o dia sem uma causa catalisadora pretérita. Nem aqui nem na Terra do Nunca!

 

 

 

 

E assim, termino por onde comecei: O gênero humano só ficará livre de seus males quando os Filósofos ascenderem ao poder ou quando aqueles que detêm o poder, sob a proteção divina, se consagrarem à Filosofia.

 

 

 

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