O
esforço para alcançarmos um certo grau de pureza física
deve começar pelo interior, não pelo lado externo, o que não
é tão fácil de ser feito nem de se conseguir. Esta
é uma grande e muito importante lição.
O
Verdadeiro Discípulo não precisa de vegetarianismo nem de
disciplinas físicas, pois, nenhum apetite da carne o domina. Em um
certo sentido, é desperdício de tempo e de energia dedicar
atenção a fazer
as coisas fisicamente corretas. Precisamos, sim, fazer
corretamente as coisas de forma livre e automática, e chegar ao ponto
de os nossos hábitos espirituais contrariarem nossas tendências
físicas inferiores. Só assim poderemos ser aceitos no Círculo
do Ashram de um Mestre Ascenso.
Aquele
que está se preparando para receber a Segunda Iniciação
(que diz respeito ao domínio do Corpo Astral ou Emocional) deve demonstrar
que se libertou inteiramente da escravidão das idéias especulativas,
da reação fanática a qualquer verdade mundana ou líder
espiritual autoproclamado e da aspiração do que acredita que
seja um chamado.
—
Eu
era um escravo da religião
e um ultramontano fideísta.
Aprendi que isto é uma 'miralusão'1
e que só faz deslizar na pista.
—
Eu achava que era um escolhido
e que havia sido chamado.
Aprendi que isto não tem sentido
e que não há privilegiado.
Somente
aqueles que por dez anos têm sido estritamente vegetarianos podem
trabalhar no que é chamado de Arquivo
da Luz Astral. Mas,
a menos que o campo de Serviço seja o objetivo perseguido, a adoção
de um regime vegetariano é geralmente inútil e desimportante.
Seja como for, não existe uma dieta grupal, nem é obrigatório
eliminar a carne ou manter um regime vegetariano rigoroso. Enfim, precisamos
nos libertar dos complexos dietéticos, ingerir os alimentos disponíveis,
manter uma vida efetiva e produtiva e tratar de trabalhar pela libertação
da Humanidade. Na hora própria e no momento adequado... Não
há prematuridade.
—
Eu
me tornei vegetariano,
mas, sempre cobicei o dinheiro.
Não passou sequer um ano,
e eu voltei a ser carniceiro!
Todas
as [personalidades-]alma
que conseguiram uma certa medida de Verdadeira
Libertação são transmissoras de
Energia Espiritual.
—
De
repente,
eu me vi curando,
não o Corpo,
mas, a Mente!
O
Verdadeiro Curador correlaciona e emprega diferentes ramos da arte da cura:
esotéricos, exotéricos, ortodoxos e experimentais.
As
numerosas escolas de pensamento –
ortodoxa, acadêmica, antiga, material, espiritual, nova, precursora
ou mental –
são interdependentes e precisam se unir em uma grande
ciência de cura. O caminho do meio das concessões e da mútua
colaboração é sempre o mais inteligente,
e é uma lição muito necessária em todos os setores
do pensamento humano.
Preste
bastante atenção nisto: A cura do
Corpo Físico nem sempre constitui o mais alto bem espiritual. A superestimação
e o cuidado sério e ansioso da vida da forma, ou seja, do veículo
físico não é o mais importante.
Toda
vida é vibração (que está sempre de acordo com
a meta), e o resultado da vibração é uma forma densa
ou sutil, se tornando cada vez mais sutil à medida que a forma ascende.
[E por que
toda vida
é vibração? Porque o Uni(multi)verso é
energia, e a energia é vibratória. Enfim, se o Uni(multi)verso
é energia, em última instância, tudo Nele é energia.]
À
medida que progride, a vida pulsante altera seu grau de vibração,
e nesta mudança reside o segredo da destruição e da
[re]construção
das formas. Nesta Era, da Quarta Ronda, as formas são de quatro tipos:
1º)
a forma do ego, de tal sorte que a chave da sua vibração é
estabelecida na vida anterior; [se
a nossa vida é o somatório de todas as vidas que já
vivemos, então, em última análise, a chave efetiva
das vibrações no nosso ego é o somatório de
todas as vidas que já vivemos.]
2º)
a forma do meio ambiente;
3º)
a forma do devoto; e
4º)
a forma do Corpo Causal (o veículo da consciência mais elevada,
o Templo do nosso Deus Imanente).
A
vida de todos nós é movimento constante,
mudança constante e diferenciação constante
–
um contínuo construir, destruir, planejar e ver os planos destruídos.
Todos os nossos ideais sempre são transcendidos, e acabamos descobrindo
que são apenas diretrizes para ideais mais elevados.
Apenas
as mãos que deixaram escapar tudo o que existe nos três
mundos são livres para transmitir a benção
final à Humanidade que luta.
|
—
Oh! Meu Deus!
Oh! Meu Deus!
Oh! Meu Deus!
Oh! Deus do meu Coração!
Para mim,
não quero e não peço nada.
Só Luz! Mais Luz!
Para que eu, entendendo,
possa ensinar o que entendi.
Mas, que eu possa ensinar,
de maneira que todos compreendam.
Precisamos
nos preparar, pois, quando vier Aquele-que-Adoramos,
se ainda houver cristalização, Sua Vibração
causará muita desorganização. Isto aconteceu antes,
e isto acontecerá de novo. [Pesquise
como se forma um tornado, e você compreenderá o porquê
da desorganização acima mencionada. Seja como for, esta desorganização,
se acontecer, será responsabilidade nossa, não de Aquele-que-Adoramos.
Mutatis mutandis, é como esta Pandemia de COVID-19, que
está acontecendo exclusivamente por irresponsabilidade nossa. Por
acaso não existe.]
Enfim,
o que precisamos fazer? Tanto quanto possível, devemos pensar em
termos abstratos ou numéricos, e, através do amor para tudo
o que respira, [particularmente,
com a 3ª Hierarquia ou Reino Animal,]
trabalhar com a plasticidade do Corpo Astral. Só assim adquiriremos
a capacidade de vibrar universalmente.
Se
em cada período da vida humana nós ocupamos um Corpo Físico
mais evoluído e mais sensível, ajustado a uma vibração
mais elevada e mais refinada e vibrando em um ritmo diferente, precisamos
nos esforçar para aprimorar o nosso Corpo
Físico atual
(do interior para o exterior), para que
ele possa ser mais útil e mais efetivo em nossa próxima encarnação.
—
Ora, que se dane a ventura encarnação;
eu quero aproveitar tudinho agora.
Tanto faz se existe um deus ou um dragão;
o que eu não vou é virar abóbora.
A
vida na forma –
tanto na infância
quanto na velhice
–
pode [e
deveria], muitas vezes, ser liberada. Há um ponto
[diferente para cada um de nós] em que a vida
passa a não servir
para qualquer propósito útil, causando muita dor e muito sofrimento
às formas, que a Natureza (se pudesse atuar como deveria) não
as usaria e as extinguiria. Isto, basicamente, se deve a quatro motivos:
1º) ênfase excessiva [e,
portanto, equivocada e ilusória] dada ao valor da vida
encarnada na forma; 2º) medo universal da morte
–
esta grande transição [Grande
Aventura] que todos nós, um dia,
deveremos enfrentar; 3º) incerteza
sobre a realidade da imortalidade; 4º) apego profundo à forma,
que luta para
se libertar, sendo detido
o processo natural e confinando a vida em corpos já impróprios
e inadaptados para os fins da nossa [personalidade-]alma.
Isto nada tem a ver com incentivo ao suicídio, mas, com a neutralização
indevida do cumprimento da Lei do Karma. Precisamos compreender que, um
dia, todos nós entraremos na Luz
Clara e Fria, terminando assim, momentaneamente
–
[porque
reencarnaremos]
–
o capítulo da febre,
da fricção e da dor da existência terrena.
—
Isso é papo-furado.
Quem quer morrer?
Papo-firme, sim,
é viver até cent'anni.
Uma
coisa é a morte ou transição por enfermidade ou velhice.
Outra, completamente diferente, é a causada por guerra ou acidente,
assassinato ou suicídio. No caso das guerras, quando muitas pessoas
morrem, isto, normalmente, não tem nada a ver com a Lei da Causa
e do Efeito, como fator na trajetória da
[personalidade-]alma de qualquer indivíduo.
Também não é um ato de restituição planejado
por uma [personalidade-]alma
determinada, que cumpre seu destino individual. A morte, através
do processo destrutivo da guerra, está sob a direção-intenção
cíclica do Logos Planetário, que atua através da Câmara
do Conselho de Shamballa. [As
guerras, como as pandemias e os desastres naturais, por exemplo, são
o cumprimento de um karma coletivo doloroso, por destruição
violenta, mas, necessário. Necessário
por quê? Porque o karma
coletivo é
mais rápido de ser cumprido. Então, o que poderia levar n
encarnações para ser apre(e)ndido, é adquirido em uma
só etapa, de pancada, digamos assim. Não esqueçamos
de que o número de encarnações não
é ilimitado. Paralelamente a isto, o karma
coletivo se
faz necessário porque um novo ciclo ou uma nova etapa precisa começar,
e a velharia, a trastaria, os coisismos, os preconceitos, as dissensões
etc. obstaculizam este começo, e precisam ser removidos. Por isto,
a destruição é o instrumento mais efetivo, por assim
dizer,
para agilizar
a reconstrução. Enfim, o karma,
basicamente, se cumpre de três maneiras: 1ª) pela dor (individual
ou coletiva); 2ª) pelo Amor; e 3ª) pela Compreensão.]
Simbolicamente
Indiscutivelmente,
há uma Lei, há um Propósito e há uma Beleza
de intenção por trás do fenômeno inevitável
da morte, que tem causado o maior terror e tem provocado muito medo até
agora. Seja como for, não há morte. Há sim, entrada
em uma vida mais plena, com a libertação dos obstáculos
do veículo carnal. [O
Uni(multi)verso é Vida e desconhece a morte. Se existisse morte (Big
Crunch, Big Freeze, Big Rip ou Morte Térmica do Uni(multi)verso)
existiria começo ou nascimento (Big Bang), mas, não
existe nada disto. O Fluxo da Vida é ininterruptamente cíclico,
sem começo nem fim. A aparente morte das coisas nada mais é
do que um recomeço, assim como toda tese, que traz, em si, embutida
a antítese, a síntese e uma nova tese.]
Fluxo
da Vida
(Simbolicamente)
No
caso de morte violenta ou súbita, a única coisa desagradável
é a sensação instantânea e abrupta de perigo
e destruição iminentes, e algo que parece um choque elétrico,
e nada mais.
Principais
possibilidades: 1ª) para os não-evoluídos, literalmente,
a morte é
um sonho e um esquecimento; 2ª) para os
cidadãos bons e comuns, a morte,
em suas consciências, é uma continuação
do processo vivente –
se resumindo aos interesses e às tendências da vida que terminou,
e, freqüentemente, durante um certo tempo, não percebem que
passaram pelo episódio da morte; 3ª) para os perversos, cruéis,
egoístas, criminosos e para aqueles que vivem apenas para o aspecto
material, ocorre uma situação
denominada ligados
à Terra. Os vínculos forjados na Terra e a
atração por todos os desejos mantidos durante a encarnação
os obrigam a permanecer próximos da Terra e do seu último
meio ambiente terrestre; e 4ª) para os Aspirantes, a morte é
a entrada imediata em uma Esfera ininterrupta de Serviço e de Expressão,
a qual eles, em vida, sempre estiveram muito acostumados.
Um
dos fatores que governam a encarnação é a presença
do que se pode chamar vontade de viver. [Mas,
há uma inconciliável diferença entre vontade
de viver e
VONTADE DE VIVER, assim como são diferentes a
VIDA da vida e a MORTE da morte.]
Desenvolvimento
e experiência estão vinculados, porque o desenvolvimento
deriva da experiência, e a experiência produz o desenvolvimento.
O desenvolvimento, causando constantes mudanças de entendimento e
uma conseqüente reorientação para um novo estado de consciência,
conduz, necessariamente, a novas experiências –
experiências de novos fenômenos, de
novos estados do ser e de condições dimensionais até
agora desconhecidas.
A
paz foi o objetivo do Aspirante Atlante. A realização é
o objetivo do atual Discípulo ariano, que sabe que não pode
permanecer estático nem descansar, pois, deve se ajustar, constantemente,
a novas condições. Portanto, o Discípulo
ariano aprende a atuar sobre
as novas condições que se apresentam, e, depois,
descobre que elas desaparecem para dar origem a novas [e
mais concertadas] condições.
[É aquilo que eu disse
mais acima; toda tese traz, em si, embutida a antítese, a síntese
e uma nova tese. Se é assim, como poderá existir um céu
para sempre? Se é assim, como poderá existir um inferno para
sempre? Se é
assim, como poderá existir pecado mortal ou irremissível?]
Fome...
Fome... Fome...
Fome de ShOPhIa...
Fome de LLuz...
Fome de Vida...
Fome de Bem...
Fome de Beleza...
Fome de Servir...
Quando
começamos a nos preparar para receber a Terceira Iniciação,2
paralelamente, começamos a compreender que somos uma entidade espiritual
confinada em uma forma. [Talvez,
esta Compreensão possa ser adquirida bem antes de recebermos 3ª
Iniciação. Penso que nem devemos nos preocupar em receber
Iniciação alguma. Por quê? Porque, se lutarmos o Bom
Combate, sinceramente, desapegadamente, mais cedo ou mais tarde, as Iniciações
virão. Então, as Iniciações não dependem
de querermos, mas, de sermos e de merecermos.]
Pouco
a pouco, em nossa Peregrinação em direção à
LLuz, perceberemos que apenas a [personalidade-]alma
existe, e que só ela persistirá. Então, sobrevirá
o Estado Superior de Unidade.
Todo
crescimento é cíclico, e, passo
a passo, progredimos em sentido espiral,
o que implica, aparentemente,
retornar aos passos já andados. [Sublinhado
meu.]
Em
nossa Peregrinação
em direção à LLuz, o fator tempo não
conta bulhufas, e o progresso só é sólido e bom quando
é lento. [Neste
caso, lentidão á sinônimo de consistência. Penso
que isto possa ser resumido no seguinte: devemos nos apressurar sem pressa.]
—
Eu
queria o balacobaco
rapidinho e bem-conformado.
O balacobaco acabou ficando
marca roscofe e mal-acabado.
A
Hierarquia (Quinto Reino ou Reino
Espiritual) é um lugar de fusão de todas as
[personalidades-]alma, nos níveis mais
elevados do Plano Mental.
Até
que o Discípulo veja [interprete
e determine o significado],
no Plano Físico,
as relações que permeiam
o mundo das relações internas, o
mundo das
reconhecidas atitudes subjetivas, o
mundo da sua vida de Serviço externo e o
mundo dos relacionamentos estabelecidos como dharma em suas
verdadeiras e corretas proporções,
estas
relações, muitas vezes, perturbarão
sua mente e impedirão seu efetivo Serviço. O que deve ser
feito? Que atitude tomar? A primeira coisa que o Discípulo deve aprender
é determinar corretamente a idade das [personalidades-]alma
das pessoas com quem entra em contato. E, rapidamente, descobrirá
que esta idade
varia. Então, aprenderá a reconhecer aquelas
[personalidades-]alma
cuja Sabedoria ultrapassa a sua, aprenderá
a colaborar com as [personalidades-]alma
que caminham com ele [vibrando
aproximadamente na mesma nota] e aprenderá,
também, a trabalhar
concertadamente
com as [personalidades-]alma
que pode ajudar, mas, cujo estágio evolutivo é diferente
[mais ou menos inferior]
do seu. Então, o cânone ordenado de sua vida irá
se configurando definidamente, e poderá, assim, começar a
trabalhar com inteligência [capacidade
de atingir os objetivos espirituais estratégicos estabelecidos].
Quando
há correto sentido
de proporção não há crítica
nem desespero. E isto, necessariamente, envolverá uma vida dual de
atividade mundana e de intensa e simultânea reflexão
espiritual – características destacadas, porém, difíceis,
do Discípulo Ocidental.
Precisamos
ter em mente que, à
semelhança do Sol, a Maré
da Vida se move do Oriente ao Ocidente, e aqueles que, nos séculos
anteriores, emitiram a nota do Misticismo Oriental devem emitir e estão
emitindo, agora, a nota do Ocultismo Ocidental.
O
trabalho realizado
pelos Adeptos de Ibez e os Mistérios do seu Templo (desde o tempo
que a Humanidade infantil saiu do Reino Animal) ainda persistem na contemporaneidade,
e estão sendo realizados pelos Mestres e pelos Adeptos que estão
fisicamente encarnados em todas as partes do mundo. Um dia –
e esta é a meta –
todos os seres-humanos-aí-no-mundo compreenderão
que são Deuses Eternos que caminham sobre a Terra.
Continua...
______
Notas:
1.
Miralusão =
Miragem + Ilusão.
2. Primeira
Iniciação —› Nascimento.
Segunda
Iniciação —› Batismo.
Terceira
Iniciação —› Transfiguração.
Quarta
Iniciação —› Crucificação.
Quinta
Iniciação —› Ressurreição-Ascensão
(Vida Mais Abundante).
Música
de fundo:
Summertime
Compositor: George Gershwin
Fonte:
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summertime-george-gershwin
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