Os
Imortais podem se manifestar à vontade neste Plano, corporeamente;
mas fazem isto unicamente por compaixão pelos seres humanos que aspiram
à libertação que eles conquistaram, no sentido mais
literal do termo, uma vez que seu ser verdadeiro saiu do labirinto espaço-temporal
dentro do qual estamos impiedosamente aprisionados e entregues às
vicissitudes da decrepitude física e fadados fatalmente à
morte.
Sobre
a destruição da Atlântida: 1º)
A Atlântida teria sido tragada por uma onda gigantesca; 2º) O
cataclismo final foi consumado no espaço de um dia e uma noite; e
3º) A descrição do cataclismo
parece estar relacionada ao Mar dos Sargaços [situado
no meio do Atlântico Norte, estando limitado, a oeste, pela Corrente
do Golfo, ao norte, sendo circundado pela corrente do Atlântico Norte,
a leste, estando restrito pela Corrente das Canárias, e, ao sul,
sendo rodeado pela corrente equatorial do Atlântico Norte]. Sobre
a decadência e a destruição da Atlântida, Serge
Hutin cita a seguinte passagem do Crítias, de Platão:
Mas quando, por
terem se misturado, e, muitas vezes, com muitos elementos mortais, denegriu-se
neles a parcela que possuíam do Deus [Poseidon].
Quando neles predominou o caráter humano, então, doravante
impotentes suportar o peso de sua presente condição, eles
perderam todos os bons costumes em sua conduta, e sua lassidão moral
se patenteava para olhos capazes de ver, já que, entre os bens mais
preciosos perderam aqueles que são os mais belos, ao passo que, para
olhos incapazes de ver a relação de uma vida verdadeira com
a felicidade, eram tidos, em tudo, como belos ao máximo grau e como
bem-aventurados, repletos, como estavam, de injusta cupidez e de poder.
O
estado de Illuminação pode legitimamente ser comparado a uma
espécie de nova infância imaginativa: o Iniciado, libertando-se
dos condicionamentos artificiais – incluindo a predominância
do intelecto – torna-se, realmente, capaz de ver os seres, as coisas
e os eventos de uma forma espontânea, com uma espontaneidade infantil,
logo, com desapego... É nesse desapego infantil diante das coisas
'sérias' da sociedade profana que, para os seres livres, reside a
possibilidade de adquirir faculdades de ordem Mágika...
De
um tratado anônimo árabe, citado por Serge Hutin:
E sabei que o fim é tão-somente o começo, e que a Morte
é causa da Vida... e começo do fim. Vede Negro, vede Branco,
vede Vermelho! Isto é tudo, pois esta Morte é Vida Eterna...
O
estado vigilante é o estado é o Estado Iniciático da
Superconsciência.
Segundo
a Tradição, é possível que Cagliostro [o
Mestre Incógnito que atingiu o Estado Rosacruz propriamente dito],
na realidade, não tenha morrido prisioneiro na fortaleza de San Leo
– posto que lhe é atribuída a Imortalidade Alquímica
– e que esteja vivo até hoje. Dizem que, em suas viagens, Cagliostro
esteve em contato com altíssimos Iniciados que lhe incumbiram de
uma Missão Rosacruz especial.
No
Catecismo do Companheiro, citado por Serge Hutin, há a seguinte
exaltação do que os Rosacruzes denominam de Deus
de nosso Coração:
Pergunta:
— O que significa, no quadro, o Templo colocado no meio do Coração?
Resposta:
— Significa que é somente em vosso Coração que
deveis elevar um Templo ao Eterno.
No
Catecismo do Mestre, citado por Serge Hutin, são abordados
os mistérios da Regeneração Alquímica do homem:
Pergunta:
—O que significa a Fênix?
Resposta:
— Significa que o verdadeiro Iniciado pode nascer de suas cinzas,
que pode se renovar e se rejuvenescer à vontade como a Fênix;
significa, enfim, que ele pode dizer, com plena convicção:
'renovabitur plumas meas'.
Renovabitur
Plumas Meas
A
raridade
de documentos maçons, anteriores à Maçonaria especulativa,
explica-se, sem dúvida, pelo auto-de-fé realizado em 24 de
junho de 1719, pelo pastor Desaguliers, então o Grão-Mestre
da Grande Loja da Inglaterra. Este pastor protestante resolveu destruir
todos os documentos que, a seu ver, estivessem impregnados de 'papismo'
e, assim, dissimular as alterações que ele já havia
feito nas regras fundamentais da Maçonaria.
Ritual
da Tríade: 3, 5, 12, 72 e 108.
Descrição
da Grande Illuminação por Jorge Luís Borges
citada por Serge Hutin: Então, aconteceu algo que não
pude esquecer nem transmitir. Aconteceu minha união com a Divindade,
com o Universo (não sei se estas duas palavras diferem). O êxtase
não repete seus símbolos. Um viu Deus num reflexo; um
outro precebeu-O numa espada ou nas circunvoluções de uma
Rosa. Vi uma roda muito alta que não estava diante dos meus olhos,
nem atrás de mim, nem ao meu lado, mas em toda parte simultaneamente.
Essa roda era feita de Água e também de Fogo, e, embora suas
bordas pudessem ser distinguidas, era infinita. Ali residiam as causas e
os efeitos, e bastou-me ver a roda para compreender tudo, ilimitadamente.
(Grifo meu).
As
formas visíveis do Rosacrucianismo representam apenas a parte visível
de um prodigioso edifício tradicional. A principal meta da Vida Rosacruz
é de tornar possível, na Terra, uma prestigiosa elite espiritual.
A
própria
realidade sensorial vai desaparecer, ou melhor, o indivíduo vai preferir
de bom grado a sua própria realidade – exatamente ali onde
sua imaginação será inteiramente soberana e evocadora
de prodígios.
Primeiro
sonho do Rosacruz René Descartes:
um melão – símbolo dos encantos da solidão, isto
é, dos encantos da via do recolhimento interior e da reflexão
(no sentido Iniciático).
Segundo sonho de René Descartes: nictalopia
transitória acompanhada de materialização, a partir
da Essência Cósmica, de fagulhas de fogo espalhadas pelo quarto.
Terceiro
sonho de René Descartes:
entrega ritualística de um Livro Sagrado com estampas simbólicas.
Lasciate
ogni speranza, voi ch'entrate! [Deixai
toda esperança, ó vós que entrais!] (Dante Alighieri,
Inferno, Canto III). Explicações de Serge Hutin:
Preceito Iniciático
que ordena ao iniciando que passará pelas provas a renunciar –
absoluta e definitivamente –
a todos os seus
desejos, a todos os seus condicionamentos preferidos e à sua incessante
busca de prazeres materiais fugidios. 'Lasciate
ogni speranza' também significa que o iniciando,
se aceitar passar pelas provas, não poderá ter a esperança
de escapar ao curso da Peregrinação; não poderá
mais recuar, visto que aceitou passar por elas.
Enfim,
com o peso da palmatória e da palma,/Pesei
o Eterno – Ele chamou minha Alma –/Morri, adorei, já
nada mais sabia.
[Saint-Germain,
apud Serge Hutin].
Coração
sem mente só comete falsidade;/Mente sem Coração
só causa calamidade;/Mente e Coração produzem
toda felicidade. [Karl
von Eckartshausen, apud Serge Hutin].
Nunca
a chamada Câmara do Rei abrigou a múmia de Queóps ou
de qualquer faraó. O Sarcófago – que nunca acolheu múmia
nenhuma –
era
um acessório ritualístico, dentro do qual se deitava o candidato
aos Grandes Mistérios, a fim de ressuscitar para uma nova vida...
Hoje, ainda, a Câmara
do Rei é usada para Cerimônias Iniciáticas de
um grau particularmente elevado.
Câmara
do Rei da Grande Pirâmide
Napoleão
Bonaparte (1769 –
1821) não
se lançou à conquista do Egito por acaso. Além dos
imperativos estratégicos – cortar
a rota das Índias para a Inglaterra – ele fez isso para reatar
contato com a herança dos Rosacruzes, zelosamente guardada por uma
corrente de Iniciados muçulmanos (sufis) e cristãos.
O
que é contrário é útil, e é do conflito
que nasce a mais bela harmonia. Tudo é feito através da discórdia.
[Heráclito,
apud Serge Hutin].
A
Grande Obra reproduz em pequena escala aquilo que se passou no nascimento
do Universo e permite obter como que uma espécie de modelo reduzido
do Cosmo. O Ovo Filosófico (ou cornucópia de cristal), onde
nasce a Pedra Filosofal, é, de fato, uma espécie de imagem
do mundo, onde tudo teve sua origem.
A
realização da Grande Obra não chega ao fim com a obtenção
do Lapis transmutativo, conquistado paralelamente à Metamorfose Mística
e à Illuminação Metafísica, já que o
Adepto transpõe vitoriosamente as inexoráveis barreiras do
espaço e do tempo.
A
Illuminação
Alquímica também pode ser definida como a Busca Iniciática
da Palavra Perdida
[Verbum
Dimissum et Inenarrabile]...
Vi e manuseei a Pedra Filosofal;
tinha a cor do açafrão em pó, e era pesada e brilhante
como vidro em pedaços. [Jean-Baptiste
Van Helmont, apud Serge Hutin].
Não
sou de nenhuma época nem de nenhum lugar; fora do tempo e do espaço,
meu Ser Espiritual vive sua eterna existência... Participo conscientemente
do Ser Absoluto e ajusto minha ação segundo o meio que me
cerca... Meu nome, o que é meu e nascido de mim, o que escolhi para
me apresentar no meio de vós, é o que eu mesmo me dei.
[Cagliostro,
apud Serge Hutin].
Não
é arbitrário colocar um conceito geral de Gnose (como) 'conhecimento'
salvador.
Na
Grande Illuminação há acesso a um domínio onde
a sucessão de passado, presente e futuro não reina mais, havendo
tão-só o eterno presente que abrange tudo que foi, é
e será.
Afinal,
o que é o homem em a Natureza? Um nada
em comparação com o infinito; um tudo
em comparação com o nada; um
meio entre nada e tudo. [Blaise
Pascal, apud Serge Hutin].
O
famoso TETRAGRAMMATON é o Nome Sagrado da Divindade. Recaímos,
aqui, na Questão Iniciática da Palavra Perdida. Mais
uma vez, a Lei da Analogia é determinante. Assim, por exemplo, o
demônio evocado vai se enfraquecer à medida que o Mago retirar
uma sílaba de um Nome; inversamente, a construção progressiva
de um Nome, sílaba por sílaba, vai fortalecer sua Efetividade
Mágica. Por exemplo, seqüencialmente, o Mago dirá:
TON
RAMMATON
GRAMMATON
RAGRAMMATON
TETRAGRAMMATON
A
Alquimia é um conjunto de doutrinas secretas despercebidas aos olhos
profanos, cujo campo de estudos é restrito ao Sistema Solar, o qual
estaria intrinsecamente ligado a Deus e teria a Terra como centro. Daí
dizermos que todo ser que habita o mundo seja uma partícula de Deus.
A Pedra Filosofal é símbolo dessa Unidade Cósmica.
Neste mundo tudo é animado e possui uma alma.
A
Alquimia, em sua forma completa, é uma doutrina do super-homem. A
Pedra Filosofal e o Elixir da Vida, ou – o que dá no mesmo
– a imersão no Fogo, no Princípio Ígneo, fonte
de toda Vida, proporcionam ao Adepto a regeneração completa
e definitiva do 'velho Adão'.1
Se
o Gnosticismo não fosse mais do que uma série de aberrações
doutrinárias, próprias de hereges cristãos dos três
primeiros séculos, seu interesse seria puramente arqueológico.
Mas, é muito mais do que isto; a atitude gnóstica aparecerá
espontaneamente, além de qualquer transmissão direta. O Gnosticismo
é uma ideologia mística que tende a reaparecer incessantemente
na Europa e em outros lugares do mundo em épocas de grandes crises
ideológicas e sociais.
Ainda
que muitos gnósticos falem uma linguagem desconcertante para o homem
contemporâneo, e parecem constituir, ao menos à primeira vista,
um conjunto heterogêneo de grupos inumeráveis, sua atitude
no fundo é muito moderna: apresentam-se a nós como homens
preocupados pelo devenir do mundo, buscando uma solução para
os problemas que o envolvem.
Se
os gnosticismos são muito diversos, o Gnosticismo é uma atitude
absolutamente característica, um tipo especial de religiosidade.
Não é arbitrário colocar um conceito geral de Gnose,
'Conhecimento' salvador traduzindo-se por determinadas reações
humanas – sempre as mesmas. Se o Gnosticismo fosse apenas uma série
de aberrações doutrinárias próprias a certos
hereges cristãos dos três primeiros séculos, seu interesse
seria puramente arqueológico; mas ele é muito mais do que
isto: a atitude gnóstica reaparecerá espontaneamente, fora
de toda transmissão direta. Este tipo especial de religiosidade apresenta
mesmo perturbadoras afinidades com certas aspirações absolutamente
'modernas'.
O
mundo é regido por um 'Governo Oculto' formado por representantes
de 'Sociedades Secretas', e que, à sombra dos 'governos visíveis',
dirigem o destino de toda a Humanidade... O destino das nações
freqüentemente depende de homens que não possuem cargos oficiais.
Trata-se de sociedades secretas, com autênticos governos ocultos,
que decidem nosso destino, sem que nos apercebamos disto. [Serge
Hutin dedicou seu livro Governantes Invisíveis e Sociedades Secretas
a Jacques Sadoul. Logo abaixo da dedicatória há uma citação
de Pierre Mariel, que transcrevo:
Na realidade, em todos os tempos, e agora, mais do que nunca, as sociedades
secretas dirigem o mundo.
Ficam duas perguntas: 1ª) Será que isto é mesmo assim?
Sempre? Inexoravelmente? 2ª) E o livre-arbítrio? E a necessidade-retribuição?]
Existe
uma concepção puramente mística da Alquimia, segundo
a qual as fases sucessivas da preparação da Pedra Filosofal,
as operações 'químicas', descrevem, na realidade, as
sucessivas purificações do ser humano na sua procura do conhecimento
esclarecido... O simbolismo alquímico não se aplica, pois,
à matéria, mas às operações espirituais.
As imagens representam a evolução do Ser Interior. A matéria
sobre a qual é preciso trabalhar, é o próprio homem...
O 'Mercúrio Filosófico' é, ao mesmo tempo, o Princípio
da Vida Universal da Natureza e o da redenção pela ascese.
A própria teoria do 'homunculus' tem um sentido oculto: é
um símbolo do nosso novo nascimento, da ressurreição
espiritual do homem pela Iniciação. Da mesma forma que muitos
organismos vivos parecem nascer de matéria em putrefação,
da mesma forma o homem é capaz de se elevar da sua corrupção
habitual... O objetivo do Alquimista não era procurar o ouro material:
era a depuração da alma, as metamorfoses progressivas do espírito.
O
experimentador deve sempre tender a ficar passivo diante
da experiência
[mística],
a se comportar diante
do Grande Livro da Natureza como um espelho que reflete o que reflete, mas
sem jamais se apropriar da imagem. [Leonardo
Da Vinci, apud Serge Hutin].
Era,
portanto, necessário reinstaurar, em bases modernas, os princípios
que levariam novamente a Humanidade a se submeter a uma autoridade de origem
divina, que pudesse ser comparada à autoridade que Moisés
tinha sobre os hebreus. Partindo deste ponto, temos que admitir que o documento
conhecido por 'Protocolos dos Sábios do Sião' não pode
ser obra de rabinos.
Um
estudo atento da sociedade secreta dos Iluminados da Baviera revela em seu
fundador – o professor Adam Weishaupt, no fim do século XVIII
– um verdadeiro gênio da subversão clandestina e da espionagem...
Um trabalho de espionagem
[
]
fazia parte dos deveres
inerentes ao Noviço recém-admitido à Ordem dos Iluminados.
Parte
de um ritual occitânico: Ó Senhor, julga e condena os vícios
da carne. Não tenha piedade da carne nascida da corrupção,
mas tem piedade do espírito posto em prisão.2
Já
que vos servis da mesma Via e dos mesmos meios que eles [os
Patriarcas e os Profetas das Sagradas Escrituras]
para
a aquisição do Mistério, a entrada do paraíso
está aberta para vós, assim como esteve para Elias, que recebera
os avisos divinos... Tende um Coração viril e uma Alma heróica;
não temais nada do que vos possa acontecer e não recueis...
Sede firmes de Coração porque vosso Condutor não permitirá
que qualquer mal vos seja feito...
[In: Tractatus Theologophilophicus, Robert Fludd].
Conclui,
pois, comigo, ó homem deste mundo tornado cego por uma nuvem de ignorância,
que a Virtude e a Eficácia do Espírito Santo são verdadeiramente
os Irmãos da Rosa+Cruz... [In:
Tractatus Theologophilophicus, Robert Fludd].
A
Conquista da Ignorância
(Símbolos Antigos e Sagrados, Ralph
M. Lewis)
Como
é desprovida de fundamentos a lenda popular que quer que a Alquimia
consista unicamente na produção artificial do ouro metálico,
quando seu objetivo principal é a descoberta da 'Medicina Universal',
única dispensadora do triplo apanágio: o Conhecimento, a Saúde
e a Riqueza. A Hóstia é a réplica desta Medicina Soberana
acessível ao maior número de pessoas.
[Eugène Canseliet, apud Serge Hutin].
Pode-se
dizer, de maneira bastante precisa, que a Alquimia só se compreende
verdadeiramente na imensamente grandiosa perspectiva de uma queda original
humana, mas também cósmica: tratar-se-á, por etapas,
de chegar finalmente à regeneração progressiva, à
glorificação irradiante do ser humano e, em seguida, de todo
o Cosmos. A Alquimia é bem, se assim o quisermos, uma técnica
mística (desculpem a expressão), uma taumaturgia (este termo
é melhor) do Super-homem liberto e libertador, mas com esta nuança
muito importante: estas ambições herméticas visam,
afinal de contas, ao retorno cíclico a algo que existia na origem
dos tempos, à Idade de Ouro anterior à Queda e da qual falam
todas as mitologias antigas.
A
Grande Obra metálica é certamente um dos objetivos reais da
Alquimia Tradicional [Operativa],
mas apenas um entre
todo um extraordinário buquê. Ela não passa de um dos
elementos de um conjunto prodigioso, que visa nada menos que a reintegração
final de todo o manifesto... A Grande Obra trata-se mesmo de obter a visão
das coisas supra-sensíveis... [e]
o Iniciado Rosa+Cruz
poderá 'ver o céu aberto e o subir e descer dos anjos de Deus
e seu nome escrito sobre o Livro da Vida'.
|
O
Grande Símbolo de Salomão |
Decriptação
hermética das iniciais crísticas INRI: Igne
Natura Renovabitur Integra.
A Natureza inteira será renovada pelo Fogo.3
O
sentido geral da Lenda Iniciática de Christian Rosencreutz é
o típico relato tradicional no vemos um Iniciado ocidental ir ao
Oriente (Lá, onde nasce a Luz). Mas trata-se aí de um personagem
inteiramente simbólico, embora seja incontestável que a Lenda
não cubra menos do que fatos concretos, reais: ela, geralmente, faz
alusão aos contatos diretos e seguidamente realizados ao longo de
toda a Idade Média (sobretudo na época das cruzadas), mas
sempre mantidos e conservados a seguir entre Iniciados cristãos e
Iniciados muçulmanos.
Norma
de vida do Papa João XXIII: Nunca se encolerizar com ninguém.
[Apud
Serge Hutin].
Um
símbolo é sempre muito mais do que um mero sinal: 1º)
transporta a consciência para além do significado; 2º)
é dinâmico e portador de carga efetiva; e 3º) seu conteúdo
é polivalente e inesgotável... Nas sociedades secretas iniciáticas,
os ritos põem em ação os símbolos correspondentes.
Enquanto o ritual se desenrola, eles criam um espaço e um tempo sagrados,
diferentes daqueles da vida diária profana.
A
nossa Humanidade não é a única do Universo, e ela não
está no vértice da seqüência da evolução.
Por cima dos homens, existe toda uma hierarquia de entidades de poderes
ilimitados que dirige a evolução da nossa espécie.4
Philosophia
objectum triplex: Deus, Natura et Homo. O
objetivo da Filosofia é tríplice: Deus, a Natureza e o Homem.
[Francis Bacon, apud
Serge Hutin]. Somente
assim a Lei do Ternário será verificada. Decifrando e comentando
o 'Livro da Natureza', o Filósofo se torna capaz de cumprir o seu
papel, que é o de trabalhar, cada vez melhor, para o progresso da
Humanidade.
Fórmula
Iniciática Rosacruz: VITROL. Visita
Interiora Terræ,
Rectificando Invenies Occultum
Lapidem. [Visita o interior da Terra,
e, retificando, encontrarás a Pedra oculta]. Segundo Serge Hutin,
isto é uma clara alusão à necessidade de descermos
às profundezas do nosso Ser – nas Trevas em que se elabora
o 'Novo Nascimento', oferecido pela Iniciação –
para que a Ascese
Illuminadora possa acontecer.
______
Notas:
1. ADM
= 1 + 4 + 40 = 45 9.
2. Occitânico
é relativo à Occitânia – uma da nações
sem Estado da Europa, que compreende as regiões históricas
da Provença, o Limousin, o Auvergne, a Gasconha, o Languedoc e o
Delfinado.
3. Há
também a versão Alquímica
Igne Natura Renovatur
Integra.
4. Esta
Sagrada Hierarquia de Entidades de Poderes Ilimitados que dirige a evolução
da nossa espécie dirige, sim, mas não impõe, inspira,
sim, mas não obriga, auxilia, sim, mas não faz por nós
o que cabe a nós fazer. Quem dorme e espera não alcança(rá).
Bibliografia:
HUTIN,
Serge. Governantes invisíveis e sociedades secretas. Tradução
de Ágata M. Auersperg. São Paulo: Hemus, 1971.
______.
Espionagem, ocultismo e sociedades secretas. In: L'Initiation
(Cadernos de Documentação Esotérica e Tradicional;
Revista
do Martinismo e das Diversas Correntes Iniciáticas), Brasil, Rio
de Janeiro, nº 1, pp 35-45, abr-jun, 2001.
______.
A grande iniciação rosacruciana de Robert Fludd.
In: L'Initiation (Cadernos de Documentação Esotérica
e Tradicional; Revista do Martinismo e das Diversas Correntes Iniciáticas),
Brasil, Rio de Janeiro, nº 3, pp 17-20, out-dez, 2001.
______.
A verdadeira face da Alquimia. In: L'Initiation (Cadernos
de Documentação Esotérica e Tradicional; Revista
do Martinismo e das Diversas Correntes Iniciáticas), Brasil, Rio
de Janeiro, nº 8, pp 23-35, jan-mar, 2003.
______.
O périplo de Christian Rosencreutz. In: L'Initiation
(Cadernos de Documentação Esotérica e Tradicional;
Revista
do Martinismo e das Diversas Correntes Iniciáticas), Brasil, Rio
de Janeiro, nº 14, pp 53-56, s. d.
______.
O esoterismo na história. 1ª edição.
Coordenação e supervisão de Charles Vega Parucker.
Tradução de Rosana Pontes. Biblioteca Rosacruz. Curitiba,
Paraná: Ordem Rosacruz, AMORC, Grande loja da Jurisdição
de Língua Portuguesa, 2.004.
LÉVI,
Eliphas. Dogma e ritual da alta magia. Tradução de
Rosabis Camaysar. São Paulo: Pensamento, s. d.
LEWIS,
Ralph M. Símbolos Antigos e Sagrados. 1ª
edição. Tradução da Equipe Renes e de Edmond
Jorge. Coordenação
de Maria A. Moura. Biblioteca Rosacruz, volume XXIII. Rio de janeiro: Renes,
1979.
Websites
e Páginas da Internet consultados:
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Occit%C3%A2nia
http://healingbydonation.com/
soundofallthings/TheGreatPyramid.html
http://www.crystalinks.com/
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http://www.science-et-magie.com/
archives01/hutin.html
http://fr.wikipedia.org/wiki/Serge_Hutin
http://www.imagick.org.br/
pagmag/pratick/sexual.html
http://www.jornalinfinito.com.br/
materias.asp?cod=62
http://www.ageac.org/
portugues/ageac/Corpus/Corpus.htm
http://www.verdestrigos.org/
sitenovo/site/cronica_ver.asp?id=1175
http://www.montfort.org.br/
http://www.triumphododireito.triunfo.nom.br/
tbosprimordios.htm
Fundo
musical:
C'est
Si Bon (Henri Betti & André Hornez)
Fonte:
http://www.infw.com.br/
musicas1.asp?Categoria=Francesas