Observação:
Originariamente,
estas recomendações foram escritas por um Autor Desconhecido.
O que eu fiz foi mentalmente convidar o Autor Desconhecido para parceiro
e propor algumas modificações nas recomendações
que ele escreveu para poder transformá-las neste 'educaminha'
(educativo poeminha) para todos nós. E como ele concordou, vou acrescentar
duas coisinhas:
Em
tudo, é necessário harmonia!
Ser um Espiritualista; não um maniqueísta!
Ser um Alquimista; não um assoprista*!
Em
tudo, é dispensável aleivosia!
Em
tudo, é necessário harmonia!
Ser um Iniciado; não um injustificado!
Ser um Rosa+Cruz; não um transviado!
Em
tudo, é dispensável aleivosia!
*
Assoprista é um neologismo derivado de assoprador
+ arquimista. Do conhecimento empírico da Alquimia, duas ramificações
podem ser distinguidas: a) assopradores; e b) arquimistas. Assopradores
(ou sopradores) eram charlatães, bruxos, truões, pessoas,
enfim, desinformadas, incultas, alheias e descomprometidas com a Tradição
Iniciática e Alquímica, que, tendo ouvido falar da Arte, tentavam
por todos os meios (lícitos e ilícitos) obter ouro por transmutação.
Segundo os relatos coligidos, nunca lograram êxito nessa empreitada.
Pensa-se, erroneamente, que foram dessas experiências temerárias,
aleatórias e infundadas que nasceu a Química. Ledo engano.
Foram os arquimistas que forneceram, primeiro aos espagiristas, e estes
à Química moderna, os métodos e o conhecimento que
progrediram até a contemporaneidade. A arquimia, em parte, perseguia
o que a Alquimia sempre considerou subproduto de sua Arte e de valor irrisório
(ouro), mas só dispunha de meios químicos e materiais. Espagiristas
(ou espagíricos) eram metalurgistas, ourives, vidreiros, tintureiros,
destiladores, oleiros, pintores, ceramistas, esmaltadores, que, para desempenhar
seus ofícios, tinham conhecimentos suficientes de espagíria.
Nem os arquimistas nem os espagiristas chegaram a conhecer os segredos da
Tradição, nem produziram ouro pela Arte Alquímica.
Contudo, pela arquimia - que os desavisados costumam confundir com Alquimia
- é possível transmutar um metal próximo ao ouro na
Classificação Periódica dos Elementos - a prata, por
exemplo - no precioso metal. Como é possível, igualmente,
exaltar o ouro de diversas maneiras como, por exemplo, fundindo-o com três
vezes o seu peso de cobre e, posteriormente, como afirma Fulcanelli, decompondo
a liga reduzida à limalha em presença de ácido nítrico
fervente. São Vicente de Paulo, o piedoso filantropo do século
XVII, conheceu de perto os segredos espagíricos, que aprendeu no
seu cativeiro em Tunes, com um velho médico espagírico. Arquimicamente,
segundo o teor de duas epístolas (a primeira de 24 de junho de 1607,
e a segunda de 1608, ambas endereçadas ao Sr. De Comet, advogado
no Tribunal Presidial de Dax), São Vicente produziu ouro por transmutação
espagírica, o que, talvez, explique as numerosas obras filantrópicas
que realizou, que atingiram, na época, alguns milhões de francos-ouro.
Todavia, por conhecer o gênero humano, o Santo Católico precaveu-se
de divulgar a ordem e a maneira de operar o processo transmutatório.
S. Vicente, ao que tudo parece indicar, todavia, não foi efetivamente
iniciado na Alquimia e, portanto, não foi um Alquimista stricto
sensu. Mas foi um Santo Homem devotado à Humanidade. É
o que basta.
Harmonia
Fundo
musical:
Cálice
Compositor: Chico Buarque e Gilberto Gil
Intérpretes: Chico Buarque e Milton Nascimento
Fonte:
http://www.belasmidis.com/Nacional/Chico_Buarque/
Uma
explicação e uma confissão:
No ano plúmbico de 1973, no governo nazi-fascista do milagreiro econômico
general-presidente Emílio Garrastazu Médici (1905 –
1985) – um dos mais violentos e repressivos da ditadura militar brasileira
(1964 – 1985), também marcado, apesar do milagre brasileiro,
pelo aumento da miséria, da concentração de renda e
da desigualdade social – Chico Buarque e Gilberto Gil escreveram a
canção Cálice. Na canção, percebe-se
claramente um elaborado e intencional jogo de palavras para despistar a
censura da ditadura militar. Não deu certo; os censores não
eram bobos. A canção teve sua execução proibida
durante anos no Brasil. Bolas! Fodam-se todos os medonhos censores e todos
os ditadores sanguinários e filhos-da-puta! Outro dia, comentei com
a Blanquinha: — Há certas coisas das quais tenho uma certa
inveja. Ela me perguntou: — Quais? Eu disse: —
Eu gostaria de ter escrito a letra desta música. Ditadura nunca
mais! Por que tanta força bruta? Ditadura nunca mais! Eu não
quero mais ver emergir o monstro do Lago Paranoá! Ditadura nunca
mais!
Anos
de Chumbo Brasileiros