A QUESTÃO DA SAÚDE
(
E, per la vita, non ti lascio mai più!)

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

O corpo denso é o mais valioso de todos os nossos bens terrenos e, por estranho que pareça, é o de que mais nos descuidamos. O pior dos crimes que cometemos contra ele reside na negligência e na desconsideração diárias com este corpo, desde antes do nascimento até a morte. [In: A Ciência da Nutrição, da Saúde e da Juventude, de autoria de Max Heindel.] [A marchinha de carnaval brasileira Saca-Rolha, de autoria dos compositores Waldir Machado, Zé da Zilda e Zilda do Zé mostra isto muito bem.]

 

As águas vão rolar...
Garrafa cheia eu não quero ver sobrar.
Eu passo a mão no saca, saca, saca-rolha,
e
bebo até me afogar...
Deixa as águas rolar!

Se a polícia por isso me prender,
e na última hora me soltar,
eu pego o saca, saca, saca-rolha
e bebo até me afogar...
Deixa as águas rolar!

 

 

 

 

O fato é que, normalmente, construímos o nosso corpo físico com material de qualquer espécie, sem atentar para a sua impropriedade. Portanto, somos os únicos culpados pelos males futuros resultantes. Doenças, senilidade e debilidade, tudo é efeito de causas que podem ser evitadas em grande parte, apenas por um mínimo da atenção e dos cuidados que dispensamos a mil e uma coisas de somenos importância. [Ibidem.] [Uma outra marchinha de carnaval brasileira, Cachaça, de autoria do compositor baiano Marinósio Trigueiros Filho, também exemplifica isto.]

 

Você pensa que cachaça é água?
Cachaça não é água não.
Cachaça vem do alambique,
e água vem do ribeirão

Pode me faltar tudo na vida,
arroz, feijão e pão.
Pode me faltar manteiga,
e tudo mais não faz falta não.

Pode me faltar o amor,
(disto eu até acho graça).
Só não quero que me falte
a danada da cachaça!

 

A saúde é um assunto estritamente individual que independe do aparente: a única condição é, de fato, aquela em que o Eu possa se sentir confortável no corpo. [Ibidem.] [Um exemplo disto está na letra da música Ninguém me Ama, de autoria de Antônio de Maria e Fernando Lobo.]

 

Ninguém me ama, ninguém me quer,
ninguém me chama de meu amor.
A vida passa, e eu sem ninguém,
e quem me abraça não me quer bem!

Vim pela noite tão longa de fracasso em fracasso...
E, hoje, descrente de tudo, me resta o cansaço,
cansaço da vida, cansaço de mim,
velhice chegando, e eu chegando ao fim!

 

 

Velhice chegando, e eu chegando ao fim!

 

 

Se o Eu se sente enfermo, o corpo está doente, não importa que no momento ele exiba a aparência do que chamamos “saudável”. [Ibidem.] [Mais um exemplo dessa doença interior está na letra da música Castigo, de autoria de Dolores Duran.]

 

A gente briga,
diz tanta coisa que não quer dizer,
briga pensando que não vai sofrer,
que não faz mal se tudo terminar.

Um belo dia,
a gente entende que ficou sozinha,
vem a vontade de chorar baixinho.
vem o desejo triste de voltar.

Você se lembra,
foi isso mesmo que se deu comigo,
eu tive orgulho e tenho por castigo
a vida inteira pra me arrepender.

Se eu soubesse,
naquele dia o que sei agora,
eu não seria essa mulher que chora,
eu não teria perdido você!

 

 

 

 

A gente mente
com tanta convicção e propriedade,
que, goebbelianamente, a peta vira verdade.
E Tubaína acaba se tornando Cloroquina!

 

 

 

 

A gente engana
e divulga um sem-fim de tamanduás,
sempre imitando os cruéis e os aruás.
E dia-a-dia, inflamos o nosso karma pessoal!

A gente chuta
com tanta cara-de-pau e segureza,
que a fealdade enxovalha a Beleza.
E vacinado acaba virando jacaré!

 

 

 

 

A gente inventa
– sem o menor Amor no nosso Coração –
a imunidade de rebanho por infecção.
E zilhões acabam virando múmias paralíticas!

 

 

Coisa horrorosa!

 

 

A gente insiste
que o isolamento abalará a Economia,
e o povão clama: — Mamma mia!
E a sacra vida... Desce ladeira abaixo!

A gente, enfim,
mistura alhos com bugalhos
e podricalhos com borralhos.
E viramos reféns de nós mesmos.

Um dia, pimba!
Pela ação da Lei de Conseqüência,
da Terra, damos o pira, sem anuência.
E teremos que esperar outra chance!

Ora, tivemos chances!
Todavia, jogamos todas elas no lixo,
pois, temos um pensamento recorrente e fixo:
primeiro eu; os outros que se...
(E, per la vita, non ti lascio mai più!
Mai più!)

(E, por toda a vida, eu não te deixarei nunca mais!
Nunca mais!)

Enquanto isso, a noite não finda,
o Unimultiverso inteiro se aflige e chora,
o que deve ser não se converte em agora
e os capetas dão uma festa de arromba!

 

 

 

 

 

 

Música de fundo:

Mamma Son Tanto Felice
Compositores: Cesare Andrea Bixio (música) & Bixio Cherubini (letra)
Interpretação: Andrea Bocelli

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=SyKrPR7oneo

 

Páginas da Internet consultadas:

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