Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

Você conhece quem não sacaneie um sapeca

que tira e come mel + -eca?

Se venta um noroeste e uma peruca fica torta,

ri até um mosca-morta.

 

 

Há, também, aqueles que troçam um pouco

de um fanho ou de um mouco.

Outros morrem de rir, imitam e ridicularizam

 

 

E, se calhar, melindram um condutor de bonde

e mijam em uma fronde;

e acham muito natural serem os reis da falcatrua

Temos que olhar muito bem nossos umbigos

A vida flui, o tempo passa, a idade chega;

todos carecerão de achega.1

 

 

 

 

Power Point (515 kb)

Você quer chorar um pouquinho? Eu chorei.

 

 

 

 

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Nota:

1. Ora bolas! Não é porque a vida flui, não é porque o tempo passa, não é porque a idade chega e muito menos é porque todos nós iremos precisar de uma achega – fiquemos ou não lelés da cuca, regurgitando, urinando, peidorrando e obrando no pijama – que temos que olhar muito bem para os nossos umbigos e honrar bichos e inimigos, ricos e mendigos, calmos e rabigos. Agir por medo ou por qualquer tipo subalterno de interesse é prá lá de medonho e porcamente hipotético. É obrigação, ainda que, quando há compreensão, inexista qualquer tipo de obrigação; é, portanto, uma espécie de compreensão-obrigação (ou obrigação-compreensão) categórica, com absoluta dignidade e universal fraternidade, sempre, sem qualquer tipo de juízo subjetivo ou afetivo a priori. Se algum tipo de juízo tiver que ser feito, o que misticamente já é, na origem, um absurdo, só cabe mesmo o juízo categórico expandido, isto é, ter como princípio universal que todos os ALeF são TaV, e vice-versa. Todos somos um. Temos que honrar bichos e inimigos, ricos e mendigos, calmos e rabigos, novos e antigos e todos os outros igos porque... Caramba! Isso é óbvio demais para ser teológica ou filosoficamente examinado, porém, nada tem a ver com religião, com qualquer deus, com misticismo ou com o que quer que possa ser invocado como justificativa. Por exemplo, quem separa ou mata em nome de qualquer deus ou quem encontra justificativa para seus atos, quaisquer que sejam esses atos, ainda não compreendeu. Fico irritado e até meio com vergonha de tocar nesse assunto. Mas, se você espiou o power point, lá está tudo explicadinho. Eu não sabia que o Plácido Domingo era um cara tão bacana. Fiquei sabendo. E fiquei emocionadamente feliz com esse irmão. Até chorei um pouquinho. Já o José Carreras também não ficou um milímetro atrás nessa coisa de ser bacana. Dignidade é só isso; nada mais. Mas, penso que o Carreras só agiu da forma como agiu porque foi espiritualmente catalisado pela atitude silenciosa do Plácido. Em silêncio somos mais efetivos do que quando falamos. Paz Profunda aos dois e ao mundo. Custa o quê ser bacana? Custa o quê ser uma boa pessoa?

 

 

 

 

 

Página da Internet consultada:

http://www.canalkids.com.br/
tecnologia/transporte/bonde.htm

 

Fundo musical:

I Left My Heart In San Francisco (Douglass Cross & George Cory)

Fonte:

http://www.cdorders.com/
karaoke-midi-files.html