SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME

 

 

 

Liberdade

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

Para podermos dar toda atenção a algo que é belo, a nossa mente deverá estar livre de preocupações. A mente não deverá estar ocupada com problemas, com tribulações, com especulações. É só com a mente muito tranqüila que se poderá observar realmente, porque, então, a mente será sensível à beleza extraordinária. E, talvez, aqui, tenhamos a chave do problema da liberdade. [In: A Cultura e o Problema Humano (título do original: This Matter of Culture), de autoria de Jiddu Krishnamurti.]

 

Ser livre é ser inteligente, porém, a inteligência não nasce só porque desejamos ser livres. A inteligência começa a nascer ao começarmos a compreender, no seu todo, o nosso ambiente as influências sociais, religiosas, paternas e tradicionais que continuamente vos envolvem. Mas, para compreendermos todas essas influências a influência dos nossos pais, do nosso Governo, da sociedade, do meio cultural a que pertencemos, das nossas crenças, dos nossos deuses, das nossas superstições, da tradição a que impensadamente nos ajustamos — para compreendermos todas essas influências e delas nos livrarmos, necessitamos de profundo discernimento. A liberdade é, com efeito, um estado mental em que não existe medo, nem compulsão, nem ânsia de segurança. O fato é que, no momento em que desejarmos ser algo, em que desejarmos ser alguém, já não seremos mais livres. Só seremos de fato livres, se não imitarmos ninguém, e se formos sempre nós mesmos. Só seremos de fato livres, se, a cada instante, compreendermos o que somos. [Ibidem.]

 

 

 

 

Eu queria me tornar um grande pacifista,

então, eu imitava o Mahatma Gandhi.

Eu queria me tornar um grande filósofo,

então, eu imitava o Jiddu Krishnamurti.

Eu queria me tornar um grande polímata,

então, eu imitava o Leonardo da Vinci.

Eu queria me tornar um grande gaivotão,

então, eu imitava o Fernão Capelo Gaivota.

Eu queria me tornar um grande 'Stellvertreter des Führers',

então, eu imitava o Rudolf Hess.

Eu queria me tornar um grande experimentador mortífero,

então, eu imitava o Josef Mengele.

Eu queria me tornar um grande mentiroso,

então, eu imitava o Paul Joseph Goebbels.

Eu queria me tornar um grande massacrador,

então, eu imitava o Gerhard Sommer.

Eu queria me tornar um grande homicida,

então, eu imitava o Johann Robert Riss.

Eu queria me tornar um grande canibal,

então, eu imitava o Hannibal Lecter.

Eu queria me tornar um grande transformista,

então, eu imitava a Rogéria.

Eu queria me tornar um grande teólogo da prosperidade,

então, eu imitava o Silas Malafaia.

Eu queria me tornar um grande cientologista,

então, eu imitava o Tom Cruise e o John Travolta.

Eu queria me tornar um grande ator,

então, eu imitava o Laurence Olivier.

Eu queria me tornar um grande político,

então, eu imitava o Juscelino Kubitschek.

Eu queria me tornar um grande escolástico,

então, eu imitava Santo Tomás de Aquino.

Eu queria me tornar um grande oráculo,

então, eu imitava o Toniello Campodonico.

Eu queria me tornar um grande levitador,

então, eu imitava um monge budista.

Eu queria me tornar um grande filologista,

então, eu imitava o Antônio Houaiss.

Eu queria me tornar um grande tenor,

então, eu imitava o Enrico Caruso.

Eu queria me tornar um grande comunicador,

então, eu imitava o Chacrinha.

Eu queria me tornar um grande palhaço,

então, eu imitava o Carequinha.

Eu queria me tornar um grande jogador de sinuca,

então, eu imitava o Rui Chapéu.

Eu queria me tornar um grande mágico,

então, eu imitava o Mandrake.

Eu queria me tornar um grande presidente,

então, eu imitava o FDR.

Eu queria me tornar um grande iogue e guru,

então, eu imitava o Paramahansa Yogananda.

Eu queria me tornar um grande guerrilheiro,

então, eu imitava o Che Guevara.

Eu queria me tornar um grande teórico revolucionário,

então, eu imitava o Friedrich Engels.

Eu queria me tornar um grande déspota,

então, eu imitava o Josef Stalin.

Eu queria me tornar um grande humorista,

então, eu imitava o Chico Anysio.

Eu queria me tornar um grande prefeito,

então, eu imitava o Odorico Paraguaçu.

Eu queria me tornar um grande militar,

então, eu imitava o Coronel Piragibe.

Eu queria me tornar um grande construtor de piroga,

então, eu imitava o índio Boi Xavante.

Eu queria me tornar um grande apresentador,

então, eu imitava o Roberval Taylor.

Eu queria me tornar um grande aconselhador,

então, eu imitava o Véio Zuza.

Eu queria me tornar um grande deputado federal,

então, eu imitava o Clodovil Hernandes.

Eu queria me tornar um grande 'muy amigo',

então, eu imitava o Don Gardelón.

Eu queria me tornar um grande serial killer,

então, eu imitava o Ted Bundy.

Eu queria me tornar um grande 'padrino',

então, eu imitava o Don Vito Corleone.

Eu queria me tornar um grande piloto,

então, eu imitava o Ayrton Senna.

Eu queria me tornar um grande católico,

então, eu imitava o Papa Francisco.

Eu queria me tornar um grande pintor,

então, eu imitava o Pablo Picasso.

Eu queria me tornar um grande narcotraficante,

então, eu imitava o Pablo Escobar.

Eu queria me tornar um grande expoente do Espiritismo,

então, eu imitava o Chico Xavier.

Eu queria me tornar um grande Rosa+Cruz,

então, eu imitava Sâr Validivar.

Eu queria me tornar um grande Martinista,

então, eu imitava o Augustin Chaboseau.

Eu queria me tornar um grande Templário,

então, eu imitava o Raymond Bernard.

Eu queria me tornar um grande ativista político,

então, eu imitava o Martin Luther King Jr.

Eu queria me tornar um grande inventor,

então, eu imitava o Nikola Tesla.

Eu queria me tornar um grande líder rebelde,

então, eu imitava o Nelson Mandela.

Eu queria me tornar um grande Mago Cerimonialista,

então, eu imitava o Éliphas Lévi.

Eu queria me tornar um grande Maçom,

então, eu imitava o Foster Bailey.

Eu queria me tornar um Grande Instrutor,

então, eu imitava o Mestre Jesus.

Sem parar, imitei todo mundo;

nunca cheguei a ser coisa nenhuma,

porque nem imitar direito eu sabia.

Só comecei a vislumbrar a Liberdade

quando eu me manquei,

e parei de imitar os outros.

Até que, um Dia Bendito Dia!

como o poeta e escritor português Miguel Torga,

eu pude, saborear, enfim,

o pão da minha fome:

Liberdade, que estais em mim,

Santificado seja o Vosso Nome.

 

 

 

 

 

 

Música de fundo:

Horst Wessel Lied (Hino Oficial do Partido Nazista)
Compositor: Horst Ludwig Georg Erich Wessel

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=Qk4gWF-auZ0

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.jornalopcao.com.br/

https://all-free-download.com/

https://pngtree.com/so/monkey-vector

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