Para
podermos dar toda atenção a algo que é belo, a nossa
mente deverá estar livre de preocupações. A mente não
deverá estar ocupada com problemas, com tribulações,
com especulações. É só com a mente muito tranqüila
que se poderá observar realmente, porque, então, a mente será
sensível à beleza extraordinária. E, talvez, aqui,
tenhamos a chave do problema da liberdade. [In:
A Cultura e o Problema Humano (título do original: This
Matter of Culture), de autoria de Jiddu Krishnamurti.]
Ser
livre é ser inteligente, porém, a inteligência não
nasce só porque desejamos ser livres. A inteligência começa
a nascer ao começarmos a compreender, no seu todo, o nosso ambiente
– as influências
sociais, religiosas, paternas e tradicionais que continuamente vos envolvem.
Mas, para compreendermos todas essas influências –
a influência dos nossos pais, do nosso Governo, da sociedade, do meio
cultural a que pertencemos, das nossas crenças, dos nossos deuses,
das nossas superstições, da tradição a que impensadamente
nos ajustamos — para compreendermos todas essas influências
e delas nos livrarmos, necessitamos de profundo discernimento. A liberdade
é, com efeito, um estado mental em que não existe medo, nem
compulsão, nem ânsia de segurança. O fato é que,
no momento em que desejarmos ser algo, em que desejarmos ser alguém,
já não seremos mais livres. Só seremos de fato livres,
se não imitarmos ninguém, e se formos sempre nós mesmos.
Só seremos de fato livres, se, a cada instante, compreendermos o
que somos. [Ibidem.]
—
Eu queria me tornar um grande pacifista,
então, eu imitava o Mahatma Gandhi.
Eu
queria me tornar um grande filósofo,
então, eu imitava o Jiddu Krishnamurti.
Eu
queria me tornar um grande polímata,
então, eu imitava o Leonardo da Vinci.
Eu
queria me tornar um grande gaivotão,
então, eu imitava o Fernão Capelo Gaivota.
Eu
queria me tornar um grande 'Stellvertreter des Führers',
então, eu imitava o Rudolf Hess.
Eu
queria me tornar um grande experimentador mortífero,
então, eu imitava o Josef Mengele.
Eu
queria me tornar um grande mentiroso,
então, eu imitava o Paul Joseph Goebbels.
Eu
queria me tornar um grande massacrador,
então, eu imitava o Gerhard Sommer.
Eu
queria me tornar um grande homicida,
então, eu imitava o Johann Robert Riss.
Eu
queria me tornar um grande canibal,
então, eu imitava o Hannibal Lecter.
Eu
queria me tornar um grande transformista,
então, eu imitava a Rogéria.
Eu
queria me tornar um grande teólogo da prosperidade,
então, eu imitava o Silas Malafaia.
Eu
queria me tornar um grande cientologista,
então, eu imitava o Tom Cruise e o John Travolta.
Eu
queria me tornar um grande ator,
então, eu imitava o Laurence Olivier.
Eu
queria me tornar um grande político,
então, eu imitava o Juscelino Kubitschek.
Eu
queria me tornar um grande escolástico,
então, eu imitava Santo Tomás de Aquino.
Eu
queria me tornar um grande oráculo,
então, eu imitava o Toniello Campodonico.
Eu
queria me tornar um grande levitador,
então, eu imitava um monge
budista.
Eu
queria me tornar um grande filologista,
então, eu imitava o Antônio Houaiss.
Eu
queria me tornar um grande tenor,
então, eu imitava o Enrico Caruso.
Eu
queria me tornar um grande comunicador,
então, eu imitava o Chacrinha.
Eu
queria me tornar um grande
palhaço,
então, eu imitava o Carequinha.
Eu
queria me tornar um grande jogador de sinuca,
então, eu imitava o Rui Chapéu.
Eu
queria me tornar um grande mágico,
então, eu imitava o Mandrake.
Eu
queria me tornar um grande
presidente,
então, eu imitava o FDR.
Eu
queria me tornar um grande
iogue e guru,
então, eu imitava o Paramahansa Yogananda.
Eu
queria me tornar um grande
guerrilheiro,
então, eu imitava o Che Guevara.
Eu
queria me tornar um grande teórico revolucionário,
então, eu imitava o Friedrich Engels.
Eu
queria me tornar um grande déspota,
então, eu imitava o Josef Stalin.
Eu
queria me tornar um grande humorista,
então, eu imitava o Chico Anysio.
Eu
queria me tornar um grande prefeito,
então, eu imitava o Odorico Paraguaçu.
Eu
queria me tornar um grande militar,
então, eu imitava o Coronel Piragibe.
Eu
queria me tornar um grande construtor de piroga,
então, eu imitava o índio Boi Xavante.
Eu
queria me tornar um grande apresentador,
então, eu imitava o Roberval Taylor.
Eu
queria me tornar um grande aconselhador,
então, eu imitava o Véio Zuza.
Eu
queria me tornar um grande deputado federal,
então, eu imitava o Clodovil Hernandes.
Eu
queria me tornar um grande 'muy amigo',
então, eu imitava o Don Gardelón.
Eu
queria me tornar um grande serial killer,
então, eu imitava o Ted Bundy.
Eu
queria me tornar um grande 'padrino',
então, eu imitava o Don Vito Corleone.
Eu
queria me tornar um grande piloto,
então, eu imitava o Ayrton Senna.
Eu
queria me tornar um grande católico,
então, eu imitava o Papa Francisco.
Eu
queria me tornar um grande pintor,
então, eu imitava o Pablo Picasso.
Eu
queria me tornar um grande narcotraficante,
então, eu imitava o Pablo Escobar.
Eu
queria me tornar um grande expoente do Espiritismo,
então, eu imitava o Chico Xavier.
Eu
queria me tornar um grande Rosa+Cruz,
então, eu imitava Sâr Validivar.
Eu
queria me tornar um grande Martinista,
então, eu imitava o Augustin Chaboseau.
Eu
queria me tornar um grande Templário,
então, eu imitava o Raymond Bernard.
Eu
queria me tornar um grande ativista político,
então, eu imitava o Martin Luther King Jr.
Eu
queria me tornar um grande inventor,
então, eu imitava o Nikola Tesla.
Eu
queria me tornar um grande líder rebelde,
então, eu imitava o Nelson Mandela.
Eu
queria me tornar um grande Mago Cerimonialista,
então, eu imitava o Éliphas Lévi.
Eu
queria me tornar um grande Maçom,
então, eu imitava o Foster Bailey.
Eu
queria me tornar um Grande Instrutor,
então, eu imitava o Mestre Jesus.
Sem
parar, imitei todo mundo;
nunca
cheguei a ser coisa nenhuma,
porque
nem imitar direito eu sabia.
Só
comecei a vislumbrar a Liberdade
quando
eu me manquei,
e parei de imitar os outros.
Até
que, um Dia –
Bendito Dia!
–
como o poeta e escritor português Miguel Torga,
eu
pude, saborear, enfim,
o pão da minha fome:
— Liberdade, que
estais em mim,
Santificado seja o Vosso Nome.
Música
de fundo:
Horst
Wessel Lied (Hino Oficial do Partido Nazista)
Compositor: Horst Ludwig Georg Erich Wessel
Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=Qk4gWF-auZ0
Páginas
da Internet consultadas:
https://www.jornalopcao.com.br/
https://all-free-download.com/
https://pngtree.com/so/monkey-vector
https://br.pinterest.com/pin/316518680042020464/
Direitos
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