A SANTÍSSIMA TRINOSOFIA
(A Santíssima Sabedoria Tríplice)
(1ª Parte)

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

Introdução e Objetivo Deste Estudo

 

 

Conde de Saint-Germain
Porta-voz e representante da Irmandade de Filósofos que descenderam,
numa linha ininterrupta, desde os Hierofantes da Grécia e do Egito

[Retrato gravado em cobre por N. Thomas, Paris, 1783, a partir de
uma pintura a óleo atribuída ao Conde Pietro dei Rotary (1707 – 1762)]

 

 

Um homem que sabe tudo e que não morre jamais. Foi assim que o escritor, historiador e filósofo iluminista francês François-Marie Arouet, conhecido por seu nom de plume M. de Voltaire, (21 de novembro de 1694 – 30 de maio de 1778), se referiu ao enigmático personagem que apareceu na História durante o século XVIII e o início do XIX – o Conde de Saint-Germain, supostamente húngaro de nascimento e que sabia perfeitamente o que estava falando, pois, era dono de uma autoconfiança extraordinária e de um atrevimento sem igual. Saint-Germain falava com perfeição 30 línguas antigas e contemporâneas, reunia todos os conhecimentos da sua época e assombrou as cortes européias, atuando em todos os campos conhecidos do saber humano. Conhecedor dos Segredos da Alquimia Operativa, que aprendeu na Índia, transmutava pedras preciosas e metais, e, em pelo menos duas ocasiões, publicamente, realizou este feito espetacular, transmutando metais básicos em ouro. Saint-Germain afirmava saber preparar o Elixir da Eterna Juventude ou Elixir da Imortalidade (o Remédio Unimultiversal), negando, todavia, ter o poder de tornar os velhos novamente jovens, mas, calmamente, afirmava ter a posse do Segredo de deter a decadência (decrepitude) na estrutura humana. Profetizou tempos trágicos na Europa e teve atuação nos rumos que a História da sua época iria tomar. Sua missão na Terra jamais foi entendida pelos homens comuns, e, por isto, como sói acontecer, foi acusado de charlatanismo e até foi indignamente caluniado de ter sido um espião nas cortes em que residira. Na realidade, Saint-Germain foi um Alto Iniciado – um Discípulo dos Hierofantes da Índia e do Egito – mas, não propriamente um Mahatma, que tentou ajudar a Humanidade, com a esperança amorosa de melhorar o mundo e de torná-lo mais sábio e mais feliz, mas, infelizmente, esta ajuda terminou em um total fracasso, pois, ao lado de Cagliostro (Palermo, 2 de junho de 1743 – San Leo, 26 de agosto de 1795) – nome que também se tornou sinônimo de infâmia, devido uma biografia católica falsificada, invejosa e maldita – e muitos outros homens de boa vontade, não conseguiu, ensinando a Eterna Sabedoria Unimultiversal, por exemplo, evitar o aspecto sangrento e a violenta criminalidade em massa da Revolução Francesa (entre 1789 e 1799) e a confusão política daquele tempo. Helena Petrovna Blavatsky registrou sobre Saint-Germain: O tratamento que Saint-Germain, este grande homem, este aluno dos Hierofantes Hindus e Egípcios, este conhecedor da Sabedoria Secreta do Oriente, teve por parte dos escritores ocidentais é uma mancha na natureza humana. O fato é que os detratores maliciosos e mal-intencionados nunca se conformaram e continuam a não se conformar com a Sabedoria dos outros, particularmente quando Ela se refere ao Esoterismo Oriental. A Morte (Grande Aventura) de Saint-Germain também é envolta em mistério e controvérsia. Seja como for, Saint-Germain é uma testemunha-viva da possibilidade veraz da Imortalidade Espiritual (Divinização Consciente), pela conquista da Sabedoria Iniciática (ShOPhIa). O Conde de Saint-Germain e sir Francis Bacon (Londres, 22 de janeiro de 1561 – Londres, 9 de abril de 1626) foram os dois maiores Emissários enviados ao mundo pela Irmandade Secreta (Grande Loja Branca) nos últimos mil anos, cujos Princípios disseminados eram, sem dúvida, de origem Rosa+Cruz, Maçônica, Templária e Gnóstica, portanto, Iniciática.

Este estudo que estou divulgando hoje é a 1ª parte de uma compilação de alguns fragmentos importantes selecionados de uma tradução extremamente cuidadosa do texto original em francês, feita por Júlia Bárány (com comentários de Manly Palmer Hall) e publicado pela Editora Mercuryo, de La Très Sainte TrinosophieA Santíssima Trinosofia – de autoria do Iluminista, Rosa+Cruz e Maçom Conde de Saint-Germain (Transilvânia, 28 de maio de 1696 – Eckernförde (?), 27 de fevereiro de 1784) – agraciado com as bênçãos do céu e cercado por um poder tal que a mente humana não pode conceber – de máxima importância para todos os estudiosos das Ciências Ocultas – um diário da entrada da [personalidade-]alma na Idade Adulta.

Minha alimentada esperança é que este texto, ora disponibilizado, seja muito mais do que apenas útil, profícuo ou inteligível, isto é, que, efetivamente, possa, relativamente, ser Illuminador, Catalisador de uma Compreensão Superior e Libertadora, ainda que, sabidamente, o simbolismo de A Santíssima Trinosofiao mais precioso manuscrito de Ocultismo conhecido – não seja um manuscrito para Discípulos em Espera ou mesmo para principiantes, como eu. Mas, uma coisa é certa: o que não compreendermos hoje compreenderemos amanhã. O macete é não desistir. Um Dia – Bendito Dia! – com certeza, todos nós entraremos no Santuário Sagrado das Ciências Sublimes, onde estão guardados os Segredos da Natureza.

 

 

 

 

Fragmentos Importantes da Santíssima Trinosofia

 

 

O bastão, com o qual Moisés fizera brotar água das pedras, lhe foi presenteado na Babilônia, durante o reinado de Ciro, o Grande.

Se Luís XV tivesse se beneficiado da sabedoria e dos avisos proféticos do misterioso Conde de Saint-Germain, o Reino do Terror [entre 1793 e 1794, período no qual entre 16 mil e 40 mil pessoas foram mortas na França] poderia ter sido evitado.

Versos proféticos pertinentes à queda do Império Francês:

O tempo se aproxima rapidamente, quando a França imprudente,
Cercada pela desgraça que ela poderia ter-se poupado,
Evocará um inferno, tal qual Dante pintou.
Veremos cair cetro, turíbulo, balança,
Torres e brasões, e até a bandeira branca.
Grandes rios de sangue correrão em cada cidade;
somente soluços eu ouço e exílios eu vejo.
De todos os lados, a discórdia civil troveja alto,
E emitindo gritos, de todas os lados a virtude foge,
Enquanto da Assembléia votos de morte se erguem.
Grande Deus, quem pode responder aos juízes assassinos?
E sobre que augustas frontes eu vejo descerem as espadas!

No Triângulo Eqüilátero, o primeiro lado ou linha representa o Reino Mineral, que é o estudo adequado para Aprendizes. A segunda linha representa o Reino Vegetal, que os Companheiros deveriam aprender a entender, porque nesse Reino começa a geração dos corpos. A terceira linha representa o Reino Animal, de cuja exploração o Mestre Maçom deve completar sua educação. [Apud Jean-Marie Ragon.]

A Palavra Trinosofia deve ser interpretada com a ajuda de Três Chaves; 1ª) Alquimia [Iniciática] ou Química da [Personalidade-]alma; 2ª) Cabalismo Essênio; e 3ª) Hermetismo Alexandrino.

Precisamos estar permanentemente atentos e vigiar sempre, pois, dois obstáculos igualmente perigosos se apresentarão sempre diante dos nossos passos. Um, ultraja os direitos sagrados de cada indivíduo: o abuso do poder confiado [ensinado] a nós. Outro, causa a nossa ruína: a indiscrição. Ambos nascem da mesma maldita mãe. Ambos devem sua existência ao maldito orgulho [vaidade]. A maldita fraqueza humana [sonolenta ignorância] os alimenta. Eles são cegos e malditos. Sua maldita mãe [sonolenta ignorância] os conduz.

 

Com Os-Que-Sabem-E-Podem, aprendi...
Sonolento e ignorante, tartaruguei e retrocedi.
Desaproveitei. Desbaratei. Desperdicei.

Com Os-Que-Sabem-E-Podem, aprendi...
Sonolento e ignorante, fiquei na mesma e na mesma fiquei.
Intolerei. Preconceituei. Crudelizei.

Com Os-Que-Sabem-E-Podem, aprendi...
Sonolento e ignorante, abusei do Poder que me foi confiado.
Escravizei. Usurpei. Assassinei.

Com Os-Que-Sabem-E-Podem, aprendi...
Sonolento e ignorante, por vaidade, fui inconfidente.
Atraiçoei. Vilipendiei. Divulguei.

Então, desmerecedor e indigno, fui excluído...
Deserdado e posto de lado, vivi sem .
Deserdado e posto de lado, morri sem .

E agora? E agora? E agora?
Oh! Quantas noites e quantos dias terei que esperar?

Perdão! Perdão! Perdão!
Hoje, como Aristóteles, estou consciente de que

 

Um amigo da Humanidade jamais será seu perseguidor.

Ministro do Eterno, comandei os gênios que dirigem o mundo, fui feliz pela bondade que eu fiz nascer, desfrutei, no seio de uma família adorada, a felicidade que o Eterno presenteia os seus filhos queridos.

Uma linha mal explicada, uma letra olvidada, [uma crendice amamentada, uma ignorância enraizada, uma separatividade inculcada, uma reificação não ultrapassada, uma mania encasulada], impedirão de levantarmos o véu que a mão do Criador pousou sobre a Esfinge.

 

 

Enfim, eu chego... Encontro um Altar de Ferro... Aí deposito o Ramo Misterioso... Pronuncio as Palavras Temíveis... No mesmo instante, a Terra treme sob meus pés... O trovão eclode!

Sem censuras pelo passado, sem medo do [agora e do] futuro, confiante, continuei avançando.

 

Não existe
O que há, sim, é ignorância (miragens + ilusões).
Então, por que se autocensurar culposamente pelo passado?

Não existe espaço-tempo.
O que há, sim, é o .
Então, por que ter medo do inexistente futuro?

Não existe acaso.
O que há, sim, é a inviolável.
Então, por que ter medo de avançar sempre —?

Não existe morte.
O que há, sim, é a .
Então, por que ter medo de e ?

Não existe fiat voluntas mea.
O que há, sim, é a .
Então, por que ter medo de se tornar um ?

 

Eu não temia a morte, e sim morrer sem ser Illuminado... Perdi a coragem e, levantando para o firmamento meus olhos banhados em lágrimas, exclamei: Pronuncia minha sentença e me redime. Pela Tua Palavra vivifica-me. [Judica judicium meum et redime me; propter Eloquium Tuum, vivifica me. (Salmos: CXVIII, 154).]

O Altar Triangular se chama Athanor.

 

 

Tudo tende à Perfeição, mas, nada é perfeito em si e por si mesmo. É do conjunto de todas as coisas que deve sair a Obra Divina. [A Perfeição Absoluta e Definitiva é irrealizável e inalcançável; a Obra Divina (em nós) é eterna e interminável. Todo começo, que, na verdade, é um recomeço ou um novo começo), traz consigo embutido um necessário fim (epílogo, conclusão); todo fim necessário tem consigo embutido um recomeço. Spira Legis.]

 

Obra Divina (em nós) = Eterna + Interminável

 

Para que possamos alcançar o lugar mais secreto do Palácio das Ciências Sublimes [in Cordis nostri], é preciso que, educativamente, nós percorramos todos os desvios.

 

O primeiro desvio é a compreensão incorreta.

O segundo desvio é o pensamento incorreto.

O terceiro desvio é a fala incorreta.

O quarto desvio é a ação incorreta.

O quinto desvio é o meio de vida incorreto.

O sexto desvio é o esforço incorreto.

O sétimo desvio é a consciência incorreta.

O oitavo desvio é a concentração incorreta.

O nono desvio é a vaidade.

O décimo desvio é o egoísmo.

O décimo primeiro desvio é o preconceito.

O décimo segundo desvio é a separatividade.

O décimo terceiro desvio é desvio são as escolhas e as exceções.

O décimo quarto desvio é o nascimento-vida-morte carcerário
(miragens + ilusões + delírios = desejos + cobiças + paixões).

 

Temos a liberdade de escolher, com a condição, no entanto, de não abandonarmos o que houvermos escolhido.

O homem estava morto há muito tempo. Os insetos da putrefação se agitavam sobre seu rosto e devoravam a substância que os fez nascer. Um dos braços descarnados da figura morta já deixava perceber os ossos. Junto ao cadáver, um homem vestido de vermelho se esforçava para levantá-lo.

 

Viemos,
mas, não sabemos de onde!
Estamos,
mas, não sabemos o porquê!
Existimos,
mas, não sabemos como!
Acreditamos,
mas, não sabemos em quê!
Escolhemos,
mas, não sabemos optar!
Vivemos,
mas, não sabemos que estamos mortos!
Padecemos,
mas, não sabemos que poderíamos ser felizes!
Perdemos,
mas, não sabemos que poderíamos ganhar!
Horizontalizamos,
mas, não sabemos que poderíamos verticalizar!
Encagaçamos,
mas, não sabemos que poderíamos destemer!
Partiremos,
mas, não sabemos quando nem para onde!

Morremos,
mas, não sabemos que poderíamos estar Vivos!
Repetimos,
mas, não sabemos que poderíamos nos Libertar!

.................................................................
.................................................................
.................................................................

Iniciação.
Illuminação. (Trans)Compreensão. Libertação.
Ascensão. Unificação. Divinização.
O que não sabíamos, agora, (relativamente), SABEMOS.

Durante dezoito dias, andei na água negra e espessa do lago, mas, quanto mais me aproximava da margem, mais as águas clareavam.

Na sala em que me encontrava, minha roupa mudou de cor. Ela era verde quando entrei na sala; agora, era de um vermelho gritante.

A Obra está Perfeita exclamou uma voz forte e melodiosa. Os Filhos da LLuz se apressaram a vir se juntar a mim. As Portas da Imortalidade me foram abertas, a nuvem que cobria os meus olhos mortais se dissipou. EU VI, e os Espíritos que comandam os elementos me reconheceram por seu Mestre.

 

COMENTÁRIOS DE MANLY PALMER HALL

 

 


A Iniciação nos Mistérios foi definida pelos Antigos Filósofos como a Suprema Aventura da Vida e o Maior Bem que pode ser conferido à [personalidade-]alma humana, durante sua passagem pela Terra.

Uma Iniciação é uma ampliação da consciência para apreciar Realidades Uni[multi]versais. Os cerimoniais místicos dos pagãos e dos primitivos cristãos nada mais eram do que símbolos externos de processos internos. Por meio de obscuros ritos e cerimônias alegóricas, os preciosos Arcanos (Mistérios) da Perfeição eram transmitidos de uma era para outra. Os profanos ficavam satisfeitos com a solenidade das formas e dos rituais externos, mas, os Iniciados – aqueles que haviam recebido as Chaves – aplicavam a Sabedoria [ShOPhIa], que estava trancada dentro das alegorias, para aperfeiçoar suas faculdades espirituais internas... Pela Iniciação, é estabelecida a Regra da Obra.

A Perfeição [relativa] não é dada a ninguém [nem negociada, como, por exemplo, com H2Os consagradas fajutas, com feijões mágicos fedorentos, com indulgências de araque e com passes medianímicos fraudulosos]; ela é conquistada [por mérito + esforço].

 

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado negociaria um milagre de vinagre.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado negociaria uma água de frágua.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado negociaria um feijão de empulhação.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado negociaria uma glossolalia de arrelia.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado negociaria uma chorumela de taramela.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado negociaria uma bênção de proteção.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado negociaria uma salvação por meio tostão.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado negociaria santinhos, pãezinhos e bentinhos.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado negociaria um dízimo por um ázimo.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado engambelaria com histórias da carochinha.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado faria fictícias promessas e enganosas afirmações.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado negociaria um .

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado levaria qualquer tipo de vantagem.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado arquitetaria um fudelhufas de cagahouse.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado arquitetaria um fudehouse de cagalhufas.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado ficaria de olho na butique dela.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado tentaria faturar a perereca da vizinha.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado se locupletaria com um imperativo hipotético.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado arquitetaria um gabinete do ódio.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado autorizaria uma paralela.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado inventaria uma lenda de jacaré.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado louvaria um torturador.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado enalteceria uma ditadura.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado festejaria o assassinato de pessoas.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado abafaria jóias que não são suas.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado pariria uma minuta golpista.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado causaria terror a uma nação.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado seria isolacionista ou separatista.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado seria direitista ou esquerdista.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado seria liberalista ou anticomunista.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado seria anti-republicano ou antidemocrata.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado seria medievalista ou antiprogressista.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado seria autoritário ou totalitário.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado seria fideísta ou anti-religioso.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado seria peconceituoso, impiedoso, inflexível ou intolerante.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado autonomear-se-ia

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado trocaria alhos por bugalhos.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado trocaria panqueca por meleca.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado trocaria perdigoto por rato-de-esgoto.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado pedofilizaria um impúbere.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado estupraria uma mulher.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado destruiria o meio ambiente.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado transformaria o clima normal em
novo normal do clima.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado desmataria uma floresta.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado poluiria um rio com .

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado fabricaria .

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado anexaria uma nação.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado genocidaria uma população.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado devastaria um país.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado seria um mago negro.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado seria escravo de seu .

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado se submeteria a desejos, cobiças e paixões

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado divulgaria news por aí.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado somaria 1 + 1 para achar 2
nem subtrairia 1 – 1 para achar 0.

Sob nenhuma alegação,
um Iniciado desarmonizaria a Ordem Cósmica.

 

Se aplicarmos a Lei e ao aplicarmos a Lei, por meio desta aplicação, conquistaremos a Imortalidade Consciente.

 

Dharmachakra Roda da Doutrina, Roda da Lei ou Roda da Vida
(Versão Simplificada)

 

Se compreendermos a Lei concertadamente,
conquistaremos a Imortalidade Consciente.
[Divinização Consciente].

Se pensarmos concertadamente,
conquistaremos a Imortalidade Consciente.

Se falarmos concertadamente,
conquistaremos a Imortalidade Consciente.

Se agirmos concertadamente,
conquistaremos a Imortalidade Consciente.

Se vivermos concertadamente,
conquistaremos a Imortalidade Consciente.

Se nos esforçarmos concertadamente,
conquistaremos a Imortalidade Consciente.

Se nos conscientizarmos concertadamente,
conquistaremos a Imortalidade Consciente.

Se nos concentrarmos concertadamente,
conquistaremos a Imortalidade Consciente.

Se coerentizarmos nossa existência,
conquistaremos a Imortalidade Consciente.

 

Enquanto a [personalidade-]alma não se libertar, ela trabalhará apenas dentro do corpo físico, e permanecerá obscurecida pelos vapores e pela argila. [Areteu, da Capadócia (século I, Capadócia – século II, Alexandria)]. Vapores significam, segundo os Arcanos, os apetites [desejos + cobiças + paixões] e os excessos emocionais [miragens + ilusões], que são tão desprovidos de substância como a névoa, e argila significa a insensibilidade da forma corpórea.

Nos Escritos Sagrados, a ampliação da esfera de ação da [personalidade-]alma é chamada Iniciação.

O RENASCIMENTO [INICIÁTICO] é a passagem de uma condição velha para um novo estado, de uma velha limitação para uma nova ampliação. A Sabedoria [ShOPhIa] liberta. A Perfeição [Relativa] do Eu Interior é a Grande Obra o início e o fim da Sabedoria.

LLuz do Logos = Sol Espiritual.

O Zodíaco é o grande ciclo peregrinante da [personalidade-]alma e a passagem do Sol pelos símbolos zodiacais é o original de onde as Antigas Artes Sacerdotais derivaram a autoridade para os seus Circumpercursos Sagrados. Os Antigos aceitavam o primeiro signo do Zodíaco como o início e, o último como o fim de toda a atividade mundana. De forma semelhante, Áries tipificava o início da regeneração ou a entrada da [personalidade-]alma na Luz do Equinócio Vernal do Ciclo Filosófico, enquanto Peixes significava a conclusão da Peregrinação Sagrada e a realização da 'Magnum Opus' (Grande Obra).

A fabricação de ouro material é a parte menos importante da Ciência da Alquimia Iniciática.

Correlações entre os Signos Zodiacais e os Processos Alquímicos Iniciáticos (Transmutação do não-Eu em Eu, sublimação do mal em Bem, multiplicação da Beleza, do Amor e da Verdade):

Áries: Calcinação - Purificação pelo Fogo da Aspiração.
Touro: Congelamento - Conquista de um Único Ponto ou Propósito.
Gêmeos: Fixação - Fixação da Vontade.
Câncer: Dissolução - Uni
[multi]versalização da Personalidade.
Leão: Digestão - Aperfeiçoamento da Mente na Sabedoria (Calor) e na Imaginação (Umidade).
Virgem: Destilação - Libertação da
[personalidade-]alma de seu Envolvimento no Limite Corpóreo.
Libra: Sublimação - Aumento da Harmonia Vibratória do Corpo Físico.
Escorpião: Separação ou Putrefação - Morte Filosófica.
Sagitário: Incineração - Queima de Detritos.
Capricórnio: Fermentação - Construção do Homem de Ouro.
Aquário: Multiplicação - Processo de Ampliação; Iniciação.
Peixes: Projeção - Transmutação da Substância Básica em Ouro; Acabamento da Obra; Imortalidade. Na Tradição Oriental: Tornar-se Buddha.

Todos nós perambulamos nas cavernas da incerteza, [nos desertos da solidão], as formas fantasmagóricas da dúvida nos assaltam, o medo rouba nossa força, o egoísmo, nossa visão, e a ignorância, a nossa coragem. [Isto é a Noite Negra da personalidade-alma]. Mas, nós todos [inconscientemente, ainda,] somos Alquimistas no Laboratório da Vida: cada um está destilando o seu Elixir da Experiência. No seu devido espaço-tempo, cada um terá alcançado a perfeição deste misterioso Fluido Alquímico e, com Ele, irá tingir seu mundo e a si mesmo. Sobre os metais básicos desta era atual, ele irá borrifar o Pó Mágico que sua [personalidade-]alma descobriu [em seu Coração]. As Eras do Ferro, da Prata, do Cobre e do Chumbo se extinguirão, e a Era de Ouro dos Filósofos brilhará.

As letras AB representam a Palavra A Palavra Divina. [Que só será conhecida por nós em um determinada e adiantada Iniciação da Grande Loja Branca, isso se nos esforçarmos para merecer, isto é, se lutarmos o Bom Combate.]

O Sopro de El-Him, por causa da presença do Espírito, destruirá todos aqueles que se distanciaram de Deus – [o Deus de nossos Corações].

O lugar de exílio e os monarcas que o governam  se referem ao uni[multi]verso miraginal e ilusório [em que nascemos e no qual nos deixamos submeter e escravizar] e aos príncipes deste mundo [que nos submetem e escravizam].

Precisamos compreender que o unimultiverso físico [fantasioso, miraginal e ilusório] foi composto de restos de Espírito, sendo, digamos assim, um aborto do espaço-tampo. Há solução para o calabouço em que vivemos? Poderemos nos libertar? Das masmorras da materialidade, poderemos nos Alforriar, atravessando os Doze Ciclos do Refinamento [Magnum Opus] e vencendo as Provas Iniciáticas, através da prática dos Ritos Iniciáticos e Esotéricos. Então, relativamente Perfeitos em Sabedoria [ShOPhIa], enfim, Iniciados, irromperemos através do muro adamantino da esfera mortal e emergiremos na LLuz de Deus.

Assim como o existe dentro de cada grão de areia, mas, é incapaz de se manifestar, a menos que seja estimulado pelos Processos Alquímico-Iniciáticos, assim também as sementes da Verdade, da Beleza e do Conhecimento [o Summum Bonum] existem dentro da terra escura [do nigredo] do organismo animal do homem-aí. O crescimento e o aperfeiçoamento destas preciosas virtudes são estimulados pela disciplina e, na plenitude do tempo, todos os impulsos e propósitos básicos serão transmutados em o Poder Consciente da nossa [personalidade-]alma.

 =  Rei-Sol.

 


LLuz de Deus ou LLuz da Revelação.

 

Ísis, Natureza, Iniciatrix.

 

Homem nu = Neófito
Sem veste ele veio ao mundo; sem veste ele deverá renascer.

 


Por causa da tristeza, Eles vão aderir ao Dispensador
(Os Sábios, que se cansaram do mundano, voltarão à
Sabedoria, o Dispensador de Todas as Coisas Boas.

 


Mesa
= O Mundo.

 

Água de Mnemosina (Água da Lembrança) = Flui junto ao Portão da Sabedoria e da qual os Iniciados bebem, permitindo à [personalidade-]alma lembrar sua própria essência e sua origem.

Fogo, Ar e Água são os símbolos do Grande Agente Mágico.

O escuro uni[multi]verso material, [miraginal e ilusório] é o ventre dos Mistérios.

Cada neófito é responsável pelo seu Progresso Espiritual. [Neste caso, a responsabilidade não é coletiva; é individual, pessoal.]

Quando a Palavra Sagrada [Verbum Dimissum] for pronunciada, o Ramo Consagrado se incendiará, o Sacrifício será aceito e a Terra se abrirá.

A Lâmpada de Cobre é o Amor Illuminado, sem o qual nenhum homem poderá seguir o estreito Caminho da Sabedoria [ShOPhIa]. Só se estivermos vestidos em Pureza e Illuminados pela Compaixão e pelo Entendimento poderemos seguir pela negra passagem abobadada que leva à Imortalidade.

A Porta Branca a Porta da Iniciação e dos Mistérios Supremos é a Última Porta, a Porta mais Elevada e mais Perfeita que abriremos. Cada um de nós precisa seguir a sua Estrela! [Cada um de nós precisa ouvir a Voz do Silêncio – a Voz Instrutora e Libertadora do seu Deus Interior.]

 

Como poderemos
percorrer a estreita
Senda da ShOPhIa,
seguir a nossa Estrela,
receber a Chave da Porta Branca,
ter acesso aos
Mistérios Supremos,
ser Illuminados e conquistar a Imortalidade,
se ainda malbaratamos a 1ª Hierarquia?
Se ainda devastamos a 2ª Hierarquia?
Se ainda cruentamos a 3ª Hierarquia?
Se ainda desrespeitamos a nossa própria Hierarquia?
Se ainda estuporamos o meio ambiente?
Se ainda transtornamos a Mãe Terra?
Se ainda somos mentirosos?
Se ainda somos manipuladores?
Se ainda somos escravocratas?
Se ainda somos anexadores?
Se ainda somos intolerantes?
Se ainda somos apartheidistas?
Se ainda somos impiedosos?
Se ainda somos imisericordiosos?
Se ainda somos preconceituosos?
Se ainda somos separatistas?
Se ainda somos conspiradores?
Se ainda somos ufanistas?
Se ainda somos negacionistas?
Se ainda somos antidemocráticos?
Se ainda somos anti-republicanos?
Se ainda somos rabiscadores de minutas golpistas?
Se ainda somos pedófilos?
Se ainda somos estupradores?
Se ainda somos feminicidas?
Se ainda somos serial killers?
Se ainda acreditamos que si vis pacem, para bellum?
(Se queres a paz, prepara-te para a guerra, isto é, paz através da força.)
Se ainda festejamos os imperativos hipotéticos?
Se ainda temos por lema fiat voluntas mea?
Se ainda apoiamos ditaduras?
Se ainda apoiamos a tortura?
Se ainda apoiamos a censura?
Se ainda apoiamos a mordaça?
Se ainda apoiamos a mais-valia?
Se ainda apoiamos o mais-trabalho?
Se ainda somamos 1 + 1 = 2?
Se ainda subtraímos 1 – 1 = 0?
Se ainda estamos cagando e andando para o outro?
Se, todos os dias, apagamos a LLuz do Sol?
Se ainda somos magos negros?
Se ainda preferimos viver ao invés de ?
Se ainda morremos ao invés de ?
Se ainda não nos libertamos da Crise da Encarnação?
Se ainda caminhamos em sentido horário?
Se ainda não nos descrucificamos da Cruz da Experiência Mutável e Adquirida?
Se ainda continuamos a ser Gestas e não nos transmutamos em Dimas?
Ora, para tudo isto só há uma resposta: não poderemos!
Para inverter esta resposta escabrosa,
precisaremos tomar vergonha na fuça e Lutar o Bom Combate.

Um símbolo invertido simboliza um poder pervertido; assim, a nobreza se torna tirania e a grandeza leva ao despotismo.

Os dois adversários que todos os neófitos devem vencer são: o mau uso do poder e a indiscrição ou imprudência... O leão negro representa a tirania e o vermelho simboliza a luxúria. Aqueles que querem conquistar a Sabedoria [ShOPhIa] devem vencer estes animais, para alcançar a Coroa [KeTheR], que fica além deles. O leão negro é a tentação do poder o impulso para construir um império temporal no Universo Espiritual. O leão vermelho é a tentação para possuir [apego]. Seus ministros, no corpo humano, são as percepções sensoriais [miraginais e ilusórias], que desviam o candidato aspirante de seu Caminho Sagrado, e o conduzem para a esfera fantástica da matéria frágil de que são feitos os apetites, os desejos, [as cobiças e as paixões – delírios e fantasias aprisionadores]. Não pode haver nenhum tipo de acordo com estes monstros da perversão. Mate o desejo, decretou o Mestre Oriental. Destrua a ambição, escreveu o Sábio Ocidental.

 

 

Palavras de um Antigo Ritual (da Comunhão): Cada um deve se borrifar com seu próprio Vinho da Montanha de Chios. Cada um deve brindar a Deus diante da Floresta. Cada um deve se dar em troca daquilo que anseia.

A Primeira Iniciação é a da Terra. Para passar nesta prova, todas as partes do nosso corpo devem ser subjugadas, transformando o corpo em um instrumento perfeito da Vontade Illuminada. Os átomos e as moléculas do corpo devem vibrar de uma nova maneira, até que não reste nenhuma parte do tecido físico que não pulse com a Energia Espiritualmente Orientada.

O Segundo Mistério, na ordem do Ritual de Mênfis, é o da Água. Aquele que quiser alcançar o Mundo Invisível deverá atravessar o Mar, isto é, se tornar senhor dos Poderes Geradores da Natureza. Com a nossa Lâmpada colocada sobre o topo de nossa cabeça ou Chacra Coronário (o Fogo do Espírito elevado para a glândula pineal), precisaremos lutar para dominar as correntes do mundo etérico.

Em seguida, a Iniciação pelo Fogo nos aguarda. Teremos que enfrentar a ambição, o fogo do orgulho e a tirania ardente dos excessos emocionais.

Filósofos gregos: Uma [personalidade-]alma seca é uma [personalidade-]alma sábia.

A Lua rege a geração física ou a perpetuação das formas corruptíveis, mas, o Sol tem domínio sobre a geração espiritual, a criação de corpos incorruptíveis.

A tentação é uma das dificuldades mais comuns da Tradição Alquímica. Muitos dos que tentaram esta Arte falharam em sua busca da Sabedoria porque ficaram fascinados pelos sonhos de riqueza. O ouro material tenta o alquimista para longe de sua Busca Espiritual pela Illuminação e Imortalidade.

 

 

A Sabedoria Uni[multi]versal se move como uma serpente alada sobre a superfície do caos primitivo, isto é, o corpo não-regenerado do neófito.

A Vida, a LLuz e a Respiração são as fontes de todas as coisas, e da união das três nós devereremos forjar a Arma [Espiritual] para a nossa proteção contra as trevas elementais. As provas de cada ciclo deverão ser vencidas pela Sabedoria conquistada.

A Espada é o símbolo da Vontade Illuminada.

Os caldeus consideravam a Causa Universal o Senhor dos Ângulos.

 

Continua...

 

Música de fundo:

La Marseillaise (A Marselhesa, em português)
Composição: Claude Joseph Rouget de Lisle

Fonte:

https://edu1d.ac-toulouse.fr/politique-educative
-31/arts-et-cultures/2018/09/11/la-marseillaise/

 

Claude Joseph Rouget de Lisle Cantando La Marseillaise

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.freepik.com/

https://en.wikipedia.org/wiki/Dharmachakra

https://bgory.com.au/

https://www.redbubble.com/

https://www.mypartybox.pt/veu-noiva-simples.html

https://b10.beauty/cartoon-moon-without-face

https://depositphotos.com/pt/vectors/ora%C3%A7%C3%A3o-de-joelhos.html

https://commons.wikimedia.org/wiki/Main_Page

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Pils_-_
Rouget_de_Lisle_chantant_la_Marseillaise.jpg

https://www.filosofiaesoterica.com/o-conde-de-saint-germain/

 

Direitos autorais:

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