Rodolfo
Domenico Pizzinga
Arre!
Até quando iremos agüentar
esse cacofônico reco-reco,
e nos
deixarmos jungir,
ora pelo
ventríloquo, ora pelo maneco?
Até
quando iremos teimosamente admitir
que, lá
do escondidinho do mar,
por magia,
a Atlântida irá, um dia,
–
oh, deuses! – desmergulhar?
Por
outro lado, essa árida especulação
de se
o Mestre Jesus foi ou não casado
é
mais do que uma perda-de-tempice.
Bolas,
de fato, já lotou o quadrado!
Por que
– insisto em perguntar –
ao invés
de ficar a mastigar esta brownice,1
não
se apruma e arriba em frente?
_____
Nota:
1. Dan
Brown, com o seu O Código Da Vinci, mescla bem dosada de
simulação com correção, prestou um duplo serviço
à Humanidade: tentou dessacralizar o que nunca foi sagrado (feito
sagrado apenas por interesse e porque é vantajoso) e, apesar de não
ter a concertada expertise no assunto, procurou Sacralizar o que
sempre foi Sagrado. Agora, é mesmo uma perda-de-tempice
ficar
a especular sobre o Sagrado, pois, além de a especulação
perigosamente poder acabar descambando para uma inconsciente blasfêmia,
o Sagrado – por ser Sagrado – sempre foi e continua sendo apenas
do conhecimento exclusivo dos Altos Iniciados. Afinal, especificamente,
se o Mestre Jesus foi ou não casado, o que isto muda para nós?
Por acaso, deixaremos de retornar ao mundo para fazer as devidas e necessárias
compensações por nossos equívocos? Seja como for, tenho
certeza de que o que mais incomoda a ignorância humana é ficar
imaginando o Sagrado Mestre Jesus, se casado foi, ter praticado sexualmente,
como consorte, o que nós, esposos ou não, (ainda) animalescamente
fazemos e gostamos muito de fazer. Ora, isto nunca aconteceu. Animalidade
não se coaduna com hierofanticidade. Se Jesus foi efetivamente casado
com Maria de Magdala, este Casamento foi Espiritual, Místico e Alquímico,
não, conforme ao costume, ordinariamente terrenal, dependente e relativo
ao amor carnal-sensual. Entretanto, por exemplo, ninguém se preocupa
com Siddhartha Gautama – o Sammasambuddha, o Despertado ou
o Illuminado
– que foi casado com Yashodhara Devi e pai de um único filho
– Rahula.
Monas
Hieroglyphica
Glifo de John Dee (1527 –
1608 ou 1609)
Unicidade do Kosmos
Música
de fundo:
Mona
Lisa
Música:
Jay Livingston
Letra: Ray Evans
Intérprete:
Nat
King Cole
Fonte:
http://www.charles50tao.com.br/
diversas_internacionais_IV.htm