O SAGRADO ALCORÃO
(Parte XXVIII)

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Objetivo Deste Estudo

 

 

 

Al-Fatihah

Al-Fatihah

 

 

 

 

Tempos tumultuados! Tempos de conflitos! Tempos de desconcórdias! Tempos de ofensividades! Tempos de separatividades! Tempos de desirmandades! Tempos de fanatismos! Tempos de terrorismos! Tempos de assassinatos! Tempos de medo! Tempos de mudanças! Por isto, esforçada, diligente e acuradamente, decidi reler, reestudar e comentar (utilizando muitos conhecimentos que aprendi nas obras publicadas por Alice Ann Bailey, e recebidos telepaticamente do Mestre Ascensionado Tibetano Djwhal Khul – um Iniciado da Sabedoria Eterna) o Sagrado Alcorão (o Livro Sagrado do Islamismo) – que vem sendo o centro da cultura islâmica, dos movimentos filosóficos e de todas as atividades intelectuais muçulmanas ao longo de catorze séculos (na 38ª Surata, Versículo 29, está escrito: Eis o Livro que te revelamos, para que os sensatos recordem seus versículos e neles meditem) – pela 3ª vez, e discutir iniciaticamente alguns versículos que possam gerar dúvidas de compreensão, má interpretação, contradições, interpolações, fabulações irreais ou erros conceituais inadvertidos por parte de muçulmanos e de não-muçulmanos. Não devemos esquecer que todas as Religiões da 2ª Via (Judaísmo, Budismo, Catolicismo e Islamismo) são e estão subdivididas em duas partes: uma aberta, comum, para o público em geral; a outra, Oculta, Iniciática, Libertadora, pouco conhecida e, muitas vezes, negada. E, no que concerne ao Islã (palavra que significa submissão incondicional à vontade de Allah), ele é uma religião de misericórdia para todas as pessoas, muçulmanas e não-muçulmanas. Quanto a isto, diz-se que o Profeta teria afirmado: Cuidado! Quem quer que seja cruel e duro com uma minoria não-muçulmana, restrinja seus direitos, a sobrecarregue com mais do que possa suportar ou tome dela qualquer coisa contra sua vontade, eu [Profeta Muhammad] apresentarei queixa contra essa pessoa no Dia do Juízo. Em uma época em que os muçulmanos estavam sendo torturados até a morte, na então pagã Meca, os judeus sendo perseguidos na Europa cristã e vários povos sendo subjugados devido à sua raça ou casta particular, o Islã conclamou ao tratamento justo de todos os povos e de todas as religiões, devido aos seus princípios misericordiosos que deram à Humanidade o direito à sua Humanidade. Portanto, confundir as diversas formas de terrorismo fanático e fanatizador que vem assolando e agoniando o mundo com o Islã, mais do que uma injustiça, é um erro de avaliação que precisa ser consertado. O Islã e a imensa maioria dos muçulmanos são pessoas de bem e não merecem a pecha de violentas, cruentas e sangrentas. Muito ao contrário. Este estudo, além do seu objetivo principal, tem o objetivo subsidiário de tentar repor a dignidade do povo islâmico, irmão mais velho do Ocidente, no seu devido lugar. Particularmente, com humildade, peço ao Senhor Donald John Trump, candidato republicano à eleição presidencial americana de 2016, que reveja sua posição quanto ao povo islâmico, que não representa um perigo para os Estados Unidos da América e, majoritariamente, não acredita nem apóia a jihad terrorista intolerante-fanático-sangrenta, mas, pratica a Jihad Espiritual, no sentido de empenho-esforço-luta, mediante a vontade pessoal, de buscar e conquistar a fé perfeita e de alcançar a libertação interior. Este seu preconceito contra o Islã, Senhor Trump, é inteiramente contrário aos valores fraternos, libertadores e democráticos dos Estados Unidos, à irmandade-unicidade homossapiensiana, à boa vontade mundial e aos próprios interesses e princípios norteadores de uma estabilidade harmoniosa e da segurança nacional americana. Atitudes e ações restringentes, separatistas e isolacionistas só fomentam o ressuscitamento de comportamentos intolerantes, fascistas e xenofóbicos, e isto é o que a Humanidade menos precisa nesta quadra tão complicada que está vivendo. Enfim, Senhor Donald Trump, recorde o início da letra da música The House I Live In, de autoria de Earl Hawley Robinson (1910 – 1991), e gravada, em 1945, por Frank Sinatra:

 

What is America to me?
A name, a map or a flag I see.
A certain word – Democracy!

 

Para realizar este estudo, utilizei a tradução alcorânica de Samir El Hayek, que pode ser consultada na fonte digital do Centro Cultural Beneficente Árabe Islâmico de Foz do Iguaçu, cujo endereço eletrônico é:

http://www.culturabrasil.org/zip/alcorao.pdf

 

 

 

 

Estudando o Sagrado Alcorão

 

 

 

Surata Al Munaficún, Versículo 2: Fazem dos seus juramentos uma cobertura...

Comentário: Os Iniciados sabem que, de maneira geral, os juradores são os que mais mentem e mais arrastam as pessoas ao desespero. Por isto, na XXVII Parte deste estudo, afirmei: ouvir sempre é um veneno, porque ouvir, no mínimo, gera a dúvida, e a dúvida gera a desarmonia. (Se você preferir, poderá trocar sempre é um veneno por sempre é arriscado.) O fato é que todo safado e todo sem-vergonha são hábeis conversadores e embromadores! Eu nunca vi um malandro de sinuca que, podendo dar um partido maior, não oferecesse sempre um partido muito menor. E o prego sempre aceitava! E sempre caía duro! Bem, esse não era o caso, por exemplo, do Carne Frita e do Rui Chapéu, que davam partidos astronômicos, ainda que, também, geralmente, sempre faturassem. O que eu nunca vi mesmo foi prego se dar bem com malandro! Como dizia Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia e da Peréia, que devia ser contraparente do Vicente Matheus, malandro que é malandro não bobéia!

 

 

 

 

 

Carne Frita
Rui Chapéu
Carne Frita
Rui Chapéu

 

 

Surata Al Munaficún, Versículo 10: Fazei caridade...

Comentário: Os Iniciados sabem que devemos fazer caridade, mas, duas coisas são necessárias: 1ª) a quem fazer caridade; e 2ª) como fazer caridade. Dar o dízimo esperando receber de Deus dez vezes mais não é fazer caridade. Nem aqui, nem na China, nem na Galiléia, nem na Peréia! Os mais gulosos costumam, descaradamente, dar o trízimo. E há quem dê o quadrízimo, o pentízimo, o hexízimo e até o tudízimo!

 

Surata Al Munaficún, Versículo 11: ... Allah jamais adiará a hora de qualquer alma...

Comentário: Os Iniciados sabem que, por motivos especialíssimos, poderão ocorrer moratórias (dilações do prazo), mas, isto é muito raro.

 

Surata At Taghábun, Versículo 5: Sofreram as conseqüências das suas condutas...

Comentário: Os Iniciados sabem que a expressão sofreram as conseqüências das suas condutas não é nada mais nada menos do que o funcionamento ajustado da Lei da Causa e do Efeito, que não premia nem pune, mas, educa. Não há céu para os bem-comportados, inferno para os mensalocratas e os petroleocratas e limbo para os neutros, indiferentes e cagarolas. Há, sim, sempre, samsara, encarnação e retribuição. E, como falei em limbo, pior do que o terem inventado nos porões dos monastérios, só mesmo a fabricação maldita da bomba nuclear e da bomba de Napalm. Já pensou que maldade malevolente, malfazeja e maligna meterem no limbo o Akhnaton, do Egito, o Demócrito, de Abdera, o Sócrates, de Atenas e o Arístocles, também de Atenas, conhecido como Platão, só porque esses infelizes nasceram a.C.? Ainda bem que o Plotino, de Licopólis, o Christian Rosenkreuz, da Alemanha, o Louis-Claude de Saint-Martin, de Amboise e o Harvey Spencer Lewis, de Frenchtown, Nova Jersey, Estados Unidos da América, escaparam dessa, porque nasceram d.C.! E eu também escaparei, porque nasci em 5 de julho de 1946, ainda que eu esteja mais p(a)ra lá do que p(a)ra cá!

 

Surata At Talac, Versículo 7: Allah não impõe a ninguém obrigação superior à que lhe concedeu...

Comentário: Os Iniciados sabem que:

 

 

 

 

Surata At Tahrim, Versículo 7: ... só sereis recompensados pelo que houverdes feito!

Comentário: Os Iniciados sabem que – e isto já foi dito à saciedade – que o Universo não premia nem castiga. Educa!

 

Surata At Tahrim, Versículo 8: ... é possível que o vosso Senhor absolva as vossas faltas...

Comentário: Os Iniciados sabem que – e isto também já foi dito à saciedade – que não há absolvição de nada; tudo deverá ser compensado e, no devido tempo, compreendido, porque não basta apenas querer compreender. É preciso, digamos assim, ter horas de vôo. De maneira geral, o que acontece, particularmente no Catolicismo, é: Absolvição —› Crença do Perdão —› Repetição do Pecadão! E por que isto acontece? Porque faltam as tais horas de vôo!

 

Surata Al Mulk, Versículo 5: ... apedrejarem os demônios...

Comentário: Os Iniciados sabem que apedrejar os demônios é simbólico. Basta trocar o verbo apedrejar por transmutar, e o simbolismo se transforma em realidade.

 

Surata Al Calam, Versículo 48: ... aquele que foi engolido pela baleia (Jonas)

Comentário: Os Iniciados sabem que isto é um relato simbólico, e, portanto, não deve ser interpretado como um acontecimento literal. Os três dias e as três noites que Jonas passou no estômago grande peixe (em grego këtos) foi uma Iniciação Transmutativa.

 

 

Jonas

Pintura do Profeta Jonas
Capela Sistina, Vaticano (por Miguel Ângelo)

 

Surata Al Hácca, Versículo 2: ... o que é a realidade?

Comentário: Os Iniciados sabem que a realidade, dependendo de como a vemos, poderá ser uma miragem ou uma ilusão, mas, toda e qualquer realidade sempre será uma coisa ou a outra. E o que é realidade para uns é irrealidade para outros! A coisa é como a animação aí embaixo: um tarado verá o que um pudibundo não vê. Somos mais mentalmente inflamados do que imaginamos!

 

 

 

 

Surata Al Ma'árij, Versículo 4: ... cuja duração será de 50.000 anos...

Comentário: Os Iniciados sabem que 50.000 pode ser expresso da forma 50 x 1000, sendo que 50 é Valor Numérico Externo da Letra Arqueométrica NUN, Número que expressa a unidade-totalidade. É interessante observar que o Valor Numérico Pleno da Letra NUN é 106 (50 + 6 + 50), que, teosoficamente, se reduz a 7 (1 + 0 + 6). E o ocultista e esoterista francês Joseph-Alexandre Saint-Yves d'Alveydre (Paris, 26 de março de 1842 – Pau 5 de fevereiro de 1909), no seu Arqueômetro, informou: A Letra N [NUN], de IONaH e de NaHaSh, é a Focal – a Letra Arqueométrica Central... É a Potência que preside todo centro luminosos e polarizado. A Letra N aparece no Mantra INRI (Ele, a Humanidade). E ainda em I-NaRa (Ele, a Alma do Universo) e em I-Na-Ra-Ya (Ele, o NaRa-Dêva ou o Homem-Deus). Rapidamente, é interessante refletir sobre a palavra AMeN (ALeFMeMNUN). Cabalisticamente, equivale a 91 (1 + 40 + 50), e é igual à soma de YHVH e ADoNaY, que equivalem, respectivamente, a 26 (10 + 5 + 6 + 5) e 65 (1 + 4 + 50 + 10). YHVH e ADoNaY implicam, esotericamente, na existência assexual do Senhor no interior de cada indivíduo. É importante ressaltar que o original de AMeN é AUM. Oh! Meu Deus que estás em mim! AUM MANI ... PADME HUM! (91 —› 9 + 1 —› 10 —› UM). Eu e o Pai (Mãe) somos Um. Enfim, para podermos receber a revelação do Segredo, como explica Friedrich Weinreb em sua obra Kabbala, medida, estrutura [sistema] e ordem são necessários. E quais são estas medidas? 1000, 100, 50 e 10. Por outro lado, o ALeF final poderá apresentar valor aritmológico igual a 1000... O ALeF final implica(rá) em um retorno à condição de Androginia Mística Alquimicamente Reunificante, na qual, cada um receberá um Novo Nome. Na realidade, como adverte Felipe em seu Evangelho, só há um Nome que não se pronuncia no Mundo: o Nome que o Pai deu ao Filho. É superior a tudo. Trata-se do Nome do Pai, pois, o Filho não chegaria a ser Pai, se não houvesse se apropriado do Nome do Pai. Quem está de posse deste Nome O entende, mas, não fala Dele; porém, os que não estão de posse Dele não O entendem. E como está escrito em Isaías, LXII, 2 – 3, chamar-te-ão por um Nome Novo... e serás uma coroa de glória na mão de IEVE, e um diadema real na mão do teu Deus. E, por mérito e com justiça, repetiremos, então, a fórmula final esotérica e sacramental dos Ritos Iniciáticos do Antigo Egito: Eloi, Eloi, lamma sabacthani! Deus meu, Deus meu, como me glorificaste! 50.000! Assim seja!


 

 

Arqueômetro

Arqueômetro

 

Surata Al Ma'árij, Versículos 20 e 21: 20 – Quando o mal o açoita, [o homem] se irrita; 21 Mas, quando o bem o acaricia, se torna avarento...

Comentário: Os Iniciados sabem que estas oscilações de humor, entre outras coisas, derivam do estado de incompletude em que o ser-humano-aí-no-mundo ainda está mergulhado (e que teve início na Terceira Raça-raiz – Lemúria). E assim, ora isto, ora aquilo; ora é, ora finge; ora ser, ora não-ser; ora aplauso, ora pedrada; ora sim, ora sopas!

 

 

 

 

 

Continua...

 

 

 

Música de fundo:

Surat An-Nasr
Interpretação: Al-Hussayni Al-'Azazy (with Children)

Fonte:

http://quranicaudio.com/quran/55

 

Páginas da Internet consultadas:

http://giphy.com/gifs/design-trippy-
processing-3o7asX38TrMOLWcVC8

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jonas

http://fpsb.com.br/grandes_
atletas_detalhes.php?atleta=6

http://esporte.band.uol.com.br/gente/
noticia/?id=100000677690&t=

http://www.clipartkid.com/billiard-table-cliparts/

http://www.culturabrasil.org/zip/alcorao.pdf

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade educativa de ilustrar e de embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.