O SAGRADO ALCORÃO
(Parte XVII)

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Objetivo Deste Estudo

 

 

 

Al-Fatihah

Al-Fatihah

 

 

 

 

Tempos tumultuados! Tempos de conflitos! Tempos de desconcórdias! Tempos de ofensividades! Tempos de separatividades! Tempos de desirmandades! Tempos de fanatismos! Tempos de terrorismos! Tempos de assassinatos! Tempos de medo! Tempos de mudanças! Por isto, esforçada, diligente e acuradamente, decidi reler, reestudar e comentar (utilizando muitos conhecimentos que aprendi nas obras publicadas por Alice Ann Bailey, e recebidos telepaticamente do Mestre Ascensionado Tibetano Djwhal Khul – um Iniciado da Sabedoria Eterna) o Sagrado Alcorão (o Livro Sagrado do Islamismo) – que vem sendo o centro da cultura islâmica, dos movimentos filosóficos e de todas as atividades intelectuais muçulmanas ao longo de catorze séculos (na 38ª Surata, Versículo 29, está escrito: Eis o Livro que te revelamos, para que os sensatos recordem seus versículos e neles meditem) – pela 3ª vez, e discutir iniciaticamente alguns versículos que possam gerar dúvidas de compreensão, má interpretação, contradições, interpolações, fabulações irreais ou erros conceituais inadvertidos por parte de muçulmanos e de não-muçulmanos. Não devemos esquecer que todas as Religiões da 2ª Via (Judaísmo, Budismo, Catolicismo e Islamismo) são e estão subdivididas em duas partes: uma aberta, comum, para o público em geral; a outra, Oculta, Iniciática, Libertadora, pouco conhecida e, muitas vezes, negada. E, no que concerne ao Islã (palavra que significa submissão incondicional à vontade de Allah), ele é uma religião de misericórdia para todas as pessoas, muçulmanas e não-muçulmanas. Quanto a isto, diz-se que o Profeta teria afirmado: Cuidado! Quem quer que seja cruel e duro com uma minoria não-muçulmana, restrinja seus direitos, a sobrecarregue com mais do que possa suportar ou tome dela qualquer coisa contra sua vontade, eu [Profeta Muhammad] apresentarei queixa contra essa pessoa no Dia do Juízo. Em uma época em que os muçulmanos estavam sendo torturados até a morte, na então pagã Meca, os judeus sendo perseguidos na Europa cristã e vários povos sendo subjugados devido à sua raça ou casta particular, o Islã conclamou ao tratamento justo de todos os povos e de todas as religiões, devido aos seus princípios misericordiosos que deram à Humanidade o direito à sua Humanidade. Portanto, confundir as diversas formas de terrorismo fanático e fanatizador que vem assolando e agoniando o mundo com o Islã, mais do que uma injustiça, é um erro de avaliação que precisa ser consertado. O Islã e a imensa maioria dos muçulmanos são pessoas de bem e não merecem a pecha de violentas, cruentas e sangrentas. Muito ao contrário. Este estudo, além do seu objetivo principal, tem o objetivo subsidiário de tentar repor a dignidade do povo islâmico, irmão mais velho do Ocidente, no seu devido lugar. Particularmente, com humildade, peço ao Senhor Donald John Trump, candidato republicano à eleição presidencial americana de 2016, que reveja sua posição quanto ao povo islâmico, que não representa um perigo para os Estados Unidos da América e, majoritariamente, não acredita nem apóia a jihad terrorista intolerante-fanático-sangrenta, mas, pratica a Jihad Espiritual, no sentido de empenho-esforço-luta, mediante a vontade pessoal, de buscar e conquistar a fé perfeita e de alcançar a libertação interior. Este seu preconceito contra o Islã, Senhor Trump, é inteiramente contrário aos valores fraternos, libertadores e democráticos dos Estados Unidos, à irmandade-unicidade homossapiensiana, à boa vontade mundial e aos próprios interesses e princípios norteadores de uma estabilidade harmoniosa e da segurança nacional americana. Atitudes e ações restringentes, separatistas e isolacionistas só fomentam o ressuscitamento de comportamentos intolerantes, fascistas e xenofóbicos, e isto é o que a Humanidade menos precisa nesta quadra tão complicada que está vivendo. Enfim, Senhor Donald Trump, recorde o início da letra da música The House I Live In, de autoria de Earl Hawley Robinson (1910 – 1991), e gravada, em 1945, por Frank Sinatra:

 

What is America to me?
A name, a map or a flag I see.
A certain word – Democracy!

 

Para realizar este estudo, utilizei a tradução alcorânica de Samir El Hayek, que pode ser consultada na fonte digital do Centro Cultural Beneficente Árabe Islâmico de Foz do Iguaçu, cujo endereço eletrônico é:

http://www.culturabrasil.org/zip/alcorao.pdf

 

 

 

 

Estudando o Sagrado Alcorão

 

 

 

Surata Al Cahf, Versículo 1: Louvado seja Allah, que revelou o Livro ao Seu servo, no qual não colocou contradição alguma.

Comentário: Os Iniciados sabem que, de maneira geral, os livros ditos e considerados inspirados e sagrados, não têm nem apresentam, em si, falta de nexo ou de lógica, incoerências ou discrepâncias. Mas, precisamos aprender a ler as suas entrelinhas, porque as linhas escritas para uma época, geralmente, não se adéquam para outra. O que foi concertado para Pisces muito provavelmente não será ajustado para Aquarius, pois, devoção não combina com magia cerimonial. Então, como regra geral, devemos compreender que as linhas passam, caducam, obsoletam, arcaízam, mas, as entrelinhas são eternas. Não matai, por exemplo, ainda que não seja propriamente uma entrelinha, é uma Lei Cósmica eterna. Já as contradições, as contrafações e as inadequações são distorções introtorcidas (introduzidas + distorcidas) pelos homens, por um lado por se julgarem iluminados e bastantes para mudar e interpretar o que não cabe mudança nem interpretação, e, por outro, geralmente, por motivos inconfessáveis, enganadores e traiçoeiros. Volto ao tema: a maldita inquisição (mais maldita que o Malleus Maleficarum e inventada e conciliabulizada em Nome de Deus) é um exemplo imorredouro disto, que envergonhará a Religião Católica enquanto ela existir. Mas, enfim, como seria possível, por exemplo, mudar ou induzir um significado diferente do que é e representa o Sagrado Mantra A.'.U.'.M.'.? Mas, esses mudancistas marca roscofe, no fundo, sabem até onde podem ir com as suas artimanhas e conspirações, até porque se não pararem em um determinado ponto, serão parados no peito e na raça por Quem tem Poder para pará-los. E irão cantar em outra freguesia, até que, um dia, serão parados definitivamente! Há muita gente que, pelas maldades que fez, está impossibilitada de encarnar na Terra. Por quanto tempo? Bem, isto eu não sei, mas, como diz a letra de One For My Baby, imortalizada na voz do Frank Sinatra, será a long, long, long road! (A long, long, long time!) O pior é que, mesmo nestas funestas condições, há gente que continua convicta de que fez a coisa certa! É por isto que o processo de tomada de consciência e todo o resto dele decorrente são muito lentos. Sem parar, claro; mas, quase parando! It's a long, long, long road! E bota very long nisso!

 

Surata Al Cahf, Versículo 4: Allah teve um filho!

Comentário: Os Iniciados sabem que é inadequado, improcedente e impossível, a quem quer que seja, dizer alguma coisa, alguma coisinha ou alguma coisona a respeito de Aquilo ou Aquele do Qual ou de Quem nada se pode dizer. Então, se nada se pode dizer de Aquilo ou de Aquele, como se pode declarar, sustentar ou asseverar que que Ele teve um filho preferido, mais querido, favorito ou predileto? Ora, precisamos desmergulhar de Pisces e mergulhar em Aquarius, e pôr um termo nesses trecos fantasistas, imaginosos, miraginais e ilusórios!

 

Surata Al Cahf, Versículo 8: Em verdade, tudo quanto existe sobre ela [a Terra], reduzi-lo-emos a cinza e solo seco.

Comentário: Os Iniciados sabem, e é bom insistir, que as formas precisam necessariamente mudar, e, para que possam mudar, precisam ser destruídas. Se você pensar direitinho, concluirá que toda destruição, no fundo, é um Processo Alquímico que se repete ad æternum. (Re)destruição —› (Re)construção. (Re)morte —› (Re)vida. (Re)... —› (Re)...

 

 

Destruição  —›  Alquimia  —›  Reconstrução

 

 

Surata Al Cahf, Versículo 15: Haverá alguém mais injusto do que quem forja mentiras acerca de Allah?

Comentário: Os Iniciados sabem que os que forjam petas acerca da Divindade, na verdade, o fazem por pura ignorância, pois, não sabem o que estão dizendo, já que, conforme foi dito mais acima, é inadequado, improcedente e impossível, a quem quer que seja, dizer alguma coisa, alguma coisinha ou alguma coisona a respeito de Aquilo ou Aquele do Qual ou de Quem nada se pode dizer. O que é certo, inquestionável e indubitável é que, entre si e com este Aquilo ou Aquele, todas as existências – in potentia ou in actu – conformam uma Unidade Unívoca não-panteística. Tudo está interligado, entremeado, interconectado, interajustado. Por isto, repito o puramente óbvio: ao matarmos, nos suicidamos, e ao nos suicidarmos, matamos. Simples assim! Agora, porque falei em Unidade Unívoca não-panteística, recorde:

 

 

 

 

Arrematando esta chorumela: ora bolas, ora bolinhas e ora bolonas! Ou somos todos Um ou não somos todos Um! Meio que mais ou menos, quem sabe ou vou pensar com carinho no assunto não dá! Não poderemos jamais ser ou pretender ser Um com e no Todo-Um excluindo algum. Mesmo quem mora em cafarnaum. Ou mesmo um pum! O Chief Seattle, líder da tribo Suquamish, do Estado de Washington, foi um sábio! A Carta que escreveu em 1851 para o então 14º Presidente dos Estados Unidos, Franklin Pierce (1804 – 1869), que presidiu os Estados Unidos de 1853 a 1857, é uma página da mais pura Sabedoria. Pierce propôs comprar por U$ 150.000,00 dois milhões de acres das terras dos índios, prometendo, de quebra, dar uma reserva para que nela eles pudessem viver. (Compra laranja, laranja, laranja, doutor,/Ainda dou uma de quebra pro senhor!) Um dos parágrafos desta Carta afirma o seguinte: Even the white man, whose God walks and talks with him as friend to friend, cannot be exempt from the common destiny. We may be brothers, after all. We shall see. One thing we know which the white man may one day discover: our God is the same God. Mesmo o homem branco, com quem Deus caminha e fala com ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum. Somos irmãos, afinal. Veremos. Uma coisa sabemos, e o homem branco virá a descobrir um dia: nosso Deus é o mesmo Deus. O sentido místico de nosso Deus é o mesmo Deus é: Somos todos Um! Já estou com calo nos dedos e na bundequinha de tanto digitar isto! E você, que anda tendo a resignação inacreditável de ler estes rascunhos que ando publicando, deve estar roufenho de tanto ler esse negócio! Perdão, mas, eu sou meio Rodolfato mesmo! (Rodolfato = um certo Rodolfo chato.)

 

Surata Al Cahf, Versículo 18: ... estavam despertos, apesar de estarem dormindo...

Comentário: Os Iniciados sabem que ou vencemos e ultrapassamos nossas miragens e nossas ilusões multimilenares ou continuaremos dormindo, pensando que estamos despertos, enquanto o nosso cão dorme, com as patas estendidas, à entrada da nossa caverna! Sonhando com ela, transido de paixão! (Este final foi parafraseado da Surata Al Cahf, Versículo 18.)

 

 

 

 

Surata Al Cahf, Versículo 20: ... ou vos coagirão a abraçar o credo deles...

Comentário: Os Iniciados sabem que não há nada mais dramático, mais sorumbático e mais antipático do que tentar forçar alguém a aceitar o que pensamos e o que admitimos que seja verdade. Seja lá o que for, mas, particularmente em termos religiosos! Nesta matéria que estamos estudando, só se compreende o que se pode compreender, nem um micrograma a mais.

 

Surata Al Cahf, Versículo 21: ... a Hora é indubitável.

Comentário: Os Iniciados sabem que há um momento certo para tudo. Da mesma forma que Natura non facit saltus (a Natureza não dá saltos), o Relógio Cósmico, digamos assim, não pode ser atrasado nem adiantado.

 

Surata Al Cahf, Versículo 22: tentando... adivinhar o desconhecido.

Comentário: Os Iniciados sabem que o desconhecido não se adivinha, porque, por assim dizer, é inadivihhável; se busca, se pesquisa e se compreende. Não há nada que não se possa (vir a) conhecer. O grande problema é ter paciência-persistência-fôlego para buscar e pesquisar. É mais ou menos como garimpar rubi no frio gelado da Groenlândia!

 

 

Não há nada que não se possa (vir a) conhecer.

 

 

Surata Al Cahf, Versículo 25: Eis que permaneceram na caverna por trezentos e nove anos.

Comentário: Os Iniciados sabem que 309 3 + 0 + 9 = 12 1 + 2 = 3. Aqui há um Mistério e uma Indicação! Lei do Triângulo!

 

Surata Al Cahf, Versículo 54: ... porém, o homem é o demandante mais rebelde (que existe).

Comentário: Os Iniciados sabem que o homem não é propriamente só rebelde; é rebelde, sim, mas, é mais do que isto, porque é insciente, inapto, inábil e imperito. O pior é que ignora que ignora, e, geralmente, se acha o máximo! Vaidade! Tanta Vaidade! Para quê? Para lhufas!

 

 

 

 

Surata Al Cahf, Versículo 57: ... ainda que os convides à orientação, jamais se encaminharão.

Comentário: Os Iniciados sabem que, para as existências existentes, os advérbios jamais e sempre, propriamente, não têm realidade factível ou exeqüível no Universo. Se existissem, pelo menos, a encarnação seria inútil, frívola e inconsistente! Na realidade, estes advérbios só se aplicam ao próprio Universo, que sempre existiu, jamais deixará de existir, é o que é e nunca poderá deixar de ser o que perpetuamente foi e perpetuamente será. Como é que eu sei isso? Sei lá, mas, sei! Big Bang (Grande Expansão) e Big Crunch (Grande Colapso) são estórias da dona carochinha!

 

Surata Al Cahf, Versículo 68: Como poderias ser paciente em relação ao que não compreendes?

Comentário: Os Iniciados sabem que a incompreensão leva à impaciência, e a impaciência só produz uma coisa: irrealização.

 

Surata Al Cahf, Versículo 70: ... se me seguires, não me perguntes nada...

Comentário: Os Iniciados sabem que não adianta perguntar, principalmente por mera curiosidade. Ora, se não compreendemos, a resposta também será incompreensível ou poderá ser distorcida em divagações extravagantes e excêntricas. Apenas pela razão –› (quase) nada; pela Transrazão –› (quase) tudo. Então, fazer o quê? Paciência... Paciência... Paciência... Humildade... Humildade... Humildade... Trabalho... Trabalho... Trabalho... Esforço... Esforço... Esforço... Busca incansável... Busca incansável... Busca incansável... Confiança... Confiança... Confiança... No Dia certo... Na Hora certa... No Tempo certo... A LLuz se fará! É por isto que tanto tenho dito: desistir é morrer.

 

Surata Máriam (Maria), Versículo 4: ... mas, nunca fui desventurado em minhas súplicas a Ti, ó Senhor meu!

Comentário: Os Iniciados sabem que, um dia, compreenderemos que é pueril e inútil suplicar, para obtermos ou mudançarmos isto ou aquilo. Súplicas (pedidos insistentes, humildes e freqüentemente desesperados) costumam não ser atendidas. E por quê? Porque não podem acontecer extemporaneidades; a Lei da Causa e do Efeito precisa seguir o seu curso educativo. Precisamos, então – se quisermos desemburricar, compreender, deixar de sofrer e nos alforriar – parafraseando o teólogo alemão e Rosa+Cruz Johann Valentin Andreä (17 de agosto de 1586, Herrenberg – 27 de junho de 1654, Stuttgart), cingir as espáduas com uma faixa vermelho-sangue sobre um avental branco, adornar com quatro rosas vermelhas o nosso chapéu, nos pormos a caminho, buscar e lutar o Bom Combate. Não há outra forma de nos livrarmos da Roda do Samsara. Ad Rosam per Crucem; Ad Crucem per Rosam.

 

 

Johann Valentin Andreä

Johann Valentin Andreä

 

 

 

Surata Máriam (Maria), Versículo 9: ... visto que te criei antes mesmo de nada seres.

Comentário: Os Iniciados sabem que para o Ser, nunca houve começo, pois, o nada não pode dar origem a alguma coisa. Tudo era treva antes de surgir a LLuz. A LLuz, porém, não veio das trevas, pois, as trevas são a ausência de LLuz...

 

Surata Máriam (Maria), Versículo 26: ... hoje, não poderás falar com pessoa alguma.

Comentário: Os Iniciados sabem que a Voz só (poderá) fala(r) no (em) Santo Silêncio!

 

Surata Máriam (Maria), Versículo 34: ... Este é Jesus [Issa], filho de Maria...

Comentário: Os Iniciados sabem que, mais do que filho de Maria, Issa, como todos nós, é (porque sempre foi) Filho do Universo. O Pai-Mãe de todos nós é o mesmo, por isto, somos todos Um! Pergunta: estaríamos, então, errados, se considerássemos Issa, em primeiro lugar e acima de tudo, nosso Irmão Maior? Resposta: não!

 

Surata Máriam (Maria), Versículo 58: ... preferimos sobre os outros...

Comentário: Os Iniciados sabem que, no Universo, nunca existiram, não existem e jamais poderão existir preferências, estimas ou amores maiores, predileções, sinais especiais de afeto, honras prioritárias, anteposições, escolhas, opções, precedências etc. A cada um de nós só poderá acontecer o que merecermos, e isto tem um nome: Lei da Causa e do Efeito.

 

Surata Máriam (Maria), Versículo 64: ... o nosso passado, o nosso presente e o nosso futuro...

Comentário: Os Iniciados sabem que o Tempo Universal é Um (Eterna Unicidade). Quem divide ou decompõe o Tempo-Unicidade Universal em passado, presente e futuro (antes da Pronúncia, Pronúncia e depois da Pronúncia) somos nós – Homo insapiens, ignorantis et præsumptuosus – porque, absurdamente, para nossa comodidade miraginal e ilusória, O metamorfoseamos em tempo (tempus 'sacanocanalhocraticus')! Metafisicamente, nunca houve passado nem haverá futuro. Como poderia haver passado, presente e futuro em Algo (o Eterno Algo) que é imparticionável? Se este Algo é Eterno e imparticionável, como poderia ter havido um Big Bang (Grande Expansão), e como poderá vir a suceder um Big Crunch (Grande Colapso)? Só compreenderemos estas coisas quando transmutarmos x [Cruz Comum, Cruz Mutável ou Cruz da Experiência Mutável e Adquirida (Crise da Encarnação)] em y [Cruz Fixa ou Cruz da Transmutação (Crise da Reorientação)]. Um Dia – Bendito e Illuminado Dia! – Cruz Cardinal ou Cruz da Transcendência [Fundamental] (Crise da Iniciação). Como disse Alice Ann Bailey, na obra Astrologia Esotérica, quando chegar o momento apropriado, cada um de nós se lançará no encalço da flecha que disparou, recuperará a flecha, acelerará seu passo, Porta após Porta. Isto se repetirá todas as vezes que a flecha seguir adiante. [Este é o Caminho da Iniciação, mas, só quando chegar o momento apropriado. Sem-termo.] Infelizmente, estas palavras verdadeiras induzem à idéia de tempo. Fazer o quê? Palavras são apenas palavras utilizadas para exprimir o inexprimível. Somos nós que fabricamos os nós! Só implodindo os nós!

 

Surata Máriam (Maria), Versículo 67: Por que o homem não se lembra...

Comentário: Os Iniciados sabem que o homem – ainda bem! – de maneira geral, não se lembra de suas vidas passadas, mas, um dia, se e quando tiver... não esquecerá. Atualmente, não lembrar é uma dádiva, porque, se lembrássemos do que aprontamos no passado, talvez, enlouquecêssemos! Imagine só um Eichmann ou um Torquemada, daqui a zil anos (se não tiverem sido entropizados), se lembrando do que fizeram! Relembrar sem estar preparado para relembrar transforma bunda-mole em siri-mole e baiacu-graviola em siri-patola! E muitos burregos costumam usar como argumento o fato de não se lembrarem de xongas para contraditar a Lei do Renascimento. Deveriam, isto sim, dar graças aos céus por não se lembrarem!

 

De repente, me lembrei,
e, então, se abriu a porta.
E explodiu a minha aorta,
e virei papá de urubu-rei!

 

Surata Máriam (Maria), Versículo 76: E Allah aumentará os orientados com mais orientação.

Comentário: Os Iniciados sabem que a compreensão (orientação) não poderá vir de supetão, nem por um simples ato de vontade (nossa), nem por decreto. O processo de compreender é um misto de esforço + mérito + oportunidade. Esforço e mérito são fáceis de ser compreendidos, mas, o que significa oportunidade? Oportunidade quer dizer, entre outras coisas, que a evolução ascensional da compreensão está diretamente vinculada e é diretamente dependente da Era vigente, ou seja, o que deverá ser apre(e)ndido, agora, em Aquarius, não poderia ter sido assimilado antes, em Pisces, em Aries ou em Taurus. 25.920 12 = 2.160. Então, por exemplo, entre 19.440 e 21.600 –› umas coisinhas; entre 21.600 e 23.760 –› mais outras coisinhas. E assim, de coisinhas em coisinhas... Portanto, quanto a isto, precisamos aprender a ter uma espécie de paciência digna e dar o melhor de nós. É isso aí!

 

 

 

 

 

Continua...

 

 

 

Música de fundo:

Surat Al-Alaq
Interpretação: Al-Hussayni Al-'Azazy (with Children)

Fonte:

http://quranicaudio.com/quran/55

 

Páginas da Internet consultadas:

https://de.wikipedia.org/wiki/Johann_Valentin_Andreae

http://www.animateit.net/categories.php?cat_id=304

http://www.clipartbest.com/clipart-RcGx8dacL

http://www.navneet.com/

https://sallyinthehaven.net/tag/dreaming/

https://pt.dreamstime.com/ilustrao-stock-conceito-
da-equipe-da-unidade-do-vetor-image41558805

http://pensador.uol.com.br/frase/MzEyODA/

http://www.culturabrasil.org/zip/alcorao.pdf

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade educativa de ilustrar e de embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.