Christian
Bernard
(Imperator da AMORC)
Ser
Sábio é conhecer com perfeição todos
os aspectos da dualidade humana, e aplicar este domínio a
todas as relações que são estabelecidas com
os outros.
Ser
Sábio é mostrar
o Caminho a ser seguido sem nunca o impor.
Ser
Sábio é jamais fazer pelos outros o que eles mostram
interesse em fazer por si mesmos.
Ser
Sábio é calar quando é preciso se contentar
em escutar, e falar quando pode e deve se fazer ouvir.
Ser
Sábio não é apenas falar bem da Sabedoria [SOPhIa],
mas, pela Sabedoria [SOPhIa]
de
suas ações, ser reconhecido como Sábio.
Ser
Sábio é sempre ouvir e agir mais do que falar, e nunca
provocar uma reação ou produzir um efeito sem antes
ter refletido muito.
Ser
Sábio não é querer reformar o mal que cremos
ver nos outros, mas nos conformarmos ao bem que estamos certos de
perceber neles.
Ser
Sábio é preservar a harmonia onde ela existe, e tudo
fazer para que ela se faça onde não existe.
Ser
Sábio é nunca empunhar a Espada da Sabedoria [SOPhIa]
impunemente
para satisfazer as cobiças, as paixões e os desejos
ilegítimos de nosso ego, fazendo da Espada um instrumento
de demência e de poder maléfico.
Ser
Sábio é reconhecer – como reconheceu o Rei Arthur
após ter recebido a Illuminação – que
'Terra e Rei são uma só coisa'.
Ser
Sábio é reconhecer que a Sabedoria [SOPhIa]
e
o Sábio são uma só e a mesma coisa.
Ser
Sábio é compreender e aplicar justa e concertadamente
a Sabedoria [SOPhIa].
Ser
Sábio é estar verdadeiramente convicto da compreensão
de alguma coisa.
Ser
Sábio é ter realizado interiormente que não
há Mandamento maior do que o ensinado por Jesus, o Cristo:
— 'Amai-vos uns aos outros'. Todavia, o Sábio, antes
de verdadeiramente amar o outro, se esforça para o compreender.
Então, talvez, o Primeiro Mandamento seja este: Compreendamo-nos
uns aos outros.
Observação:
Estes
excertos foram em parte transcritos e em parte editados do texto
A Sabedoria,
de autoria do Frater Christian Bernard, Imperator do atual ciclo
de atividades da Ordem
Rosacruz AMORC,
In: O Rosacruz, nº 274, 2010, pp. 4 - 6.