PARA CADA UM HÁ UMA CRUZ

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

Nem que demore zil anos-luz,

carreguemo-la com dignidade,

aquarelemo-la de benignidade.

 

 

Em nós, só cabe o que cabe;

que cada um faça o que sabe.

Uns enrouquecem no púlpito;

 

 

Só de si próprio abrindo mão,

só disponibilizando o Coração,

é que uma nova Humanidade

poderá florescer da inanidade.

 

 

Não aceitarei a última Iniciação,1

haja onde houver um malsão.

Trabalharei enquanto for preciso;

encarnarei até que nasça o siso.

 

 

 

 

 

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Nota:

1. Já decidi. Daqui a zilênios, se eu merecer, quando soar a Santa Hora, não aceitarei a última Iniciação. Enquanto for necessário, ficarei ao lado da(s) Humanidade(s), onde quer que seja, onde for necessário. Sei que longíssimo estou de ser digno, apesar de saber que não sou indigno. Mas, até lá, muita depuração precisa ser feita. Em meu Coração, este compromisso está selado.

 

Observação:

Os três corpos ou formas búdicas são denominados:

I. Nirmanakaya.

II. Sambhogakaya.

III. Dharmakaya.

O primeiro (Nirmanakaya) é aquela forma etérea que ele assumiria quando, abandonando o corpo físico, aparecesse no corpo astral – tendo a mais todos os conhecimentos de um Adepto. O Bodhisattva desenvolveu-o em si mesmo à medida que avançou no Caminho. Tendo chegado à meta e recusado a fruição da recompensa, permanece na Terra como um Adepto; quando morre, em vez de entrar para o Nirvana, fica no Corpo Glorioso que para si teceu, invisível à Humanidade não-Iniciada, para velar por Ela e protegê-La.

Sambhogakaya (literalmente 'Corpo de Compensação') é o mesmo Nirmanakaya, mas com o brilho adicional de Três Perfeições, uma das quais é a obliteração de todas as preocupações terrenas.

O corpo Dharmakaya é o de um Buddha completo, isto é, não é corpo nenhum, mas o Sopro Ideal; a consciência imersa na Consciência Universal ou a alma despida de todos os atributos.

Uma vez tornado um Dharmakaya, um Adepto ou Buddha abandona toda a possível relação com a Terra (inclusive pelo pensamento). Assim, para poder auxiliar a Humanidade, um Adepto que adquiriu o direito ao Nirvana, falando misticamente, pode volitivamente renunciar ao Corpo Dharmakaya; guarda, do Sambhogakaya, apenas os grandes e completos Conhecimentos (SOPhIa), e fica no seu Nirmanakaya. A Escola Esotérica ensina que o Senhor Buddha, com vários dos seus Arhats (termo sânscrito que designa um ser de elevada estatura espiritual – o Digno, Aquele que merece Louvores Divinos), é um Nirmanakaya deste gênero.

Esta observação foi editada da fonte: A Voz do Silêncio. Helena Petrovna Blavatsky. (Tradução de Fernando Pessoa).

http://www.sociedadeteosofica.org.br/biblioteca/livros/voz.htm

 

Páginas da Internet consultadas:

http://inventariossingular.blogspot.com/
2011/02/rose-for-emily.html

http://freikado.blogspot.com/
2010/08/solidao.html

 

Fundo musical:

Young at Heart
Música: Johnny Richards
Letra: Carolyn Leigh
Interpretação: Frank Sinatra

Fonte:

http://www.dilandau.eu/download_music/
young-at-heart-frank-sinatra-1.html