RUBENS BEYRODT
PAIVA
Rodolfo Domenico
Pizzinga
Rubens
Paiva
[...]
é enfrentando com persistência e desassombro aqueles
espíritos portadores dum comodismo derrotista e quiçá
mal-intencionado, com auxílio desta generosa natureza que
nos rodeia, o emprego de uma segura orientação científica,
que havemos de dar a todos esses problemas a resposta que melhor
consulte aos interesses nacionais.
Trecho do discurso
proferido pelo orador da turma de Engenharia Civil de 1954, da Universidade
Mackenzie, São Paulo, engenheirando Rubens Beyrodt Paiva.
Rubens Beyrodt
Paiva (Santos, 26 de dezembro de 1929 – desaparecido em 20
de janeiro de 1971) foi um engenheiro civil e político brasileiro,
torturado e morto durante a ditadura militar no Brasil, que teve
início com o golpe militar de 31 de março de 1964
– resultando no afastamento do Presidente da República
de jure
e de facto,
João Belchior Marques Goulart (São Borja, 1º
de março de 1919 – Mercedes, 6 de dezembro de 1976)
– e se estendeu até 1985, com a eleição
de Tancredo Neves, em 15 de janeiro de 1985, pelo voto indireto
de um colégio eleitoral.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tancredo_Neves
http://pt.wikipedia.org/wiki/Regime_militar_no_Brasil
http://www.mackenzie.br/fileadmin/IPM/
Responsabilidade_Social/balanco/Balanco2001.pdf
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itadura... Ditadura...
Tempo hórrido de
tortura,
de sumições
e tormentos,
de comoções
e lamentos.
itadura... Ditadura...
Tempo piche de negrura,
de mando-desmando-mando,
de brasileiros se imolando.
itadura... Ditadura...
Tempo infame de paúra!
Falar? Porrada e prisão.
Calar? Doía a submissão.
itadura... Ditadura...
Tempo tenebroso de censura!
A imprensa fazia o que
podia;
o povão dissimulava
a agonia.
itadura... Ditadura...
Tempo fajuto de linha-dura!
De obedecer sem porquê;
dum negrume como quê.
itadura... Ditadura...
Tempo tosco de caradura!
Escrúpulos? Nem
um tico.
Cocô? Xixi? Só
no penico!
itadura... Ditadura...
Tempo ignóbil de
desternura!
Rubens Paiva? Assassinaram.
João Goulart? Envenenaram.
itadura... Ditadura...
Tempo abjeto de abaladura!
Vandré deu o seu
recado;
foi calado, preso e
exilado.
itadura... Ditadura...
Tempo nojoso de albardura!
Papai Stalin já
havia morrido;
Bashar al-Assad
nem nascido.
itadura... Ditadura...
João Baptista fez
a abertura.
itadura... Ditadura...
José Ribamar prometeu
lisura.
Assim a Democracia renasceu,
se firmou, progrediu
e cresceu!
itadura... Ditadura...
Deste modo, acabou a feiúra!
Foi-se o tempo das desgraças!
Que se arrependam os reaças!
itadura... Ditadura...
Mas há os saudosos
da agrura
que querem a volta da
feridade!
itadura... Ditadura...
Não à uma
nova descedura!
Chega de tanta absurdidade!
Só se progride
com liberdade!
O Reaça
Recordando:
A velha dama gaúcha
Salomé Maria da Anunciação, mais conhecida como Salomé
de Passo Fundo, foi uma personagem utilizada por Chico Anysio para satirizar
a ditadura militar. Aparecia disparando telefonemas para a Granja do Torto,
supostamente conversando com o então Presidente João Baptista
de Oliveira Figueiredo (Rio de Janeiro, 15 de janeiro de 1918 – Rio
de Janeiro, 24 de dezembro de 1999), a quem se referia como João
Batista. Inventava apelidos para ministros e outras personalidades do Governo,
como o Japonesinho
do Geisel (em referência ao ex-ministro das Minas e Energia,
Shigeaki Ueki). Barbaridade,
tchê! Eu faço a cabeça do João Batista ou não
me chamo Salomé.
A
dama Salomé e o cavaleiro João Batista
Música
de fundo:
Para Não Dizer
Que Não Falei Das Flores
Composição e interpretação: Geraldo Vandré
Fonte:
http://www.4shared.com/get/iGQznr9q/
GERALDO_VANDR_VANDRE_Pra_Nao_N.html
Páginas
da Internet consultadas:
http://www.cicero.art.br/novoSite/
portifolio-2/caricatura/
http://conexoesinevitaveis.blogspot.com/2009/
07/humor-requiem-para-um-humorista-um.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Chico_Anysio_Show
http://www.crazywebsite.com/
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