Jiddu
Krishnamurti e David Bohm:
No cérebro,
a visão intuitiva põe em ação o tipo correto
de conexões, e interrompe/desmantela as conexões
erradas, e, num só momento, são criados um novo começo
e um novo agora. [In: A
Eliminação do Tempo Psicológico (em inglês,
The Ending of Time).]
Jiddu
Krishnamurti: O
prazer não é Compaixão. O prazer não é
Amor. O prazer não tem lugar nem na Compaixão nem no Amor.
E, enquanto não estivermos dispostos a enfrentar o extraordinário
Vazio, permaneceremos presos ao antigo padrão, [que,
de maneira geral, só conhece duas alternativas: prazer ou dor, com
efêmeros intervalos de anestesia entre estas duas alternâncias.]
Entretanto, tenhamos em mente que um cérebro lesado poderá
se curar se houver visão intuitiva. Portanto, nada é mais
destrutivo para o nosso cérebro do que o passado. O início
da Ordem provém da visão intuitiva.
[Ibidem.]
Jiddu
Krishnamurti: Não
poderemos encontrar a Verdade [ainda
que relativa] através da falsidade. [Logo,
não poderemos alcançar a Compreensão/Libertação
enquanto estivermos presos ao passado.]
[Ibidem.]
Passado
= Miragens + Ilusões
Prazeres + Dores
Jiddu
Krishnamurti:
Pensamento
é movimento, e, portanto, está vinculado ao tempo. No Vazio
não existem o tempo nem o pensamento. [Ibidem.]
Copacabana
—
Estou ficando velhinho e quase fazendo
73 anos,
e,
nostálgico, me lembrei do tempo de eu menino
e
das coisas que passei ao longo dos anos.
Lembrei-me
dos meus pais,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
da Tia Mimi,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
do meu gatinho,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
do meu aviãozinho,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
das férias na Bocaina,
e
senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
de andar a cavalo,
e
senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
de tomar banho de cachoeira,
e
senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
de brincar de polícia e ladrão,
e
senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
de brincar de roda,
e
senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
de brincar de salada mista,
e
senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
do Curso Infantil e da Dona Eva,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
dos meus coleguinhas,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
do Padre Barbosa,
e
senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
de quando eu quase me tornei padre,
e
senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
das festinhas aos sábados,
e
senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
de dançar de rosto colado,
e
senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
dos meus namoros,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
dos meus tempos de Pasárgada,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
das putas que eu tanto amei,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
da minha primeira transada,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
do meu primeiro orgasmo,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
do Seu Tomás e da Rede dos Cobras,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
do Vitinho e do Feitosa,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
do Everest, do Tião e do Coqueiro,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
da antiga Praia de Copacabana,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
de quando se podia andar no Rio sem medo,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
dos meus filhos pequeninos,
e
senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
do Thor e da Faísca,
e
senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
da minha amada esposa,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
do Pedro d'Alcântara Freire Netto,
e
senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
de quando eu era neófito, na AMORC,
e
senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
do Programa do Jô,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
da Escolinha do Professor Raimundo,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
da Discoteca do Chacrinha,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
do Peter Gunn,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
do Kojak,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
do Frank Sinatra,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
da Maria Callas,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
do Governo do Juscelino,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
da Nara, do Vinícius e do Tom,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
dos Festivais de Música Popular Brasileira,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
da minha viagem a Portugal,
e
senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
do António Quadros,
e
senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
do Pinharanda Gomes,
e
senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
do António Braz Teixeira,
e
senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
do Eduardo Abranches de Soveral,
e
senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
da Mouraria,
e
senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
dos rouxinóis nos beirais,
e
senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
da velha Rua da Palma,
e
senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
da Amália Rodrigues,
e
senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
de quando eu tinha saúde
e
não precisava tomar tantos remédios,
e senti saudades, chorei e sofri.
Lembrei-me
de quando eu não era brochorowisky,
e senti saudades, chorei e sofri.
E
morri lembrando e relembrando do passado,
e
sentindo saudades, chorando e sofrendo.
Música
de fundo:
Copacabana
Composição: Alberto Ribeiro & João de Barro
Interpretação: Dick Farney
Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=i_tV6RIzwn0
Páginas
da Internet consultadas:
https://www.tumblr.com/search/hourglass%20gif
https://m.mensagensagora.com.br/
http://blogdodestinocarioca.blogspot.com/
http://www.voudeexcursao.com.br/
Direitos
autorais:
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neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar
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