O
tema desta monografia é Roupa Suja. Na verdade, esse modo discutível
de proceder - lavar roupa suja - não
encerra efetivamente significados místicos e/ou alquímicos,
mas tão-somente aspectos psicológicos relacionados com
a falha de caráter conhecida popularmente por fofoca.
Esse comportamento, por outro lado, passa a ter um significado profundamente
místico, e mesmo alquímico, quando o indivíduo
toma consciência de que esse triplus modus (vivendi,
faciendi e/ou operandi) não é adequado;
que é, realmente, destrutivo, danoso, nocivo; e que é,
enfim, degradante e imoral. Quem se conscientiza disso e começa
a mudar – e muda – então,
uma forma de conduta mística está em processo de instalação.
O triplus modus 'fofocandis',
no caso, começa a ser alquimiado em Luz, Vida e Amor. Há
exemplo maior do que o de Aurelius Augustinus? Aurelius,
mais conhecido como Santo Agostinho, vazio de Deus e agarrado pelo
pecado, a vontade 'sequestrada', errante e peregrina, 'enganado e enganador',
seguidor dos maniqueus durante um determinado período,
no outono de 386, depois de ouvir a voz infantil que o anima ('Toma
e Lê'), acabou sendo batizado na fé católica,
na primavera de 387, por Santo Ambrósio. Santo
Agostinho, a seu modo, transmutou Maniqueísmo (dualismo
religioso sincretista que se originou na Pérsia e foi amplamente
difundido no Império Romano – século III d. C. e
IV d. C. –
cuja doutrina
consistia basicamente em afirmar a existência de um conflito cósmico
entre o reino da Luz –
o Bem –
e o das sombras
–
o Mal –
em localizar a matéria e a carne no reino
das sombras, e em afirmar que ao homem se impunha o dever de ajudar
à vitória do Bem por meio de práticas ascéticas,
especialmente evitando a procriação e os alimentos de
origem animal)
em Catolicismo, e acabou se tornando um Santo reconhecido pela confraria
católica pela santidade de sua vida.
É
um consenso geral que alguém só se preocupa com isso (a
futrica) quando está sendo atingido, de alguma forma, por esse
tipo de coisa. Isto é decorrente de uma condição
específica da autoconsciência de nível 1 (o princípio
da autoconsciência), atualmente
em uso pela imensa maioria dos seres humanos. Mas, à medida que
o ser depura seus equívocos e suas perplexidades (exclusivamente
por esforço pessoal), penetra em faixas vibratórias mais
harmônicas e mais refinadas, elevando-se e elevando seu próprio
nível de autoconsciência. Mas, não havendo (re)conhecimento
de Níveis ou Planos mais elevados – porque isso só
poderá ser conhecido ou reconhecido pela Iniciação
–
as preocupações
e as reações manifestadas pelos entes explodem apenas
e correntemente no patamar das emoções, no qual prevalece
a salvaguarda de interesses pessoais — que nada mais é
do que egoísmo pessoal ou corporativo, l’esprit, de
corps. O que isso pode causar no âmbito coletivo, em uma
família, em uma organização, em uma nação?
Há aspectos positivos e negativos envolvidos. Por exemplo: se
o Roberto Jefferson não bota a boca no trombone, jamais o povão
saberia do mensalão e de toda a enxúndia fedorenta a ele
aderida. Continuaria a ser espoliado e a pagar impostos para satisfazer
(inclusive) a gula de políticos descomprometidos com o bem-estar
do povo e com a boa gestão da coisa púbica. Em contrapartida,
se o Presidente Lula tinha um plano de continuidade através do
qual pretendesse fazer algo de bom pelo Brasil, em termos, por exemplo,
de aumento do nível de emprego, de distribuição
eqüitativa de renda e da própria inclusão social,
certamente esses projetos já estão prejudicados e comprometidos,
pois muitos dos que o reelegeriam certamente votarão em outro
candidato em 2006. (Que não se esqueçam, en passant,
inclusive e principalmente, as traições deste Governo
contra os Servidores Públicos Federais, base de apoio fortíssima
ao Partido
dos Trabalhadores.). Isso (as denúncias lamacentas), apesar de,
até agora (4 de Julho de 2005), o Presidente Lula, de certa forma,
estar sendo preservado desse mar de lama no qual estão envolvidos
parte do Governo, parte do Legislativo e parte da sociedade civil. De
uma certa maneira, o Brasil, hoje, parece estar passando por uma revivescência
dos tempos do Governo do Presidente Getúlio Vargas. Não
esqueçamos a história: a crise institucional do Governo
Vargas acabou levando Getúlio ao suicídio, tudo provocado
pela tentativa de assassinato de Carlos Lacerda. Então: agosto
de 1954 — caos e escândalos políticos aparecendo
diariamente na mídia; junho/julho de 2005 —
caos
e escândalos políticos aparecendo diariamente na mídia.
Igualzinho! O
drama político envolvendo o trio de atores principais Getúlio
Vargas, o polêmico tenente Gregório
Fortunato (o Anjo Negro, chefe da guarda pessoal de Getúlio)
e o jornalista Carlos Lacerda (principal líder de oposição
ao Governo getulista) está sendo remontado hoje com outros personagens.
Videotape, só que em cores e ao vivo. Há uma
guerra civil não declarada em curso entre o Governo, o Legislativo
e os partidos políticos. E nada mais demolidor para um Governo
do que perder sua base política. O rombo no casco bo barco governamental
é maior do que se sabe e muito maior do que se imagina. E, por
mais que se averigúe e por mais CPIs que sejam instaladas, nunca
se apurará tudo. Há uma zona impenetrável que jamais
será expugnada. Sempre foi assim e continuará a ser assim
enquanto prevalecer a já rapidamente discutida autoconsciência
de nível 1. Mas, claro, sempre há um avanço. Pode
ser tímido, mas estou convencido de que dessa barafunda que se
abateu sobre Brasília, haverá algum avanço. Só
precisamos estar atentos com os ultramontanos políticos de sempre
— herdeiros mentais da hereditariedade sociocrática e da
ditadura republicana preconizadas no Comtismo. O que é certo,
por outro lado, é que se algo está quebrado precisa ser
consertado, ajustado; se não está quebrado, não
se deve mexer. Mas, não se conserta nada com golpes, traições
e degolas. O Estado de Direito tem instrumentos eficazes e eficientes
para solucionar qualquer querela. Agora, por ouvir dizer... Tenha a
santa paciência seu Adão. É um princípio
de qualquer Estado Democrático de Direito que ao acusador cabe
o ônus da prova. Eu só ficarei satisfeito com essa roupa
suja –
que
está sendo lavada vociferantemente sem sabão e em público
– se e quando vir as provas. Como brasileiro e como cidadão
tenho o dever e o direito de ver, e quero ver tudinho. Como Rosacruz,
então, nem vou comentar. Essa estória de dizer que eu
sou a prova viva dos fatos porque estava lá e vi e ouvi tudo
com esses olhos e com esses ouvidos que a terra haverá de comer,
definitivamente não me serve. Eu não sou um inocente útil,
e não serei usado no serviço de uma causa hipotética
ou de uma fantasmagoria política sem fundamentos. Quero ver as
provas.
Lamentavelmente, esses fudelhufas de cagahouse sempre acabam sobrando
para o povão – que nunca sabe direito das coisas; quando
vem a saber, as locupletações já vêm acontecendo
há muito tempo, e, muitas vezes, vai dormir com um tipo de regime
e acorda sob a tutela de outro. É aí que mora o 'periguete'.
Há um time que anda louco pra ver o circo pegar fogo. Mas, para
não ir muito longe no tempo e ficar por aqui na América
do Sul, basta lembrar da pinochetada chilena, da stroessnerada paraguaia
e da videlada argentina. Do(s) lado(s) de lá(s), António
Salazar, Francisco Franco, Dadá, Milosevic, Mugabe, Saddam, Mussoline,
A. H., Enver Hoxha, Theodor Jivkov, Reza Pahlavi, Trujillo, Mao, Stalin,
Nicolae Ceaucescu etc., etc., etc., Nero Incendiário... Calígula
Maluquete...
Outro
olhar nessa roupa suja: há, nessa coisa de lavar (ou
enxaguar) roupa suja um aspecto terrível para nós místicos.
Há uma minoria (ainda bem!) de membros de ordens e de fraternidades
que aspiram a ser reconhecidos como mestres, seres muito evoluídos,
grandes luzes etc., e não sendo reconhecidos como tais (porque
quem é não procura ser reconhecido por ninguém,
apenas é e fica quietinho), saem dessas organizações
e criam um website qualquer no qual ficam difamando a organização
que deixaram (ou que foram obrigados a deixar por causa de suas maluquices).
Há até místicos de renome que fazem esse tipo de
coisa (por motivos diversos) sem se preocupar
com um posterior julgamento de sua imagem, já de uma certa distância
histórica. São famosas as fofocas contemporâneas
que comprometeram uma certa Fraternidade e os ataques descabidos e injustificados
de Samael Aun Weor à AMORC, por exemplo. Ora, os inseguros e
os neófitos podem ser atingidos em suas esperanças e boas
intenções por maledicências desse teor. Mas, o que
eu estou há muito tempo convencido, é que o TRABALHO
MÍSTICO, em um sentido específico que aqui não
irei relatar – em um certo sentido, repito –
independe
das fraternidades físicas manifestadas aqui na Terra. Os neófitos,
infelizmente, não sabem disso, e ficam chocados e revoltados
com a intrigalhada que assistem, muitas vezes abandonando os quadros
da suas fraternidades. Uma vida pode ser redirecionada e mesmo apocopada
por isso! Penso que um verdadeito Místico,
para tomar qualquer decisão (e qualquer é qualquer em
qualquer sentido) deve estar suficientemente informado, e deve sempre
exigir uma resposta satisfatória e completa para o que deseja
saber. Aquele que toma decisões baseadas em tricas, futricas
e roupas sujas lavadas publicamente, vai, em 99,99% dos casos, quebrar
a cara fragorosa e redondamente.
Em
outra direção, e o caso Watergate? Um Presidente Americano
cai por causa de uma escuta telefônica... E as cartas anônimas
– a
maioria delas com exageros e afirmações infundadas...
E os tefefonemas
anônimos, muitas vezes dados por amigos, conhecidos ou parentes
para que a voz do denunciante não seja reconhecida... E as matérias
pagas em jornais, rádios, televisõs etc.... Tudo isso
é terrível – com aspectos positivos e negativos
em todos os casos. Óbvio.
A
todo momento vemos na mídia a exposição de desavenças
entre políticos, e nós, místicos, estamos até
cansados de ver na Internet bate-bocas sobre a idoneidade e/ou autenticidade
desta ou daquela ordem ou desta
ou daquela fraternidade.
A isso se dá o nome de lavagem de roupa suja fora de casa, e
esta é uma questão que merece ser analisada metafisicamente,
para que desta análise se possam extrair lições
capazes de produzir algum remédio para essa falha humana –
a falta de caráter –
que tem prejudicado
pessoas, instituições e países inteiros através
dos séculos. Por que, então, as pessoas fazem isso? De
uma maneira geral, fazem porque são medíocres, e não
se importam com as repercussões de seus atos. Ainda, em verdade,
estão naquilo que se poderia denominar de fase heteródina
(heteródino é
o processo pelo qual se misturam duas freqüências –
uma recebida pela antena e outra produzida pelo oscilador –
para se obter
uma terceira, diferente das duas anteriores, e originar assim o fenômeno
de batimento), isto é, a mente objetiva, geralmente comandada
pelo Corpo Astral, pelo princípio da interferência, não
decodifica com precisão os impulsos ou as informações
provenientes do Eu, resultando daí uma terceira informação,
geralmente deturpada, como decorrência do estímulo racional.
Isso é um verdadeiro horror, porque monstruosidades são
tidas como verídicas e inspiradas, quando, em realidade, são
podutos de equívocos de raciocínio, se se puder chamar
a isto de raciocínio. Em um texto que escrevi há algum
tempo, usei como argumento para o tema que estava discutindo naquela
oportunidade o seguinte erro de raciocínio matemático:
Matematicamente, por exemplo, é o mesmo que afirmar que 4 = 10
porque 14 = 14, ou seja: 14 = 14 –› 4 + 10 = 4 + 10 –›
4 – 4 = 10 – 10 –› 4 (1 – 1) = 10 (1 –
1) –› 4 (1 – 1)/(1 – 1) = 10 (1 – 1)/(1
– 1), logo 4 = 10, o que é uma incongruência matemática,
porque 1 - 1 = 0. Isso me fez lembrar as propagandas que vendem bagulhos
a, por exemplo e por apenas, R$ 9,99. Ora, R$
9,99 são R$ 10,00, e não nove e alguma coisa reais. Mas,
psicologicamente, o bobo acha que está pagando nove
e alguma coisa reais pelo bagulho que resolveu comprar, e que geralmente
não serve nem para bulufas, nem para bulhufas, nem
para lhufas e nem
para nicas. Se fosse dez reais cheios, provavelmente
ele não compraria. Isso é um macete de marketing
que envolve duas tramóias: planej[A(u)]mento
+ direcion[A(u)]mento. Então:
É
preciso examinar ainda a seguinte questão: porque apenas os animais
autoconscientes do planeta Terra fazem essa lavagem de roupa suja, já
que, ao que se saiba, os tidos como apenas conscientes não fazem
isso? Por acaso alguém já ouviu um pombo, um macaco, ou
até mesmo um papagaio fazendo denúncias 'futricatórias'?
Isso faz pensar que a autopercepção (o ego reconhecendo-se
a si próprio) está na origem do problema: ele mesmo se
coloca acima de qualquer outra possível concepção-conceituação
e as imagens do próximo e das organizações são
relegadas a um segundo plano. Disso decorre, em aditamento a tudo que
foi sucintamente examinado nesta Introdução, mais um ingrediente
satânico nessa mixórdia: o egoísmo. Isto é:
farinha pouca meu pirão primeiro, que é equivalente
a Mateus, Mateus
primeiro os meus depois os teus.
Também serve um ditadinho que inventei agora: Se cai Adão,
cai todo mundo de baldão.
Ora,
a morada do egoísmo é o velho Corpo Astral, e pelo efeito
do fenômeno heteródino já aludido... que se dane
o Mundo que eu não sou 'eskravabundo'. Por isso escrevi
o soneto que segue abaixo. Quem lava roupa suja em público (qualquer
roupa suja, e incluo todas e quaisquer) – e mesmo em âmbito
restrito – está
abaixo do dito Reino Animal na escala evolutiva, porque é um
simples e ordinário recalcado futriqueiro que não tem,
ainda, possibilidade de enfrentar as dificuldades da vida com altanaria
(no sentido grandeza moral). Portanto, para todas as recalcitrâncias,
ambições, cobiças, paixões, ansiedades etc.
só há um caminho: primeiro compreensão, depois
transmutação. Agora, é necessário saber
exatamente o que é compreender e o que é
transmutar. Mas nada, absolutamente nada, será
alcançado e concertadamente construído sem humildade,
que não é, em nenhum aspecto, submissão fingida,
da qual muitos canalhas se servem para submeter os outros. Nesse caso,
como ensinou o escritor e moralista francês La Rochefoucauld (1613-1680),
a humildade é
um artifício do orgulho que se abaixa para se elevar e, embora
se transforme de mil maneiras, nunca está melhor disfarçado
nem mais capaz de enganar... Isso, como pensou o Autor citado,
decorre de que os
que se aplicam em demasia a pequenas coisas, tornam-se incapazes para
as grandes. E
se fingir de humilde para maquinar e dominar é mesmo, minimamente,
uma pequena
coisa. Três
exemplos de pequenas
coisas que certos 'alguéns' andaram (e andam) praticando:
1ª - Doutrina da Legítima Defesa Preventiva; 2ª - Doutrina
da Terra Arrasada; e 3ª - Doutrina do Assassinato Seletivo. Quebraram,
estão quebrando e continuarão a quebrar a cara. Transfundiram
recursos, por séculos, dos seres humanos individuais, do Terceiro
e do Quarto Mundos... Agora querem riscar do mapa esses países!
Vão quebrar a fuça. Enquanto isso a vergonhosa Alcatraz
de Guantanamo continua a operar. A fubeca pode tardar, mas que chega,
chega.
A
quem não conhece, recomendo uma visita aos dois Websites
abaixo. O primeiro é da Ordem Rosacruz - AMORC; o segundo é
da Ordo Svmmvm Bonvm (OS+B).
http://www.amorc.org
http://svmmvmbonvm.org