ROUPA  SUJA
(Don't wash your dirty linen in public.)1

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Música de fundo:
I Will Always Love You (Whitney Houston)
Fonte:

http://www.olsoncomputers.com/prime/MIDIs/Alphabetical/i/

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

O tema desta monografia é Roupa Suja. Na verdade, esse modo discutível de proceder - lavar roupa suja - não encerra efetivamente significados místicos e/ou alquímicos, mas tão-somente aspectos psicológicos relacionados com a falha de caráter conhecida popularmente por fofoca. Esse comportamento, por outro lado, passa a ter um significado profundamente místico, e mesmo alquímico, quando o indivíduo toma consciência de que esse triplus modus (vivendi, faciendi e/ou operandi) não é adequado; que é, realmente, destrutivo, danoso, nocivo; e que é, enfim, degradante e imoral. Quem se conscientiza disso e começa a mudar – e muda então, uma forma de conduta mística está em processo de instalação. O triplus modus 'fofocandis', no caso, começa a ser alquimiado em Luz, Vida e Amor. Há exemplo maior do que o de Aurelius Augustinus? Aurelius, mais conhecido como Santo Agostinho, vazio de Deus e agarrado pelo pecado, a vontade 'sequestrada', errante e peregrina, 'enganado e enganador', seguidor dos maniqueus durante um determinado período, no outono de 386, depois de ouvir a voz infantil que o anima ('Toma e Lê'), acabou sendo batizado na fé católica, na primavera de 387, por Santo Ambrósio. Santo Agostinho, a seu modo, transmutou Maniqueísmo (dualismo religioso sincretista que se originou na Pérsia e foi amplamente difundido no Império Romano – século III d. C. e IV d. C. cuja doutrina consistia basicamente em afirmar a existência de um conflito cósmico entre o reino da Luz o Bem e o das sombras o Mal em localizar a matéria e a carne no reino das sombras, e em afirmar que ao homem se impunha o dever de ajudar à vitória do Bem por meio de práticas ascéticas, especialmente evitando a procriação e os alimentos de origem animal) em Catolicismo, e acabou se tornando um Santo reconhecido pela confraria católica pela santidade de sua vida.

É um consenso geral que alguém só se preocupa com isso (a futrica) quando está sendo atingido, de alguma forma, por esse tipo de coisa. Isto é decorrente de uma condição específica da autoconsciência de nível 1 (o princípio da autoconsciência), atualmente em uso pela imensa maioria dos seres humanos. Mas, à medida que o ser depura seus equívocos e suas perplexidades (exclusivamente por esforço pessoal), penetra em faixas vibratórias mais harmônicas e mais refinadas, elevando-se e elevando seu próprio nível de autoconsciência. Mas, não havendo (re)conhecimento de Níveis ou Planos mais elevados – porque isso só poderá ser conhecido ou reconhecido pela Iniciação as preocupações e as reações manifestadas pelos entes explodem apenas e correntemente no patamar das emoções, no qual prevalece a salvaguarda de interesses pessoais — que nada mais é do que egoísmo pessoal ou corporativo, l’esprit, de corps. O que isso pode causar no âmbito coletivo, em uma família, em uma organização, em uma nação? Há aspectos positivos e negativos envolvidos. Por exemplo: se o Roberto Jefferson não bota a boca no trombone, jamais o povão saberia do mensalão e de toda a enxúndia fedorenta a ele aderida. Continuaria a ser espoliado e a pagar impostos para satisfazer (inclusive) a gula de políticos descomprometidos com o bem-estar do povo e com a boa gestão da coisa púbica. Em contrapartida, se o Presidente Lula tinha um plano de continuidade através do qual pretendesse fazer algo de bom pelo Brasil, em termos, por exemplo, de aumento do nível de emprego, de distribuição eqüitativa de renda e da própria inclusão social, certamente esses projetos já estão prejudicados e comprometidos, pois muitos dos que o reelegeriam certamente votarão em outro candidato em 2006. (Que não se esqueçam, en passant, inclusive e principalmente, as traições deste Governo contra os Servidores Públicos Federais, base de apoio fortíssima ao Partido dos Trabalhadores.). Isso (as denúncias lamacentas), apesar de, até agora (4 de Julho de 2005), o Presidente Lula, de certa forma, estar sendo preservado desse mar de lama no qual estão envolvidos parte do Governo, parte do Legislativo e parte da sociedade civil. De uma certa maneira, o Brasil, hoje, parece estar passando por uma revivescência dos tempos do Governo do Presidente Getúlio Vargas. Não esqueçamos a história: a crise institucional do Governo Vargas acabou levando Getúlio ao suicídio, tudo provocado pela tentativa de assassinato de Carlos Lacerda. Então: agosto de 1954 — caos e escândalos políticos aparecendo diariamente na mídia; junho/julho de 2005 caos e escândalos políticos aparecendo diariamente na mídia. Igualzinho! O drama político envolvendo o trio de atores principais Getúlio Vargas, o polêmico tenente Gregório Fortunato (o Anjo Negro, chefe da guarda pessoal de Getúlio) e o jornalista Carlos Lacerda (principal líder de oposição ao Governo getulista) está sendo remontado hoje com outros personagens. Videotape, só que em cores e ao vivo. Há uma guerra civil não declarada em curso entre o Governo, o Legislativo e os partidos políticos. E nada mais demolidor para um Governo do que perder sua base política. O rombo no casco bo barco governamental é maior do que se sabe e muito maior do que se imagina. E, por mais que se averigúe e por mais CPIs que sejam instaladas, nunca se apurará tudo. Há uma zona impenetrável que jamais será expugnada. Sempre foi assim e continuará a ser assim enquanto prevalecer a já rapidamente discutida autoconsciência de nível 1. Mas, claro, sempre há um avanço. Pode ser tímido, mas estou convencido de que dessa barafunda que se abateu sobre Brasília, haverá algum avanço. Só precisamos estar atentos com os ultramontanos políticos de sempre — herdeiros mentais da hereditariedade sociocrática e da ditadura republicana preconizadas no Comtismo. O que é certo, por outro lado, é que se algo está quebrado precisa ser consertado, ajustado; se não está quebrado, não se deve mexer. Mas, não se conserta nada com golpes, traições e degolas. O Estado de Direito tem instrumentos eficazes e eficientes para solucionar qualquer querela. Agora, por ouvir dizer... Tenha a santa paciência seu Adão. É um princípio de qualquer Estado Democrático de Direito que ao acusador cabe o ônus da prova. Eu só ficarei satisfeito com essa roupa suja que está sendo lavada vociferantemente sem sabão e em público – se e quando vir as provas. Como brasileiro e como cidadão tenho o dever e o direito de ver, e quero ver tudinho. Como Rosacruz, então, nem vou comentar. Essa estória de dizer que eu sou a prova viva dos fatos porque estava lá e vi e ouvi tudo com esses olhos e com esses ouvidos que a terra haverá de comer, definitivamente não me serve. Eu não sou um inocente útil, e não serei usado no serviço de uma causa hipotética ou de uma fantasmagoria política sem fundamentos. Quero ver as provas.

Lamentavelmente, esses fudelhufas de cagahouse sempre acabam sobrando para o povão – que nunca sabe direito das coisas; quando vem a saber, as locupletações já vêm acontecendo há muito tempo, e, muitas vezes, vai dormir com um tipo de regime e acorda sob a tutela de outro. É aí que mora o 'periguete'. Há um time que anda louco pra ver o circo pegar fogo. Mas, para não ir muito longe no tempo e ficar por aqui na América do Sul, basta lembrar da pinochetada chilena, da stroessnerada paraguaia e da videlada argentina. Do(s) lado(s) de lá(s), António Salazar, Francisco Franco, Dadá, Milosevic, Mugabe, Saddam, Mussoline, A. H., Enver Hoxha, Theodor Jivkov, Reza Pahlavi, Trujillo, Mao, Stalin, Nicolae Ceaucescu etc., etc., etc., Nero Incendiário... Calígula Maluquete...

 

 

Outro olhar nessa roupa suja: há, nessa coisa de lavar (ou enxaguar) roupa suja um aspecto terrível para nós místicos. Há uma minoria (ainda bem!) de membros de ordens e de fraternidades que aspiram a ser reconhecidos como mestres, seres muito evoluídos, grandes luzes etc., e não sendo reconhecidos como tais (porque quem é não procura ser reconhecido por ninguém, apenas é e fica quietinho), saem dessas organizações e criam um website qualquer no qual ficam difamando a organização que deixaram (ou que foram obrigados a deixar por causa de suas maluquices). Há até místicos de renome que fazem esse tipo de coisa (por motivos diversos) sem se preocupar com um posterior julgamento de sua imagem, já de uma certa distância histórica. São famosas as fofocas contemporâneas que comprometeram uma certa Fraternidade e os ataques descabidos e injustificados de Samael Aun Weor à AMORC, por exemplo. Ora, os inseguros e os neófitos podem ser atingidos em suas esperanças e boas intenções por maledicências desse teor. Mas, o que eu estou há muito tempo convencido, é que o TRABALHO MÍSTICO, em um sentido específico que aqui não irei relatar – em um certo sentido, repito independe das fraternidades físicas manifestadas aqui na Terra. Os neófitos, infelizmente, não sabem disso, e ficam chocados e revoltados com a intrigalhada que assistem, muitas vezes abandonando os quadros da suas fraternidades. Uma vida pode ser redirecionada e mesmo apocopada por isso! Penso que um verdadeito Místico, para tomar qualquer decisão (e qualquer é qualquer em qualquer sentido) deve estar suficientemente informado, e deve sempre exigir uma resposta satisfatória e completa para o que deseja saber. Aquele que toma decisões baseadas em tricas, futricas e roupas sujas lavadas publicamente, vai, em 99,99% dos casos, quebrar a cara fragorosa e redondamente.

Em outra direção, e o caso Watergate? Um Presidente Americano cai por causa de uma escuta telefônica... E as cartas anônimas – a maioria delas com exageros e afirmações infundadas... E os tefefonemas anônimos, muitas vezes dados por amigos, conhecidos ou parentes para que a voz do denunciante não seja reconhecida... E as matérias pagas em jornais, rádios, televisõs etc.... Tudo isso é terrível – com aspectos positivos e negativos em todos os casos. Óbvio.

A todo momento vemos na mídia a exposição de desavenças entre políticos, e nós, místicos, estamos até cansados de ver na Internet bate-bocas sobre a idoneidade e/ou autenticidade desta ou daquela ordem ou desta ou daquela fraternidade. A isso se dá o nome de lavagem de roupa suja fora de casa, e esta é uma questão que merece ser analisada metafisicamente, para que desta análise se possam extrair lições capazes de produzir algum remédio para essa falha humana – a falta de caráter que tem prejudicado pessoas, instituições e países inteiros através dos séculos. Por que, então, as pessoas fazem isso? De uma maneira geral, fazem porque são medíocres, e não se importam com as repercussões de seus atos. Ainda, em verdade, estão naquilo que se poderia denominar de fase heteródina (heteródino é o processo pelo qual se misturam duas freqüências – uma recebida pela antena e outra produzida pelo oscilador para se obter uma terceira, diferente das duas anteriores, e originar assim o fenômeno de batimento), isto é, a mente objetiva, geralmente comandada pelo Corpo Astral, pelo princípio da interferência, não decodifica com precisão os impulsos ou as informações provenientes do Eu, resultando daí uma terceira informação, geralmente deturpada, como decorrência do estímulo racional. Isso é um verdadeiro horror, porque monstruosidades são tidas como verídicas e inspiradas, quando, em realidade, são podutos de equívocos de raciocínio, se se puder chamar a isto de raciocínio. Em um texto que escrevi há algum tempo, usei como argumento para o tema que estava discutindo naquela oportunidade o seguinte erro de raciocínio matemático: Matematicamente, por exemplo, é o mesmo que afirmar que 4 = 10 porque 14 = 14, ou seja: 14 = 14 –› 4 + 10 = 4 + 10 –› 4 – 4 = 10 – 10 –› 4 (1 – 1) = 10 (1 – 1) –› 4 (1 – 1)/(1 – 1) = 10 (1 – 1)/(1 – 1), logo 4 = 10, o que é uma incongruência matemática, porque 1 - 1 = 0. Isso me fez lembrar as propagandas que vendem bagulhos a, por exemplo e por apenas, R$ 9,99. Ora, R$ 9,99 são R$ 10,00, e não nove e alguma coisa reais. Mas, psicologicamente, o bobo acha que está pagando nove e alguma coisa reais pelo bagulho que resolveu comprar, e que geralmente não serve nem para bulufas, nem para bulhufas, nem para lhufas e nem para nicas. Se fosse dez reais cheios, provavelmente ele não compraria. Isso é um macete de marketing que envolve duas tramóias: planej[A(u)]mento + direcion[A(u)]mento. Então:

 

 

É preciso examinar ainda a seguinte questão: porque apenas os animais autoconscientes do planeta Terra fazem essa lavagem de roupa suja, já que, ao que se saiba, os tidos como apenas conscientes não fazem isso? Por acaso alguém já ouviu um pombo, um macaco, ou até mesmo um papagaio fazendo denúncias 'futricatórias'? Isso faz pensar que a autopercepção (o ego reconhecendo-se a si próprio) está na origem do problema: ele mesmo se coloca acima de qualquer outra possível concepção-conceituação e as imagens do próximo e das organizações são relegadas a um segundo plano. Disso decorre, em aditamento a tudo que foi sucintamente examinado nesta Introdução, mais um ingrediente satânico nessa mixórdia: o egoísmo. Isto é: farinha pouca meu pirão primeiro, que é equivalente a Mateus, Mateus primeiro os meus depois os teus. Também serve um ditadinho que inventei agora: Se cai Adão, cai todo mundo de baldão.

Ora, a morada do egoísmo é o velho Corpo Astral, e pelo efeito do fenômeno heteródino já aludido... que se dane o Mundo que eu não sou 'eskravabundo'. Por isso escrevi o soneto que segue abaixo. Quem lava roupa suja em público (qualquer roupa suja, e incluo todas e quaisquer) – e mesmo em âmbito restrito está abaixo do dito Reino Animal na escala evolutiva, porque é um simples e ordinário recalcado futriqueiro que não tem, ainda, possibilidade de enfrentar as dificuldades da vida com altanaria (no sentido grandeza moral). Portanto, para todas as recalcitrâncias, ambições, cobiças, paixões, ansiedades etc. só há um caminho: primeiro compreensão, depois transmutação. Agora, é necessário saber exatamente o que é compreender e o que é transmutar. Mas nada, absolutamente nada, será alcançado e concertadamente construído sem humildade, que não é, em nenhum aspecto, submissão fingida, da qual muitos canalhas se servem para submeter os outros. Nesse caso, como ensinou o escritor e moralista francês La Rochefoucauld (1613-1680), a humildade é um artifício do orgulho que se abaixa para se elevar e, embora se transforme de mil maneiras, nunca está melhor disfarçado nem mais capaz de enganar... Isso, como pensou o Autor citado, decorre de que os que se aplicam em demasia a pequenas coisas, tornam-se incapazes para as grandes. E se fingir de humilde para maquinar e dominar é mesmo, minimamente, uma pequena coisa. Três exemplos de pequenas coisas que certos 'alguéns' andaram (e andam) praticando: 1ª - Doutrina da Legítima Defesa Preventiva; 2ª - Doutrina da Terra Arrasada; e 3ª - Doutrina do Assassinato Seletivo. Quebraram, estão quebrando e continuarão a quebrar a cara. Transfundiram recursos, por séculos, dos seres humanos individuais, do Terceiro e do Quarto Mundos... Agora querem riscar do mapa esses países! Vão quebrar a fuça. Enquanto isso a vergonhosa Alcatraz de Guantanamo continua a operar. A fubeca pode tardar, mas que chega, chega.

A quem não conhece, recomendo uma visita aos dois Websites abaixo. O primeiro é da Ordem Rosacruz - AMORC; o segundo é da Ordo Svmmvm Bonvm (OS+B).

 

http://www.amorc.org

http://svmmvmbonvm.org

 

ROUPAS

 

 

O que fazer com as roupas sujas?

Simplesmente lavá-las?

O que fazer as cobiças e as paixões?

Diligentemente transmutá-las.

 

 

 

 

 

 

Diz o ditado:

Roupa suja se lava em casa!!!

Sabem os Místicos:

Equívocos se Alquimizam em CASA.

 

 

 

 

Olhamos para os que passam

E nos sentimos confortados.

Somos melhores. Os defeitos deles... Que desfaçam.

 

 

 

 

Olhamos para nós e gostamos.

Somos mais aprimorados.

Errado! Ainda não somos. Apenas estamos!!!

 

 

 

 

 

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Nota

1. Esse entendimento parece ser mundial. Ora, muito simples: quem não tem (ou não fabricou) roupa(s) suja(s), não precisa lavar coisa nenhuma em conventilho algum. Os conciliábulos são para os fabricantes de demônios, que ali se reúnem para tramar cavernosas sacanagens e, sem o saber, fazer um tipo morfético de catarse tentando encontrar e apresentar justificativas para o injustificável. Vou repetir o que disse na Introdução: Ao acusador cabe o ônus da prova. Eu quero ver todas as provas.

Em sentido diametralmente oposto, Místico-Alquímico-Iniciático, Visita Interiora Terræ Rectificando Invenies Occultum Lapidem (Veram Medicinam) — VITRIOL(VM). É no Coração (e tão-somente no Coração – a Terra Sacrossanta) que nossos equívocos, paixões, desejos, cobiças e outras misérias mais são e serão transmutados. Esse é o verdadeiro e único Santuário Alquímico e Sagrado, no qual tudo é visto e nada pode ser escondido. Fora está Alcatraz! Ali, dentro, no Coração, está – porque sempre esteve – a Veram Medicinam transmutadora. Mudando o que deve ser mudado, óbvia e necessariamente, é no Coração que se dá o Conventículo Sacrossanto entre o ente e o Mestre-Deus de sua compreensão concertada e trabalhada em prol do hoje e do sempre, do Bem e da Beleza, da Vida e da Eterna Vida, da Luz e da Eterna LLUZ. Nada, absolutamente nada, substitui ou poderá substituir esse Peregrinante Encontro Alquímico.

 

 

 

 

Website Consultado

http://revoltacontraomundomoderno.blogspot.com/