No
meio das trevas, sorrio à vida, como se conhecesse a fórmula
mágica que transforma o mal e a tristeza em claridade e em felicidade.
Então, procuro uma razão para esta alegria; não a acho,
e não posso deixar de rir de mim mesma. Creio que a própria
vida é o único segredo.
A
liberdade apenas para os partidários do Governo, apenas para os membros
do partido, por muitos que sejam, não é liberdade. A liberdade
é sempre a liberdade para o que pensa diferente.
A
Liberdade é, quase sempre e exclusivamente, a liberdade de quem pensa
diferente de nós.
Não
estamos perdidos. Ao contrário, venceremos, se não tivermos
desaprendido a aprender.
Sem
eleições gerais, sem liberdade de imprensa, sem liberdade
de reunião ilimitadas e sem luta de opiniões livres a vida
vegeta e murcha em todas as instituições públicas,
e a burocracia se torna o único elemento ativo
A
arte do possível é uma política que se esforça
para alcançar o que é possível sob determinadas circunstâncias.
Mas, isto não diz como e de que maneira nós deveríamos
nos esforçar para alcançar o que é possível.
Vamos
lutar no único caminho permissível para o que é ‘possível’
a qualquer tempo.
Se
alguém propuser que deveríamos oferecer uma troca –
nosso consentimento aos militaristas e legislação tarifária
em troca de concessões políticas ou reformas sociais –
então este alguém estará sacrificando os princípios
básicos da luta de classes por vantagens momentâneas, e suas
ações são baseadas no oportunismo.
O
oportunismo é um jogo político no qual duas coisas, geralmente,
são inexoravelmente
perdidas: princípios básicos e sucesso prático.
A suposição de que alguém possa alcançar o maior
número de sucessos fazendo concessões é um erro completo.
Oportunismo
Sacanocrático
Um
partido burguês que diz sim à ordem vigente como um todo, mas,
que dirá não às conseqüências do dia-a-dia
desta ordem, é um híbrido, uma criação artificial,
que não é nem peixe nem carne nem frango.
Se
nós começarmos a perseguir o que é ‘possível’
de acordo com os princípios do oportunismo, sem nos preocuparmos
com nossos próprios princípios, e por meios de troca como
fazem os estadistas, então, nós iremos logo nos encontrar
na mesma situação que o caçador, que não só
falhou em matar o veado, mas, também, perdeu sua arma no processo.
A
crítica que contribui para tornar mais vigorosa e consciente a luta
de classes para a realização do objetivo final merece agradecimento.
Mas, uma crítica que procura fazer retroceder o movimento, fazê-lo
abandonar a luta de classes e o objetivo final, longe de ser um fator de
progresso, é um fermento de decomposição.
O
oportunismo tende a quebrar nossa espinha dorsal de qualquer Partido.
A
feliz idéia de usar a celebração de um feriado proletário
como um meio para alcançar a jornada de trabalho de oito horas diárias
nasceu na Austrália. Os trabalhadores decidiram, em 1856, organizar
um dia de completa paralisação juntamente com assembléias
e entretenimento como uma manifestação a favor da jornada
de oito horas diárias. O dia desta celebração era para
ser 21 de abril. Inicialmente, os trabalhadores australianos pretendiam
que isto só acontecesse em 1856, mas, esta primeira celebração
teve um efeito tão forte nas massas proletárias da Austrália,
avivando-os e levando a uma nova agitação, que foi decidido
repetir a celebração todo ano. Assim, a idéia de uma
celebração proletária foi rapidamente aceita e, da
Austrália, começou a se espalhar para outros países,
até, finalmente, conquistar todo o mundo proletário. Os primeiros
a seguirem o exemplo dos trabalhadores australianos foram os americanos.
Em 1886, eles decidiram que o dia 1° de maio deveria ser o Dia Universal
da Paralisação do Trabalho – data da celebração
universal dos proletários. O Primeiro de Maio exigia a introdução
da jornada de oito horas. Mas, mesmo depois deste objetivo ter sido alcançado,
o Dia dos Trabalhadores não foi deixado para trás. Enquanto
a luta dos trabalhadores contra a burguesia e a dominação
de classe continuar, enquanto todas as exigências não forem
conseguidas, o Dia dos Trabalhadores será a expressão anual
destas exigências. E, quando melhores dias raiarem, quando a classe
trabalhadora do mundo tiver ganho sua liberdade, então, a Humanidade,
provavelmente, irá celebrar o Dia dos Trabalhadores em honra às
mais amargas lutas e aos muitos sofrimentos do passado.
As
teorias são as imagens dos fenômenos do mundo exterior refletidas
no cérebro humano.
O
desmoronamento total do Capitalismo é cada vez mais improvável
porque, por um lado, o sistema Capitalista demonstra uma capacidade de adaptação
cada vez maior e, por outro, a produção é cada vez
mais diferenciada.1
Quem
não se movimenta não sente as correntes que o prendem.2
Por
um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente
livres.
É
preciso autodisciplina interior, maturidade intelectual, seriedade moral,
senso de dignidade e de responsabilidade e todo um renascimento interior
do proletário. Com homens preguiçosos, levianos, egoístas,
irrefletidos e indiferentes não se pode realizar o Socialismo.
Há
todo um velho mundo ainda por destruir e todo um novo mundo a construir.
Mas nós conseguiremos, jovens amigos, não é verdade?
A
massa não é apenas objeto da ação revolucionária;
é, sobretudo, sujeito.
Isso
de se entregar por inteiro às misérias de cada dia que passa
é coisa inconcebível e intolerável para mim. Precisamente,
um lutador é quem mais tem que se esforçar para ver as coisas
de cima, caso não queira encarar, a cada passo, todas as mesquinharias
e misérias, sempre e quando, naturalmente, se trate de um lutador
de verdade.
O
Socialismo não é, propriamente, um problema de comer com garfo
e faca;
mas, um movimento de cultura, uma grande e poderosa concepção
de mundo.
A
revolução [mudança]
é magnífica... Tudo o mais é
um disparate.
Quem
não muda
é
qual adamante
bruto
– inlapidado.
Vida
carrancuda,
do Bem
distante,
Imo-Eu
acinzado.
Quem
não muda
é
um zé-futricas
de cuca
mofada.
Existência
muda
–
nicas-de-nicas
–
longe
da Estrada.3
O
mal-humorado Zé-futricas
Não
se pode lançar contra os operários insulto mais grosseiro
nem calúnia mais indigna que a frase "as polêmicas são
para os acadêmicos".
Não
se trata já da acumulação primitiva [originária],
mas, de uma continuação do processo até hoje. Do mesmo
modo que a acumulação do Capital, com a sua capacidade de
expansão súbita, não pode aguardar o crescimento natural
da população operária nem se conformar com ele, tampouco
poderá aguardar a lenta decomposição natural das formas
não-Capitalistas e a sua passagem à Economia de Mercado. O
Capital não tem, para esta questão, outra solução
para além da violência, que constitui um método constante
de acumulação no processo histórico, não só
na sua gênese, mas, ao longo do tempo, até hoje.
Não
há acumulação de Capital sem violência. Não
existe "Economia Pura" sem poder. Não haverá, pois,
superação do Capital sem que o povo apele a uma resposta contundente,
em face deste poder e desta violência.
A
greve de massas, que foi combatida como oposta à atividade política
do proletariado, aparece, hoje, como a arma mais poderosa da luta pelos
direitos políticos.4
Do
furacão e da tormenta, do fogo e da fogueira, da greve de massas
e da luta nas ruas, surgem, como Vênus das ondas, sindicatos frescos,
jovens, poderosos e vigorosos.
Não
devemos esquecer que a [Verdadeira]
História não é feita sem grandeza de alma, sem elevação
moral e sem gestos nobres.
A
História é o único mestre infalível, e a revolução
é a melhor escola para o proletariado.
Cada
lágrima que corre que poderia ter sido evitada é uma acusação;
é um crime que, com inconsciência brutal, esmaga um pobre verme.
Em
toda sociedade de classes, a cultura intelectual (arte e ciência)
é uma criação da classe dominante; e o objetivo desta
cultura é, em parte, assegurar a satisfação direta
das necessidades do processo social, e, em parte, satisfazer as necessidades
intelectuais da classe dominante.5
Só
a Socialdemocracia poderá desencadear a energia das massas e moldá-la
como um fator decisivo na vida política.
A
justiça da burguesia é como uma rede, que permite que os tubarões
famintos escapem,
pegando apenas pequenas sardinhas.
A
classe trabalhadora não será capaz de criar uma ciência
e uma arte próprias até que tenha se emancipado do seu status
atual como classe.6
A
revolução proletária deveria lançar um raio
de bondade para iluminar a vida sombria das prisões, reduzir as sentenças
draconianas, abolir os bárbaros castigos – correntes e chicotadas
– melhorar o atendimento médico,
a alimentação e as condições de trabalho nas
prisões.
Isto é uma questão de honra!
Desde
a publicação do último volume de O Capital e dos últimos
escritos de Engels, não tem aparecido nada além de algumas
excelentes popularizações e exposições da Teoria
Marxista. A substância desta Teoria permanece exatamente onde os dois
fundadores do Socialismo científico a deixaram.
O
mais valioso de todos os ensinamentos de Karl Heinrich Marx (Tréveris,
5 de maio de 1818 – Londres, 14 de março de 1883) foi a concepção
materialista-dialética da História.7
Com
relação à luta de classes, os problemas fundamentais
são a origem da mais-valia, isto é, a exploração
da classe trabalhadora, e a concentração progressiva de Capital.
É
pura ilusão supor que a classe trabalhadora, na sua luta ascendente,
possa, por vontade própria, se tornar imensamente criativa no domínio
teórico.
Apesar
de os trabalhadores criarem, com suas próprias mãos, todo
o substrato social da cultura contemporânea, seu aproveitamento dela
só é admitido até onde tal admissão é
requisito para um desempenho satisfatório de suas funções
no processo econômico e social da sociedade Capitalista.
Embora
a Teoria Marxista seja um instrumento incomparável da cultura intelectual,
permanece não utilizada porque, enquanto é inaplicável
à cultura da classe burguesa, transcende enormemente as necessidades
da classe trabalhadora na questão das armas para a luta diária.
Até que a classe trabalhadora seja libertada de suas atuais condições
de existência, o método marxista de pesquisa não será
socializado em conjunção com os outros meios de produção,
para que possa, então, ser inteiramente utilizado para o benefício
de toda a Humanidade, e para que possa ser desenvolvido até todas
as medidas de sua capacidade funcional.
Ninguém
tem o direito de perseguir ou atacar a opinião religiosa particular
dos outros.
Os
trabalhadores ão apenas máquinas vivas que têm de executar
seu trabalho.
Na
Economia Socialista tudo precisa ser diferente! O empresário privado
desaparece. A produção não tem mais como objetivo enriquecer
o indivíduo, mas, fornecer à coletividade meios de satisfazer
todas as necessidades. Conseqüentemente, as fábricas, as empresas
e as explorações agrícolas precisam se adaptar segundo
pontos de vista totalmente novos. Primeiro:
se a produção deve ter por objetivo assegurar a todos uma
vida digna, fornecer a todos alimentação abundante, vestuário
e outros meios culturais de existência, então, a produtividade
do trabalho precisa ser muito maior que hoje. Os campos precisam fornecer
colheitas maiores, nas fábricas precisa ser utilizada a mais alta
técnica. Quanto às minas de carvão e de minério,
apenas as mais rentáveis precisam ser exploradas etc. Segue-se daí
que a socialização se estenderá, antes de tudo, às
grandes empresas industriais e agrícolas. Não precisamos nem
queremos tirar a pequena propriedade ao pequeno agricultor e ao pequeno
trabalhador, que, com seu próprio trabalho, vive penosamente do seu
pedacinho de terra ou da sua oficina. Com o tempo, todos eles virão
até nós voluntariamente e compreenderão as vantagens
do Socialismo sobre a propriedade privada. Segundo: para que na sociedade
todos possam usufruir de bem-estar, todos precisam trabalhar. Apenas quem
executa trabalho útil para a coletividade, quer trabalho manual,
quer intelectual, pode exigir da sociedade meios para a satisfação
de suas necessidades. Uma vida ociosa, como hoje levam, na maioria das vezes,
os ricos exploradores, acaba. A obrigação de trabalhar para
todos os que são capazes, exceto naturalmente as crianças
pequenas, os velhos e os doentes é, na Economia Socialista, uma coisa
evidente. Quanto aos incapazes de trabalhar, a coletividade precisa simplesmente
tomar conta deles – não como hoje, com esmolas miseráveis,
mas, por meio de alimentação abundante, educação
pública para as crianças, boas assistência médica
pública para os doentes etc. Terceiro: a partir do mesmo ponto de
vista, isto é, do bem-estar da coletividade, é preciso que
os meios de produção assim como as forças de trabalho
sejam inteligentemente administradas e economizadas. O desperdício,
que ocorre hoje a cada passo, precisa acabar.
Na
Economia Socialista é suprimido o empresário com seu chicote.
Com homens preguiçosos, levianos, egoístas, irrefletidos e
indiferentes não se pode realizar o Socialismo. Precisamos de coragem,
de perseverança, de clareza interna e de disposição
ao sacrifício para continuar a revolução até
a vitória.
Todos
sabem que os próprios padres tiram proveito do trabalhador, extraem-lhe
dinheiro por ocasião do batismo, do casamento e do funeral. Quantas
vezes têm acontecido que o padre, chamado à cabeceira da cama
de um doente para administrar os últimos sacramentos, se recusou
a ir lá antes de serem pagos os seus "honorários"?8
Na
Idade Média, enquanto a população trabalhadora se afundava
em pobreza através da escravidão, a Igreja se tornava cada
vez mais rica. Além dos dízimos e de outras taxas, a Igreja
se beneficiava, neste período, de grandes doações,
legados feitos por ricos libertinos de ambos os sexos que desejavam compensar,
no último momento, a sua vida de pecado. Deram e voltaram a dar à
Igreja dinheiro, casas, aldeias inteiras com os seus servos e algumas vezes
rendas de terra ou direitos consuetudinários de trabalho.9
A
revolução do proletariado não pode ter nenhum outro
fim nem nenhum outro resultado a não ser a realização
do Socialismo.
O
enriquecimento de um pequeno número de ociosos é o objetivo
da Economia atual.
Nº |
Nome |
|
Cidadania |
1 |
Bill
Gates |
77,2 |
Estados Unidos |
2 |
Carlos
Slim Helú e família |
70 |
México |
3 |
Amancio Ortega |
57 |
Espanha |
4 |
Warren
Buffett |
53,5 |
Estados Unidos |
5 |
Larry
Ellison |
43 |
Estados Unidos |
6 |
Charles
Koch |
34 |
Estados Unidos |
6 |
David Koch |
34 |
Estados Unidos |
8 |
Li
Ka-shing |
31 |
Hong
Kong |
9 |
Liliane
Bettencourt e família |
30 |
França |
10 |
Bernard
Arnault e família |
29 |
França |
Lista
de Bilionários da Bloomberg (2013)
– Os 10 Primeiros
Bilionários do Mundo –
O
Marxismo é uma visão revolucionária
de mundo que deve sempre lutar por novas revelações.
A
liberdade é sempre a liberdade dos dissidentes.
As
massas são o elemento decisivo. Elas são a rocha sobre a qual
a vitória final da revolução será construída.
A
Socialdemocracia é apenas a guarda avançada do proletariado
– um pequeno pedaço do total das massas trabalhadoras: sangue
de seu sangue, e carne de sua carne.
Dialeticamente,
as massas são, na realidade, seus próprios líderes,
criando o seu próprio processo de desenvolvimento.
As
classes trabalhadoras, em cada país, só aprendem a lutar no
curso de suas lutas.
O
caráter de uma mulher não é o lugar onde o amor começa,
mas, onde termina.
O
ser-humano-aí-no-mundo é a coisa mais importante de tudo.
Eu
me sinto em casa no mundo, onde há nuvens, pássaros e lágrimas
humanas.
Alienados
e humilhados não são apenas aqueles que não têm
pão, mas, também, aqueles que não têm participação
na grande bondade da Humanidade.
A
autocrítica deve ir ao fundo das coisas. A autocrítica é
o ar, a vida e a luz da vida do movimento proletário.
Liberdade
sem igualdade [eqüidade,
equanimidade, imparcialidade] é exploração.
Igualdade sem liberdade é opressão. A solidariedade é
a raiz comum da liberdade e da igualdade.
Esta
é a vida que temos que levar: corajosa, destemida e sorrindo. Apesar
de tudo!10
Não
nos falta nada para sermos livres como os pássaros.
Epitáfio
poético em homenagem a Rosa Luxemburgo de Bertolt Brecht:
Aqui
jaz
Rosa Luxemburgo,
judia da Polônia,
vanguarda dos operários alemães,
morta por ordem dos opressores.
Oprimidos:
enterrai vossas desavenças!
A
12ª Hora
Teorema
de Pitágoras
Só
apre(e)ndendo a apre(e)nder
discerniremos
concertadamente.
Só
dialetizando para (re)conhecer
tornaremos
limpa a nossa mente.
poderemos
entrever o Caminho.
desenfeitaremos
o romãozinho.
Só
humildando e convergindo
viveremos
e não mais pifaremos.
Só
ralando, polindo e recolorindo
viajaremos
e nos alforriaremos.
Isto
não comporta ser diferente;
neste
treco, não há meio-termo.
Por enquanto,
dor constringente;
enquanto
teimarmos, só o ermo.
Entretanto,
um Dia, Libertação!
Sim,
haverá de soar a 12ª Hora!
E, o
Imo-Deus de cada Coração
com cada
um será Eterno Agora!
...........................................
É
Isto
o que desejo para todos.