Esta
é a 1ª parte de uma coletânea de fragmentos garimpados
na obra As Origens
do Ritual na Igreja e na Maçonaria, de autoria de Helena
Petrovna Blavatsky.
Helena
Petrovna Blavatsky
Fragmentos
Não
há uma pessoa que não seja considerada "infiel"
por alguém pertencente a uma fé diferente.
Os
Nirmânâkâyas são Grandes Adeptos de eras passadas,
que, renunciando ao seu direito ao Nirvana, permanecem nas esferas em que
vivemos, não como "espíritos", mas, como Seres Espirituais
humanos completos. Eles permanecem tais como foram, excetuando o que se
refere a seus invólucros corporais visíveis, que abandonaram
a fim de ajudar a pobre Humanidade, na medida em que essa ajuda possa ser
dada, sem ir de encontro à Lei Kármica. Esta é realmente
a Grande Renúncia –
um incessante sacrifício consciente através dos éons
e das eras, até o dia em que os olhos da Humanidade venham a se abrir
e, em lugar de um pequeno número, todos reconhecerem a Verdade Universal.1
É
somente no imo do Coração que se deve elevar
o mais belo Templo de Devoção; qualquer outra coisa não
seria mais do que ostentação profana [materialista].
O
Homogêneo não pode ter conhecimento do heterogêneo, e
(a não ser que aprendamos a fugir do nosso invólucro material
para "comungar" de Espírito a Espírito) não
podemos esperar conhecer a natureza real dos Seres Invisíveis que
se encontram (muito) acima na Escala da Evolução Divina.
O
Eu Superior Divino de cada ser-humano-aí-no-mundo mortal é
da mesma Essência que a dos Deuses, isto é dos Seres
Invisíveis que se encontram (muito) acima na Escala da Evolução
Divina.
Um
ego encarnado, dotado de livre-arbítrio, possuindo, por isso, maior
responsabilidade, é, a nosso ver, superior, e, até, talvez,
mais divino que qualquer Inteligência Espiritual que ainda espera
a encarnação. Do ponto de vista filosófico, a razão
é clara, e todo metafísico da escola oriental a compreenderá.
O ego encarnado está na dependência das dificuldades que não
existem para a pura Essência Divina não associada à
matéria; neste caso, não há nenhum mérito pessoal,
ao passo que o ego em encarnação está no caminho de
seu aperfeiçoamento final através das provações
da existência, da tristeza e do sofrimento [experiências
do processo encarnativo].
A
sombra do karma não pode se estender sobre o que é Divino.
As
Falanges Espirituais –
seres que são adorados na sua coletividade como um Deus pessoal
–
não podem
ser considerados como representantes do Uno Incognoscível.
O
Princípio Eterno –
o Todo no Todo, o Poder Absoluto, a Totalidade –
não
pode ser expresso por palavras limitadas nem pode ter por símbolo
qualquer atributo condicionado e qualificativo.
[Quando expressamos por palavras limitadas, por símbolos ou pelo
que seja o Princípio
Eterno, estamos fazendo apenas uma transferência pessoal
e cultural das nossas emoções plexo-solarizadas e canhestras.]
—
Como eu não era onipotente,
admitia que o Princípio
Eterno era
Onipotente.
Como eu não era onisciente,
admitia que o Princípio
Eterno era
Onisciente.
Como eu não era onipresente,
admitia que o Princípio
Eterno era
Onipresente.
Como eu não era oniparente,
admitia que o Princípio
Eterno era
Oniparente.
Como
eu não era supertudo,
admitia que o Princípio
Eterno era
Supertudo.
Como
eu não era inatingível,
admitia que o Princípio
Eterno era
Inatingível.
Como
eu não era perfeita liberdade,
admitia que o Princípio
Eterno era
Perfeita Liberdade.
Como
eu não era kami,
admitia que o Princípio
Eterno era
Kami.
Como
eu não era aúra-masda,
admitia que o Princípio
Eterno era
Aúra-Masda.
Como
eu não era suminoe-no-ôkami,
admitia que o Princípio
Eterno era
Suminoe-no-Ôkami.
Como
eu não era santificado,
admitia que o Princípio
Eterno era
Santificado.
Como
eu não era mahatma,
admitia que o Princípio
Eterno era
Mahatma.
Como
eu não era dhârmâkâya,
admitia que o Princípio
Eterno era
Dhârmâkâya.
Como
eu não era buda,
admitia que o Princípio
Eterno era
Buddha.
Como
eu não era obatalá,
admitia que o Princípio
Eterno era
Obatalá.
Como
eu não era tupã,
admitia que o Princípio
Eterno era
Tupã.
Como
eu não era odin,
admitia que o Princípio
Eterno era
Odin.
Como
eu não era baiame,
admitia que o Princípio
Eterno era
Baiame.
Como
eu não era jesus,
admitia que o Princípio
Eterno era
Jesus.
Como
eu não era amon,
admitia que o Princípio
Eterno era
Amon.
Como
eu não era zeus,
admitia que o Princípio
Eterno era
Zeus.
Como
eu não era aton,
admitia que o Princípio
Eterno era
Aton.
Como
eu não era espírito de luz,
admitia que o Princípio
Eterno era
Espírito
de LLuz.
Como eu não era justo,
admitia que o Princípio
Eterno era
Justo.
Como
eu não era clarividente,
admitia que o Princípio
Eterno era
Clarividente.
Como
eu não era clariaudiente,
admitia que o Princípio
Eterno era
Clariaudiente.
Como
eu não era invulnerável,
admitia que o Princípio
Eterno era
Invulnerável.
Como eu não era ilimitado,
admitia que o Princípio
Eterno era
Ilimitado.
Como
eu não era perpétuo,
admitia que o Princípio
Eterno era
Perpétuo.
Como eu não era imortal,
admitia que o Princípio
Eterno
era Imortal.
Como eu não era esférico,
admitia que o Princípio
Eterno era
Esférico.
Como eu não era abarcante,
admitia que o Princípio
Eterno era
Abarcante.
Como eu não era perdoador,
admitia que o Princípio
Eterno era
Perdoador.
Como eu não era alquimista,
admitia que o Princípio
Eterno era
Alquimista.
Como eu não era 'deskarmizado',
admitia que o Princípio
Eterno era
'Deskarmizado'.
Como eu não era saudável,
admitia que o Princípio
Eterno era
Saudável.
Como eu não era independente,
admitia que o Princípio
Eterno era
Independente.
Como
eu não era inteligente,
admitia que o Princípio
Eterno era
Inteligente.
Como
eu não era abc-xyz,
admitia que o Princípio
Eterno era
ABC-XYZ.
..........................................
E assim,
fui (des)vivendo:
ajoelhando, acreditando, dependendo!
E assim, fui (des)vivendo:
plexo-solarizando, esquerdeando, noitecendo!
E assim, fui (des)vivendo:
reencarnando, me abestalhando, padecendo!
E assim, fui (des)vivendo:
não-Mudando, não-Morrendo, não-Vivendo!
Zeus
A
Religião Católica é uma religião tão
pagã quanto a dos adoradores dos elementos do Sistema Solar.
Os
dogmas e os ritos católicos são os mesmos que os de qualquer
nação idólatra –
se é que alguma ainda existe.
De
onde vêm a adoração do fogo, das luzes e das lâmpadas
nas igrejas? Por que isso? Porque Vulcano, o Deus do Fogo, desposou Vênus,
a Deusa do Mar. E é por essa mesma razão que os Magos velavam
o Fogo Sagrado como as Virgens Vestais do Ocidente.
No
Kalevala, o mais antigo poema épico dos finlandeses de Antigüidade
pré-cristã [epopéia
nacional da Finlândia], o que nenhum erudito poderá
duvidar, fala-se dos deuses da Finlândia, dos deuses do ar e da água,
do fogo e das florestas, do céu e da Terra.
Os
primitivos cristãos não possuíam templos, nem estátuas,
nem imagens, e sentiam horror por essas coisas. [Por
isto, não podemos confundir nem equiparar o Cristianismo primevo
e efetivamente Crístico com os catolicismos dele derivados.]
Com
suas Madonas [representações
de Nossa Senhora, a mãe de Jesus, em pinturas ou esculturas]
em todas as esquinas, suas milhares de estátuas de Cristo e dos Anjos
de todas as formas, até a de Santos e de Papas, é bastante
perigoso [e totalmente injusto
e absurdo] um católico acusar um hindu ou um budista
de idolatria.2
Qual
a significação real e primitiva do termo Deus? Suas significações
e etimologias são tão numerosas quanto variadas. Uma delas
nos mostra a palavra derivada do termo persa muito antigo e místico:
Goda, que quer dizer "Ele mesmo" ou alguma coisa emanada por Si
mesma do Princípio Absoluto. Goda, a emanação, todavia,
não é e nem pode ser idêntico à Coisa da qual
emana, e, por conseguinte, é apenas uma manifestação
periódica, finita. A raiz da palavra é Godan, donde Wotan
e Odin, cujo radical oriental quase não foi alterado pelas raças
germânicas. Foi assim que desse radical fizeram Gotz, do qual derivaram
o adjetivo Gut, "Good" (bom), assim como o termo Gota ou ídolo.
Da Grécia Antiga, as palavras Zeus (cujo antecedente é Dyaus)
e Theos conduziram à palavra latina Deus.
O
Tat védico (Isso), que para o Iniciado e o filósofo não
tem nome definido, é a noite absoluta, oculta sob cada radiante luz
manifestada.
Tanto
quanto o místico Júpiter, último reflexo de Zeus-Surya,
o Sol –
a primeira manifestação do mundo de mâyâ , o filho
de Dyaus –
não podia
deixar de ser chamado o "Pai" pelo ignorante. Assim, o Sol se
tornou rapidamente sinônimo de Dyaus, e com ele se confundiu: para
alguns, foi o Filho, para outros, o "Pai" no céu radioso.
Foi
durante a plena decadência da Filosofia Metafísica, que Dyavaprithivi
– o Céu
e a Terra –
começaram
a ser representados como os pais cósmicos, universais, não
somente dos homens, mas, também, dos deuses. A concepção
original da Causa Ideal, que era abstrata e poética, caiu na vulgaridade.
E assim, o reino do ritualismo e do culto antropomórfico foi daí
por diante estabelecido, e, finalmente, acabou dominando o mundo inteiro,
estendendo sua supremacia até nossa era civilizada.
Compare
estas duas afirmações: Das nuvens e das trevas
do Sinai, Jehovah diz aos judeus: Não
reconhecerás outros deuses fora de mim... Não te prosternarás
diante deles, nem os servirás, pois, Eu, o Senhor, teu Deus, sou
um Deus ciumento, transferindo as iniqüidades dos pais aos filhos até
a terceira e quarta geração, para que Me temam.
Já o hindu colocou na boca de Brahma: Eu
sou o mesmo para todos os seres. Aqueles que honestamente servem outros
deuses, involuntariamente me adoram. Eu sou Aquele que participa de toda
adoração e sou a recompensa de todos os adoradores.
As
crenças e os dogmas das nossas igrejas são, pelas idéias
que implicam, mais blasfematórios do que os dos pagãos mergulhados
nas trevas...
Seja
como for, heresia ou não, o "Pai que está no céu"
das igrejas, se tornou uma criatura híbrida –
uma mescla do Jave (Júpiter) do povo, entre os pagãos, e do
"Deus ciumento", de Moisés.
Messis
– o antigo
grande
sacrifício à deusa das colheitas. Messis para os Iniciados,
missa para os profanos3,
que, hoje, veio a ser a missa católica ou litúrgica.
A
antiga oferta dos frutos da Terra ao Sol, o Deus Altissimus
–
símbolo do
G.A.D.U. dos franco-mações de hoje
–
se tornou a base
do ritual, a mais importante dentre as cerimônias da Nova Religião.
A adoração oferecida a Osíris-Ísis (o Sol e
a Terra)4,
a Bel e à cruciforme Astartéa dos babilônios, a Odin
ou Thor e Freya dos escandinavos, a Belen e à Virgo Partitura dos
celtas, a Apolo e à Magna Mater dos gregos, todos esses casais, com
a mesma significação, passaram como representação
corporal para os cristãos, e foram transformados por eles em Senhor
Deus ou no Espírito Santo descendo sobre a Virgem Maria.
O
primeiro de março era festejado em toda a Grécia pagã,
e suas Neomenias5
eram consagradas a Diana. Pela mesma razão, as nações
cristãs celebram sua festa de Páscoa no primeiro domingo que
segue à Lua Cheia do equinócio da primavera.
Na
sua obra Vida de Constantino, Eusébio6
confessa, dizendo, talvez, a única verdade que jamais proferiu em
sua vida, que para tornar
o Cristianismo mais atraente aos gentios,
os sacerdotes (do
Cristo) adotaram as vestimentas exteriores e os ornamentos
utilizados no culto pagão. Poderia igualmente ter
acrescentado: seus rituais e seus dogmas.
Só
falsificação.
Apenas imitação.
Tudo simulação.
E
deu riqueza.
E deu grandeza.
E deu robusteza.7
Ainda
que não se possa reportar ao testemunho da História, é,
no entanto, um fato histórico –
pois, um grande número de registros relatados pelos antigos escritores
o corrobora
–
ter o ritual da
Igreja e da Maçonaria brotado da mesma fonte e se desenvolvido de
mãos dadas...
Misturando
da maneira mais irreligiosa as verdades da Religião-Sabedoria com
as ficções exotéricas tão gratas às massas
ignorantes, foram os filósofos pagãos que fundaram o primeiro
ritual das igrejas e das lojas da Maçonaria moderna.
A
Maçonaria, apesar de seus acessórios e inovações
modernas (particularmente a introdução nela do espírito
bíblico) faz o bem, tanto no plano físico, como no moral.
É uma verdadeira Ekklésía, no sentido de união
fraternal e de ajuda mútua... pois, une todos os homens que a ela
se filiam como irmãos, sem preocupações da raça
ou de fé. Até hoje, nunca vimos mal algum saído desta
Instituição, e ninguém, fora da Igreja Romana, jamais
afirmou tal coisa. Já a Igreja dividiu a Humanidade em Cains e Abels.
Massacrou milhões de homens em nome de seu Deus, o Deus dos Exércitos
– em verdade,
o feroz Jehovah Sabbaoth –
e, em vez de dar
uma força impulsiva à civilização, da qual seus
fiéis se vangloriam orgulhosamente, retardou-a durante a longa e
insípida Idade Média.
A
História jamais nos dirá, mas, a tradição e
as pesquisas judiciosas nos ensinam quantos semi-Hierofantes e altos Iniciados
foram obrigados a se tornar apóstatas para assegurar a sobrevivência
dos Segredos da Iniciação.
A
Verdade Sagrada sempre esteve muito bem guardada.
Eu
perguntei:
—
Onde está a Verdade
Sagrada?
Ele
respondeu:
—
No teu Coração
está guardada!
Eu
acrescentei:
—
E como posso ter acesso
à Ela?
Ele
arrematou:
—
No teu Coração
há uma Janela!
João
Evangelista é uma criação de Irineu,
tanto quanto o 4º Evangelho.8
A Águia
é o símbolo do Sephirah ThiPhAReTh, o Æther Espiritual.
Entre os Druidas, a Águia foi o símbolo da Divindade Suprema,
e uma parte desse símbolo se ligava aos Querubins.
A
Maçonaria moderna e o ritual da Igreja descendem em linha reta dos
gnósticos iniciados, neoplatônicos, e dos Hierofantes que renegaram
os mistérios pagãos.
O
G.A.D.U. é o Solus do Grande Epoptæ, o Espírito que
cintila na Estrela Flamejante, cujo Segredo Hermético só poderá
ser encontrado se estudarmos a Verdadeira Teosofia, ou esse segredo estará
perdido para todos nós.
Na
Religião Católica, todos os ritos, todas as vestimentas e
todos os vasos sagrados têm origem no Paganismo.
Stonehenge
(Patrimônio da Humanidade)
(Invariavelmente, em 21 de junho, o Sol nasce
perfeitamente alinhado com a pedra principal.)
O
que
há de mal no fato
de a Religião Católica
ser filha do Ancestralismo?
Nenhum mal afligente.
O que há de mal no fato
de a Religião Católica
ter origem no Paganismo?
Nenhum mal decadente.
O que há de mal no fato
de a Religião Católica
Todo o mal existente.
O que há de mal no fato
de a Religião Católica
Todo o mal ambivalente.9
______
Notas:
1. Na
verdade, e HPB sabia disto, A Verdade Universal jamais será conhecida
integralmente. Todos nós estamos nos aproximando desta Verdade, mas,
assintoticamente.
2. Há
mais de dez mil santos e beatos católicos. Entre as Igrejas ortodoxas
bizantinas e as Igrejas ortodoxas orientais (por exemplo, a Igreja Ortodoxa
Copta), os números podem ser ainda maiores, uma vez que não
há um processo fixo de canonização, e cada jurisdição,
nestas duas comunidades ortodoxas, mantém listas paralelas de santos,
que podem ou não coincidir parcialmente. Nos seus 26 anos de pontificado,
por exemplo, o Papa João Paulo II reconheceu 483 novos santos, mais
do que todos os outros papas juntos nos últimos 400 anos!
3. De
pro,
diante de, e fanum,
templo (lugar consagrado aos Deuses), ou seja, os não-Iniciados que
se postam diante do templo e não ousam entrar.
4. A
Terra e a Lua, sua parente, são similares. Assim, todas as deusas
lunares eram também símbolos que representavam a Terra.
5. Lua
Nova. Na Antigüidade, festividade que ocorria a cada novilúnio.
6. Eusebius
de Cæsarea (cerca de 265 – 339), chamado também de Eusebius
Pamphili, Eusébio amigo de Pânfilo, foi bispo de Cesaréia,
e é referido como o Pai da História da Igreja, porque nos
seus escritos estão os primeiros relatos quanto à História
do Cristianismo primitivo.
Eusebius
de Cæsarea
7. Basta
ver o que o Tribunal do Santo Ofício pariu e fez. Os cátaros,
os valdenses, os fraticellis, os hussitas, as beguinas, as bruxas e os hereges,
por exemplo, que o digam! Escrevia, não lia, a fogueira comia! E
quanto mais o infeliz chorava, mais o fogo queimava e mais o psicomada
gargalhava! (Psicomada
= Psicopata + Torquemada). Enquanto isso, lá, na corte papal... Bem,
eu não vou dizer o que acontecia porque todo (o) mundo sabe. E eu
já estou cheio deste assunto.
Emblema
da Inquisição (1571)
8. Ireneu
ou Irineu de Lyon (cerca de 130 – 202) foi um bispo grego, teólogo
e escritor cristão que nasceu, segundo se crê, na província
romana da Ásia Menor Proconsular – a parte mais ocidental da
actual Turquia – provavelmente Esmirna. O livro mais famoso de Ireneu,
Sobre a Detecção e Refutação da Chamada
Gnosis, também conhecido como Contra Heresias (Adversus
Hæreses, cerca de 180 d.C.) é um ataque minucioso
ao Gnosticismo, que era, então, uma séria ameaça à
Igreja primitiva e, especialmente, ao sistema proposto pelo gnóstico
Valentim. Como um dos primeiros grandes teólogos cristãos,
ele enfatizava os elementos da Igreja, especialmente o episcopado, as Escrituras
e a tradição. Ireneu escreveu que a única forma de
os cristãos se manterem unidos era aceitarem humildemente uma autoridade
doutrinária dos concílios episcopais.
Vitral
na Igreja de Santo Irineu (Lyon, França)
9. Em
um mundo dilacerado pela lógica do lucro, que produz novas pobrezas
e gera a cultura do descarte, não desisto de invocar a graça
de uma Igreja pobre e para os pobres, foi o que afirmou o Papa
Francisco em uma carta ao padre Julián Carrón, um sacerdote
espanhol e presidente do Movimento Eclesial Comunhão e Libertação.
Não creio que uma
Igreja pobre e para os pobres seja a solução definitiva
para os problemas tremendos que Igreja Católica vem enfrentando,
porque os ricos católicos também precisam de alguma orientação
e de algum apoio, e, no frigir dos ovos, todos nós somos pobres de
Deus. O que a Religião Católica precisa urgentemente fazer,
sob pena de desaparecer mais rapidamente do que um dia, como tudo, certamente,
desaparecerá, é, minimamente, se atualizar, e isto, simplesmente,
requer e implica em eliminar todos os dogmas absurdos, todos os autoritarismos
acachapantes, todos os coisismos esmagadores, todas as apócopes e
todas as adulterações/falsificações que vêm,
geometricamente, levando à incredulidade e ao afastamento da espiritualidade
milhões de seres-humanos-aí-no-mundo, básica
e progressivamente desde o Segundo Concílio de Constantinopla (que
se acredita ter sido o Quinto Concílio Ecumênico da Igreja),
realizado na Cidade de Constantinopla (atual Istambul, Turquia), de 5 de
maio a 2 de junho de 553, que foi convocado pelo Imperador Bizantino Justiniano
I (Taurésio, cerca de 482 – Constantinopla, 14 de novembro
de 565), e que, entre outros absurdos proclamados (alguns determinados por
Teodora, sua esposa e Imperatriz), foi anatematizada
e declarada herética a Lei do Renascimento, e, também, foi
abolida a preexistência da personalidade-alma, abrindo a porta para
o surgimento da doutrina das indulgências e para outras sacanagens,
que desembocaram, há algum tempo, no escândalo do Banco Ambrosiano.
O Banco do Vaticano também foi acusado de desviar verbas secretas
dos Estados Unidos, do Sindicato Solidariedade da Polônia e dos Contras
da Nicarágua, por meio do Banco Ambrosiano. Quem assistiu o filme
The Godfather, Parte III (O Poderoso Chefão, Parte III)
viu, em forma de ficção, como as coisas acontecem nessas esferas
de poder. É realmente nojento, asqueroso e repugnante! Voltando à
conspiração teológica da dupla dinâmica Justiniano-Teodora,
vou defender a seguinte tese: penso que Justiniano sempre soube que não
se abole uma Lei Cósmica por decreto, mas, por amor à sua
esposa e Imperatriz Teodora, que, por motivos pessoais, queria dar um fim
na Lei da Causa e do Efeito (Lei do Karma), ab-rogou a Lei da Reencarnação
e a existência anterior ao nascimento da personalidade-alma. Ora,
se Teodora era uma besta quadrada elevada à enegésima potência,
Justiniano não era. É por isto que admito que Justiniano sabia
que os decretos revogatórios por ele postos em vigor depois do Concílio
valiam menos do que bosta de Nasutitermes
globiceps e do que badalhoca de Pulex
irritans. Este é um exemplo de neutralidade perversa
que, posteriormente, levará a duríssimas compensações.
Agora, você acha que os sacerdotes mais cultos da Igreja, particularmente
os Iniciados vinculados à Igreja Joanita, não sabem que a
Lei do Renascimento (Reencarnação) e da Causa e do Efeito
foram, são e serão eternamente vigentes no Universo? Claro
que sabem. Então, são cúmplices silenciosos tanto de
Teodora quanto de Justiniano.
O Imperador Justiniano e a Imperatriz Teodora
(Mosaico na Basílica de São Vital, em Ravena)
Observação:
Eu
achava que não havia nada pior no mundo do que tridente na bunda,
mas, agora, com essa novidade infernal de bafo de babunda... Sei não!
Se eu encontrar esse Justiniano por aí, juro que desço a porrada
nele! Com vontade! Já se eu encontrar a Teodora, como eu não
bato em mulher... Bem, no caso dela, acho que farei uma exceçãozinha.
Talvez, uma exceçãozona!
Música
de fundo:
Música
Sufi
Interpretação: Kanchman Babbar
Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=KVJ8Pv27-_k
Páginas
da Internet consultadas:
https://bullshit.ist/
http://gifs.blog.br/gifs/gifs-de-fogo
http://disneycreate.wikia.com/wiki/File:Satan.gif
http://www.brooklynvegan.com/2-new-cyhsy-mp3/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_Ambrosiano
https://historiaybiografias.com/emperatriz_teodora/
http://www.verdadeluz.com.br/o-concilio-de-
constantinopla-a-supressao-da-reencarnacao/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Justiniano
https://gifer.com/en/F1jD
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ireneu_de_Lyon
http://www.iconstructwebs.com/
http://historiamaximus.blogspot.com/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eus%C3%A9bio_de_Cesareia
https://www.shadibox.com/
http://loja.lojaassombrada.com.br/
https://www.dreamstime.com/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_santos
https://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/
2007/05/070511_fabricadesantosebc.shtml
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