AS ORIGENS DO RITUAL NA IGREJA E NA MAÇONARIA
(1ª Parte)

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Objetivo do Estudo

 

 

 

Esta é a 1ª parte de uma coletânea de fragmentos garimpados na obra As Origens do Ritual na Igreja e na Maçonaria, de autoria de Helena Petrovna Blavatsky.

 

 

 

Helena Petrovna Blavatsky

Helena Petrovna Blavatsky

 

 

 

Fragmentos

 

 

 

Não há uma pessoa que não seja considerada "infiel" por alguém pertencente a uma fé diferente.

 

Os Nirmânâkâyas são Grandes Adeptos de eras passadas, que, renunciando ao seu direito ao Nirvana, permanecem nas esferas em que vivemos, não como "espíritos", mas, como Seres Espirituais humanos completos. Eles permanecem tais como foram, excetuando o que se refere a seus invólucros corporais visíveis, que abandonaram a fim de ajudar a pobre Humanidade, na medida em que essa ajuda possa ser dada, sem ir de encontro à Lei Kármica. Esta é realmente a Grande Renúncia um incessante sacrifício consciente através dos éons e das eras, até o dia em que os olhos da Humanidade venham a se abrir e, em lugar de um pequeno número, todos reconhecerem a Verdade Universal.1

 

É somente no imo do Coração que se deve elevar o mais belo Templo de Devoção; qualquer outra coisa não seria mais do que ostentação profana [materialista].

 

O Homogêneo não pode ter conhecimento do heterogêneo, e (a não ser que aprendamos a fugir do nosso invólucro material para "comungar" de Espírito a Espírito) não podemos esperar conhecer a natureza real dos Seres Invisíveis que se encontram (muito) acima na Escala da Evolução Divina.

 

O Eu Superior Divino de cada ser-humano-aí-no-mundo mortal é da mesma Essência que a dos Deuses, isto é dos Seres Invisíveis que se encontram (muito) acima na Escala da Evolução Divina.

 

Um ego encarnado, dotado de livre-arbítrio, possuindo, por isso, maior responsabilidade, é, a nosso ver, superior, e, até, talvez, mais divino que qualquer Inteligência Espiritual que ainda espera a encarnação. Do ponto de vista filosófico, a razão é clara, e todo metafísico da escola oriental a compreenderá. O ego encarnado está na dependência das dificuldades que não existem para a pura Essência Divina não associada à matéria; neste caso, não há nenhum mérito pessoal, ao passo que o ego em encarnação está no caminho de seu aperfeiçoamento final através das provações da existência, da tristeza e do sofrimento [experiências do processo encarnativo].

 

A sombra do karma não pode se estender sobre o que é Divino.

 

As Falanges Espirituais seres que são adorados na sua coletividade como um Deus pessoal não podem ser considerados como representantes do Uno Incognoscível.

 

O Princípio Eterno o Todo no Todo, o Poder Absoluto, a Totalidade não pode ser expresso por palavras limitadas nem pode ter por símbolo qualquer atributo condicionado e qualificativo. [Quando expressamos por palavras limitadas, por símbolos ou pelo que seja o Princípio Eterno, estamos fazendo apenas uma transferência pessoal e cultural das nossas emoções plexo-solarizadas e canhestras.]

 

Como eu não era onipotente,
admitia que o
Princípio Eterno era Onipotente.
Como eu não era onisciente,
admitia que o
Princípio Eterno era Onisciente.
Como eu não era onipresente,
admitia que o
Princípio Eterno era Onipresente.
Como eu não era oniparente,
admitia que o
Princípio Eterno era Oniparente.
Como eu não era supertudo,
admitia que o
Princípio Eterno era Supertudo.

Como eu não era inatingível,
admitia que o
Princípio Eterno era Inatingível.

Como eu não era perfeita liberdade,
admitia que o
Princípio Eterno era Perfeita Liberdade.

Como eu não era kami,
admitia que o
Princípio Eterno era Kami.

Como eu não era aúra-masda,
admitia que o
Princípio Eterno era Aúra-Masda.

Como eu não era suminoe-no-ôkami,
admitia que o
Princípio Eterno era Suminoe-no-Ôkami.

Como eu não era santificado,
admitia que o
Princípio Eterno era Santificado.

Como eu não era mahatma,
admitia que o
Princípio Eterno era Mahatma.

Como eu não era dhârmâkâya,
admitia que o
Princípio Eterno era Dhârmâkâya.

Como eu não era buda,
admitia que o
Princípio Eterno era Buddha.

Como eu não era obatalá,
admitia que o
Princípio Eterno era Obatalá.

Como eu não era tupã,
admitia que o
Princípio Eterno era Tupã.

Como eu não era odin,
admitia que o
Princípio Eterno era Odin.

Como eu não era baiame,
admitia que o
Princípio Eterno era Baiame.

Como eu não era jesus,
admitia que o
Princípio Eterno era Jesus.

Como eu não era amon,
admitia que o
Princípio Eterno era Amon.

Como eu não era zeus,
admitia que o
Princípio Eterno era Zeus.

Como eu não era aton,
admitia que o
Princípio Eterno era Aton.

Como eu não era espírito de luz,
admitia que o
Princípio Eterno era Espírito de LLuz.

Como eu não era justo,
admitia que o
Princípio Eterno era Justo.
Como eu não era clarividente,
admitia que o
Princípio Eterno era Clarividente.

Como eu não era clariaudiente,
admitia que o
Princípio Eterno era Clariaudiente.

Como eu não era invulnerável,
admitia que o
Princípio Eterno era Invulnerável.

Como eu não era ilimitado,
admitia que o
Princípio Eterno era Ilimitado.
Como eu não era perpétuo,
admitia que o
Princípio Eterno era Perpétuo.

Como eu não era imortal,
admitia que o
Princípio Eterno era Imortal.
Como eu não era esférico,
admitia que o
Princípio Eterno era Esférico.
Como eu não era abarcante,
admitia que o
Princípio Eterno era Abarcante.
Como eu não era perdoador,
admitia que o
Princípio Eterno era Perdoador.
Como eu não era alquimista,
admitia que o
Princípio Eterno era Alquimista.
Como eu não era 'deskarmizado',
admitia que o
Princípio Eterno era 'Deskarmizado'.
Como eu não era saudável,
admitia que o
Princípio Eterno era Saudável.
Como eu não era independente,
admitia que o
Princípio Eterno era Independente.
Como eu não era inteligente,
admitia que o
Princípio Eterno era Inteligente.

Como eu não era abc-xyz,
admitia que o
Princípio Eterno era ABC-XYZ.


..........................................


E assim, fui (des)vivendo:
ajoelhando, acreditando, dependendo!
E assim, fui (des)vivendo:
plexo-solarizando, esquerdeando, noitecendo!
E assim, fui (des)vivendo:
reencarnando, me abestalhando, padecendo!
E assim, fui (des)vivendo:
não-Mudando, não-Morrendo, não-Vivendo!

 

 

Zeus

 

 

A Religião Católica é uma religião tão pagã quanto a dos adoradores dos elementos do Sistema Solar.

 

Os dogmas e os ritos católicos são os mesmos que os de qualquer nação idólatra se é que alguma ainda existe.

 

De onde vêm a adoração do fogo, das luzes e das lâmpadas nas igrejas? Por que isso? Porque Vulcano, o Deus do Fogo, desposou Vênus, a Deusa do Mar. E é por essa mesma razão que os Magos velavam o Fogo Sagrado como as Virgens Vestais do Ocidente.

 

No Kalevala, o mais antigo poema épico dos finlandeses de Antigüidade pré-cristã [epopéia nacional da Finlândia], o que nenhum erudito poderá duvidar, fala-se dos deuses da Finlândia, dos deuses do ar e da água, do fogo e das florestas, do céu e da Terra.

 

Os primitivos cristãos não possuíam templos, nem estátuas, nem imagens, e sentiam horror por essas coisas. [Por isto, não podemos confundir nem equiparar o Cristianismo primevo e efetivamente Crístico com os catolicismos dele derivados.]

 

 

 

 

Com suas Madonas [representações de Nossa Senhora, a mãe de Jesus, em pinturas ou esculturas] em todas as esquinas, suas milhares de estátuas de Cristo e dos Anjos de todas as formas, até a de Santos e de Papas, é bastante perigoso [e totalmente injusto e absurdo] um católico acusar um hindu ou um budista de idolatria.2

 

Qual a significação real e primitiva do termo Deus? Suas significações e etimologias são tão numerosas quanto variadas. Uma delas nos mostra a palavra derivada do termo persa muito antigo e místico: Goda, que quer dizer "Ele mesmo" ou alguma coisa emanada por Si mesma do Princípio Absoluto. Goda, a emanação, todavia, não é e nem pode ser idêntico à Coisa da qual emana, e, por conseguinte, é apenas uma manifestação periódica, finita. A raiz da palavra é Godan, donde Wotan e Odin, cujo radical oriental quase não foi alterado pelas raças germânicas. Foi assim que desse radical fizeram Gotz, do qual derivaram o adjetivo Gut, "Good" (bom), assim como o termo Gota ou ídolo. Da Grécia Antiga, as palavras Zeus (cujo antecedente é Dyaus) e Theos conduziram à palavra latina Deus.

 

O Tat védico (Isso), que para o Iniciado e o filósofo não tem nome definido, é a noite absoluta, oculta sob cada radiante luz manifestada.

 

Tanto quanto o místico Júpiter, último reflexo de Zeus-Surya, o Sol a primeira manifestação do mundo de mâyâ , o filho de Dyaus não podia deixar de ser chamado o "Pai" pelo ignorante. Assim, o Sol se tornou rapidamente sinônimo de Dyaus, e com ele se confundiu: para alguns, foi o Filho, para outros, o "Pai" no céu radioso.

 

Foi durante a plena decadência da Filosofia Metafísica, que Dyavaprithivi o Céu e a Terra começaram a ser representados como os pais cósmicos, universais, não somente dos homens, mas, também, dos deuses. A concepção original da Causa Ideal, que era abstrata e poética, caiu na vulgaridade. E assim, o reino do ritualismo e do culto antropomórfico foi daí por diante estabelecido, e, finalmente, acabou dominando o mundo inteiro, estendendo sua supremacia até nossa era civilizada.

 

Compare estas duas afirmações: Das nuvens e das trevas do Sinai, Jehovah diz aos judeus: Não reconhecerás outros deuses fora de mim... Não te prosternarás diante deles, nem os servirás, pois, Eu, o Senhor, teu Deus, sou um Deus ciumento, transferindo as iniqüidades dos pais aos filhos até a terceira e quarta geração, para que Me temam. Já o hindu colocou na boca de Brahma: Eu sou o mesmo para todos os seres. Aqueles que honestamente servem outros deuses, involuntariamente me adoram. Eu sou Aquele que participa de toda adoração e sou a recompensa de todos os adoradores.

 

As crenças e os dogmas das nossas igrejas são, pelas idéias que implicam, mais blasfematórios do que os dos pagãos mergulhados nas trevas...

 

Seja como for, heresia ou não, o "Pai que está no céu" das igrejas, se tornou uma criatura híbrida uma mescla do Jave (Júpiter) do povo, entre os pagãos, e do "Deus ciumento", de Moisés.

 

 

 

 

Messis o antigo grande sacrifício à deusa das colheitas. Messis para os Iniciados, missa para os profanos3, que, hoje, veio a ser a missa católica ou litúrgica.

 

A antiga oferta dos frutos da Terra ao Sol, o Deus Altissimus símbolo do G.A.D.U. dos franco-mações de hoje se tornou a base do ritual, a mais importante dentre as cerimônias da Nova Religião. A adoração oferecida a Osíris-Ísis (o Sol e a Terra)4, a Bel e à cruciforme Astartéa dos babilônios, a Odin ou Thor e Freya dos escandinavos, a Belen e à Virgo Partitura dos celtas, a Apolo e à Magna Mater dos gregos, todos esses casais, com a mesma significação, passaram como representação corporal para os cristãos, e foram transformados por eles em Senhor Deus ou no Espírito Santo descendo sobre a Virgem Maria.

 

O primeiro de março era festejado em toda a Grécia pagã, e suas Neomenias5 eram consagradas a Diana. Pela mesma razão, as nações cristãs celebram sua festa de Páscoa no primeiro domingo que segue à Lua Cheia do equinócio da primavera.

 

Na sua obra Vida de Constantino, Eusébio6 confessa, dizendo, talvez, a única verdade que jamais proferiu em sua vida, que para tornar o Cristianismo mais atraente aos gentios, os sacerdotes (do Cristo) adotaram as vestimentas exteriores e os ornamentos utilizados no culto pagão. Poderia igualmente ter acrescentado: seus rituais e seus dogmas.

 

Só falsificação.
Apenas imitação.
Tudo simulação.

E deu riqueza.
E deu grandeza.
E deu robusteza.7

 

 

 

 

Ainda que não se possa reportar ao testemunho da História, é, no entanto, um fato histórico pois, um grande número de registros relatados pelos antigos escritores o corrobora ter o ritual da Igreja e da Maçonaria brotado da mesma fonte e se desenvolvido de mãos dadas...

 

Misturando da maneira mais irreligiosa as verdades da Religião-Sabedoria com as ficções exotéricas tão gratas às massas ignorantes, foram os filósofos pagãos que fundaram o primeiro ritual das igrejas e das lojas da Maçonaria moderna.

 

A Maçonaria, apesar de seus acessórios e inovações modernas (particularmente a introdução nela do espírito bíblico) faz o bem, tanto no plano físico, como no moral. É uma verdadeira Ekklésía, no sentido de união fraternal e de ajuda mútua... pois, une todos os homens que a ela se filiam como irmãos, sem preocupações da raça ou de fé. Até hoje, nunca vimos mal algum saído desta Instituição, e ninguém, fora da Igreja Romana, jamais afirmou tal coisa. Já a Igreja dividiu a Humanidade em Cains e Abels. Massacrou milhões de homens em nome de seu Deus, o Deus dos Exércitos em verdade, o feroz Jehovah Sabbaoth e, em vez de dar uma força impulsiva à civilização, da qual seus fiéis se vangloriam orgulhosamente, retardou-a durante a longa e insípida Idade Média.

 

A História jamais nos dirá, mas, a tradição e as pesquisas judiciosas nos ensinam quantos semi-Hierofantes e altos Iniciados foram obrigados a se tornar apóstatas para assegurar a sobrevivência dos Segredos da Iniciação.

 

A Verdade Sagrada sempre esteve muito bem guardada.

 

Eu perguntei:
Onde está a Verdade Sagrada?
Ele respondeu:
No teu Coração está guardada!
Eu acrescentei:
E como posso ter acesso à Ela?

Ele arrematou:
No teu Coração há uma Janela!

 

 

 

 

João Evangelista é uma criação de Irineu, tanto quanto o 4º Evangelho.8

 

Águia é o símbolo do Sephirah ThiPhAReTh, o Æther Espiritual. Entre os Druidas, a Águia foi o símbolo da Divindade Suprema, e uma parte desse símbolo se ligava aos Querubins.

 

A Maçonaria moderna e o ritual da Igreja descendem em linha reta dos gnósticos iniciados, neoplatônicos, e dos Hierofantes que renegaram os mistérios pagãos.

 

O G.A.D.U. é o Solus do Grande Epoptæ, o Espírito que cintila na Estrela Flamejante, cujo Segredo Hermético só poderá ser encontrado se estudarmos a Verdadeira Teosofia, ou esse segredo estará perdido para todos nós.

 

Na Religião Católica, todos os ritos, todas as vestimentas e todos os vasos sagrados têm origem no Paganismo.

 

 

 

Stonehenge (Patrimônio da Humanidade)
(Invariavelmente, em 21 de junho, o Sol nasce
perfeitamente alinhado com a pedra principal.)

 

O que há de mal no fato
de a Religião Católica
ser filha do Ancestralismo?
Nenhum mal afligente.
O que há de mal no fato
de a Religião Católica
ter origem no Paganismo?
Nenhum mal decadente.
O que há de mal no fato
de a Religião Católica

Todo o mal existente.
O que há de mal no fato
de a Religião Católica

Todo o mal ambivalente.
9

 

 

 

______

Notas:

1. Na verdade, e HPB sabia disto, A Verdade Universal jamais será conhecida integralmente. Todos nós estamos nos aproximando desta Verdade, mas, assintoticamente.

 

 

 

 

2. Há mais de dez mil santos e beatos católicos. Entre as Igrejas ortodoxas bizantinas e as Igrejas ortodoxas orientais (por exemplo, a Igreja Ortodoxa Copta), os números podem ser ainda maiores, uma vez que não há um processo fixo de canonização, e cada jurisdição, nestas duas comunidades ortodoxas, mantém listas paralelas de santos, que podem ou não coincidir parcialmente. Nos seus 26 anos de pontificado, por exemplo, o Papa João Paulo II reconheceu 483 novos santos, mais do que todos os outros papas juntos nos últimos 400 anos!

3. De pro, diante de, e fanum, templo (lugar consagrado aos Deuses), ou seja, os não-Iniciados que se postam diante do templo e não ousam entrar.

4. A Terra e a Lua, sua parente, são similares. Assim, todas as deusas lunares eram também símbolos que representavam a Terra.

5. Lua Nova. Na Antigüidade, festividade que ocorria a cada novilúnio.

6. Eusebius de Cæsarea (cerca de 265 – 339), chamado também de Eusebius Pamphili, Eusébio amigo de Pânfilo, foi bispo de Cesaréia, e é referido como o Pai da História da Igreja, porque nos seus escritos estão os primeiros relatos quanto à História do Cristianismo primitivo.

 

 

Eusebius de Cæsarea

Eusebius de Cæsarea

 

 

7. Basta ver o que o Tribunal do Santo Ofício pariu e fez. Os cátaros, os valdenses, os fraticellis, os hussitas, as beguinas, as bruxas e os hereges, por exemplo, que o digam! Escrevia, não lia, a fogueira comia! E quanto mais o infeliz chorava, mais o fogo queimava e mais o psicomada gargalhava! (Psicomada = Psicopata + Torquemada). Enquanto isso, lá, na corte papal... Bem, eu não vou dizer o que acontecia porque todo (o) mundo sabe. E eu já estou cheio deste assunto.

 

 

Inquisição

Emblema da Inquisição (1571)

 

 

8. Ireneu ou Irineu de Lyon (cerca de 130 – 202) foi um bispo grego, teólogo e escritor cristão que nasceu, segundo se crê, na província romana da Ásia Menor Proconsular – a parte mais ocidental da actual Turquia – provavelmente Esmirna. O livro mais famoso de Ireneu, Sobre a Detecção e Refutação da Chamada Gnosis, também conhecido como Contra Heresias (Adversus Hæreses, cerca de 180 d.C.) é um ataque minucioso ao Gnosticismo, que era, então, uma séria ameaça à Igreja primitiva e, especialmente, ao sistema proposto pelo gnóstico Valentim. Como um dos primeiros grandes teólogos cristãos, ele enfatizava os elementos da Igreja, especialmente o episcopado, as Escrituras e a tradição. Ireneu escreveu que a única forma de os cristãos se manterem unidos era aceitarem humildemente uma autoridade doutrinária dos concílios episcopais.

 

 

Santo Irineu

Vitral na Igreja de Santo Irineu (Lyon, França)

 

 

9. Em um mundo dilacerado pela lógica do lucro, que produz novas pobrezas e gera a cultura do descarte, não desisto de invocar a graça de uma Igreja pobre e para os pobres, foi o que afirmou o Papa Francisco em uma carta ao padre Julián Carrón, um sacerdote espanhol e presidente do Movimento Eclesial Comunhão e Libertação. Não creio que uma Igreja pobre e para os pobres seja a solução definitiva para os problemas tremendos que Igreja Católica vem enfrentando, porque os ricos católicos também precisam de alguma orientação e de algum apoio, e, no frigir dos ovos, todos nós somos pobres de Deus. O que a Religião Católica precisa urgentemente fazer, sob pena de desaparecer mais rapidamente do que um dia, como tudo, certamente, desaparecerá, é, minimamente, se atualizar, e isto, simplesmente, requer e implica em eliminar todos os dogmas absurdos, todos os autoritarismos acachapantes, todos os coisismos esmagadores, todas as apócopes e todas as adulterações/falsificações que vêm, geometricamente, levando à incredulidade e ao afastamento da espiritualidade milhões de seres-humanos-aí-no-mundo, básica e progressivamente desde o Segundo Concílio de Constantinopla (que se acredita ter sido o Quinto Concílio Ecumênico da Igreja), realizado na Cidade de Constantinopla (atual Istambul, Turquia), de 5 de maio a 2 de junho de 553, que foi convocado pelo Imperador Bizantino Justiniano I (Taurésio, cerca de 482 – Constantinopla, 14 de novembro de 565), e que, entre outros absurdos proclamados (alguns determinados por Teodora, sua esposa e Imperatriz), foi anatematizada e declarada herética a Lei do Renascimento, e, também, foi abolida a preexistência da personalidade-alma, abrindo a porta para o surgimento da doutrina das indulgências e para outras sacanagens, que desembocaram, há algum tempo, no escândalo do Banco Ambrosiano. O Banco do Vaticano também foi acusado de desviar verbas secretas dos Estados Unidos, do Sindicato Solidariedade da Polônia e dos Contras da Nicarágua, por meio do Banco Ambrosiano. Quem assistiu o filme The Godfather, Parte III (O Poderoso Chefão, Parte III) viu, em forma de ficção, como as coisas acontecem nessas esferas de poder. É realmente nojento, asqueroso e repugnante! Voltando à conspiração teológica da dupla dinâmica Justiniano-Teodora, vou defender a seguinte tese: penso que Justiniano sempre soube que não se abole uma Lei Cósmica por decreto, mas, por amor à sua esposa e Imperatriz Teodora, que, por motivos pessoais, queria dar um fim na Lei da Causa e do Efeito (Lei do Karma), ab-rogou a Lei da Reencarnação e a existência anterior ao nascimento da personalidade-alma. Ora, se Teodora era uma besta quadrada elevada à enegésima potência, Justiniano não era. É por isto que admito que Justiniano sabia que os decretos revogatórios por ele postos em vigor depois do Concílio valiam menos do que bosta de Nasutitermes globiceps e do que badalhoca de Pulex irritans. Este é um exemplo de neutralidade perversa que, posteriormente, levará a duríssimas compensações. Agora, você acha que os sacerdotes mais cultos da Igreja, particularmente os Iniciados vinculados à Igreja Joanita, não sabem que a Lei do Renascimento (Reencarnação) e da Causa e do Efeito foram, são e serão eternamente vigentes no Universo? Claro que sabem. Então, são cúmplices silenciosos tanto de Teodora quanto de Justiniano.

 

 

O Imperador Justiniano e a Imperatriz Teodora

O Imperador Justiniano e a Imperatriz Teodora
(Mosaico na Basílica de São Vital, em Ravena)

 

 

 

Observação:

Eu achava que não havia nada pior no mundo do que tridente na bunda, mas, agora, com essa novidade infernal de bafo de babunda... Sei não! Se eu encontrar esse Justiniano por aí, juro que desço a porrada nele! Com vontade! Já se eu encontrar a Teodora, como eu não bato em mulher... Bem, no caso dela, acho que farei uma exceçãozinha. Talvez, uma exceçãozona!

 

Música de fundo:

Música Sufi
Interpretação: Kanchman Babbar

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=KVJ8Pv27-_k

 

Páginas da Internet consultadas:

https://bullshit.ist/

http://gifs.blog.br/gifs/gifs-de-fogo

http://disneycreate.wikia.com/wiki/File:Satan.gif

http://www.brooklynvegan.com/2-new-cyhsy-mp3/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_Ambrosiano

https://historiaybiografias.com/emperatriz_teodora/

http://www.verdadeluz.com.br/o-concilio-de-
constantinopla-a-supressao-da-reencarnacao/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Justiniano

https://gifer.com/en/F1jD

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ireneu_de_Lyon

http://www.iconstructwebs.com/

http://historiamaximus.blogspot.com/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Eus%C3%A9bio_de_Cesareia

https://www.shadibox.com/

http://loja.lojaassombrada.com.br/

https://www.dreamstime.com/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_santos

https://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/
2007/05/070511_fabricadesantosebc.shtml

https://pt.pngtree.com/

https://steamcommunity.com/

http://gleg.com.br/Livrospublicos/
Helena_Petrovna_Blavatsky_-_As.pdf

 

Direitos autorais:

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