Na LLuz do Silêncio, todos os problemas se dissolvem. Esta LLuz não nasce do antigo movimento do pensamento. Não nasce, tampouco, da introspecção. Não é acendida pelo tempo nem por nenhum ato da vontade. Surge na meditação. Meditação não é um assunto pessoal, uma busca pessoal de prazer; o prazer tende sempre a separar, dividir. Na meditação, desaparece a linha divisória entre vós e mim; nela, a LLuz do Silêncio destrói a consciência do ego – [o fiat voluntas mea]. O ego pode ser estudado indefinidamente, porquanto varia de dia para dia, mas, seu alcance é sempre limitado, por mais extenso que nos pareça. Silêncio é liberdade, e a liberdade vem com a ordem perfeita. [In: A Outra Margem do Caminho, entrevistas realizadas na Índia, na Califórnia e na Europa, de autoria de Jiddu Krishnamurti.]
As posses nos possuem mais do que nós a elas. O castelo, a casa, os quadros, os livros, o saber adquirido – tudo isto se torna muito mais significativo e importante do que o ente humano. [Ibidem.]
— Eu era pobríssimo,
e vivia encarcerado.
O rei era o ego,
a dama era a ignorância
e o valete – oh! – era eu.
Fiat voluntas mea!— Aí, fiquei ricalhouço,
mas, continuei emparedado.
O rei ainda era o ego,
a dama ainda era a ignorância
e o valete – oh! – ainda era eu.
Fiat voluntas mea!— O ponteirinho girava,
e eu cada vez mais desesperado.
O rei continuava a ser o ego,
a dama continuava a ser a ignorância
e o valete – oh! – continuava a ser eu.
Fiat voluntas mea!— Um dia, olhei para dentro,
escutei a Voz do Silêncio,
conheci o Outro Lado,
fui Illuminado
e me tornei alforriado!
Fiat Voluntas Tua!
A vulgaridade e o vazio não podem ser preenchidos por livros, por quadros ou pelo conhecimento de um ofício. [Também não serão preenchidos pelo fiat voluntas mea nem pela riqueza.] A tristeza da vida é esta: queremos preencher o nosso vazio com os artifícios inventados pela nossa mente [ou pela imitação e pelo plágio dos artifícios inventados pelos outros]. Mas, o vazio permanece. É triste este esforço fútil para possuir. Dele resultam a vontade de domínio e a afirmação do ego, com suas palavras ocas e abundantes lembranças de coisas idas que nunca mais voltarão. [Até poderão voltar, mas, nunca serão iguais-iguaizinhas ao que eram antes.] São este vazio e esta solidão que o pensamento – o fator de isolamento – gera e nutre, com o saber que ele mesmo criou [ou copiou]. Enfim, uma vida desperdiçada, que o ser-humano-aí-no-mundo, talvez, só se torne cônscio na hora da morte. Tarde demais! [Ibidem.]
— Tanta presidencialidade!
Tanta desfraternidade!
Tanta supressibilidade!
Tanta irresponsabilidade!
Tanta irracionalidade!
Tanta ilogicidade!
Tanta inverdade!
Tanta falsidade!
Tanta absurdidade!
Tanta arbitrariedade!
Tanta ingenuidade!
Tanta perplexidade!
Tanta equivocidade!
Tanta imitabilidade!
Tanta flexibilidade!
Tanta 'nefelibaticidade'!
Tanta 'sassaricacidade'!
Tanta retrogradabilidade!
Tanta 'cloroquinidade'!
Tomaram Cloroquina e morreram!
— Cavalão, a desrespeitei.
Nefelibata, 'COVIDiei'.
Sempre horário, continuei.
tomei!
Convulsionário, estrebuchei.
Solitário, empacotei.
Tarde demais! Cumpriu-se a Lei.
E eu, que nunca soube e só imitei,
hoje, ainda bucéfalo, não sei.
Um dia - quando será? - reencarnarei.
Então, com choro e dolor, compensarei,
e um tango dolente dançarei.
Enquanto isso, fumando esperarei!
Não plagie as asnices dos boçalões.
Não imite as cavalices dos cavalões.
Flexibilizar, agora, é suicídio,
e o suicídio é um homicídio.
Música de fundo:
If I Were a Rich Man
Composição: Sheldon Harnick & Jerry Bock
Interpretação: Roger WhittakerFonte:
https://mp3pro.xyz/OhpgH50rcNI
Páginas da Internet consultadas:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cloroquina
https://br.pinterest.com/pin/352617845804053133/
https://tenor.com/search/donkey-gifs
https://gfycat.com/presenttediousfinwhale
http://www.lowgif.com/view.html
https://br.pinterest.com/pin/750553094122349936/
https://www.bigstockphoto.com/pt/
https://pt.picmix.com/stamp/richesse-1131738
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