A mente condicionada, limitada, aprisionada, resignada, bem-mandada, amedrontada, acanhada, encegueirada etc. jamais será capaz de descobrir o que é verdadeiro. Ser livre não é “tornar-se livre”; ser pacífico não é “tornar-se pacífico”. Não há um progresso gradual para a liberdade e para a paz. [Ou somos livres ou não somos livres]; ou somos pacíficos ou não somos pacíficos. [Quem espera um milagre não recebe o milagre (porque milagre não existe) e não alcança bulhufas; fica na mesma e na mesma fica, rodando como peru bêbado na Quarta-feira de Cinzas.] Por outro lado, só poderemos ser livres e pacíficos quando não houver mais ação da vontade, quando compreendermos que estamos condicionados, e não fizermos mais nenhum esforço para nos libertar do nosso condicionamento, porque o próprio ego que atua está condicionado, e, portanto, não pode quebrar ou romper os elos da cadeia de condicionamentos. Só conseguiremos nos descondicionar, se deixarmos de pensar segundo qualquer padrão [filosófico, político, social, tradicional, religioso etc.], pois, aí, estaremos livres para pensar por nós mesmos [sem que haja um modelo para impor regras, métodos, princípios, normas, preceitos, dogmas etc.]. Enfim, quando se compreende, e só quando se compreende, finda o esforço, e, ipso facto, finda o condicionamento. [In: Viver Sem Temor, de autoria de Jiddu Krishnamurti.]

 

 

 

O Gluglu Simpático, mas, Bêbado e Flatuloso

 

 

 

— Eu queria ser livre,

mas, vagava agrilhoado.

Eu queria ser pacífico,

mas, só vivia afleimado.

 

— Eu não queria ser coato,

mas, como um peru bêbado

numa 4ª-feira de Cinzas,

só saçaricava abobado.

 

— Eu pelejava para mudar

e me esforçava para remover

manias, opções e achismos,

mas, o patrão era o não-ser.

 

— Enfim, eu acabei bolando

que a paz e a liberdade

não estão do lado de fora.

Só Transmutando a Saudade.

 

— Mas, para isto suceder,

existe um único Caminho:

em Silêncio – no Coração.

Aí, retornaremos ao Ninho!

 

— Mas, há três pré-requisitos:

1º) deixar de delirar e querer;

2º) desapegar-se de tudo; e

3º) não ligar para o vir-a-ser.

 

— Então, uma linda LLuz brilhará,

descobriremos um belíssimo Jardim,

o medo e a toleima desaparecerão

e o não se transmutará em Sim.

 

 

 

 

— Finalmente, seremos Deuses.

Dignamente, teremos Vencido.

Certamente, teremos Retornado.

Cabalmente, teremos Renascido.

 

 

 

 

 

 

Música de fundo:

Clair de Lune
Compositor: Claude-Achille Debussy
Intérprete: Podington Bear

Fonte:

http://www.orangefreesounds.com/clair-de-lune-piano/

Observação:

A lindíssima composição Clair de Lune é o terceiro movimento da Suíte Bergamasca (para piano), sendo composta em 1905 por Debussy, e se tornou um dos maiores ícones da música erudita de todos os tempos.

 

 

Claude-Achille Debussy

 

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.orangefreesounds.com/turkey-sound/

https://pixels.com

https://www.youtube.com/watch?v=ea2WoUtbzuw

https://br.pinterest.com/pin/252483122846555464/

https://www.nycresistor.com

https://www.elo7.com.br

https://weather.com/pt-BR/clima/hoje/l/BRXX0043:1:BR

https://www.stickmanphysics.com

https://www.crownroundtable.org

 

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