RESSURREIÇÃO

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Phœnix Resurecta

 

 

 

Não é após a morte

que se ressuscitará;

morte só gera morte.

 

 

Um e tôdolos deuses

engendros do homem.2

A forjadura de deuses

não salvará o homem.3

 

 

Só há um único Deus:

O de nossos Corações.

Abençoados os Ateus4

que prostraram ilusões.

 

 

 

Ilusão

 

 

 

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Notas:

1. Os que afirmam que primeiro é preciso morrer e depois ressuscitar se enganam. Se em vida não se recebe primeiro a ressurreição, nada se receberá ao morrer. (Evangelho Segundo Felipe, 90]. Só quem Morreu Iniciaticamente e se tornou Vivo ressurgirá. Só ressurgirá aquele que Morrer para as ilusões deste mundo e Nascer para o concertamento universal e para a harmonia da Eterna Vida. É aqui, agora, que se adquire – pelo Mérito e pelo Trabalho – o Privilégio Místico-Universal de Ressuscitar, que, acima de tudo, in actu, embute alquimicamente uma Transfiguração. Depois, advirão os efeitos-conseqüências dos nossos pensamentos, intenções, omissões, comissões, palavras e atos praticados nesta encarnação. Logo, quem apenas espera não alcançará.

 

 

 

 

2. O mesmo ocorre no mundo: os [homens] produzem deuses e adoram a obra de suas [próprias] mãos. Seria conveniente que os deuses venerassem os homens, como corresponde à lógica. (Evangelho Segundo Felipe, 85]. Se assim é, eu pergunto: metafórica e simbolicamente, é o senhor que deverá servir ao seu escravo ou é o escravo que deverá servir ao seu senhor?

3. Se salvação há, o homem só precisa ser salvo de si mesmo. E este presumido processo salvífico se resume a um permanente duplo ato: transmutar o demônio de nossos Corações (engendrado por nós) no Mestre-Deus de nossos Corações (a ser edificado por nós), e cortar todos os laços vinculares tenebrosos com a Lua Negra (ou Lilith) – simbolicamente, neste caso, o lado obscuro de nossa personalidade, responsável por todos os desejos inferiores e nefastos que existem em nosso subconsciente. A propósito, em Ísis sem Véu, escreveu Helena Petrovna Blavatsky (1831 – 1891): Os juramentos nunca impõem uma obrigação, até que cada homem compreenda plenamente: 1º) que a Humanidade é a mais alta manifestação na Terra da Suprema Deidade Invisível; 2º) que cada homem é uma encarnação de seu Deus; e 3º) que, quando o sentido de responsabilidade pessoal estiver realmente desenvolvido, considere o perjúrio o maior insulto possível a si mesmo e à Humanidade. Nenhum juramento impõe uma obrigação de fato, a não ser quando prestado por alguém que, sem a necessidade de qualquer juramento, guarde solenemente uma palavra de honra. (Na citação, grifo e sublinhado meus). A alegoria-animação em flash abaixo engloba todos estes conceitos místico-esotéricos. Apenas como recordação, lembro que, também alegoricamente, a cor do Lapis é vermelha.

 

 

 

 

4. O Ateu-místico é aquele que ouve a Voz de um único Deus – o Deus que ele projetou e construiu em seu Coração. In Corde loquitur nostro Vox Dei. (Em nosso Coração fala a Voz de Deus.)

 

Fundo musical:

Quando (La Boheme)

Fonte:

http://members.tripod.com/
~RLTemplar/it-music.htm

 

Observação 1:

A animação em flash da Phœnix Resurecta foi produzida a partir de uma belíssima fotografia digital exibida e disponibilizada na Página:

http://guardiadesonhos.spaces.live.com/

 

Observação 2:

A animação em flash Ilusão foi produzida a partir de uma fotografia digital disponibilizada na Página:

http://www.funnyjunkz.com/