Rodolfo Domenico Pizzinga


 

 

 

 

 

Indiscriminadamente estarão acontecendo

alterações nas freqüências de Schumann?1

Ou um motim na Ressonância–Schumann

é um preconício catastrofista e despiciendo?2

 

Estará, devagar, sendo acelerado o tempo?

Bolas! Os movimentos dos corpos sidéricos

são harmônicos, equilibrados e tautoméricos,3

e independem (da não-existência) do tempo.4

 

A Terra, como tudo, é um reflexo da Vida.

Portanto, é razoável que em sua motilidade

não esteja sujeita a qualquer temporalidade.5

 

Logo, imaginar que o tempo influa na Vida6

e adultere a peregrinação dos corpos siderais

são fantasmagorias quiméricas e irracionais.

 

 

Variação dos valores da primeira freqüência
de ressonância da cavidade ressonante
da ionosfera terrestre, no período compreendido
entre 1990 e 2000, obtidos em Arrival Heights,
base neozelandesa localizada na Antártica.

 

 

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Notas:

1. A Terra é um ser vivente e movente, e como tal sofre influências semelhantes e da mesma forma que todos os seres viventes. Assim, a vibração global planetária (aura da Terra) está se acinzentando gradualmente em decorrência de todos os desmandos que têm sido praticados pela Humanidade, de um modo geral. Logo, alguma forma de alteração sutil está mesmo acontecendo na Ressonância–Schumann, mas não do tipo que está sendo anunciado por certos inquietadores de plantão. Mas essa alteração, que se estende a todos os domínios do Planeta e interfere com todas as formas de vida, não pode ser medida com os aparelhos científicos disponíveis; apenas são perceptíveis de forma indireta ou como efeitos na forma de mudanças climáticas e ecocatástrofes. Todos os corpos siderais passam por mudanças cíclicas – o que é absolutamente natural e desejável. O que é antinatural e indesejável é que essas mudanças sejam perturbadas por imoderações, exageros, abusos, desregramentos morais, dissolução de costumes, devassidões etc. Nada acontece indiscriminadamente e os corpos celestes não andam dando trombada a torto e a direito! Na animação abaixo, observe que no afélio (ponto da órbita em que o planeta, ou planetóide, está mais afastado do Sol, ou da estrela do seu sistema planetário) a Terra tem a menor velocidade de translação de toda a sua órbita; já no periélio (ponto da órbita de um planeta, planetóide, asteróide ou cometa que está mais próximo do Sol ou de qualquer outra estrela a que o objeto em questão esteja orbitando), ela tem a maior velocidade de translação de toda a sua órbita.

 

 

2. Motim sideral? Não há motim sideral. Mas da Lei da Entropia (que tem por finalidade última a promoção ajustadora e educativa a dimensões mais elevadas) nenhum corpo cósmico escapa. Por isso, tem sido exaustivamente anunciado que o próximo Dia da Transformação Planetária deverá ocorrer em 2034.

3. Em Química, tautomeria é um caso especial de isomeria* de função em que as substâncias têm fórmulas estruturais distintas e comportamentos químicos diferentes, coexistindo os isômeros (tautômeros), todavia, sempre, em equilíbrio químico (dinâmico). Mutatis mutandis, assim também são os corpos sidéricos, ainda que, apesar de serem todos irmãos, não sejam propriamente tautômeros.

* A isomeria é a parte da Química Orgânica que estuda compostos com mesma fórmula molecular, porém com propriedades químicas diferentes por terem arranjos moleculares diferentes. A isomeria é dividida em plana e espacial. A isomeria plana estuda as diferenças entre os compostos, que podem ser consideradas analisando somente a estrutura plana das moléculas. A isomeria espacial só explica as diferenças pela estrutura tridimensional da molécula.

 

Etenol (C2H4O)
Etanal (C2H4O)

 

4. O que não existe não pode acelerar ou desacelerar. O que contrai ou dilata é a nossa percepção/realização experiencial objetiva, científica e tecnológica do tempo. A Teoria da Relatividade prevê que objetos em movimento sofram o efeito de dilatação do tempo, que pode ser maior ou menor de acordo com a velocidade. Assim, o tempo para um objeto ou para uma pessoa dentro de outro objeto em alta velocidade passa mais lentamente do que para objetos que se movimentam a baixas velocidades. Esse efeito já foi observado em testes com relógios de alta precisão colocados em aeronaves muito velozes. A dilatação do tempo, na Teoria da Relatividade Restrita, é um efeito puramente cinemático. A distância espacial entre dois eventos não é a mesma para dois observadores em estado de movimento diferente, e o tempo também não flui igualmente para esses observadores. A dilatação do tempo foi verificada experimentalmente. Provavelmente o melhor exemplo disto envolve uma partícula subatômica chamada múon [lépton de características semelhantes às do elétron, mas instável, com carga elétrica igual à carga do elétron e massa aproximadamente 207 vezes maior]. O múon é uma partícula instável, que significa que após uma ser criada, rapidamente decai para partículas mais leves. O tempo que um múon leva para entrar em decaimento foi medido muito precisamente. De qualquer maneira, foi observado que um múon que se move perto da velocidade da luz 'vive' mais tempo do que quando está em repouso ou a se mover lentamente. Isto é um efeito relativístico. Objetivo. Observe a animação abaixo:

 

 

5. Em princípio, não está.

6. Se isso tivesse alguma plausibilidade, todas as profecias dos antigos (particularmente as inscritas nos cruzamentos das diversas linhas da Grande Pirâmide) jamais poderiam ter acontecido nas datas previstas! Agora, para aqueles que se esforçam para alcançar o domínio de suas vidas, de certa forma, certos eventos podem ser transmutados no dito tempo, ainda que nada no Universo possa ser anulado. Por outro lado, passar conscientemente por um tipo específico de experiência no tempo é um Privilégio Místico do livre-arbítrio conquistado.

Observação:

O fenômeno das ondas estacionárias terrestres tem seu nome em homenagem ao físico alemão Winfried Otto Shumann, que predisse matematicamente as mesmas em 1952. A ressonância Schumann deve-se ao espaço entre a superfície da Terra e a ionosfera condutiva, que age como uma guia de ondas. As dimensões limitadas da Terra fazem com que esta guia de ondas funcione como uma cavidade de ressonância para ondas eletromagnéticas na banda ELF. A cavidade é naturalmente excitada pela energia dos raios. A freqüência mais baixa da ressonância Schumann é na freqüência aproximada de 7.83 Hz. Picos adicionais de ressonância são encontrados em 14, 20, 26, 33, 39 e 45 Hz. Não há uma única freqüência de ressonância, mas uma série delas; 7,83 Hz é apenas a primeira freqüência de ressonância.

 

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.jornalinfinito.com.br/
materias.asp?cod=140

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Resson%C3%A2ncia_Schumann

http://www.aticaeducacional.com.br/
htdocs/secoes/atual_cie.aspx?cod=751

http://www.ncedc.org/ncedc/em.intro.html

http://carbonarium.dfly.com.br/isoplana.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Terra

http://pt.wikipedia.org/wiki/Af%C3%A9lio

http://www.comciencia.br/reportagens/2005/03/04.shtml

http://mega.ist.utl.pt/~pocm/r_relativity/fifth.html

http://forum.physorg.com/
index.php?showtopic=1827&st=15&#entry118934

http://www.nanotechnology.bilkent.edu.tr/
research%20areas/documents/plasmonic.html

Música de fundo:

Bad, Bad Leroy Brown (Jim Croce)

Fonte:

http://home.arcor.de/dinoandfriends/frank_midis.htm


 

 

 

No Cósmico, tudo é vibração.