Foi o Mestre Jesus o único "Filho de Deus" e o único "Salvador" da Humanidade? Entre tantos outros casos análogos, foi o Mestre Jesus uma exceção? Foi o Mestre Jesus o único nascido milagrosamente do ventre de uma Virgem, e todos os outros foram, como a Igreja mantém, zombaria blasfema e plágio antecipado por Satanás? Ou foi Ele o “filho de suas obras”, um homem eminentemente santo, um reformador, um entre vários, que pagou com a vida a tentativa de enfrentar déspotas e ignorantes, de Illuminar a Humanidade, para que, pela prática de Seus Ensinamentos, Illuminasse seu jugo? Acreditar no primeiro requer uma fé cega, que é prova de decepção. Para acreditar no segundo basta a razão e a lógica. A discussão deste ponto vem custando à Humanidade rios de tinta e mares de sangue, [mas, com rios de tinta e mares de sangue jamais obteremos a Resposta Verdadeira.] [In: A Doutrina Secreta, de autoria de Helena Petrovna Blavatsky.]

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para nossas dúvidas, indecisões e angústias,

insabidades, desconhecimentos e obscurezas,

não encontraremos a Resposta Verdadeira

com rios de tinta e mares de sangue,

com rios de sangue e mares de tinta,

com terrorismo e guerras santas,

com genocídio e destruições,

nos livros, nas religiões e nos dogmas,

nos catecismos, nos almanaques e nos preceitos,

nas palavras sábias dos gurus,

nos discursos grandiloqüentes,

nos sermões altissonantes,

nas pregações vociferantes,

 

 

 

 

na presumida infalibilidade dos falibilíssimos,

nas promessas dos pseudo-iluminados,

nas profecias dos adivinhos marca roscofe,

na mediunidade dos exaltados,

nos delírios dos esquizofrênicos,

nas mandingas dos abracadabristas,

nas prédicas dos apostolicistas mal-intencionados,

nos papos-furados dos magos negros,

nos argumentos de autoridade,

nas ameaças dos fanáticos,

nas intimidações dos ultramontanistas,

pela imitação das vidas santificadas,

pela dependência escravizante à tradição,

esperando uma epifania,

na automortificação, no eremitismo e no celibato,

praticando qualquer tipo de sacrifício,

fazendo qualquer tipo de oblação,

fazendo qualquer tipo de doação,

tentando fazer negócios com deus,

tentando fazer negócios com os santos,

dando três pulinhos para São Longuinho,

comendo os pãezinhos de Santo Antônio,

indo à igreja todos os dias,

esperando um milagre iluminante,

achando que somos escolhidos ou abençoados,

achando que somos preferidos ou especiais,

nos jejuns, nas privações e nas abstinências,

nos rituais, nas procissões, nos círios e nos templos,

nas catedrais, nas sinagogas e nas mesquitas,

nos terreiros de candomblé e nas reuniões mediúnicas,

na crendice, na ajoelhação e na oração,

aqui, ali, lá e do lado de fora. Não!

 

Só encontraremos a Resposta Verdadeira

para nossas dúvidas, indecisões e angústias,

insabidades, desconhecimentos e obscurezas,

em Silêncio, no nosso Coração.

Sim, só em Silêncio ouviremos

a Voz do Silêncio

– a Voz do nosso Deus Interior.