RELÂMPAGO

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

As coisas temporais são ilusórias (mâyâ), embora pareçam permanentes para nós. E, como a eternidade não teve começo nem terá fim, a duração mais ou menos prolongada das formas é comparável a de um relâmpago. [Uma perda dura uma vida; já um orgasmo dura alguns segundos. Mas, ambos, na eternidade sem-começo-nem-fim, são relâmpagos.] [In: A Doutrina Secreta, de autoria de Helena Petrovna Blavatsky.]

 

 

 

tempo passava devagar.

Parecia mesmo não passar.

A PanVID matava sem parar.

Mortos só faziam aumentar.

 

 

 

 

Foi uma interrupção abnormal.

A intranqüilidade era geral.

Açúcar ficou com gosto de sal.

A planície se tornou abissal.

 

Miliciano deu de choramingar,

dragão-de-komodo deu de miar,

assombra-pau deu de se encagaçar

e mercenário deu de peidorrear.

 

 

Mercenário Peidorreiro

 

 

Foi o maior deus-nos-acuda.

A coisa ficou mesmo cabeluda.

De todo lado apareceu ajuda,

mas, secou o leite da peituda.

 

 

 

 

Deu em rico e deu em pobre...

Deu em plebeu e deu em nobre...

Deu em digno e deu em dobre...

Deu em branco e deu em sinobre...

 

A fome de rabo do SARS-CoV-2

era maior do que a 3 por 2,

porém, não era por baião-de-2.

E matava mais do que calibre 32!

 

 

 

 

Os negacionistas negavam.

Os antivacinistas recusavam.

Os desvairados desvairavam.

E os cramulhanos gargalhavam.

 

Os especialistas ensinavam.

Os conscientes respeitavam.

Os responsáveis acatavam.

Os fraternais auxiliavam.

 

E o ponteiro foi avançando...

E a escuridão foi clareando...

E um novo dia foi aurorando...

E o regozijo foi pintando...

 

Como um relâmpago silente,

a PanVID acabou de repente.

Ninguém mais ficou doente;

cada aflito ficou contente.

 

Será que aprendemos a lição?

Será que dominaremos o dragão?

Ou, ainda escravos da ilusão,

 

Uma coisa não devemos esquecer:

somos os arquitetos do vir-a-ser.

VIVEREMOS, se merecermos VIVER;

morreremos, se tivermos que morrer.

 

Para cada causa –› um efeito.

Compensaremos cada malfeito.

Cada equívoco será desfeito.

 

 

 

 

 

 

Música de fundo:

Smoke Gets In Your Eyes
Composição: Jerome Kern (música) & Otto Harbach (letra)
Interpretação: Jon England

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=bDW7DiBMLYU

 

Páginas da Internet consultadas:

https://br.depositphotos.com

http://www.newdesignfile.com

https://br.pinterest.com/pin/550072541966032487/

https://giphy.com/search/graveyard

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https://gifer.com/en/3oLV

https://www.animatedimages.org

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