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Notas:
1. As
pessoas, de um modo geral, podem até compreender o sentido oculto
desta máxima, podem se comover e podem, inclusive, chorar. Mas, dez
segundos depois, já esqueceram. E se lhe oferecerem um bacalhau a
Gomes de Sá, um camarão com catupiry, um peru com farofa e
salada de maionese, um porquinho à pururuca ou um churrasco, nem
pestanejam: comem alucinadamente até cagarem um garçom. Sabem
por quê? Porque a razão compreende e a emoção
comove; todavia, a transrazão (ou realização mística
interna) não se deu. O fato concreto e inelutável é
que matando ou não matando os animais, mas comendo-os, somos cúmplices
e responsáveis pelo seu sofrimento e pelo rompimento de sua evolução
neste Plano. Se não compreendermos adequadamente isto agora, compreenderemos
de qualquer maneira depois de batermos a alcatra na terra ingrata. Mas será
com muita vergonha e muita dor. Somos todos UM!
2. Aqui
não se deve confundir raiva com ódio. O ódio sinonimiza
com fúria, malevolência, repulsão e covardia; a raiva
(mística) é um sentimento de irritação, de indignação
ou de frustração, motivado, basicamente, pela injustiça,
pelo egoísmo e pela irresponsabilidade.
3. Mas
isto deverá, sempre, ser categórico; jamais hipotético.
4. Aqui,
claramente, está contida, nas entrelinhas, a reflexão emersoniana
a respeito da riqueza interior, que jamais poderá ser comprada com
dinheiro ou com iniciações remuneradas.
5. A
palavra Brahmin, em inglês, pode ser entendidada também
como Brahman, devido a algumas edições da tradução
dos Upanishads. Em A Origem e o Surgimento do Budismo,
texto de Marco A. Arantes, há a seguinte informação:
Há
cerca de 2.500 anos, tinham início na Índia dois movimentos
que determinaram, pelos seus pressupostos de igualdade, total emancipação
e dignidade da pessoa humana, toda uma reavaliação do homem
enquanto indivíduo e como elemento participante da ordenação
do Universo. O Budismo e o Jainismo traziam consigo uma revisão dos
valores impostos pelo Bramanismo, então reinante na Índia,
que impunham ao ser humano uma condição de absoluta passividade
ante seu destino que se decidia ao arbítrio dos inúmeros deuses
e dos temidos e todo-poderosos sacerdotes, indispensáveis intermediários
entre o homem e a divindade.
Fundado
por Vardhamana (Mahavira), o Jainismo, que nos tempos atuais teve em Mahatma
Ghandi um exemplar seguidor com a 'resistência' e a 'não-violência',
é aqui mencionado apenas de passagem, e devido à coincidência
histórica do seu surgimento juntamente com o do Budismo, em cuja
apreciação nos deteremos um pouco mais sem contanto qualquer
pretensão de explicá-lo ou defini-lo, visto que a própria
visão que o Budismo formula do conhecimento questiona, já
de início, o valor do didatismo, o simples amontoamento de dados
informativos e que não determinem de imediato algum resultado positivo
e eminentemente prático. Ou mais do que isso: todo conhecimento,
para ter qualquer valor além do meramente decorativo, já deve
ser um resultado em si.
Empírico
por excelência, o pensador Budista vê o exercício gratuito
do pensamento, a teorização sistemática e a abstração
que a nada o leva com profunda suspeita e como um aviltamento da inteligência.
O próprio Sidarta Gotama lembrava que ao receber uma flechada a primeira
coisa que ocorre ao indivíduo é arrancar de si a flecha que
o fere, e não cogitar sobre a madeira com que foi feita ou sobre
quem a teria disparado ou porque o teria feito. Viver é um processo
doloroso: a frustração, o medo, a doença, a morte,
a separação, a tristeza são coisas que todos, mais
cedo ou mais tarde, acabaremos inexoravelmente por conhecer. E não
há de ser o cerebrinismo ou a complicada tessitura das charadas metafísicas
que curarão a dor que a vida traz consigo, e que é simplesmente
a dor de se viver. O que é preciso é arrancar a flecha, aqui
e agora, lembrando que o nome do arqueiro é irrelevante, e conhecê-lo,
ao menos de momento, em nada nos ajudará.
Qualquer
aproximação didática do Budismo é, pois, uma
contradição à sua essência, valendo apenas como
mais uma informação que se recolhe, tão boa ou tão
má quanto uma outra informação qualquer. O homem que
leu todos os livros que já se escreveram sobre o Budismo, desde o
Tripitaka, é apenas um homem que sabe tudo o que já se disse
sobre o Budismo, mas a não ser que ele viva o Budismo, ele nada sabe
verdadeiramente sobre o assunto. Porque Budismo não se diz; se faz
e se é. Caso contrário é história ou folclore.
Há
aproximadamente 5.000 anos, os dravídicos perdiam as suas características
nômades e se estabeleciam na região do Punjab e Sindh, construindo
Harappa e Mohenjo-Daro, onde recentes escavações revelaram
a existência de uma cultura urbana surpreendentemente desenvolvida.
Ao mesmo tempo, porém, em que se encontravam testemunhos de uma cultura
sofisticada, descobriram-se vastas regiões cobertas de ruínas
calcinadas, cinzas e esqueletos, o que atestava também a belicosidade
e a violência daqueles povos.
Aparentemente,
o paradoxo das civilizações sempre acompanhou o homem no decorrer
da sua história: na proporção exata em que ele se agrupava
formando civilizações e fundando cidades, possibilitando,
assim, o florescimento de uma cultura mais minuciosa e mais diversificada
pela comunhão de esforços dos elementos da urbe ou do grupo,
ele experimentava também um recuo em seus valores humanos básicos,
tornando-se mais cruel e predatório. As ruínas dos incêndios
e o grande número de esqueletos, testemunhas de terríveis
massacres, nos apontam hoje a violência com que os dravidianos e os
arianos, um outro ramo da mesma onda migratória, desceram até
a Pérsia vindos da Europa Central, tendo finalmente consolidado,
há cerca de 3.000 anos, um império sólido e sempre
expansionista, com base na planície do Ganges. A partir deste estabelecimento
inicial, em hordas sucessivas de ocupação, eles invadiram
todo o resto da península, impondo, pela força aos povos conquistados,
o seu mando, a sua cultura e a sua religião.
Um
povo autoritário, individualista e relativamente pouco numérico,
eles lançaram mão de um sistema de estratificação
social em castas, que impunham aonde chegava seu império, facilitando
assim o controle das populações.
Havia
a casta dos Brahmin (sacerdotes), a dos Kshatriya (guerreiros), a dos Vaishya
(trabalhadores e comerciantes) a dos Sudra (povos conquistados).
Este
sistema era sancionado pelos Vedas, conjunto de textos sagrados da cultura
ariana compostos de 3500 a 3300 anos, e que se dividiam em quatro livros:
Rigveda, Yajurveda, Samaveda e Atarvaveda. Originariamente, um simples ritual
de sacrifícios para obter os favores dos inúmeros deuses do
Universo, a religião védica gradualmente evoluiu a um sistema
de aplicação mais prática, servindo aos propósitos
expansionistas dos conquistadores arianos e a afirmação da
casta tirânica dos Brahmins, que conseguiu se levantar a níveis
de absoluta e indiscutível autoridade.
Não
havia, para os Vedas, a noção de mérito pessoal na
conquista de uma vida futura mais propícia. Toda intermediação
entre o homem e os deuses era feita através dos sacerdotes, e seus
méritos eram decorrentes da quantidade e qualidade dos sacrifícios
que apresentasse aos Brahmins e dos rituais a que se submetesse...
6. Os
Sete Sagrados, conforme explica Maurílio Eugênio, podem ser
uma referência ao Sol, à Lua, a Mercúrio, a Vênus,
a Marte, a Júpiter e a Saturno.
7. Para
que precisará de um céu aquele que edificou e realizou seu
Deus Interno e Nele se transformou?
Bibliografia:
EMERSON,
Ralph Waldo. Ensaios.
2ª edição. Rio de Janeiro: Imago Editora Ltda., 1994.
Páginas
da Internet consultadas:
http://www.riobudavihara.com/lotusorigens.php
http://worldlingo.com/ma/enwiki/pt/Brahmin
http://www.mail-archive.com/becodalama
@yahoogroups.com/msg04753.html
http://www.eurooscar.com/Frases2
/frases-de-autores-diversos-10.htm
http://ipsislitteris.opsblog.org/2009/09/
10/eis-a-verdade-ralph-waldo/
http://www.netfrases.com/frases-e-
pensamentos-de-ralph-waldo-emerson.html
http://www.frases.mensagens.nom.br/
frases-autor-r-ralphwaldoemerson.html
http://rivalcir.com.br/frases/
ralphwaldoemerson.html
http://danielacarneiro.com/images/timidez2.jpg
http://admrbadran.wordpress.com/2009
/04/26/o-poder-da-midia-e-o-consumo/
http://en.wikipedia.org/wiki/
Ralph_Waldo_Emerson#Final_years_and_death
http://www.frasesfamosas.com.br/de/
ralph-waldo-emerson.html
http://www.pensador.info/autor/
Ralph_Waldo_Emerson/
http://livroseafins.com/frases-
ralph-waldo-emerson/
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Ralph_Waldo_Emerson
http://pt.wikiquote.org/wiki/
Ralph_Waldo_Emerson
Fundo
musical:
The
Song Is You
Música: Jerome Kern
Letra: Oscar Hammerstein II
Fonte:
http://www.bestmp3links.com/midi/
midifiles/jazz/the-song-is-you.php