* Gallus,
galli é galo em latim, que eu só usei no poema para rimar
com phallus, phalli, ou seja, falo (representação
do penis erectus, adorado pelos antigos como símbolo da
fecundidade da natureza, e que, nas festas de Baco, era cerimoniosamente
levavado como símbolo
da geração).
Realmente uma frescurinha literária da minha parte, já que
eu poderia muito bem ter usado falo e não precisava ficar dando todas
estas explicações históricas meio que inúteis
e sem graça. A única justificativa plausível para dar
cabimento à frescurinha literária é porque Baco, junto
com Cupido, Diana, Fauno, Marte, Mercúrio, Minerva, Netuno, Vênus,
Vesta, Vulcano e Calipso, é um deus da mitologia romana arcaica (que
sofreu grandes modificações com a incorporação
de grande parte da mitologia grega)... E os romanos se expressavam em latim.
Bem, seja como for, essa parece ser a origem das famosas bacanálias,
festividades romanas em honra de Baco (à imitação das
festas dionisíacas gregas) Daí, portanto – e depois
de todas estas explicações históricas meio que inúteis
e sem qualquer graça ou chalaça – no caso deste poema,
o rabo de gallus ter sido usado para rimar com phallus (subentendidamente
erectus et activus; jamais mollis aut somnolentus).
5 e
5a. Uca é sinônimo de: abre, abre-bondade, abre-coração,
abrideira, abridora, aca, ácido, aço, acuicui, a-do-ó,
água, água-benta, água-bórica, água-branca,
água-bruta, água-de-briga, água-de-cana, água-de-setembro,
água-lisa, água-pé, água-pra-tudo, água-que-gato-não-bebe,
água-que-passarinho-não-bebe, aguardente, aguarrás,
agundu, alicate, alpista, alpiste, amarelinha, amorosa, anacuíta,
angico, aninha, apaga-tristeza, a-que-incha, aquela-que-matou-o-guarda,
a-que-matou-o-guarda, aquiqui, arapari, ardosa, ardose, ariranha, arrebenta-peito,
assina-ponto, assovio-de-cobra, azeite, azougue, azulada, azuladinha, azulina,
azulzinha, bafo-de-tigre, baga, bagaceira, baronesa, bataclã, bicarbonato-de-soda,
bicha, bichinha, bicho, bico, birinaite, birinata, birita, birrada, bitruca,
boa, boa-pra-tudo, bom-pra-tudo, borbulhante, boresca, braba, branca, brande,
branquinha, brasa, braseira, braseiro, brasileira, brasileirinha, brava,
briba, cachaça, cachorro-de-engenheiro, caeba, café-branco,
caiana, caianarana, caianinha, calibrina, camarada, cambraia, cambrainha,
camulaia, cana, cana-capim, cândida, canguara, canha, canicilina,
caninha, caninha-verde, canjebrina, canjica, capote-de-pobre, cascabulho,
cascarobil, cascavel, catinguenta, catrau, catrau-campeche, catuta, cauim,
caúna, caxaramba, caxiri, caxirim, caxixi, cem-virtudes, chá-de-cana,
chambirra, champanha-da-terra, chatô, chica, chica-boa, chora-menina,
chorinho, choro, chuchu, cidrão, cipinhinha, cipó, cobertor-de-pobre,
cobreia, cobreira, coco, concentrada, congonha, conguruti, corta-bainha,
cotréia, crislotique, crua, cruaca, cumbe, cumbeca, cumbica, cumulaia,
cura-tudo, danada, danadinha, danadona, danguá, delas-frias, delegado-de-laranjeiras,
dengosa, desmanchada, desmanchadeira, desmancha-samba, dindinha, doidinha,
dona-branca, dormideira, ela, elixir, engenhoca, engasga-gato, espanta-moleque,
espiridina, espridina, espírito, esquenta-aqui-dentro, esquenta-corpo,
esquenta-dentro, esquenta-por-dentro, estricnina, extrato-hepático,
faz-xodó, ferro, filha-de-senhor-de-engenho, filha-do-engenho, filha-do-senhor-do-engenho,
fogo, fogosa, forra-peito, fragadô, friinha, fruta, garapa-doida,
gás, gasolina, gaspa, gengibirra, girgolina, girumba, glostora, goró,
gororoba, gororobinha, gramática, granzosa, gravanji, grogue (CAB),
guampa, guarupada, homeopatia, iaiá-me-sacode, igarapé-mirim,
imaculada, imbiriba, incha, insquento, isbelique, isca, já-começa,
jamaica, januária, jeriba, jeribita, jinjibirra, juçara, junça,
jura, jurubita, jurupinga, lágrima-de-virgem, lamparina, lanterneta,
lapinga, laprinja, lebrea, lebréia, legume, levanta-velho, limpa,
limpa-goela, limpa-olho, limpinha, linda, lindinha, linha-branca, lisa,
lisinha, maçangana, maçaranduba, maciça, malafa, malafo,
malavo, malunga, malvada, mamadeira, mamãe-de-aluana (ou aluanda
ou aruana ou aruanda ou luana ou luanda), mamãe-sacode, manduraba,
mandureba, mangaba, mangabinha, marafa, marafo, maria-branca, maria-meu-bem,
maria-teimosa, mariquinhas, martelo, marumbis, marvada, marvadinha, mata-bicho,
mata-paixão, mateus, melé, meleira, meropéia, meu-consolo,
miana, mijo-de-cão, mindorra, minduba, mindubinha, miscorete, mistria,
moça-branca, moça-loura, molhadura, monjopina, montuava, morrão,
morretiana, muamba, mulata, mulatinha, muncadinho, mundureba, mungango,
não-sei-quê, negrita, nó-cego, nordígena, número-um,
óleo, óleo-de-cana, omim-fum-fum, oranganje, oroganje, orontanje,
oti, otim, otim-fifum, otim-fim-fim, panete, parati, parda, parnaíba,
patrícia, pau-de-urubu, pau-no-burro, pau-selado, pé-de-briga,
péla-goela, pelecopá, penicilina, perigosa, petróleo,
pevide, pílcia, pilóia, pilora, pindaíba, pindaíva,
pindonga, pinga, pingada, pinga-mansa, pinguinha, piraçununga, piribita,
pirita, pitianga, pitula, porco, porongo, preciosa, prego, presepe, pringoméia,
pura, purinha, purona, quebra-goela, quebra-jejum, quebra-munheca, quindim,
rama, remédio, restilo, retrós, rija, ripa, roxo-forte, salsaparrilha-de-brístol,
samba, santa-branca, santamarense, santa-maria, santinha, santo-onofre-de-bodega,
semente-de-arenga, semente-de-arrenga, sete-virtudes, sinhaninha, sinhazinha,
sipia, siúba, sorna, sumo-da-cana, sumo-de-cana-torta, suor-de-alambique,
suor-de-cana-torta, supupara, suruca, tafiá, tanguara, teimosa, teimosinha,
tempero, terebintina, tiguara, tindola, tíner, tinguaciba, tiguara,
tiquara, tira-calor, tira-juízo, tira-teima, tira-vergonha, titara,
tiúba, tome-juízo, três-martelos, três-tombos,
uma-aí, unganjo, upa, urina-de-santo, vela, veneno, venenosa, virge,
virgem, xarope-de-grindélia, xarope-dos-bebos, xarope-galeno, ximbica,
ximbira, xinabre, xinapre, zuninga et cetera. E carolina é
sinônimo de branca, branquinha, brilho, cocaína [fórmula
química: C17H21NO4],
farinha, neve, realce, senhora, pó et cetera.
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Dosojin
Japonês** |
Narigada
na Taturana***
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** Dosojins
são estátuas que representam as divindades que protegem
os viajantes contra os maus espíritos, garantindo sua segurança.
Geralmente, são encontrados nas estradas e cruzamentos. Originalmente,
serviam também para demarcar os limites das vilas. Atualmente, acredita-se
que ajudam casais e crianças. Muitos deuses fálicos se transformaram
em espíritos guardiões, como acabou sucedendo com os Dosojins
japoneses. Basta olhar para a figura acima para que se entenda logo porque
esses Dosojins se tornaram espíritos guardiães e
protetores dos viajantes contra os maus espíritos! Com todo respeito,
mas se um Dosojin desses viesse trabalhar aqui no Rio de Janeiro
como leão-de-chácara, em qualquer casa de diversão,
a ordem e o respeito seriam mantidos sem qualquer esforço ou contestação,
e a polícia poderia se dedicar a outras tarefas. E uma meia dúzia
deles, tenho certeza, poria a Cidade Maravilhosa nos eixos em menos de uma
semana. Bastava sair distribuindo mimosas porretadas fálico-dosojinícas
com os seus phalli monumentais nas cabeças
dos meliantes. Em São Paulo talvez demorasse um pouco mais porque
a cidade é maior, mas ela também entraria nos eixos. Para
finalizar, cabe uma explicação complementar: meti este pequeno
apêndice fálico neste texto inspirado nos e por causa dos deuses
Min e Baco. E assim, a Humanidade vai saltitando de um deus para outro,
vivendo e morrendo, crendo e descrendo, matando e esfolando.
***Taturana
= Carreira Grande e Grossa de Cocaína.
Páginas
da Internet consultadas:
http://40anos.nikkeybrasil.com.br/
ptbr/biografia.php?cod=243
http://pt.wikipedia.org/wiki/Integral_de_volume
http://www.brasilinter.com.br/
guerraproscrita/relancamentonilva.htm
http://www.geocities.com/
egyptology2000/dinastiasegipcias.html
http://www.istockphoto.com/
file_closeup/?id=2548590&refnum=810787
http://www.brasilescola.com/
mitologia/mitologia-romana.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dioniso
http://pt.wiktionary.org/wiki/falo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Baco
http://pt.wikipedia.org/wiki/Falo
Fundo
musical:
Tarantella
Abruzzese
Fonte:
http://www.lumiarte.com/
luardeoutono/musitalia/index.html