QUOD  ERAT  DEMONSTRANDUM
(Como se Queria Demonstrar)

 

 

 

Teorema das Quatro Cores1

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Unimultiverso

Unimultiverso

 

 

 

Seja o Universo um só Universo,

seja o Universo um Unimultiverso2

– e isto, de fato, não importa nada –

duas coisas são incontraditáveis:

1ª) o xongas não pode gerar xongas

(porque não existe o tal do xongas);

e 2ª) o que foi, o que é e o que será,

in potentia ou in actu – existem hoje,

sempre existiram e sempre existirão.

 

 

Em a Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
[Antoine Laurent de Lavoisier (Paris, 26 de agosto de 1743 – Paris, 8 de maio de 1794)]

 

 

No Universo ou no Unimultiverso,

não há coelhos saindo de cartolas.

 

 

 

 

Há, sim, movimento e há mudança,

mas, não há criação nem descriação.

Há, sim, mânvântâras e há prâlâyas,

mas, não há Big Bang nem Big Crunch.

Há, sim, manifestação e há quietude,

mas, não há sumiço nem extravio.

Há, sim, construção e há destruição,

mas, não há aniquilamento nem fim.

Há, sim, 4 1 + 2 + 3 = 4 = 10 1 = 0 = 1,

mas, não há cessação nem descontinuação.

O individual está no Todo-um

e o Todo-um está no individual,

o simples está no complexo

e o complexo está simples,

a LLuz está nas trevas

e as trevas estão na LLuz.

Enfim, tudo está em tudo

e todos-aí estão em todos-aí.

Particionamento é miragem

e individualismo é ilusão.

Enquanto houver um no escuro,

todos nós seremos ceguetas.

Enquanto houver um doente,

todos nós estaremos mazelados.

Enquanto houver um sem-teto,

todos nós estaremos ao relento.

Enquanto houver um faminto,

todos nós seremos anêmicos.

Enquanto houver um violento,

todos nós seremos facínoras.

Enquanto houver um muro,

todos nós estaremos emparedados.

Enquanto houver um caminhando,

todos nós estaremos peregrinando.

Enquanto existir um perdido,

todos nós estaremos desviados.

Se não há exterior ao ou do Universo,

tudo acontece no interior do Universo.

Então, por que a separatividade?

Então, por que a escravização?

Então, por que a intolerância?

Então, por que intransigência?

Então, por que a ferocidade?

Então, por que a belicosidade?

Então, por que o isolacionismo?

Então, por que o nacionalismo?

Então, por que o patriotismo?

Então, por que as zil religiões?

Então, por que os zil deuses?

Então, por que os zil demônios?

Então, por que a acumulação?

Então, por que o preconceito?

Então, por que a xenofobia?

Então, por que a homofobia?

Então, por que o dogmatismo?

Então, por que o julgamento?

Então, por que a vanglória?

Então, por que a mais-valia?

Então, por que o vantagismo?

Então, por que o shylockismo?

Então, por que a Caixinha Dona Baratinha?

Então, por que os muros e os foguetes?

Então, por que as degolas e as sangueiras?

Então, por que o autoritarismo?

Então, por que o totalitarismo?

Então, por que a impositividade?

Então, por que a desfraternidade?

Então, por que tantas outras coisas?

Então, por que outras coisas tantas?

Ora, se não há do lado de fora do Universo,

tudo e todos os seres-aí são Um.

Ipso facto, em todo o Unimultiverso,

todas as existências-aí são Deuses,

e, sem exceção, tudo está interligado.

—› Quod erat demonstrandum.

 

 

 

Interconexão

Interconexão

 

 

 

______

Notas:

1. O Teorema das Quatro Cores é um teorema de formulação e conceitualização simples, mas, de demonstração extremamente complexa. A sua formulação é a seguinte: Dado um mapa plano, dividido em regiões, quatro cores são suficientes para colori-lo de forma que regiões vizinhas não partilhem a mesma cor. A prova mostrou que, se para cerca de 2000 formas básicas de mapas era possível colorir as regiões nas condições do Teorema, então, para qualquer outro mapa também seria, demonstração que é considerada um dos maiores feitos da Matemática moderna. Mas, é necessário precisar um pequeno detalhe: as regiões que só se tocam num ponto não são consideradas vizinhas. O Teorema foi demonstrado pela primeira vez em 1976 pelo matemático estadunidense Kenneth Appel e pelo matemático alemão Wolfgang Haken, utilizando um computador IBM 360, que teve de realizar bilhões de cálculos. Até hoje ninguém conseguiu uma demonstração do Teorema que não recorra a um computador.

 

 

 

2. Um Multiverso (ou Multiuniverso ou Unimultiverso) é um conjunto de muitos Universos. Existem muitos usos específicos do conceito, bem como sistemas nos quais é proposto que exista um Unimultiverso. Em Física e Cosmologia, ele pode significar:

• grupo hipotético de todos os universos possíveis;

• interpretação de muitos mundos da Física Quântica, a qual propôs uma alternativa ao colapso da função onda – cada evento não-determinístico efetivamente divide o mundo em dois ramos;

• Teoria do Universo-bolha (também conhecida como Teoria da Bolha), na qual novos Universos brotam dos antigos;

• Teoria do Universo oscilante, na qual o Universo vivencia infinitos Big Crunches seguidos por infinitos Big Bangs, cada Universo sucedendo o anterior; e

• Teoria da Inflação Caótica, que propõe uma teoria de um Unimultiverso aberto.

Já na na ficção há:

• Universo Paralelo;

• Universo DC ou Unimultiverso DC, um ambiente ficcional usado pela DC Comics; e

• Universo Marvel ou Unimultiverso Marvel, um ambiente ficcional usado pela Marvel Comics.

 

Música de fundo:

Theme from Superman
Composição e interpretação: John Williams and the London Symphony Orchestra

Fonte:

http://www.jonhoyle.com/SupermanCredits/

 

Páginas da Internet consultadas:

https://codyhouse.co/

https://www.123rf.com/

https://jammer5spolyrant.wordpress.com/

http://terraquegira.blogspot.com/2007/10/
teorema-do-mapa-de-quatro-cores.html

https://www.atractor.pt/matviva/geral/t5cores/T4C.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/Teorema_das_quatro_cores

https://www.visualcapitalist.com/

https://gfycat.com/gifs/search/multiverse

https://pt.wikipedia.org/wiki/Multiverso

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