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Nota:
1. O
que é 'pecado mortal'? Para o pior dos 'pecados',
um pensamento sincero de arrependimento, nem que seja no último momento,
é o salvo-conduto para o prosseguimento. Nada é definitivo;
nada é imudável. O talionato divino é uma tolice. O
começo do meu lento desencanto com a religião católica
– ainda que, depois, eu quase tenha me tornado padre! – se deu
em uma aula de catecismo, preparatória para a Primeira Comunhão,
na altura dos meus sete ou oito anos, quando o padre que expunha as instruções
sobre os princípios, dogmas e preceitos da doutrina católica
resolveu ensinar a diferença entre pecado mortal e pecado venial.
E, como exemplo bestial, disse que quem roubasse (ou furtasse) menos do
que cem cruzeiros cometia um pecado venial (reduzindo a graça divina,
sem, contudo, eliminá-la), e que quem roubasse (ou furtasse) mais
do que cem cruzeiros cometia um pecado mortal (perdendo a graça divina
e matando o espírito). Aquilo, para mim, nos meus sete ou oito anos,
foi uma asneira mais do que estupidificadora e muito mais do que sesquipedal.
Levantei meu braço e perguntei: — Padre, e quem rouba cem
cruzeiros, que tipo de pecado comete? O padre não soube (ou
não quis) responder, e eu, com fervor insuperável, fiz minha
Primeira Comunhão, sem saber o que acontecia com que roubava (ou
furtava) exatamente cem cruzeiros! Hoje eu sei: depende!
Observação:
Este
poema foi inspirado na lição eterna de Arthur E. Waite (1857-1942):
É preciso
questionar sempre. Para conhecer um pouco da vida deste
Ilustre Rosa+Cruz, leia o texto Uma Vida Rosacruz em Busca do Sagrado,
de autoria do Frater Rosæ Crucis, OS+B, no endereço:
http://svmmvmbonvm.org/historc/mwaite.htm
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Agora,
divirta-se!
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