Jiddu
Krishnamurti:
Só se formos completamente racionais existirá uma visão
intuitiva total. [Jiddu Krishnamurti
e David Joseph Bohm. In: A Eliminação do Tempo Psicológico
(em inglês, The
Ending of Time)]
Jiddu
Krishnamurti:
Não é o pensamento que usa a visão intuitiva; é
a visão intuitiva que usa o pensamento. Portanto, pensamento não
é memória e não está baseado na memória.
[Ibidem.]
—
Quem
sou eu? De onde vim? Para onde irei?
David
Bohm e Jiddu Krishnamurti:
O
pensamento, por ser limitado, divisível e incompleto, nunca poderá
ser racional sem a visão intuitiva (racionalidade da percepção).
A grande questão é: como poderemos ter ou adquirir esta visão
intuitiva? [Eu prefiro a
palavra (conceito) transintuitivo – além da intuição
–
porque a intuição
é um processo noético, e só através da transnoesis,
que é instantânea,
que não pertence ao tempo, que não pertence à memória,
que não possui nenhuma causa e que não está baseada
na recompensa ou no castigo, poderemos, de fato, Compreender
as coisas e como elas efetivamente são. Então, também,
ao invés de racionalidade
da percepção, acho
melhor transracionalidade
da percepção. Acho que Krishnamurti
concordaria comigo.
O grande problema da
transintuição é
que ela envolve um estado de consciência intangível, que só
é alcançado
se a mente estiver liberta do tempo, porque
o tempo não é a Base, e isto é muito difícil
de ser explicado, e mais ainda de ser compreendido. E
Krishnamurti
não quis explicitamente ir tão longe assim (porque só
complicaria mais ainda a abordagem e a discussão do tema). Enfim,
abaixo, apresento um esquema da Epistemologia Platônica, fácil
de ser entendido, com o acréscimo necessário que acabei de
explicar.] [Ibidem.]
TRANSNOESIS
–
– – – –
– – – – –
NOESIS
(Inteligência ou
Razão Intuitiva)
DIANOIA
(Entendimento
ou Razão Discursiva)
PISTIS
(Fé)
EIKASIA
(Ilusão)
David
Bohm e Jiddu Krishnamurti:
O
futuro é uma espécie de tempo imaginário. [Tanto
quanto o passado.] O
que existe no tempo é o self. Se a nossa mente puder ficar livre
do tempo, ela poderá ter uma visão intuitiva que seja totalmente
racional, e depois, então, atuar sobre o pensamento. [Ibidem.]
Jiddu
Krishnamurti:
Todo ente começa sendo, para, depois, vir a ser. [Vir
a ser que não tem
limite nem fim no vir-a-ser.] [Ibidem.]
Jiddu
Krishnamurti:
Para que a Base seja encontrada, o tempo tem de findar. [Ibidem.]
Jiddu
Krishnamurti:
O self, através da experiência, através da educação
e através do condicionamento, cria uma imagem de si mesmo, e é
esta imagem que, no tempo, fica magoada, e não o Eu Interior. O ato
é ficar livre de tudo isso imediatamente. [Ibidem.]
David
Bohm e Jiddu Krishnamurti:
Só
a racionalidade descobrirá que não existe separação.
É a ilusão de que a separação existe que ajuda
a manter a mágoa [e
todas as outras miragens e ilusões.] [Ibidem.]
Jiddu
Krishnamurti:
O tempo psicológico é uma ilusão. Ficar
livre do tempo implica a visão intuitiva. A visão intuitiva,
por estar livre do tempo, não possui pensamento [e
não depende do pensamento]. Quando existe visão
intuitiva, há somente ação [e
esta ação é instantânea e isenta de equívocos].
Enfim, a visão intuitiva não possui tempo, e, portanto,
não possui pensamentos, e, neste sentido, a visão intuitiva
é ação. [Ibidem.]
Um
Poema em Parceria com Krishnamurti
(Só espero que ele concorde com o que eu rabisquei,
senão, juro, eu vou definhar e murchar de vergonha)
Só se não tivermos mais medo
e
só se não tivermos mais dúvida,
só
se estivermos livres de todos os medos
e
só se estivermos livres de todas as dúvidas
–
do medo da religião,
do medo da salvação,
do medo da espiritualidade,
do medo do amor,
do medo da morte,
do
medo do outro,
do
medo de nós mesmos,
do
medo das tentações,
do
medo do castigo eterno,
do
medo do inferno,
do
medo dos demônios,
do medo da própria vida,
da dúvida se sobreviveremos à vida
e da dúvida se há Vida depois da morte
–
poderemos sair em peregrinação
em busca LLuz
da Verdade,
que
é inteira, que é eterna
e
que é a mesma desde-sempre,
sem
acréscimo e sem diminuição.
Portanto, só a Compreensão
paulatina da Verdade
(Verdade
que esteve, está, hoje, e sempre estará em nós)
– ainda que esta Compreensão
seja sempre relativa, mas,
progressiva
–
nos o Caminho
e nos Libertará
do falso e do inessencial,
do prescindível e do desnecessário,
das miragens e das ilusões,
das
fantasias e dos delírios,
do argumento ab absurdo,
do
argumento ad hominem,
do
argumento baculino,
do
argumento cosmológico,
do
argumento de autoridade,
do
argumento a priori,
do
argumento ex vano,
do
argumento canalhocrata,
do
argumento hipotético,
do
argumento vantajoso,
do
argumento emocional,
das
supressões e dos contra-argumentos,
das
vulgaridades e das banalidades,
das respeitabilidades e das venerabilidades,
dos preconceitos e dos coisismos,
dos abismos, das barreiras e das limitações,
das muletas, dos andadores e dos corrimões,
das velhas preferências e das novas preferências,
das antigas adorações e das novas adorações,
das vetustas tradições e das novas tradições,
dos carcomidos dogmas e dos novos dogmas,
das
bolorentas tradições e das novas tradições,
das
obsoletas proibições e das novas proibições,
tudo isto uma falsidade só que apenas agrilhoa,
obstaculiza
e procrastina a nossa manumissão.
A
única Espiritualidade
é a incorruptibilidade do Eu Interior,
que é eterno
–
a própria
harmonia entre Razão e Amor.
Esta é a Absoluta e Incondicionada Verdade, que é a própria
Vida.
A Verdade, enfim, está
sempre esteve e para sempre estará
dentro
de todos nós,
em
nosso Coração.
(Esta
repetição sublinhada foi necessária,
para
que nunca nos esqueçamos
de
que, in potentia, somos Deuses.)
A Verdade não está longe nem perto; está eternamente
aí.
Dentro
de cada um de nós.
Ninguém
a possui.
Ninguém
pode negociá-La.
Mas,
como disse René Descartes,
para examinarmos a Verdade,
é necessário colocarmos
todas as coisas em dúvida.
E,
sempre, como advertiu Martinho Lutero:
a Verdade a qualquer preço,
porque a mentira é a morte.
Todavia,
ninguém tem a Chave do Reino da Felicidade.
O Reino da Felicidade é o próprio Eu Interior.
No desenvolvimento, na purificação e na incorruptibilidade
do Eu Interior está o Reino da Eternidade.
O consolo, a felicidade e a força
somente poderão ser encontrados dentro de nós mesmos,
em
nosso Coração.
Só a Compreensão destas coisas tornará
o
ser-humano-aí-no-mundo
absolutamente e incondicionalmente livre.
Que
assim seja!
Hoje.
Já. Agora.
Está
feito. Está selado.
A.'.
U.'.
M.'.
Música
de fundo:
Atirei
o Pau no Gato
Interpretação: Galinha Pintadinha
Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=0hhz7KSEIAE
Páginas
da Internet consultadas:
http://www.citador.pt/
https://br.freepik.com/
https://aleteia.org/
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-e-a-dissolucao-da-ordem-da-estrela/
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