A QUESTÃO DA IGUALDADE

 

 

 

Como se explica isto?

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Por detrás das palavras virtuosas dos sacerdotes da igualdade se esconde a mais secreta concupiscência de tiranos. [In: Also Sprach Zarathustra: Ein Buch für Alle und Keinen (Assim Falou Zaratustra: um Livro Para Todos e Para Ninguém), escrito entre 1883 e 1885 pelo filólogo, crítico cultural, poeta e compositor e filósofo alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche.]

 

 

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos tementes?

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos sofrentes?

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos indolentes?

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos inexperientes?

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos inadimplentes?

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos intermitentes?

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos incompetentes?

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos insuficientes?

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos displicentes?

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos descontentes?

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos afligentes?

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos inclementes?

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos ambivalentes?

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos concupiscentes?

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos impudentes?

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos intransigentes?

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos diferentes?

Como poderá haver igualdade,

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos inocentes?

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos incipientes?

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos imprudentes?

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos impertinentes?

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos insolentes?

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos doentes?

omo poderá haver igualdade,

se nós ainda somos impersistentes?

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos anoitecentes?

Como poderá haver igualdade,

se nós ainda somos amentes?

Como poderá haver igualdade,

Não devemos esperar igualdade;

 

 

 

 

Para muitos, serem juízes é a suprema felicidade. Eis aqui, todavia, o conselho que vos dou, meus amigos: desconfiai de todos os que sentem poderosamente o instinto de castigar! Os que se chamam a si mesmos “bons e justos”, para serem fariseus só lhes falta o poder. [Ibidem.]

 

Muitos há que, a um só tempo, são pregadores da igualdade e tarântulas. E estas aranhas venenosas falam a favor da vida, apesar de estarem acaçapadas nas suas cavernas e afastadas da vida. Noutro tempo, foram estas tarântulas, precisamente, as que melhor souberam caluniar o mundo e queimar hereges. [Ibidem.]

 

 

Joan of Arc's Death at the Stake

Joan of Arc's Death at the Stake
(Por Anton Hermann Stilke)

 

 

só mesmo o cruel holocausto.

Mas, sempre foi o artifício

o protagonista do infausto.

 

Quase que não há diferença

entre inquisição e Nazismo.

São partes da mesma doença:

a sociopatia do despotismo.

 

O Torquemada e o Eichmann

são bufas do mesmo roscofe:

ambos com fedor de mercaptan,

misto de catástrofe com bofe.

 

 

Dois Monstros

 

 

A Justiça me fala assim: “Os seres-humanos-aí-no-mundo não são iguais”.1 [Ibidem.]

 

 

 

 

Os seres-humanos-aí-no-mundo são inventores de imagens e de fantasmas, e, com estas suas imagens e estes seus fantasmas, travam entre si o maior combate. [Ibidem.]

 

 

Fantasma

 

 

Bom e mau, rico e pobre, alto e baixo, todos os nomes de valores devem ser armas e símbolos bélicos, em sinal de que a vida sempre se haverá de superar novamente a si mesma. A vida quer se elevar e se superar a si mesma. [Ibidem.]

 

 

 

 

 

 

_____

Nota:

1. Isonomia de oportunidades? Sim. Sempre. Isonomia de justiça? Sim. Sempre. Isonomia de opções? Sim. Sempre. Isonomia de regras para todos? Sim. Sempre. Mas, estas e outras isonomias não querem dizer nem significam que sejamos todos iguaizinhos sem tirar nem pôr. Não somos. Nem aqui nem no cu-do-conde. E, basicamente, não somos iguaizinhos, porque viemos de instâncias, domínios, campos, esferas ou oitavas distintas do Teclado Universal. O fato é que o Uni(multi)verso é unimúltiplo, com diversas dimensões, o que implica em diferenças vibratórias entre todos os entes e entre todas as coisas. Talvez, por exemplo, no caso dos seres-humanos-aí-no-mundo, os dois maiores exemplo disto seja o fato de que cada um de nós possui tanto um DNA específico quanto uma impressão digital individualizada, o que nos faz únicos e nos distingue de todos os outros seres-aí. Enfim, somos todos um, sim, mas, cada um de nós é cada um.

 

 Impressões Digitais Diferentes

Impressões Digitais Diferentes

 

 

DNA      DNA

DNAs Diferentes

 

Música de fundo:

The Impossible Dream (The Quest)
Compositores; Mitch Leigh (música) & Joe Darion (letra)
Interpretação: Elvis Presley

Fonte:

https://youtubemp3lab.com/?v=-Mfd4E7kpvc

 

Páginas da Internet consultadas:

https://myrealdomain.com/

https://pt.123rf.com/

https://www.pinterest.cl/pin/516365913519237928/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Adolf_Eichmann

https://www.art.com/products/p36986054480-sa-i9602668/he
rmann-anton-stilke-joan-of-arc-s-death-at-the-stake-1843.htm

https://www.paraclitus.com.br/arqueologia-
sacra/as-reliquias-de-santa-joana-darc

https://www.animatedimages.org/

https://es.fotolia.com/search

http://www.clipartquery.com/clipart/3M8VLj/

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