AFINAL, QUEM SOMOS NÓS?

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Pedra de Ingá
(Estado da Paraíba, Brasil)

 

 

 

Para se fazer qualquer pesquisa producente e frutífera e para se chegar a uma finalização concertada e aproveitável, é necessário que se tenha muita paciência, imaginação criadora, humildade, honestidade científica e não tentar ficar procurando estrelas ao meio-dia. Portanto, por exemplo, quanto aos nossos ancestrais de há vinte ou trinta mil anos, deveremos deixar de os considerar como feiticeiros selvagens obsedados pela caça e como primitivos obscuros a dançar ao redor de totens venatórios. Devem, sim, ser credores de nosso respeito. Enfim, como poderemos ter qualquer tipo de certeza sobre o funcionamento do espírito humano nas eras remotas? Neste sentido, relativamente à pré-história, todos os nossos conhecimentos devem ser revistos à luz do método estritamente objetivo e impessoal de numeração estatística. Seja como for, o homem da última glaciação era um ser tão complexo quanto nós. [Aliás, todos devem ser credores do nosso respeito. O contrário disso é carregar na bagagem prejulgamentos, preconceitos, boçalidades e separatividades – desgraças esquizofrênicas e medievais que, por exemplo, produziram, recentemente, a maldita Guerra Russo-ucraniana.] [In: O Homem Eterno, de autoria de Louis Pauwels e Jacques Bergier.]

 

 

 

Quem somos nós para afirmar

que um Myrmecophaga tridactyla

é mais importante do que um Nasutitermes globiceps?

 

Quem somos nós para condenar

qualquer ser-humano-aí-no-mundo

à pena capital?

 

Quem somos nós para julgar, criminar ou perdoar?

 

Quem somos nós para expatriar e desterrar?

 

Quem somos nós para vendettar e (mandar) matar?

 

Quem somos nós para obstaculizar e interditar?

 

Quem somos nós para

preconceituar as mulheres?

 

Quem somos nós para preconceituar

os pobres e os sem-teto?

 

Quem somos nós para preconceituar

os índios e os negros?

 

Quem somos nós para preconceituar

os LGBTQIA+?

 

Quem somos nós para preconceituar

os judeus e os muçulmanos?

 

Quem somos nós para preconceituar

as pessoas de outras religiões?

 

Quem somos nós para

impor os nossos deuses e dogmas aos outros?

 

Quem somos nós para preconceituar

os gordinhos e os magrinhos?


Quem somos nós para preconceituar

os pernas pequenas e os deficientes físicos?

 

Quem somos nós para preconceituar

os que têm uma afiliação política diferente da nossa?

 

Quem somos nós para preconceituar

os velhinhos caducos e gagás?

 

Quem somos nós para preconceituar

os quiquiquis, os ceguinhos e os mouquinhos?

 

Quem somos nós para preconceituar

os analfabetos e os incultos?

 

Quem somos nós para preconceituar

os feiosos e as múmias paralíticas?

 

Quem somos nós para preconceituar,

putínica e cruelmente, os ucranianos?

 

Quem somos nós para impor

as nossas idéias e ideais aos outros?

 

Quem somos nós para dizer

o que é certo e o que é errado?

 

Quem somos nós para fazer

escolhas pelos outros?

 

Quem somos nós para constranger

as pessoas a não se vacinar

e tentar instituir a imunidade de rebanho por contaminação?

 

Quem somos nós para estabelecer

um apartheid de vacinas?

 

Quem somos nós para ensinar

o que não sabemos?

Pagaremos caro por esta irresponsabilidade.

 

 

 

 

Afinal, quem somos nós?

Bem, muitos não sabem, mas, são uma

mistura podre de magos negros com demônios!

Só se Compreendermos nos Libertaremos.

 

 

 

 

 

 

 

Música de fundo:

Teach me Tonight
Composição: Gene De Paul (música) & Sammy Cahn (letra)
Interpretação: Frank Sinatra

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.tripadvisor.com.br/

https://gifer.com/en/7Ob8

 

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