Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Chico Anysio       Duas máximas do genial humorista, ator, comentarista, compositor, diretor de cinema, escritor, pintor, radialista e roteirista brasileiro Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, conhecido artisticamente como Chico Anysio (Maranguape, 12 de abril de 1931 – Rio de Janeiro, 23 de março de 2012): O Brasil tem uma elite política que sabe empregar bem os pronomes e melhor ainda os parentes. No Brasil de hoje, os cidadãos têm medo do futuro. Já os políticos têm medo do passado. [Por outro lado, os cagarolas têm medo do inferno e os donos das religiões têm medo de perder os carolas!]   Fonte: http://www.direitoglobal.com.br/noticias/aspone-e-asmene/

 

 

 

 

 

 

 

 

E o Brasil?

E o ?

 

E o sangue?

Escorre!

E o exangue?

Morre!

 

É o Aliado...

É o Fazendão...

É o Enteado...

É o Passadão...

 

É abissal...

É sem-leme...

É o maioral...

 

É o estragado...

É o tubarão...

É o subornado...

É o velhacão...

 

É o falsário...

É o trambiqueiro...

É o estelionatário...

É o tramoieiro...

 

É o falacioso...

É o berdamerda...

É o mentiroso...

É o don esquerda...

 

Se for prafrentemente:

é ladrão que não acaba mais!

Se for pratrasmente:

é ratão em-excesso-por-demais!

 

E o zé-povinho?

Sempre escravizado!

E o colarinho?

Sempre engomado!

 

E a dignidade?

Ea honestidade?

 

E a pimenta?

No seu!

E a água-benta?

No meu!

 

Só propina!

Só descaração!

Só vitamina!

Só corrupção!

 

E a correção?

E a retidão?

 

E o desdouro?

Quem liga?

E o vindouro?

Uma espiga.

 

Não há abotoadura

para o malfeito.

Não há fazedura

sem um efeito.

 

O que desfigurarmos

compensaremos.

O que esculhambarmos

retribuiremos.

 

Nada desvanece;

tudo fica inventariado.

Nada empalidece;

tudo fica registrado.

 

E assim, por isto:

.

Deveria ser isto:

.

 

Os avisos

estão dados.

Os prejuízos

serão cobrados.

 

Tudo, tudo

já foi dito.

E o orelhudo?

Chorará solito!

 

E a G.'. L.'. N.'.?

Incita o bilbode.

E a G.'. L.'. B.'.?

Faz o que pode.

 

 

 

— E agora?
— Demorará um pouquinho mais!