Alerta
aos Pais
Diferentemente
das pulseiras da campanha contra o câncer, promovida pelo
ciclista estado-unidense Lance Armstrong – conhecido por ter
vencido o Tour de France sete vezes consecutivas (1999
– 2005), logo após ter se restabelecido de um câncer
– e que viraram fenômeno mundial há cinco anos,
os novos adereços (pulseiras do sexo) fazem parte de um jogo
de conotação sexual. Cada cor representa um ato afetivo
ou sexual, que vai desde um simples abraço a relações
sexuais completas, como, por exemplo, uma menina que esteja usando
uma pulseira branca escolhe o que lhe apetecer, e uma que esteja
usando uma pulseira preta gosta de sexo na posição
do missionário, popularmente chamada de papai & mamãe
– uma das posições da multissecular Kamasutram,
obra conhecida no mundo ocidental como Kama
Sutra e considerada o trabalho definitivo sobre amor
na literatura sânscrita, escrita por Vatsyayana, um filósofo
indiano de tradição Carvaka e Lokyata, que viveu mais
ou menos cinco séculos antes da era cristã.
Posição
do Missionário
Em
teoria, a garota que teve a pulseira arrebentada, pois é
assim que a coisa funciona, precisa cumprir o que comanda a cor.
Se a ninfeta se recusar a cumprir, o pau canta na casa de noca,
e se a garota bobear ou der azar, poderá até ser estuprada.
O jogo, conhecido como snap,
teve início na Inglaterra, e, naquele
país, as pulseiras são chamadas de shag
bands (pulseiras do sexo, em tradução
livre).
A
psicóloga Fernanda Gorosito, da clínica Criança
em Foco, diz que os pais, se perceberem que seus filhos compraram
ou ganharam as pulseiras, não devem agir de forma apressada.
—
A proibição vai causar maior curiosidade. Para as
crianças, tudo não passa de uma brincadeira; elas
não entendem a conotação do ato. Os pais precisam
conversar para explicar que isso pode ser um ato de desrespeito
com o próprio corpo — diz a psicóloga.
Ela informa ainda que a partir dos oito anos as crianças
começam a diferenciar o masculino do feminino e a mostrar
sentimento pelos colegas. Por isto, alguns chamam um amigo de namorado
ou de namorada, sem sequer trocar um beijo. —
O namoro,
nesta idade, consiste em tomar o lanche juntos, por exemplo. Eles
estão desenvolvendo o gostar, o diferenciar os sexos. Mas
ainda não têm noção do que é desejo
sexual, o que vão desenvolver somente na adolescência
— explica Fernanda Gorosito. Ela reafirma, no entanto, que,
mesmo para adolescentes, a orientação sobre respeito
ao corpo deve partir dos pais, que, com calma e com diálogo,
devem e precisam estabelecer os limites.
Como
em quase tudo na adolescência, existe um estigma por detrás
das pulseiras coloridas: a menina que não as usar poderá
ser excluída; e a que usar as cores preta (que significa
fazer sexo, querendo ou não querendo, com o rapaz que arrebentar
a pulseira) e/ou dourada (que significa fazer todo tipo de sexo,
inclusive 69, 120, 2.475.337, golden
shower1
e brown
shower1a)
é mais respeitada. "Esta, sim, sabe das coisas",
pensam os rapazes.
O
pior de toda esta diabólica engendração –
orquestrada pelos sequazes da Grande Loja Negra – é
que os pedófilos de todas as tendências estão
tinindo e adorando a novidade!
Juro:
eu não sou saudosista, mas antigamente, no meu tempo de rapaz,
tudo era tão diferente! Dançar um Besame
Mucho com Ray Conniff,
de rostinho colado, era o máximo; era mesmo rodopiar no paraíso!
Os feelings
eram outros, e, por exemplo, uma inocente masturbação
depois de um baile de formatura – que eu ia de summer
– requeria só um tiquinho de imaginação2,
não Internet!
Pais:
dêem uma pesquisada nesta matéria; o
tem centenas de páginas em português sobre este assunto.
Se vocês não conheciam este tenebroso tema, agora não
poderão mais dizer que desconhecem. Seus filhos precisam
mais de vocês do que de água para beber! Omissão
é uma das maiores desgraças do ser humano; omissão
com os filhos escapa à possibilidade de qualquer qualificação.
Agora, por favor, atenção: usem todos os arqumentos
que acharem que são pertinentes, menos o de dizer que sexo
é pecado, porque, primeiro, não é, e, segundo,
aí mesmo é que seus filhos irão fazer. Pecar
é bom demais! Pais: lembrem-se da frase de Santo Agostinho
de Hipona (354 d.C. – 430), quando ele entendeu que tinha
que se converter, mas ainda não tinha a coragem suficiente:
Senhor,
dai-me a castidade; mas não ainda. O
que Santo
Agostinho pensou,
mas não disse ao Deus de sua compreensão, foi: "Como
posso me converter, se não consigo me livrar do desejo da
carne?" A dignidade deste Doctor
Gratiæ patrístico impedia que ele se convertesse,
se não fosse em latitude e em longitude, por dentro e por
fora. Ele sabia muito bem que enquanto não usasse seu membro
genital só para fazer xixi não poderia se converter.
Oh!, como é difícil essa tal de dignidade!
Santo
Agostinho de Hipona