PROTÁGORAS

 

 

 

Protágoras de Abdera

Protágoras de Abdera

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Objetivo do Estudo

 

 

 

Mais uma vez Platão. Este estudo, que nada oferece de original, pois é mais um Ctrl c —› Ctrl v, tem por objetivo apresentar para reflexão algumas migalhinhas da obra platônica Protágoras, de quem Sócrates, segundo Platão, teria dito: — Daqueles que conheço, és o que mais admiro, especialmente entre os da tua idade. E digo mesmo que não me espantaria se te tornasses famoso entre os homens pela tua sabedoria. Nesta obra, no final, Protágoras de Abdera (Abdera, ~ 485 a.C. – Sicília, 410 a.C.), reconhecido como um dos mais célebres sábios da época, manifesta de forma clara a admiração que nutre pelo jovem Sócrates. Protágoras tem mesmo a grandeza de ser capaz de perceber que está perante um gigante do pensamento – uma figura ímpar da História do Homem.

 

Para ler a obra integral, toda comentada, por favor, dirija-se a:

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/
opombo/hfe/protagoras/texto/index.htm

 

 

 

Breve Biografia

 

 

 

Protágoras (~ 485 – 410 a.C.) foi um filósofo sofista, legislador grego nascido em Abdera (cidade litorânea entre a Macedônia e a Trácia) e o mais antigo e o mais destacado sofista, criador do método da antilogia (entre sofistas e céticos gregos, contradição irresolúvel entre discursos, julgamentos, argumentos opostos e de igual valor, desmistificando a idéia de verdade absoluta). Conterrâneo de Demócrito, cuja Escola conheceu (em ~ 460 a.C.), exerceu o magistério na sua cidade natal, na Magna Grécia e em várias cidades gregas. Viajou por toda a Grécia e esteve várias vezes ensinando em Atenas, onde alcançou grande sucesso como legislador e professor, sobretudo entre os jovens. Honrado e procurado por Péricles, este lhe confiou a tarefa de preparar a legislação para a nova colônia de Túrion, no Golfo de Tarento, Sul da Itália (444 a.C.). Em seus ensinamentos, tinha como princípio básico de sua doutrina a célebre frase: O homem é a medida de todas as coisas; das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são. Esta máxima significa que de cada homem, individualmente considerado, dependem as coisas, não na sua realidade física, mas na sua forma conhecida, ou seja, o homem é o critério da realidade: do que as coisas são e do que as coisas não são. Idealizador dos mestres sofistas, grupo de gregos ilustres que sobreviviam profissionalmente do ensino de ciências, foi um sábio profícuo do mesmo porte do atomista Demócrito, seu conterrâneo e contemporâneo. Por causa das idéias que defendia, Protágoras foi acusado de ateísmo, tendo de fugir de Atenas, onde foi processado e condenado por impiedade, tendo sua obra sobre os deuses queimada em praça pública. Refugiou-se, então, na Sicília, onde morreu com mais de setenta anos (410 a.C.), dos quais, quarenta dedicados à sua profissão. Sua principal obra foi As Antilogias. Platão deu seu nome a um dos seus diálogos.

 

 

 

Migalhinhas Protagorianas

 

 

 

Protágoras é o mais sábio de todos de quantos por aí há.

 

Sócrates: — Os mais sábios e mais nobres dos nossos cidadãos não têm possibilidade de transmitir a outros a virtude1 que possuem. Até Péricles,2 o pai destes dois jovens aqui presentes, os educou perfeitamente nas matérias que dizem respeito aos professores, mas naquelas em que ele próprio é sábio, nem os ensinou nem os confiou a outro.3

 

Os livros não podem responder nem perguntar eles próprios.

 

 

 

 

Os oradores – tal como as peças de bronze, que quando batem ressoam longa e demoradamente, caso ninguém as trave esticam sem fim o discurso, mesmo se interrogados sobre pequenas coisas.4

 

Protágoras: — A justiça, a sensatez, a piedade, a sabedoria, a coragem e outras qualidades são partes de uma única virtude, tal como as partes do rosto estão para o rosto inteiro. Só a coragem é completamente diferente das restantes. Exemplificando: encontrarás, por certo, muitos homens, que são, por um lado, tremendamente injustos, tremendamente ímpios, tremendamente desenfreados, e tremendamente ignorantes, mas, por oposição, superiormente corajosos.

 

Capacidade e força não são a mesma coisa; antes, enquanto a capacidade vem do conhecimento, e também da inspiração e da impetuosidade, a força, por sua vez, vem da natureza e da robustez dos corpos. Do mesmo modo, também o destemor e a coragem não são a mesma coisa; assim, os corajosos podem ser destemidos, mas não é por este motivo que todos os destemidos são corajosos. Destemor advém aos homens da habilidade, mas também do desejo e até da loucura, tal como a capacidade; agora a coragem advém da natureza e da robustez das almas.

 

Há, de fato, coisas agradáveis que não são boas, e também, por sua vez, coisas penosas que não são más, embora haja aquelas que o são. E, ainda, há as de uma terceira categoria, que não são nem uma coisa nem outra, nem boas nem más.

 

Ao homem que possui conhecimento, muitas vezes, não é o conhecimento que o governa, mas qualquer outra razão: por um lado, o ímpeto; por outro, o prazer; ou, ainda, o sofrimento; algumas vezes, o amor; e, muitas vezes o medo. Pensam no conhecimento, simplesmente, como num escravo arrastado por todos os outros conhecimentos.

 

Na verdade, o conhecimento é uma qualidade louvável capaz de governar um homem, e que, se alguém conhecer o que é bom e o que é mau, nunca será subjugado por coisa alguma, e agirá segundo as regras que o conhecimento ditar.

 

Protágoras: — O homem participava da herança divina e, devido ao parentesco com os deuses, foi o único dos animais a acreditar neles. Assim, começou a construir altares e imagens suas.

 

A Sabedoria é a maior de todas as qualidades. Na realidade, a Sabedoria e o Conhecimento são mais importantes do que qualquer outra de todas as capacidades humanas.

 

Muitos, embora tenham algum conhecimento, são dominados pelo prazer. Esta é a razão pela qual não fazem o que é melhor. Muitos se deixam dominar pelos prazeres da comida, da bebida e do sexo, e se entregam a estes prazeres, mesmo sabendo que são coisas prejudiciais. O fato é que os prazeres acabam provocando doenças e pobreza, e causam muitas outras desgraças semelhantes.

 

 

 

 

Muitos admitem que a dor é algo mau e que o prazer é bom, embora afirmem que mesmo o que agrada também é mau, quando priva de prazeres maiores que os que ele próprio proporciona ou quando culmina em dores maiores que este mesmo prazer. Chamam, inclusive, bom a ter uma dor quando ela liberta de dores maiores que essa ou quando culmina em prazeres maiores do que as dores.

 

O homem, muitas vezes, sabe que as más ações são más ações, mas as pratica na mesma, sem ser obrigado a fazê-lo, empurrado e oprimido pelos prazeres. Assim, é verdade, muitos que conhecem quais são as boas ações não estão dispostos a praticá-las, por causa de prazeres momentâneos, por serem dominados por eles.

 

O comedimento poderá afastar a ilusão e mostrar a verdade, dando à alma a posse de uma serenidade que lhe permita conservar a verdade e salvar a vida.

 

Ora, se a salvação da nossa vida estivesse em escolher entre par ou ímpar ou na necessidade de fazer uma escolha correta, numa determinada altura, de uma grande quantidade e, noutra, de uma pequena, ou entre uma coisa e esta mesma coisa, ou entre uma coisa e outra diferente, ou entre algo que está perto e algo que está longe? O que poderia salvar a nossa vida? O conhecimento, não?

 

Já que chegamos à conclusão de que a salvação da nossa vida está na escolha correta entre prazer e dor, em maior e menor número, em maior e menor tamanho, em maior ou menor distância, não parecerá, em primeiro lugar, que está no comedimento, uma vez que é a observação do que é excesso, falta ou igualdade face às outras coisas? Logo, suponho que forçosamente o comedimento seja também uma arte de conhecimento. Assim, nada é superior ao conhecimento, pois ele supera sempre as restantes qualidades, onde quer que esteja, quer se trate de prazer, quer se trate de todas as demais.

 

Quando, em matéria de prazeres e dores, se erra na escolha – ou, o mesmo será dizer, de coisas boas e más – se erra por falta de conhecimento; e não só de conhecimento, mas, também, de comedimento. E, certamente, errar por falta de conhecimento é agir com ignorância. E ser dominado exclusivamente pelo prazer é a maior das ignorâncias.

 

Ignorância = ter uma falsa opinião e estar enganado a propósito de muitos assuntos importantes.

 

Todas as ações louváveis são boas.

 

Porventura a confiança em coisas censuráveis e más resulta de qualquer outra razão que não de desconhecimento e ignorância?

 

Cada qualidade tem uma função particular, do mesmo modo que, no rosto, os olhos não são iguais aos ouvidos, nem a sua função é a mesma, nem nenhuma das partes é igual à outra, nem na sua função nem em outros aspectos. É também assim com as partes da virtude. Nenhuma se assemelha à outra, nem em si própria nem na sua função.

 

A justiça é semelhante ao ser-se justo.

 

Só com dificuldade algo seria pio, se não fosse pia a própria piedade.

 

A justiça é idêntica à piedade, ou muito parecida, e, mais do que todas as outras, a justiça se assemelha à piedade e a piedade à justiça.

 

É possível sempre examinar melhor um argumento se lhe retirarmos o «se».

 

 

 

 

Na verdade, em um ponto ou em outro, uma coisa se assemelha sempre à outra. O branco, em certa medida, assemelha-se ao negro, o duro ao mole, e também as outras coisas que parecem ser completamente opostas se assemelham umas às outras.5

 

Para cada coisa, em princípio, há um e somente um único contrário. Se algo é realizado de uma maneira, é realizado desta maneira, e se algo é realizado de maneira contrária é realizado pela maneira contrária. O contrário do belo é o feio. O contrário do bem é o mal. O contrário dos timbres agudos da voz são os timbres graves. Enfim, o que é realizado de modo contrário se realiza por razões contrárias. E assim, o que é realizado insensatamente é realizado ao contrário do que é realizado sensatamente.

 

A Sensatez e a Sabedoria são uma coisa só.

 

O que é bom é mutável e multifacetado, de modo que mesmo aqui o que é bom para o exterior do corpo do homem poderá ser péssimo para o seu interior.

 

É difícil tornar-se, de verdade, um homem de bem, perfeito de mãos e pés e espírito, obra lapidada sem falha.6

 

Se houver contradição, não poderá haver beleza.

 

Querer e desejar não são a mesma coisa, da mesma forma que se tornar não é o mesmo que ser.

 

Anteposto ao mérito, os deuses colocaram o suor. E, quando alguém atinge o cume do mérito, torna-se fácil, depois, por difícil que seja, conservá-lo.

 

Conservar a virtude é a mais difícil de todas as coisas.

 

Não é comum falar-se de uma terrível riqueza, nem de uma terrível paz, nem de uma terrível robustez, mas, sim, de uma terrível doença, de uma terrível guerra e de uma terrível pobreza, como se o que é terrível fosse mau.

 

Em um lugar, onde, em conjunto, bebam homens que atingiram a perfeição e receberam educação, não verás nem tocadoras de flauta, nem bailarinas, nem tocadoras de harpa. Antes, bastam-se a si próprios para se entreterem sem essas lérias ou criancices porque têm as suas vozes e falam e ouvem ordenadamente e à vez, mesmo que bebam vinho em abundância.

 

Aqueles que levam a ciência de cidade em cidade, vendendo-a a retalho, elogiam sempre ao interessado tudo quanto vendem, mas, talvez, alguns deles desconheçam o que é que desses artigos que vendem é bom ou mau para a alma. Por isto, não jogues os dados à sorte nem corras riscos em matérias tão delicadas. O perigo é muito maior na compra da ciência do que na compra de alimentos. Com efeito, ao comprares alimentos ou bebidas ao retalhista ou ao comerciante, podes transportá-los noutros recipientes, e, antes de beberes ou comeres, podes levá-los para te aconselhares, informando-te junto de quem souber, sobre se os deves comer e beber, ou não, e quando, e em que quantidade. Assim, o perigo na compra não é grande. Pelo contrário, a ciência não se pode meter noutro recipiente. É preciso pagá-la e metê-la na alma, e, uma vez assimilada, ir para casa, ou para sofrer dissabores ou para usufruir vantagens.

 

As massas, por assim dizer, não entendem nada; limitam-se a repetir em coro aquilo que lhes disseram.

 

A todos é preciso sempre ouvir do mesmo modo, mas não atribuir a cada um o mesmo valor, antes mais ao mais sábio e menos ao mais ignorante.

 

Um tirano sempre força muitas coisas contrárias à Natureza.

 

 

 

 

Não está correto que aquele que é inferior julgue os que são melhores; se for igual, também não estará correto, porque aquele que é igual procederá da mesma maneira. É necessário, sempre, escolher alguém melhor para julgar.

 

 

 

Alguns Pensamentos de Protágoras

 

 

 

O homem é a medida de todas as coisas; das coisas que são, enquanto são, e das coisas que não são, enquanto não são.

 

 

            

 

Sempre existem dois lados para cada pergunta. (Citado por Diógenes Laércio).

 

Todo o argumento permite sempre a discussão de duas teses contrárias, inclusive este de que a tese favorável e contrária são igualmente defensáveis. (Citado por Sêneca em Cartas a Lucílio).

 

Os seres humanos são subjetivos e mutáveis.

 

O conhecimento não é outra coisa que a sensação. (Citado por Platão em Teeteto).

 

A alma não é nada além dos sentidos. (Citado por Diógenes Laércio, apoiando-se em Platão).

 

Sobre cada argumento podem-se enunciar dois discursos com exata antítese entre si. (Citado por Diógenes Laércio).

 

As coisas são para mim, tal como me aparecem, e para ti, tal como te aparecem. (Citado por Platão em Teeteto).

 

O mesmo sopro de vento faz a um tiritar de frio, e a outro não. (Citado por Platão em Teeteto).

 

A matéria é um fluir. Fluindo, constantemente, ocorrem acréscimos e perdas. As sensações transformam-se e mudam com a idade e outras disposições dos corpos. (Citado por Sexto Empírico).

 

O homem é o juiz da realidade das coisas. O que parece aos homens é; o que não parece não é. (Citado por Sexto Empírico).

 

Dos deuses nada posso dizer. Quanto à questão, se eles existem ou não, muitas razões impedem que se possa chegar a sabê-lo, entre outras a obscuridade da questão e a curta duração da vida.

 

Das coisas belas, umas são belas por natureza e outras por lei; mas as coisas justas não são justas por causa da Natureza. Os homens estão continuamente disputando pela justiça e a alteram também continuamente.

 

Toda a vida do homem tem necessidade de ordem e de adaptação.

 

 

 

 


 

______

Notas:

1. Aretê (adaptação perfeita, excelência, virtude) é uma palavra de origem grega que expressa o conceito grego de excelência, ligado à noção de cumprimento do propósito ou da função a que o indivíduo se destina. No sentido grego, a virtude coincide com a realização da própria essência, e, portanto, a noção se estende a todos os seres vivos. Segundo Sócrates, a virtude é fazer aquilo que a que cada um se destina. Aquilo que no plano objetivo é a realização da própria essência, no plano subjetivo coincide com a própria felicidade.

2. Nascido por volta de 495 a.C., é filho de Xantipo e de Agariste, sobrinho de Clístenes, outro grande estadista, e por muitos considerado o pai da Democracia. Péricles reunia na sua pessoa quatro virtudes. Em primeiro lugar, tinha a inteligência, isto é, a capacidade de analisar uma situação política, de prever exatamente o acontecimento e responder com um ato. Em segundo lugar, era dono de uma grande eloqüência. Dir-se-ia que cada vez que falava perante a Assembléia, depunha a sua coroa de chefe, só a voltando a colocar com o consentimento de todos. Era um grande orador que tinha sempre um relâmpago na língua. Sua terceira virtude era o patriotismo mais puro: para Péricles, nada estava acima do interesse da comunidade dos cidadãos, acima da honra da cidade de Atenas. Por último, vinha o seu total desinteresse. Inteiramente dedicado ao seu país, ou melhor, à sua Atenas, era inacessível a qualquer tipo de corrupção.

3. Argumento socrático que pretende mostrar a incapacidade dos sábios e dos nobres cidadãos em transmitir aos outros a sua virtude. Ou seja: a virtude é intransmissível; não pode ser ensinada. Cada um deverá conquistá-la por si mesmo.

4. Assim são muitas pessoas; quando não sabem alguma coisa, por vergonha de admitir que não sabem, enrolam, enrolam, enrolam...

5. Isto deriva do fato inelutável de o Universo global ser um. Para que alguma coisa fosse absolutamente única e diferente de todas as outras, seria necessário que proviesse de um outro universo, o que é impossível. Não é, portanto, rigorosamente correto chamar de diferente ao que tem diferenças, até porque são as diferenças que nos fazem semelhantes.

6. Esta afirmação (feita a Escopas, filho de Creonte da Tessália) é de Simônides de Ceos (557 a.C. – 556 a.C.), um poeta grego, o maior autor de epigramas (entre os antigos gregos, um epigrama era qualquer inscrição, em prosa ou verso, colocada em monumentos, estátuas, moedas etc., dedicada à lembrança de um evento memorável, uma vida exemplar etc.) do período arcaico. Marca uma mudança na Tradição Poética, pois Simônides é o primeiro a fazer da Poesia um ofício e receber benefícios por ela. Ao mesmo tempo, situa a função poética a partir de um novo ângulo: o esforço de reflexão sobre a natureza da Poesia. É a Simônides que a Antigüidade atribui a famosa definição: A pintura é uma Poesia silenciosa e a Poesia é uma pintura que fala. Simônides marcaria o momento em que o homem grego descobriu a imagem.

 

 

Páginas da Internet consultadas:

http://mevans.wikispaces.com/Vocabulary+Ch.+6B

http://media.photobucket.com/image/book%20animated/
Benyongyee/Animated_book_worm_reading.gif?o=94

http://www.search.com/
reference/Fourth_dimension

http://www.funnyjunk.com/funny_gifs/
15901/The+Fourth+Dimension/

http://portalveritas.blogspot.com/
2009/08/protagoras-de-abdera.html

http://www.dec.ufcg.edu.br/
biografias/Protagor.html

http://www.filosofia.com.br/
historia_show.php?id=20

http://www.conforhawaii.com/home/
2010/3/19/consent-of-governed-vs-tyranny.html

http://www.google.com.br/

http://cfh.ufsc.br/~simpozio/Megahist-filos/
Socrates/8310y024.html

http://www.multilingualarchive.com/
ma/dewiki/pt/Protagoras

http://pt.wikiquote.org/wiki/
Prot%C3%A1goras_de_Abdera

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Prot%C3%A1goras_de_Abdera

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/
hfe/protagoras/texto/t12.htm

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/
hfe/protagoras/texto/t11.htm

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/
hfe/protagoras/texto/t10.htm

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/
hfe/protagoras/texto/t9.htm

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/
hfe/protagoras/texto/t8.htm

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/
hfe/protagoras/texto/t7.htm

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo
/hfe/protagoras/texto/t6.htm

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/
hfe/protagoras/texto/t5.htm

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/
hfe/protagoras/texto/t4.htm

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/
hfe/protagoras/texto/t3.htm

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/
hfe/protagoras/texto/t2.htm

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/
hfe/protagoras/texto/t1.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Sim%C3%B3nides_de_Ceos

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/
hfe/protagoras/links/unid_virtude.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Aret%C3%AA

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/
hfe/protagoras/links/pericles.htm

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo
/hfe/protagoras/texto/index.htm

 

Fundo musical:

Zambetas

Fonte:

http://www.navis.gr/midi/midi.htm#Greek