A PRIMEIRA PALAVRA

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

 

sem a Primeira Palavra?

E haveria Humanidade

sem a Primeira Palavra?

 

 

Não. Há um Santo Vocábulo...

Sim, há um Sanctum Verbum

– a operar em cada incunábulo –

 

 

E para conhecê-Lo?

Unicidade e Amor.

E para merecê-Lo?

Virtude e Labor!

 

 

 

O Alquimista

O Alquimista

 

 

 

Observações:

1ª) A Primeira Palavra, o incriado Som do Sanctum Verbum, desde sempre, é, foi e será. Em cada mânvântâra, sempre haverá de haver os Dias da Criação, que, na verdade, representam transformações cíclicas. Logo, como poderá ter havido um primeiro incunábulo permissor, iniciador? Saído do nada? O nada não pode dar origem a coisa alguma. A incunabulidade, via Verbum Dimissum et Inenarrabile, só tem e faz sentido para dar início e durante a manifestação de cada mânvântâra (quando, então, já em ato) para toda e cada manifestação cósmica, como, por exemplo, o incunábulo de cada ser-no-mundo, para uma dada encarnação, é a fecundação (processo em que um espermatozóide penetra no oócito – célula germinativa feminina). Agora, especulando, se há um Som que dá origem e reverbera em cada mânvântâra, deverá haver, por assim dizer, um anti-som, que, lentamente, à semelhança das Três Palavras, provoque a desativação manvantárica, e que paulatinamente induza o estado praláico. Esta última afirmação, repito, é uma mera especulação abstrata; cada um deverá refutá-la ou comprová-la pessoalmente, no Silêncio do seu Coração.

 

 

Incunabulidade Manvantárico-praláica Sempiterna

 

 

2ª) Entre os orientais, eviternidade tem um significado completamente diferente daquele entendido no Ocidente. Pode corresponder a um Mânvântâra (ou Kalpa), durando, no total, 4.320.000.000 anos, ou a um Maha-Mânvântâra (Maha-Kalpa = 100 Anos de Brahman), com duração de 311.040.000.000.000 anos. Logo, a interminável eternidade – sem começo nem fim – tem começos e fins cosmicamente determinados e repetidos/reproduzidos, em um Grande Dia expansível (Maha-Mânvântâra) seguido por uma Grande Noite retraível (Maha-Prâlâya), de igual duração. Ad æternum. Enfim, as duas grandes questões teológicas que atormentam os religiosos são: 1ª) quem criou tudo isto?; e 2ª) quem governa tudo isto? Ora, se, por hipótese, admitirmos que houve um Criador-Governador em um tempo qualquer da existência do Universo, este Criador-Governador teve de ser criado por um Criador-Governador que o antecedeu, e assim, para trás, sucessivamente e sem limite. Mas, como o Nada não pode dar origem a nada, como resolver este impasse metafísico e tentar chegar à origem Criadora-Governadora do Kosmos? Haverá uma origem Criadora-Governadora do Kosmos? Para o Ser nunca houve começo – explica o Mestre Alden (Dr. Harvey Spencer Lewis, Ph. D., FRC) – porque o Nada não pode dar origem a alguma coisa. Todavia, esta afirmação, per se, continua a não resolver e a não explicar a dúvida metafísica que amargura as consciências. Mas há uma saída! Se aprendermos a consultar a Voz Silenciosa que fala em nossos Corações, compreenderemos tudo isto de uma forma que não poderá jamais ser expressa por palavras. In Corde loquitur nostro Vox Dei. Em nosso Coração fala a Voz de Deus.

 

3ª) Inicialidade no sentido de transmutação ou de transformação – ao longo de um mânvântâra – de algo em algo (mais harmonioso e mais concertado).

 

 

 

 

4ª) Deus omnium creator
secundum deum fecit
visibilem et hunc
fecit primum et solum
quo oblectatus est
valde amavit proprium filium
qui appelatur
Sanctum Verbum.

(Hermes Trismegistus).

Para mais informações sobre este tema, por favor, dirija-se a:

http://www.raco.cat/index.php/
Materia/article/viewFile/83169/112127

 

 

Hermes Trismegistus

Hermes Trismegistus

 

 

 

Fundo musical:

Adeste Fidelis (em relação à autoria da letra e da música de Adeste Fidelis sempre existiu uma grande controvérsia, sendo atribuída a portugueses, ingleses, franceses, alemães, entre outros. O mais provável é que o autor seja João IV (Vila Viçosa, Paço Ducal, 19 de março de 1604 – Lisboa, Palácio da Ribeira, 6 de novembro de 1656), o vigésimo primeiro Rei de Portugal – o Rei Músico – que foi um mecenas da música e das artes)

Fonte:

http://natalnatal.no.sapo.pt/pag_musicaspt/adeste.htm