UM POUQUINHO SOBRE
A MORTE
Rodolfo Domenico
Pizzinga
A morte
pode ser tudo,
menos isto aí em cima.
Pro jerico e pro sabudo,
é com Luz
que ela rima!
A
vida na forma –
tanto na infância
quanto na velhice
–
pode [e
deveria], muitas vezes, ser liberada. Há um ponto
[diferente para cada um de nós] em que a vida
passa a não
servir para qualquer propósito útil, causando muita
dor e muito sofrimento às formas, que a Natureza (se pudesse
atuar como deveria) não as usaria e as extinguiria. Isto,
basicamente, se deve a quatro motivos: 1º) ênfase excessiva
[e, portanto, equivocada
e ilusória] dada ao valor da vida encarnada na
forma; 2º) medo universal da morte
–
esta grande transição [Grande
Aventura] que todos nós,
um dia, deveremos enfrentar; 3º)
incerteza sobre a realidade da imortalidade; 4º) apego profundo
à forma, que
luta para se libertar, sendo
detido o processo natural e confinando a vida em corpos já
impróprios e inadaptados para os fins da nossa [personalidade-]alma.
Isto nada tem a ver com incentivo ao suicídio, mas, com a
neutralização indevida do cumprimento da Lei do Karma.
Precisamos compreender que, um dia, todos nós entraremos
na Luz Clara e Fria,
terminando assim, momentaneamente
–
[porque
reencarnaremos]
–
o capítulo da
febre, da fricção e da dor da existência terrena.
Uma
coisa é a morte ou transição por enfermidade
ou velhice. Outra, completamente diferente, é a causada por
guerra ou acidente, assassinato ou suicídio. No caso das
guerras, quando muitas pessoas morrem, isto, normalmente, não
tem nada a ver com a Lei da Causa e do Efeito, como fator na trajetória
da
[personalidade-]alma de qualquer indivíduo.
Também não é um ato de restituição
planejado por uma [personalidade-]alma
determinada, que cumpre seu destino individual. A morte, através
do processo destrutivo da guerra, está sob a direção-intenção
cíclica do Logos Planetário, que atua através
da Câmara do Conselho de Shamballa.
Indiscutivelmente,
há uma Lei, há um Propósito e há uma
Beleza de intenção por trás do fenômeno
inevitável da morte, que tem causado o maior terror e tem
provocado muito medo até agora. Seja como for, não
há morte. Há sim, entrada em uma vida mais plena,
com a libertação dos obstáculos do veículo
carnal.
No
caso de morte violenta ou súbita, a única coisa desagradável
é a sensação instantânea e abrupta de
perigo e destruição iminentes, e algo que parece um
choque elétrico, e nada mais.
Principais
possibilidades: 1ª) para os não-evoluídos, literalmente,
a morte
é um sonho e um esquecimento;
2ª) para os
cidadãos bons e comuns,
a morte,
em suas consciências, é uma continuação
do processo vivente –
se resumindo aos interesses e às tendências da vida
que terminou, e, freqüentemente, durante um certo tempo, não
percebem que passaram pelo episódio da morte; 3ª) para
os perversos, cruéis, egoístas, criminosos e para
aqueles que vivem apenas para o aspecto material, ocorre uma situação
denominada ligados
à Terra. Os vínculos forjados na Terra
e a atração por todos os desejos mantidos durante
a encarnação os obrigam a permanecer próximo
da Terra e do seu último meio ambiente terrestre; e 4ª)
para os Aspirantes, a morte é a entrada imediata em uma Esfera
ininterrupta de Serviço e de Expressão, a qual eles,
em vida, sempre estiveram muito acostumados.
Um
dos fatores que governam a encarnação é a presença
do que se pode chamar vontade de viver.
In:
Servindo à
Humanidade – uma
compilação de conceitos esotéricos que trata
de diversos assuntos telepatizados para Alice Ann Bailey pelo Mestre
Ascensionado Tibetano Djwhal Khul.
...............................
Agora,
reflita um pouquinho sobre estas citações:
Para que
o mal triunfe basta que os bons fiquem de braços cruzados.
(Edmund Burke).
A
maldade e a crueldade são inventos da razão humana,
da sua capacidade para mentir, para destruir. (José
de Sousa Saramago).
Basta
um frade ruim para dar o que falar a um convento. (Luís
Vaz de Camões).
Ver
e ouvir os maus é já um começar maldades.
(Confúcio).
O mau é de si próprio o algoz.
(Xavier de Maistre).
A covardia é a mãe da crueldade.
(Michel Eyquem de Montaigne).
O bom humor é incompatível com a crueldade.
(Voltaire).
Nada
pode ser mais medonho do que o olhar de um cruel. (Rodolfo Pizzinga).
—
Era magra,
muito dura...
E biscoitei no petrolão!
Fiquei gorda, muito rica...
Depois, veio a ajustação!
|
—
Neste finalzinho de 2017,
vou contar
uma historinha.
Quanto a
ser verdadeira...
Quem sabe?
Vai ver que é!
...................................
—
Zé tava do lado de lá,
e, quando
apitou a Hora,
não
queria reencarnar.
Lá
era seguro e cheiroso!
—
Ele bufou, se amotinou
e, por escrito,
se queixou.
Então,
alguém lhe disse:
– Vai
fazendo a trouxa!
—
Acabou empacotando lá,
e renascendo
do lado de cá.
Aqui, o
treco foi ficando legal,
e ele foi
se afeiçoando à vida!
—
Namorou pra caramba,
amou mil
e uma moçoilas,
casou e
teve quatro filhos,
quatro netos
e um bisneto.
—
Subiu e desceu na vida.
Ficou rico.
Caiu durinho.
Teve tudo.
Ficou zerinho.
Deu a volta.
Reenriqueceu.
—
Dançou tango e bolero,
chachachá
e hully gully.
Foi a Roma.
Viu o Papa.
Foi a Cascais.
Nunca mais!
—
Foi babalorixá, católico,
evangélico
e coisa alguma.
Acreditou.
Não acreditou.
Acabou virando
esotérico!
—
Entendeu
um catiquinho
a Lei da
Causa e do Efeito.
Deslindou
alguns porquês,
e mudou
no que foi possível.
—
Era água, virou vinho.
Não
o Vinho que Illumina,
mas, mudançou
um tantão.
E assim,
não viveu em vão.
—
E o tempo foi passando...
Devagarinho,
encarquilhou.
Ficou
gagazinho e doente,
e pintou
a hora de voltar!
—
Ele, que chiou pra vir,
agora, não
queria partir.
Como se
esquecera de lá,
a única
referência era cá.
—
Mas, acabou embarcando
para a Grande
Aventura.
Não
doeu nem um tiquinho,
e, logo,
reconheceu seu Ninho.
—
Mimiu, acordou e agradeceu
por mais
esta encarnação.
Libertou-se
+
um pouquinho,
e, da LLuz,
ficou –
longinho!
—
Medo virou Confiança.
Confiança
virou Combate.
Combate
virou Vitória.
Vitória
virou Iniciação!
...................................
—
Por isto, contei esta fabulinha,
procê
que tem o maior cagaço
de bafuntar
e de perder tudo.
Ora, não
há perda nem morte!
—
Tudo é Existência e Vida.
Tudo é
Movimento e Mudança.
Tudo é
Caminho e Andança.
Tudo é
Experiência Adquirida.
—
E a andança não termina.
Como findará
o sem-fim?
Mas, só
o Amor nos ensina
onde haveremos
de chegar!
—
Nossas dores são esporas,
que nos
fazem benquistar.
São
as pedras e os tijolos,
que nos
ajudam a edificar.