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Notas:
1. Giordano Bruno (Nola,
Reino de Nápoles, 1548 – Roma, Campo de Fiori, 17 de fevereiro
de 1600) foi um teólogo, filósofo, escritor e frade dominicano
italiano condenado à morte na fogueira pela Inquisição
Romana (Congregação da Sacra, Romana e Universal Inquisição
do Santo Ofício) com a acusação de heresia por ter
apontado erros teológicos. As numerosas acusações contra
Bruno, com base em alguns de seus livros, bem como em relatos de testemunhas,
incluíam blasfêmia, conduta imoral e heresia em matéria
de Teologia Dogmática e envolviam algumas das doutrinas básicas
da sua filosofia e cosmologia. Luigi Firpo lista estas acusações
feitas contra Bruno pelo tribunal local:
• sustentar opiniões
contrárias à fé católica e contestar seus ministros
(no que fez muito bem);
• sustentar opiniões contrárias à fé católica
sobre a Trindade, a Divindade de Cristo e a encarnação;
• sustentar opiniões contrárias à fé católica
sobre Jesus como Cristo (o que é um absurdo sem paralelo);
• sustentar opiniões contrárias à fé católica
sobre a virgindade de Maria, mãe de Jesus;
• sustentar opiniões contrárias à fé católica
tanto sobre a Transubstanciação;
• reivindicar a existência de uma pluralidade de mundos (vai
ver que Bruno conheceu um ET ou um IT);
• acreditar em metempsicose e na transmigração da personalidade-alma
humana em brutos (eu não sei se Bruno pensava exatamente assim),
e;
• envolvimento com magia e adivinhação (o que, obviamente,
é uma inverdade descarada e escabrosa).
No último interrogatório
feito pelos inquisidores esquizofrênicos e endemoniados do Santo Ofício,
não abjurou, e, no dia 8 de fevereiro de 1600, foi condenado à
morte na fogueira. Obrigado a ouvir a sentença ajoelhado, Giordano
Bruno teria respondido com um desafio: Maiori
forsan cum timore sententiam in me fertis quam ego accipiam.
(Talvez, sintam maior temor ao pronunciar esta sentença do que eu
ao ouvi-la.)
Bruno escreveu dezenas
de livros, e, em um deles, está dito: Não
é fora de nós que devemos procurar a Divindade, pois, Ela
está do nosso lado, ou melhor, em nosso foro interior, mais intimamente
em nós do que estamos em nós mesmos.
Se eu tivesse vivido
na época de Bruno, certamente, não escaparia de também
ser assado na fogueira católica.
2. The
Black Cat (O Gato Preto) é um dos três segmentos
do filme de horror muito legal Tales
of Terror (Muralhas do Pavor). Sinopse: O bêbado inveterado
Montresor Herringbone (Peter Lorre) odeia o gato preto de sua esposa Annabelle
(Joyce Jameson). Em uma noite, ao ser expulso de um bar, ele chega a uma
Convenção de Vinicultores, e desafia o renomado Fortunato
Luchresi (Vincent Price) para uma competição de degustação
de vinhos. Após provar seu conhecimento dos diferentes vinhos, Montresor
é levado, completamente bêbado, para a casa dele pelo admirado
Fortunato. Ao conhecer Annabelle, Fortunato se torna amante da mulher e
se aproveita sempre para visitá-la intimamente, pois, sabe que o
marido a deixa sozinha toda noite para se embriagar. Montresor acaba desconfiando
e descobre a infidelidade dos dois, e prepara uma terrível vingança
contra eles: sem dó nem piedade, emparedamento do casal de amantes
traidores. Mas, Montresor se esqueceu do gato de Annabelle, que foi emparedado
junto com o casal de adúlteros sem-vergonha, e que fica miando...
Miando... Miando... O pior é que o raio do miau não ficou
rouco e não parou de miar, e um tira esperto acaba descobrindo o
emparedamento. Mas, aí, Annabelle e Fortunato já haviam se
tornado múmias paralíticas! O miau, por sua vez, que tem 777
vidas, estava vivinho da silva! E miando! Bem, isso dá até
um poeminha-cocô:
Coisa
de louco!
Coisa de louco!
O raio do miau
não ficou rouco!
Coisa
de louco!
Coisa de louco!
Esse Montresor
foi um tarouco!
Coisa
de louco!
Coisa de louco!
O raio do miau
não ficou rouco!
Coisa
de louco!
Coisa de louco!
As múmias tavam
atrás do cavouco!
Coisa
de louco!
Coisa de louco!
O raio do miau
não ficou rouco!
Coisa
de louco!
Coisa de louco!
Melhor teria sido
pôr num xabouco!
Coisa
de louco!
Coisa de louco!
O raio do miau
não ficou rouco!
Coisa
de louco!
Coisa de louco!
O tira que achou
não era amouco!
Coisa
de louco!
Coisa de louco!
O raio do miau
não ficou rouco!
Coisa
de louco!
Coisa de louco!
Emparedamento?
Por tão pouco?
Esse
miau aí em cima mia. Se você quiser ouvi-lo miar,
aponte o mouse
do seu computador para o nariz dele.
3. BTK significa Bind,
Torture, Kill – que
quer dizer Amarrar, Torturar, Matar –
eram as iniciais do padrão de ataque que fazia parte da infame assinatura
do assassino em série estadunidense Dennis Lynn Rader (Pittsburg,
9 de março de 1945), que matou 10 pessoas no Condado de Sedgwick
(e em torno de Wichita, Kansas), entre 1974 e 1991. Foi preso em 25 de fevereiro
de 2005 e condenado a 10 penas consecutivas de prisão perpétua
sem direito a liberdade condicional. Um bom tema para meditação
é o que leva um ser-humano-aí-no-mundo a se tornar
um serial killer,
e, provavelmente, um ente-sem-alma.
BTK
Música
de fundo:
Por Quem os Sinos Dobram
Composição: Raul Seixas & Oscar Rasmussen
Interpretação: Raul Seixas
Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=x6gw0wXruzY
Observação:
Raul Seixas não
apenas teve uma série de músicas influenciadas pela Lei de
Thelema (Do what
thou wilt; shall be the whole of the Law. Faze o que tu queres;
há de ser toda a Lei. Love
is the Law; Love under Will. O Amor é a Lei; Amor sob
Vontade), em parceria com os thelemitas Paulo Coelho e Marcelo Ramos Motta,
como gravou uma versão musicada do Liber
Oz e baseou nessa filosofia a criação de sua Sociedade
Alternativa – que teve por base The
Book of the Law (O Livro da Lei), de Aleister Crowley, e se
constituiu de uma irmandade utópica idealizada com o objetivo de
criticar e de combater a ditadura militar brasileira (1º de abril de
1964 a 15 de março de 1985).
E
o sonho se tornou realidade.
E povão brasileiro se alforriou.
E o chumbo no passado ficou.
E pintou um tempo de liberdade.
Ainda
que navegar seja preciso,
olvidar o passado não é possível.
Todavia, o devir vai do nosso siso
– devir dependente do aperceptível.
Quem
viu esse chumbo lembra muito bem! Esquecer? Como?
Páginas
da Internet consultadas:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dennis_Rader
https://www.123rf.com/
https://www.shutterstock.com/
https://descomplica.com.br/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Thelema
https://musiloka.deviantart.com/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Chacra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tales_of_Terror
https://pt.wikiquote.org/wiki/Giordano_Bruno
https://pt.wikipedia.org/wiki/Giordano_Bruno
https://www.alamy.com/
https://www.vestesacra.com/
https://imgur.com/gallery/yJdlgxJ
https://br.freepik.com/
https://giphy.com/
Direitos
autorais:
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neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar
o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright
são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a
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