Duas
coisas que me enchem a alma de crescente admiração
e respeito, quanto mais intensa e freqüentemente o pensamento
dela se ocupa: o céu estrelado sobre mim e a lei moral dentro
de mim.
Todo
conhecimento nasce no sentido, passa pelo entendimento e termina
na razão.
A
Democracia constitui necessariamente um despotismo, porquanto estabelece
um poder executivo contrário à vontade geral. Sendo
possível que todos decidam contra um cuja opinião
possa diferir, a vontade de todos não é, portanto,
a de todos, o qual é contraditório e oposto à
liberdade.
A
liberdade é aquela faculdade que aumenta a utilidade de todas
as demais faculdades.
Não
é de se esperar que reis filosofem ou que filósofos
se tornem reis, mas tampouco é de se desejar, porque a posse
do poder corrompe inevitavelmente o livre julgamento da razão.
Porém, é indispensável, para iluminar sua ocupação,
que reis ou povos reais (que governam a si mesmos segundo leis de
igualdade) não atrofiem ou emudeçam a classe dos filósofos,
mas a deixem falar publicamente...
Não
se ensina Filosofia; ensina-se a filosofar.
Pensamentos
sem conteúdos são vazios; intuições
sem conceitos são cegas.
O
Direito é o conjunto de condições que permitem
à liberdade de cada um acomodar-se à liberdade de
todos.
Uma
proposição incorreta é forçosamente
falsa, mas uma proposição correta não é
forçosamente verdadeira.
A
moral, propriamente dita, não é a doutrina que nos
ensina a como sermos felizes, mas como devemos tornar-nos dignos
da felicidade.
É
no problema da educação que assenta o grande segredo
do aperfeiçoamento da Humanidade.
Podemos
julgar o Coração de um homem pela forma como ele trata
os animais.
O
conceito de dever não precisa, para se fundar, de nenhum
fim particular, mas, sim, pelo contrário, que suscite um
outro fim para a vontade do homem, a saber: contribuir por todos
os meios para o soberano bem possível no mundo (a felicidade
geral no Universo associada à mais pura moralidade e conforme
com ela).
Só
a crítica pode cortar pela raiz o materialismo, o fatalismo,
o ateísmo, a incredulidade dos espíritos fortes, o
fanatismo e a superstição, que se podem tornar nocivos
a todos e, por último, também o idealismo e o cepticismo,
que são, sobretudo, perigosos para as escolas e dificilmente
se propagam no público.
Age
de tal modo que a máxima da tua ação possa
se tornar princípio de uma legislação universal.
Age
de modo que consideres a Humanidade tanto na tua pessoa quanto na
de qualquer outro, e sempre como objetivo, nunca como simples meio.
Como
o caminho terreno está semeado de espinhos, Deus deu ao homem
três dons: o sorriso, o sonho e a esperança.
O
Iluminismo significa a saída do homem de sua menoridade,
da qual o culpado é ele próprio. A menoridade é
a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção
de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado
dessa menoridade se a sua causa não estiver na ausência
de entendimento, mas na ausência de decisão e de coragem
para se servir de si mesmo sem a direção de outrem.