Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

Melancólica Dedicatória

 

Ainda que eu vá abordar esse assunto suavemente sob a forma de um suave soneto, mas com um certo savoir-faire e com uma mais do que esforçada élégance, porém entristecido e profundamente irritado, eu o escrevi premido em conseqüência do avolumamento progressivo que observo no saco de maldades planetário – as mesmas seresmas mesmices – maldades que derivam de todos aqueles que usam as suas verdades para oprimir o ímpar e o múltiplo, o singular e o plural. Dedico, portanto, este poeminha sem pé nem cabeça, mas nem tanto, a todos os cabotinos que crêem ter cabeça e se acham (pseudo)donos da verdade – lídimos representantes da Grande Loja Negra e ostentadores-alardeadores de qualidades que pretensamente possuem, mas que, obviamente, não possuem – que, individual e coletivamente, a retalho e por atacado, iludem o singular desprevenido e o plural maria-vai-com-as-outras nas montanhas-russas multicoloridas da sombria existência-inexistência, aproveitando-se, por um lado, de suas múltiplas ignorâncias, e por outro, de suas ingênuas e frágeis boas vontades. São os obscur[ant]íssimos vampiros de sempre: membros impunibilíssimos dos poderes executivo, legislativo e judiciário, reis e presidentes descarados, tiranos e déspotas muito mais do que descarados, horroristas-terroristas e terroristas-horroristas, assassinos de aluguel, picciottos, soldati, caporegimes, sottocapos, consiglieres e capofamiglias, comerciantes e industriais mal-intencionados, colunistas e marqueteiros sem-qualquer-vergonha, comerciantes e industriais cobiçosos, religiosos marca roscofe-rocambole e falsos esoteristas-traidores de todas as denominações, doutos filósofos truões-vaidosos-mandriões que desconhecem o significado da letra Ph,1 traficantes e proxenetas, adivinhos e feiticeiros, literatos boçais e intelectualóides mais boçais ainda do que os literatos que acham que não são boçais, inocentes úteis, lenocidas, reacionários, genocidas, massacradores e senhores de guerras, mentirosos e oportunistas de todas as laias, fedífragos e (in)conseqüentes vacilões-demônios filhos de demônios-vacilões. A todos esses et caterva, (pseudo)donos da verdade, dedico este sonetinho. Faltou muita gente nessa lista negra, mas, a todos, sem exceção, desejo paz, compreensão e libertação. Com um certo savoir-faire e com uma mais do que esforçada élégance, lá vou eu:

 

 

 

 

 

 

pensando no singular e no povo.

Basta! Por que tanto sapato alto?

Por que não dar o Grande Salto?

 

Veridicidade? Donos da verdade?

Dona Morte aliciando sem piedade?

Quem sabe tudo? Um tartamudo?

 

Estou cheio de tantas vanidades

e de tam magnas absurdidades.

Por que tanto entorpecimento inútil?

 

Minh'alma lotou dessas cabotinices

e das mesmas seresmas mesmices.

 

 

 

 

 

 

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Nota:

1. Ph, cujo número é 80, é uma Letra místico-esotérica arcaica que simboliza a Porta Iniciática que conduz ao Sanctum Illuminatus e ao Mestre-Deus interior que há em nosso Coração. Como explica Saint-Yves D'Alveydre no Arqueômetro, sua forma de Triângulo eqüilateral indica que governa o Trígono do Verbum, correspondendo, assim, à Potência de nosso Mestre-Deus interior em ato por seu Verbum Dimissum et Ineffabìle. Em âmbito universal, simboliza a Potência que reina e governa a manifestação do Verbum por seus equivalentes Fogo, Ar, Água, Terra (ordem correta do desenvolvimento dos elementos), Som, Luz etc. e o que é ilimitado, perpétuo e indivisível. Está presente na palavra ShOPhIa, que significa Sabedoria ilimitada, perpétua e indivisível de nosso Mestre-Deus interior em tripla ordem: construção ímpar-permanente, autoconscientização incessante-ininterrupta e evolução-reintegração constante-ilimitada. ShOPhIa = 300 + 6 + 80 + 10 = 396 = 3 + 9 + 6 = 18 = 1 + 8 = 9.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.geocities.com/
Athens/Thebes/3874/jump.gif

http://www.herzogbr.net/
fun/anigif.htm

 

Fundo musical:

Mambo

Fonte:

http://www.midinet.com.br/alfa/c/01mid.asp